Ninguém aqui me pertence, mas disso vocês a sabem, ne ?

Harry estava cansado daquela vida, precisava de uma pausa, pensou enquanto esfregava os olhos cansados de todos aqueles números. Fazer aquele hotel funcionar, era sim um trabalho gratificante, e ele não podia dizer que havia sido obrigado pelos pais a continuar o negocio da família, ao contrario tivera varias opções, seus pais lhe deram escolhas e ele diferente de sua irmã aceitara de bom grado o legado dos pais, passara alguns anos no exercito para ter certeza se queria mesmos fazer aquilo, as amava aquele hotel, adorava vê-lo funcionar, com uma maquina, ganhar lucros e deixar os clientes felizes, era verdade que as vezes surgiam alguns problemas que ele tinha que se empenhar mais do que o normal para resolver, mas era isso que tornava o negocio importante, não? Os desafios, ele adorava um bom desafio, segundo o pai estava no sangue da família Potter, amar desafios, os aceitar e os superar.

Mas Harry estava casado, dos números, da confusão, das noites sem dormir, das dores de cabeça, das pessoas fúteis que iam ao seu hotel pelos mais variados motivos. Ele precisava parar, mas sabia que não podia, viveria por um tempo longe daquilo, mas não agüentaria viver longe daquilo. Harry fechou o computador e olhou para pequena foto da família, o sorriso da sua mãe na foto era contagiante era inevitável não sorrir quando ela sorria, e o sorriso da sua irmã era idêntico, seu pai com o olhar sempre apaixonado direcionado a sua mãe, não nunca. Na foto tirada um ano antes em um dos hotéis dele na praia Harry estava abraçado com uma ruiva que tinha um pouco menos de altura que ele, os cabelos longos acajus voavam batendo no rosto de Harry enquanto ela ria dele, logo atrás abraçados estavam os pais dos dois, os cabelos da mãe da mesma cor dos da filha estavam presos em um rabo de cavalo folgado deixando que alguns fios caíssem sobre o rosto dela, os olhos haviam se tornado em duas fendas esmeraldas da mesma cor dos olhos do filho enquanto ela sorria abertamente apertando o marido de cabelos sempre arrepiado, na foto os olhos castanhos que a filha herdara estavam cobertos por uns óculos escuros que ele ganhara da mulher quando Harry nascera. Mariah lhe dera aquela foto justamente por causa da cara dele quando foi tirada, sabia que ela tinha feito de propósito, e apostara com ele uma caixa de chocolates suíços que ele manteria aquela foto no escritório dele até o próximo encontro de família, ou seja durante seis meses. E ele estava seriamente pensando em pagar a caixa para ela, era vergonhoso para ele ter aquela foto em seu escritório.

Mariah não seguira os negócios da família ela fora fazer o que fazia melhor, cantar e viajar, não tinha uma carreira fixa, só cantava em pequenos restaurantes por poucas noites em algumas das cidades em que passava ao redor do mundo, amava a irmã e não sabia como viveria sem ela.

Harry levantou da cadeira e começo a caminhar pela sala de um lado para o outro, tomaria uma decisão que talvez mudasse sua vida, mas talvez fosse apenas uma mudança rápida, logo depois tudo voltaria ao normal, ele só não sabia o que fazer para mudar um pouco a sua rotina.

Então com num estalo ele estancou no meio da sala, se pegou pensando que se estivesse em um desenho animado apareceria uma lâmpada acesa em cima da sua cabeça, para soluções desesperadas procure pessoas desesperadas.

-Helena – falou Harry em voz alta – sua 'prima' helena, só ela poderia ajudá-lo, não era bem uma prima,na realidade era filha do irmão adotivo do seu pai, o que a tornava quase sua prima, era uma morena louca, mas apaixonante, tinha ais contatos do que a CIA, Harry as vezes se perguntava como a terra deixará uma criatura como ela entrar, o poderia ter vindo de outro planeta, não acreditava na fita que mostrava ela nascendo, mas não era o fato de que achava que Helena era uma alienígenas e sim por eu ela poderia ajudá-lo a conseguir um plano para fazer o que ele queria, olhou para o relógio, duas da manhã – nossa – já estava costumado a olhar para o relógio e encarar aquela hora, sua mãe dizia que Harry nunca dormia aquela hora, nem quando estava na barriga dela ela dizia sorrindo.

Mas Helen não iria se importar...

Sentou na cadeira e discou o numero do celular dela.

Um toque...

Dois toques...

Três toques...

Ela estava dormindo

Quatro toques...

Até que ela atendeu

- Harry você é um grande filho-da-puta – Helena atendeu com uma voz não sonolenta, mas ofegante, ele seguro o riso

- Num ofende a minha mãe não, sua fedelha – Harry se recostou na cadeira

- Num vou perguntar se você sabe que ainda são duas da manhã porque você sabe ne? O que você quer? – Ela estava furiosa e ele podia ouvir um resmungo masculino ao fundo

- Quem é o infeliz da noite priminha? – perguntou Harry divertido, á vida amorosa sempre movimentada da prima e falta da vida amorosa dele eram o assunto favorito entre eles

- O Billy só vai sair infeliz deste quarto por sua causa, agora é bom que você, seu virgem, tenha um bom motivo para ter me interrompido

- Preciso de sua ajuda, e eu não sou virgem

- Sei... – Respondeu ela sarcástica – se você ta dizendo. Com quem foi?

- Que? – Harry não estava a fim de passar por este interrogatório de novo, só seu pai e sua mãe sabiam com quem havia sido e ele preferiria que continuasse assim

- Vai Harry me conta com quem foi – a voz docemente curiosa dela o tentou, sabia que ela não contaria para ninguém

- Desculpe, mas sou um cavalheiro – ela estava tão perto de conseguir a verdade, ele pensou enquanto brincava com sua moeda da sorte sobre a mesa, brincando com ela entre os dedos.

- Você precisa de ajuda e eu preciso gozar – disse ela divertida.

- E o que eu tenho com você gozar ou ao, isto e problema do Billy – disse ele sorrindo.

- Não gozo se estou curiosa – ele ouviu o som mais uma vez do homem resmungando, parecia irritado – é uma troca você me fala e eu te ajudo, seja lá no que você quiser

- Ta bom – Harry se deu por vencido, sabia que nem adiantaria mentir Helen o conhecia – Gina Weasley, satisfeita? – droga, de ela soubesse o mataria, mas ela não tinha como saber.

- Pera Harry, a Gina? Gigy? – Helen parecia incrédula – A sua, única namorada, a única em que eu não pensei, poxa Harry

- Helen vai me ajudar ou não?

- Fala porra, porque cê num disse que tinha sido com outra, num posso te sacanear com esta coisinha fofa que é a Gigy? – falou ela choramingando.

- Helena Hevellyn Black, vai me ajuda ou não – porque fora acreditar nela?

- Tudo bem – disse dando um suspiro bem longo – Gina Weasley.


Gina Weasley estava naquele momento deitada a sua nova cama na maior casa da pequena cidade de Claretow, seu marido a abraçava e ela fazia o possível para não e levantar e correr para o banheiro, estava naquele casamento apenas porque queria os pais vivos e não vitimas de uma explosão acidental na casa onde ela passara a infância, era melhor esta casada com ele do que ver seus pais mortos por sua causa , morreria se tivesse que conviver consigo mesma se soubesse que poderia salvar os pais e não fizera isso por amor próprio, mas agora que observava a situação ela pensava se ela iria sobreviver ao casamento, não estava arrependida de salvado os pais, mas Tom era terrível, e havia boatos de que era violento com as mulheres, principalmente com as que dormia, e pelo que ela pudera ver e sentir na pele naquela noite de núpcias sabia que ele também era violento na cama, estava com medo por ela e acima de tudo com medo de engravidar daquele monstro, não por ela, mas pela criança, nenhuma no mundo merecia um pai como aquele.

Agora parada olhando para o céu estrelado ela se lembrou do que sempre falavam, que quando você esta prestes a morrer toda sua vida passa diante de seus olhos, sua vida passava naquele momento com um filme numa tela de cinema pelo céu estrelado, porque mesmo que Gina não morresse agora sua vida estava acabada, podia ver sua infância, brincando com seus irmãos, o colégio interno e o pedido de casamento, o que mais queria esquecer vinha a sua mente com se estivesse acontecendo naquele momento. Tom saiu de sua sala carregando uma pasta amarela que colocou em cima da mesa dela e disse a ela que ela casaria com ele ou a casa cujo foto estava dentro da pasta explodiria 'acidentalmente' com toda as pessoas que moravam dentro dela junto, Gina estava tremula quando abrira a pasta e viu a casa da família, olhou para ele como se não acreditasse, mas os olhos azuis não pareciam estar brincando com ela, ela aceitou e sua vida mudara completamente...

Sua vida se transformara num pequeno inferno, deixara de ser a secretária dele e em das semanas estava casada com ele, ele ainda estava sem secretária, mas disse que daria seu jeito. E ela? Ela estava confinada a viver com ele naquela casa dos horrores, se sentia como uma das esposas do barba azul e seu destino era morrer, e preferia aquilo a viver com ele...

N.A.:Ficou um pouco maior do que eu esperava Bjs, Mallu Lynx.