Eu não sou a J.K. Rowling.
Nota: Narrador random. Sem beta.
Voldemort
By Mello Evans
Nunca foi covarde de não chamar o nome dele e tinha certo orgulho disso, pronunciava livremente para qualquer hipócrita que ousasse querer ouvir.
Proferia até intimamente, na subconsciência de seus sonhos e pesadelos. O nome escapava de seus lábios mudamente, como uma prece, mas não era uma oração para Deus, não ousava fazer. Seria para o Demônio? Também não, o garoto tinha seus princípios – bem mais do que aqueles porcos do Ministério, do que qualquer um, ele era o menino-que-sobreviveu, não é mesmo?
Eu podia ver o negro refletido no verde límpido e determinado, ele era um garoto bom, mas era atraído sempre pelo lado negro – não por suas vontades, mas pelos seus temores.
Nunca teve medo de nome – nomes são nomes, afinal de contas – tinha receio de si mesmo, de não poder mais aguentar aquela voz que o chamava noites adentro, daqueles olhos vermelhos que o observavam pela janela, pelo teto, por dentro de sua cabeça e ele sabia o nome do dono daquela voz, do sibilo inequívoco, dos dedos longos, gélidos – quase garras – que acariciavam sua pele junto com o vento noturno.
Ele tinha raiva – todos os seres humanos são assim, até mesmo o salvador-do-mundo-bruxo –, ele tinha desespero, porque ele gostava, ele queria mais, ele não conseguia simplesmente conter os poros que se eriçavam, dos lábios que se entreabriam e dos gemidos incontidos.
E o medo, a raiva e o prazer eram sinônimos daquele nome. Eram partes do menino, pedaços costurados na alma de Harry Potter – ele não as arrancaria nunca mais.
E mesmo que ele lutasse, mesmo que ele amassa, mesmo que tudo, ele não poderia fugir de sua sina, seu destino, sua mácula.
Pobre pequeno, seria para sempre parte de Voldemort.
Fim.
Hum... Essa fic foi um desafio, me deram um nome e eu fiz essa coisinha feia. Reece River, amore, não sou boa com fics nesse ship, viu? Mas eu fiz porque simplesmente eu não estou me aguentando para assistir HP7.2 =)
Eu posso pedir review?
