Olá, pessoas fofinhas!

Nossa, eu tava com saudade de escrever sobre meu casal favorito MattxMello!

Aí comecei essa fanfic insana... Espero que gostem! =D

Só pra constar: Não! Death Note e seus maravilhosos personagens não me pertencem. E não, eu não ganho dinheiro enquanto escrevo essa fanfic!

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Leave All Out the Rest

Capítulo um – Imperecível?

O homem ruivo de camiseta listrada e jeans surrados acabara de sair do elevador, deparando-se com a porta, a dois metros de distância que sutilmente significava "Bem vindo à realidade que você tentou evitar durante o dia todo!". Ele aproximou-se e abriu a porta do apartamento, cuidadosamente, tentando não fazer muito barulho. Adentrou a sala surpreendendo-se quando a luz foi acesa repentinamente.

- Onde você esteve? Demorou demais hoje... - resmungou a esposa do outro lado do cômodo.

- Tive problemas... - sussurrou, irritado.

Ela aproximou-se dele. - Confessa logo, você passou a noite no cassino enquanto enchia a cara... - ela colocou uma das mãos na nuca dele e aproximou o rosto ao dele, sentindo o cheiro do álcool - Eu sabia... Você andou bebendo! Acho que é sorte não estar bêbado de novo... - disse, se afastando.

- Rosalie não começa... Eu tô cansado, me deixa dormir! - disse, levantando o tom de voz.

- Cansado? Eu é que estou cansada de ficar preocupada com você e ficar acordada te esperando toda maldita noite, Matt! Por Deus... Eu tenho trabalho daqui a algumas horas e não consegui fechar os olhos uma vez sequer! - agora ela gritava bastante, enquanto andava de um lado para o outro da sala.

- Rosalie... Acalma-se, prometo que vou... - ele começou, fingindo culpa para acabar logo com a discussão.

- Cala a boca! Você sempre diz que vai mudar e nunca muda porra nenhuma!

Ele suspirou e aproximou-se dela novamente, tentando amenizar as coisas. - Querida... - ele começou, mas foi surpreendido quando a outra deu-lhe um tapa do lado direito do rosto. Sentiu o rosto queimar e arder, mas respirou fundo e encarou-a, irritado.

- Mamãe, papai... Por que vocês tão brigando de novo? - o garoto apareceu na sala, ainda sonolento e com uma expressão assustada. Joshua tinha apenas quatro anos e puxara os cabelos loiro-escuros da mãe Rosalie. Matt, ou Mail Jeevas, casara-se com Rosalie, após um ano e meio de namoro, vivendo numa conturbada relação há cinco anos.

- A gente não tá brigando, filho... - Rosalie respondeu gentilmente a ele, que não se convencera.

- Então por que você acabou de bater no papai? - ele perguntou, coçando um dos olhos com as costas da mão.

- Joshua, volte para o seu quarto que eu já passo lá pra lhe dar boa noite... - disse o ruivo, impaciente.

E ele assim o fez, voltou para o quarto sem dizer mais nada.

- Esse é o exemplo que você dá para o seu filho? - disse ele, irritado, encarando-a.

- Fala baixo... - sussurrou. - Joshua não tem culpa do pai idiota que tem... E quem é você pra falar sobre exemplos? Você é só um pai bêbado que nunca dá atenção pra ele...

Ele apenas calou-se, não havia argumento e não adiantaria seguir com aquela discussão. Suspirou e passou pela esposa furiosa, indo em direção ao quarto do filho, a primeira porta do corredor. Entrou neste e dirigiu-se até a cama dele, que agora já estava dormindo tranquilamente. Pôde ouvir o barulho da porta de seu quarto bater com força, anunciando que Rosalie não queria mais conversa e seria melhor que ele passasse a noite no sofá. - Boa noite, querido... - sussurrou e cobriu-o, deixando o quarto sorrateiramente e fechando a porta com cuidado.

Voltou para a sala e largou-se no sofá maior, de três lugares, que seria sua cama naquela noite. Procurou embaixo das almofadas até encontrar o minigame que sempre deixava ali. Retirou as enormes botas e deitou-se com o aparelho em mãos. Soltou um longo suspiro, a noite seria longa.

...

Matt acordou com o estridente barulho do celular que tocava insistentemente. Revirou-se rapidamente a procura do aparelho e esquecendo-se que passara a noite no apertado sofá, acabou por cair no chão, irritando-se. Fuçou os bolsos da calça e finalmente conseguiu encontrar o celular. - Alô... - disse sem muita vontade.

"Eu preciso ver você, Matt. Encontro você no mesmo lugar de sempre... Por favor, venha logo..." - o ruivo estremeceu ao ouvir a conhecida voz após tanto tempo. Ele ficou parado por um momento, estupefato, a mercê dos pensamentos, imagens e memórias que transbordaram de uma só vez em sua mente. Ele sabia que não conseguiria ignorar aquela voz, haviam tantas perguntas sem resposta e tanta raiva acumulada... Levantou-se rapidamente, saindo do apartamento após bater a porta com força. Em alguns minutos estava caminhando pelas ruas da cidade caótica. Fuçou um dos bolsos da calça, retirando dele um cigarro e um isqueiro. Seus passos eram rápidos e o cigarro aliviava somente um pouco da tensão. Sua vontade era sair correndo pelas ruas.

Caminhou pelo parque central da cidade, tentando não esbarrar nos pedestres e nos ciclistas. Ele se aproximou de algumas cerejeiras, estas que acompanhavam a margem de um pequeno lago, encaminhando-se para uma em especial: a maior delas. Matt encostou-se na árvore, observando o lago, enquanto suas memórias ficavam ainda mais fortes.

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Os dois garotos estavam sentados à sombra da maior cerejeira daquele parque. O dia estava ensolarado, mas a brisa não se esquecera de passar por eles, trazendo consigo algumas pétalas da flor rósea. Aquele era o lugar para onde eles escapavam sempre que podiam do orfanato onde viviam. Ali podiam conversar tranquilamente e esquecer um pouco da vida vazia que levavam dentro daqueles muros altos que aprenderam a pular. Matt observava o lago e as pétalas mais próximas que boiavam em sua superfície, enquanto Mello jogava algumas pedras no meio dele, observando as ondas que aumentavam até desaparecerem próximas à margem.

- Ei, Mello... - o ruivo chamou, sem tirar os olhos curiosos do lago.

- Fala... - ele respondeu arremessando mais uma pedra, feliz por esta ter ido mais longe.

- A gente nunca vai se separar, né?

- Claro que não... Nós somos amigos de infância e amigos de infância não se separam nunca! - ele virou-se para o amigo, sorrindo.

- Hmm. Certo! - respondeu com um olhar desconfiado, afinal, sabia que não podia confiar em tudo que o loiro dizia. Contudo, calou-se, como fizera por diversas vezes, para não estragar o momento e a esperança que tinha de sempre ter o amigo perto de si.

- Relaxa Matt... É uma promessa! - ele riu, socando levemente o ombro do outro.

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- Mail... Jeevas!

Matt virou-se, de certa forma surpreso, ao perceber que o loiro estava atrás dele. Deparou-se com uma imagem diferente daquela que lembrava: Um homem, ainda de expressão séria, mas que trazia no olhar um pouco mais de maturidade do que da última vez. Não pôde deixar de reparar que o loiro havia ganhado uma feia cicatriz que preenchia quase todo o lado esquerdo de seu rosto. - Mihael... A que devo a honra? - ele finalmente disse, seu tom um tanto frio.

- Eu tinha absoluta certeza de que você viria... - seu tom era convicto e a expressão de vitória era exatamente a mesma de sete anos atrás.

- Como tinha tanta certeza?

- Não é obvio? Você nunca me esqueceu, Mail... - ele deixou escapar um sorriso malicioso.

- Você não mudou nada... - resmungou irritado com o comentário do outro, mas no fundo sabia que estava feliz em vê-lo novamente. - Bom, se resolveu aparecer é porque precisa de algo e não havia mais ninguém no mundo que pudesse lhe ajudar... - ele encarou-o esperando a resposta.

- Ora, um amigo não pode sentir saudade e decidir fazer uma visita? - irônico.

- Um amigo normal sim... Mas não você! Eu te conheço bem Mihael, e sei que precisa de algo ou não estaria aqui. - disse, observando os olhos do outro.

- Ok... Eu preciso de um lugar pra ficar! Eu tô fodido cara... - suspirou.

- Claro, e é por isso que você lembrou de mim... - seu tom estava sério.

- Ah, qual é Matt...

- Então é assim... Um belo dia você resolve sumir sem nem se despedir e aparece sete anos depois dizendo que não tem onde ficar... Vai se ferrar, Mihael! - ele estava praticamente gritando e algumas pessoas observavam assustadas, a cena de longe.

- Não acredito que não vai me ajudar... Que tipo de pessoa você se tornou? Porra, Matt!

- Vá procurar os amigos que você arranjou nesses sete anos! - disse, pegando outro cigarro do bolso e acendendo-o. Deu uma longa tragada na tentativa de se acalmar.

- Eu não arranjei nenhum amigo nesse tempo... - resmungou, colocando as mãos nos bolsos, cabisbaixo.

- Não venha com historinhas pra cima de mim, Mihael! Aliás... Como foi que você me achou? Como conseguiu meu telefone, seu maldito? - perguntou intrigado, encarando o outro.

- Não foi muito difícil conseguir seu telefone... Eu só precisei usar meu charme com a recepcionista do seu terapeuta. Ela é claramente apaixonada por você, mas se rendeu a minha beleza... - ele ria, irônico. - Claro que se eu não conseguisse teria de me deslocar até o cassino onde você passa as noites e falar com alguém que te conhece por lá... Ora, como pode ser difícil achá-lo se você nem se deu ao trabalho de mudar de cidade? - ele continuava a rir.

- Seu maldito! Você me espionou por quanto tempo? - disse irritando-se cada vez mais, tirando outro cigarro do bolso.

- Cigarro, álcool, cassinos... Que decadência! Agora sei qual é o resultado de um casamento em crise! - seu tom era o mesmo de sempre e seus olhos continuavam perigosos como sempre foram. Ele não tinha mudado em nada aquele maldito jeito de ser. - Também freqüenta cabarés, Matt? Eu tenho dó da sua esposa... - riu desta vez mais alto, e não demorou muito até o ruivo socar seu rosto violentamente num impulso. Seu rosto queimou no mesmo instante e ele cambaleou para trás devido ao impacto.

- Cale essa maldita boca antes de falar do meu casamento ou da minha vida! - ele sentia o corpo todo esquentar e a raiva tomar conta de si. Respirava fundo, tentando acalmar-se, mas era difícil quando o outro continuava a sorrir maliciosamente. - Não pense que você pode aparecer e zombar de mim desse jeito, seu filho de uma puta... Minha vida não lhe diz respeito, Mihael, porque você não faz parte dela há sete anos... - e dizendo isso se colocou a caminhar para longe dali, deixando o outro sozinho.

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Cinco dias haviam se passado desde o incidente com Mello, no parque. Matt ainda tinha vontade de socar tudo a sua volta quando lembrava do rosto do loiro e para piorar ainda mais a situação, Rosalie estava quase o expulsando de casa, já que ele chegara bêbado em casa três noites seguidas, desde então. Era sexta-feira e ele não fora trabalhar porque acordara com uma terrível dor de cabeça - ressaca depois das três garrafas de uísque da noite anterior - e obviamente estressara-se após ouvir outro longo sermão da esposa, antes que ela saísse para o serviço. Ele e Joshua jogavam videogame no quarto do garoto quando ouviu o som da campainha.

- Eu já volto... - disse, retirando-se do quarto e indo em direção a porta. Abriu-a, deparando-se com a última pessoa que desejava ver naquele momento: sim, Mello. - Cai fora! - gritou e empurrou a porta com força suficiente para que ela batesse num belo estrondo, mas o outro segurou-a com o pé.

- Matt... É importante, eu preciso falar com você... - ele disse, seu tom era sério.

- Eu não tenho nada para falar com você, Mihael... Faça um favor, suma novamente porque você não me faz a menor falta! - gritou, ainda forçando a porta, inutilmente.

- Ora, nós dois sabemos que não é verdade... Você não quer que eu desapareça! - disse ainda em tom sério e sem o sorriso e os olhos provocadores de sempre. Definitivamente algo estava errado com ele.

- E por que eu deixaria você entrar, depois de tudo que você fez? - resmungou, irritado.

- Porque eu estou morrendo, Matt! - ele disse quase num sussurro, encarando o ruivo firmemente, pela pequena fresta aberta da porta e observando a sua expressão instantânea de choque.

Matt abriu a porta, num impulso. - Entra...

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Fim do primeiro capítulo. Espero do fundo do meu rim que tenham gostado da fic...

Por favor, se tiverem dúvidas, reclamações, sugestões, pedidos, elogios ou qualquer outra coisa "escrevível", mandem reviews!

Kissus and Bubais.