Os efeitos de uma bebedeira
Sinopse: Álcool em excesso sempre causa consequências inesperadas. Com Gintoki não poderia ser diferente... Principalmente se estiver sob o efeito da bebida, e em Yoshiwara. O que aconteceu com o samurai lá? Ou melhor... O que ele aprontou por lá?
ALERTA:
Fic imprópria para menores, contém cenas bem picantes. Se não gosta desse tipo de conteúdo, por favor, não leia!
Parte 1
Convite inesperado
Dia de folga, após um dos raros trabalhos bem-sucedidos do trio Yorozuya. Gintoki repartiu o dinheiro entre ele, Kagura e Shinpachi. A garota Yato, a convite dos irmãos Shimura, acabou indo passar o fim de semana por lá.
Ou seja, Gintoki teria tempo livre de sobra pra andar por onde quisesse. E pra voltar pra casa na hora em que quisesse.
Depois de voltar do dojo dos Shimura, Gintoki voltou à casa e, antes de subir as escadarias, resolveu passar no bar de Otose para pagar parte do aluguel que devia. Ele abriu a porta corrediça e ouviu a costumeira recepção:
- Ah, é você, Gintoki.
- Quem você esperava? O Shaka de Virgem?
- O que você quer?
Gintoki mostrou um pequeno maço de notas à dona do bar:
- Não vai querer o aluguel do mês? Se não quiser, sobra mais pra mim.
- Deixe de gracinha e me dá esse dinheiro.
- Tá aqui. Pelo menos você não vai me encher o saco por um mês. Valeu a pena levar algumas mordidas de um cachorro perdido. Agora vou pra casa, as botas estão dando bolhas de tanto correr atrás daquele animal...
Gintoki dirigiu-se à porta, já saindo para ir pra casa e se livrar das botas. Mas...
- Gintoki, alguém deixou isto para você.
Otose entregou-lhe um envelope comum. O Yorozuya saiu dali, acenando à velha senhora. Ao chegar na parte de cima do imóvel, jogou sobre um dos sofás a espada de madeira, as chaves e o envelope. Em seguida, sentou-se no outro sofá e tirou as botas, mexendo os pés para ficarem mais livres.
- Já vi que vou passar este fim de semana completamente entediado. – murmurou.
Soltou o cinto e a faixa de tecido que prendiam o quimono branco à cintura e abriu a camisa preta. Fixou os olhos castanho-avermelhados no teto e respirou fundo. Estava cansado, precisava relaxar.
Decidiu tomar um bom banho para ajudar.
Minutos depois, Gintoki reapareceu na sala, apenas com a toalha de banho enrolada à cintura, revelando todo o seu físico atlético. Sozinho, não precisava se preocupar em se vestir imediatamente.
Passou pelo sofá e viu ali o tal envelope entregue por Otose. Abriu-o e retirou dali uma espécie de convite.
- Que convite é esse?
Estranhava que o tal convite fosse dirigido diretamente a ele. Não costumava receber convites daquele tipo. Logo ele, um pobretão...
Deteve seus olhos na leitura do tal convite e logo descobriu do que se tratava.
- Uma surpresa pra mim? Oras... Por que ainda me chamam de "Salvador de Yoshiwara"...?
Tornou a olhar para o convite que ainda tinha em mãos. Deixou escapar um sorrisinho malicioso.
- É... Até que não é má ideia mudar de ares... Se bem que faz tempo que não dou uma passada por lá.
Gintoki decidiu: iria até Yoshiwara ver fosse lá o que tivessem feito para ele.
Para uns, o território da perdição. Para outros, o paraíso dos prazeres. Essa sempre foi a cidade de Yoshiwara, que já vivera dias bem tenebrosos antes, e que atualmente era iluminada pelo sol durante o dia e a lua durante a noite.
Gintoki andava pela rua principal de Yoshiwara, inevitavelmente chamando a atenção de quem estava por lá. Para eles, o samurai de cabelo prateado era o "Salvador" daquele lugar.
Ok... O que realmente estava fazendo ali, mesmo depois de uma árdua tarefa de encontrar um cachorro perdido, o que consumiu um dia inteiro?
Talvez "quebrar a rotina" fosse a melhor resposta. Andava despreocupadamente pela rua, olhando para os lados, até encontrar Hinowa e o pequeno Seita.
- Ei, Gin-san! – o garoto o cumprimentou. – Fazia tempo que você não aparecia aqui!
- Eu vim aqui por um convite que recebi.
- Convite? – Hinowa perguntou sorridente. – Vejo que recebeu o convite das meninas daqui.
- É, eu recebi. – ele respondeu com o tal convite em mãos. – Isso é uma cortesia, não é?
- Sim. Nós de Yoshiwara queríamos retribuir tudo o que você e seus amigos fizeram por nós. Os garotos se divertiram muito, mas você ficou meio sem graça... Então, pensamos em algo mais de acordo. Só seguir o endereço indicado aí e você descobrirá.
Gintoki olhou para o convite mais uma vez e encontrou o dito endereço. Agora ficara curioso. Resolveu seguir em frente, mas antes perguntou à morena:
- Onde está a Tsukuyo? É um milagre não dar de cara com ela fazendo ronda e acertando uma kunai na minha testa...
- Bom, não faço a menor ideia... Ela saiu cedo para a ronda.
Gintoki chegou ao local indicado no convite. Era um dos vários bares que existiam ali, mas aquele possivelmente seria o mais suntuoso e caro de Yoshiwara. Adentrou-se no lugar, onde, para sua surpresa, foi recebido com todas as pompas. E pelas mulheres mais belas dali.
Até pensou em se beliscar, porque pensava estar em um sonho, devido a tantas "beldades" a rodeá-lo. Aparentemente, estavam ali as mais belas cortesãs de Yoshiwara para atendê-lo.
Deixou-se ser conduzido a uma das mesas e a ser atendido pelas mulheres. Com a cortesia que havia recebido, tinha direito a tudo do bom e do melhor. Desde a comida até a bebida.
Começou com algumas doses de saquê, acompanhadas de alguns petiscos e assim o Yorozuya já começou a ficar mais "alegrinho" e solto.
- Gintoki-sama – uma das cortesãs disse. – Por favor, poderia me acompanhar?
- Ah, sim. Para onde?
- Apenas me siga. Gostaria que você tivesse uma companhia mais agradável para apreciar a bebida.
Gintoki já começava a imaginar a cortesã que lhe faria companhia para beber... E para outras coisas mais. Mas, a princípio, seria beber mesmo. Uma mulher bela, tranquila, agradável...
O som da porta corrediça o tirou desses pensamentos e o conduziu de volta á realidade. Ouviu soluços de uma mulher. Eram soluços de alguém supostamente alcoolizada. A porta corrediça se fechou logo atrás dele, que ficou cara a cara com sua companhia.
Gintoki engoliu seco:
- Tsukuyo?
Era bom demais pra ser verdade o que acontecera até então. E, no momento, duas palavras resumiam muito bem a impressão que Gintoki acabava de ter daquele encontro:
"Estou ferrado!", pensou.
Continua no próximo capítulo...
