Já devem ter lido isso várias vezes, mas Saint Seiya infelizmente não me pertence... Entretanto essa é uma ideia original de um dos meus casais favoritos. E dedico essa fanfic por meu peixinho boboca ;-; s2
Cerca de cinqüenta anos haviam-se passado desde a realização da última guerra santa, ocorrida em meio ao século dezoito. Alguns espectros já haviam sido libertados da prisão que eram submetidos sobre as pérolas do rosário criado por Asmita de Virgem, entretanto, apenas aquele com deveres a cumprir no inferno. Embora por si só a vida de qualquer cavaleiro fosse por definição sofrida, podia-se dizer que os espectros eram os que mais penavam, afinal, diferentes dos demais cavaleiros fossem os Santos de Athena ou os Marinas de Poseidon, suas almas jamais teriam paz; Condenados a vagar pela eternidade servindo sempre ao Imperador do submundo.
Os mais antigos já haviam se acostumado à muito com o fardo que carregavam, reclamações vinham apenas dos novatos; Embora fossem imortais, nem todos eram mantidos, substituições eram feitas para a melhora do exercito para que os resultados de uma próxima guerra pudessem ser melhores que a antecessora, era um ciclo vicioso.
E embora sempre tenha considerado o período de paz enfadonho, fora a primeira vez que Minos de Grifo realmente sofria tendo que sentar-se em seu trono por horas seguidas, julgando as almas que chegavam a seu tribunal. Banais, sempre as mesmas histórias contadas de forma diferente, nunca a alma daquele que queria.
Mas era tolo pensar que o veria ali, sendo subjugado sobre suas leis e mandado para um castigo eterno, não, quem queria era puro, livre de quaisquer pecados que a escória humana poderia cometer. Talvez por isso o desejasse, conhecerá a fama de intocado que ele possuía assim que voltará a encher os pulmões com o ar repleto pelo cheiro putrefaço do submundo, e isso apenas servira para instigar mais o desejo contido do juiz dos mortos, ansiava ardentemente por uma chance de corromper aquela alma tão bela, queria vê-lo caído aos prazeres mundanos, suplicando por seu nome em meio gozo... Ah, que deleite seria para si poder profaná-la, marcá-la com seu nome, e torná-lo seu escravo até os fins de seus dias.
Tudo não passava de delírio de sua mente obsessiva e sádica, talvez a monotonia da volta da rotina o tivesse feito mal, talvez antes de morrer outra vez tivesse aspirado demais do veneno contido nas rosas demoníacas que até agora estivesse inebriado com seu perfume, o perfume quase tão doce quanto o que despregava daquele maldito cavaleiro que parecia apreciar tanto assombrá-lo. E fora em meio a um suspiro de desalento que admitiu apenas a si mesmo próprio, não havia tomado o controle de Albafica de Peixes em sua breve luta, e sim havia perdido o controle para ele desde o momento que fora hipnotizado por aquela exuberante beleza e encantado pela personalidade difícil que o cavaleiro dourado de sorriso presunçoso e olhar rebelde parecia possuir.
