Nota da ficwriter: Para o melhor entendimento desta trama, sugiro a leitura das novelas antecedentes:
" Ao rumo de uma nova vida."
" A Luz Da Lua."

*Novo personagem criado pela ficwriter: Lótus.

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"Baseado na obra original de Rumiko Takahashi "InuYasha" (Todos os direitos reservados). Esta fiction não possui fins lucrativos de forma alguma!"

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Fanfiction by Colunista Sesshoumaru - Karol

Capítulo 1

Miroku estava sentado no topo da colina sentindo o vento de outono soprando em seu rosto. As aves estão migrando para escapar do inverno frio e triste, tão quanto o olhar do monge sobre o horizonte. Miroku levanta a sua mão onde está agregado o buraco do vento, que engolira seu avô, seu pai e que agora o ameaça.

_Não compreendo, faz quase cinco anos que Naraku fora exterminado, por que, por que ele ainda continua em minha mão?

Naraku se foi e junto com ele o segredo para desfazer a maldição. A preocupação era nítida na face de Miroku que fitava a palma da mão envolvida no lacre da luva e das contas.

Há muitos dias o monge vem agindo estranhamente, Sango percebe a mudança, ele não usa mais de suas brincadeiras abusadas para com ela e vive sozinho, meditando.
Sango ajudava Kagome nos afazeres domésticos, a tarde estava ideal para uma boa arrumação.

Kagome percebe a aflição da amiga que de vez em quando dá um jeito de passar frente às portas ou janelas para observar Miroku no alto da colina:

_Algum problema, Sango? Está preocupada com Miroku?

Como se fosse trazida de um estado de transe, a exterminadora de youkais fala:

_Hã!? Hum!?

_Perguntei se estava preocupada com Miroku.

Sango abaixa a cabeça, olha mais uma vez o tristonho monge pela janela, dá um suspiro e diz:

_Acho que existe algo de errado acontecendo com ele.

Kagome, como sempre, muito sábia e amiga conselheira, chega-se até a amiga colocando as mãos em seus ombros a conduzindo até a cozinha:

_Vamos! Esta conversa necessitará de uma boa xícara de chá!
As duas adentram o cômodo, enquanto Sango prepara e separa as folhas de ervas, Kagome coloca a chaleira sobre o fogo:

_Sango, o que a leva a crer que há algo de errado com Miroku?

_Ele não é mais o mesmo. Costumeiramente, a este momento, ele estaria aqui enchendo a minha paciência até me fazer perder o controle e acertá-lo com uma bofetada, mas... Ele vive sentado naquela colina com os seus pensamentos perdidos.

_É natural que os monges passem o dia meditando, Sango!

_Sim, mas não os monges como o Miroku! O passa-tempo dele seria galantear mulheres ou me afrontar com atrevimentos.

Kagome serve as xícaras de chá e senta-se ao chão com sua amiga. Sango está nitidamente cismada com a postura adquirida pelo monge nos últimos dias. Kagome dá um sorriso e diz:

_Não fique assim! Escute não acha que seria melhor e mais sutil que você o procurasse para conversar?

_Será, Kagome?

_Sim! Veja, tanto o Miroku e Inuyasha são como todos os outros homens em certos aspectos, os homens não são, por natureza, muito espontâneos com relação à aflições. Cabem às vezes a nós mulheres puxarmos o "fio da meada" para que eles sintam-se seguros e desabafem.
Sango enche-se de esperança, um brilho em seu olhar pôde ser visto:

_Você tem razão Kagome! Vou conversar com ele e tentar descobrir qual é o problema!

_Isso! Mas seja cautelosa! De vez em quando os homens tornam-se arredios e dão evasivas para não falarem sobre o que os aflige! Faça-o sentir-se à vontade, não o encoste contra a parede!

_Vou tentar!

Um pouco mais animada, Sango sorri para sua amiga e continuam o chá.

Continua...