Rachel agora entendia perfeitamente como Quinn acabará grávida de alguém que não era seu namorado. Não era assim que ela iria terminar. Não. Era impossível que terminasse grávida. Mas agora, um pouquinho tonta de wine cooler, ela podia notar quanto era difícil se controlar. In vino Veritas. Estava certa que o vinho não fez ela trazer à tona alguma verdade que ela escondia. Mas tinha certeza que trouxera toda a falta de controle que era possível. Ai, se ela conseguisse ficar sóbria logo. Antes que alguma besteira acontecesse.

- Rach, relaxe. Você mesma disse que garotas querem sexo tanto quanto garotos. Eu me lembro bem disso. - Quinn não poderia parecer mais sedutora, mesmo usando um argumento tão cafajeste quanto Noah usaria.

- Quinn! Não!

- Por que?

- Eu tenho namorado. Você sabe disso.

- Meu bem, ele não vai ficar sabendo disso. - Quinn falou enquanto acariciava as pernas de Rachel – Eu prometo a você que vai ficar só entre nós duas.

- Sério? - Perguntou erguendo a mão para aceitar mais uma garrafa de wine cooler que a outra menina lhe oferecia.

- Sério. Afinal por que você me chamou aqui.

- Eu queria conversar com alguém...

- E por isso você me pediu para trazer wine cooler? Rach – com as mãos agora entre as coxas dela. - Eu lembro exatamente de ter contado para você como Puck conseguiu me convencer a transar com ela naquele dia. Você acha mesmo que eu não entendi o que você queria?

- Quinn. Você é minha amiga. Eu só queria... alguém para me ajudar a me divertir um pouco e esquecer... - ela não pode terminar o que dizia. Mas uma vez estava sendo beijada. Quinn já estava por cima dela. Ficava cada vez mais difícil dizer não. Mesmo que não estivesse levemente bêbada.

- Sei... e por que você está vestida assim? - Rachel usava shorts curtíssimo e uma regata. Não era muito diferente dos que ela havia vestido quando eles fizeram The Funk performance. - você não está vestindo um sutiã. Será que você esta vestindo uma calcinha? - falou movendo a mão para dentro dos shorts de Rachel, que rapidamente segurou a mão da amiga.

- Meu deus! Você parece um polvo! Quantas mãos você tem afinal de contas? - o bastante para estar em todo lugar em seu corpo. Enquanto impedia que avançasse a mão no seu sexo, uma mão corria para seus seios. Assim por diante. Sexo, bunda e seios. Coxa, sexo e bunda. Pescoço, seios e sexo. Essa menina é o demônio!

- Pare de dizer não. Eu sei que você quer. E eu prometo que vai ser gostoso. - Disse isso com um sorriso tão safado e logo voltou a beijar e a tocar todo os lugares. Puxando a alça da blusa de Rachel para o lado assim tendo melhor acesso aos mamilos já rígidos da menina.

- Promete? - nem pensou mais em impedir a boca que estava beijando o seu mamilo. Quinn nem se abalou em responder. Apenas sugou com mais força e mordiscou. - Droga!

- Diga outra vez, por favor.- Rachel implorou.

- Você é linda. Linda. - Rachel nem percebeu como a menina olhava para ela. Era pura adoração.

- Para minha cama! - Não era o suficiente perder a virgindade para alguém que não fosse seu namorado. Ela não iria fazer isso no sofá.

- Humhm... Quinn obedeceu. Ela não acreditava que toda aquela conversa mole iria levá-la onde ela mais queria: à cama de Rachel Berry.

A maior trajetória da vida de Quinn. - Será que ela desistiria antes de chegar ao quarto?. Para Rachel nunca foi tão difícil subir as escadas. Cada degrau era um trabalho. Agora que havia dado livre acesso ao seu corpo era possível que ela perdesse a virgindade nas escadas antes de chegar ao quarto.

Finalmente ela conseguiu fazer Quinn se mover até a cama dela. Deitado-se de costas na cama imediatamente. Nem esperou pela outra menina tirar sua roupa. Num movimento rápido tirou a camiseta, enquanto sentiu seus shorts sendo arrancados. Alguém estava definitivamente impaciência. Era a primeira vez que ficava completamente nua para alguém. Quase sua insegurança a fez retroceder. A mesma insegurança que a fez ligar para a amiga pedindo que trouxesse bebidas. Não deu tempo. Quinn deitou sobre ela ainda vestida.

- Tira a roupa. - Era a segunda vez que Rachel ordenava alguma coisa naquela tarde.

- Só mais um pouco... - Ou Quinn tirava a roupa agora ou só no segundo round. Ela nem acreditava que estava pensado no segundo round...

- Agora. - com isso o uniforme da Cheerios se ficou espalhado no chão ao lado da cama.

- Rach, meu bem, abra as pernas. - dessa vez muito gentil. Não estava ordenado, apenas pedindo. A morena consentiu com prazer.

Quinn não sabia o que fazer. Na verdade o que a levara até ali foi a cara de pau mesmo. Nunca havia deitado com uma menina. E tudo que sabia era das indiscrições de Brittany. Que falava das transas dela com Santana sem a menor vergonha. Tocar, beijar ou chupar. O que iria fazer primeiro? Talvez fosse a única vez na vida dela que teria essa chance.

- Devagar... - pediu.- Logo - ela não precisa acrescentar. Quinn não iria cuidar disso.

- Ok. Confie em mim. – beijou a testa da menina, depois a bochecha e os lábios.

Tentou lembrar cada como B tinha dito como gostava que S fizesse. Primeiro acariciou o sexo de Rachel que gemeu um pouquinho. Seguiu tocando com as pontas do dedos. Decima a baixo. Debaixo para cima. Parou no clitóris. Lá ficou um tempo. Esfregando. Como fazia nela mesma. Sentiu o corpo da outra menina responder. A respiração mais forte, o jeito que ela jogava o quadril para frente tentando ter mais contato... Ela mesma gemeu com os sons e os movimento de Rachel. Pressionava suas coxas uma contra outra para acalmar o próprio desejo.

- Tão gostoso... - ela não acreditava. Rachel começaria a falar sacanagem?

- O que, meu bem? Diga pra mim o que é tão gostoso. - Quinn encorajou a menina.

- Você na minha boce... - droga. Não era possível. Berry não poderia parecer mais gostosa.

- Você é tão gostosa. É gostoso estar na sua boceta, Rach. Nem posso esperar pra por minha boca nela. - Agora sim perecia tudo absurdo. Nem ela podia acreditar no que saia da própria boca. Quando ela ficou safada assim?

- Ptuz! Eu quero gozar na sua boca. Põe sua boca logo.

Quinn sugou com mais força o mamilo enquanto esfregava os clitóris de morena com um virgo fora do comum. De repente parou. Rachel se preparou para reclamar e suplicar para que ela voltasse ao que estava fazendo. Mas ao sentir para onde a boca de Quinn se dirigia, parou o que ia fazer. Apenas deixava seu corpo reagir aos toques e beijos. Quando começaram os beijos em seu monte de Vênus e sua coxa ela não aguentou. Ela mesmo iria fazer isso já que a loira se recusava, e continuava brincando com ela. Tentou tocar entre as pernas. Sentiu sua mão sendo segurada.

- Não. Tenha um pouco mais de paciência.- Ouviu a outra falar sério, com uma expressão no rosto que ela nunca havia visto antes.

- Logo. Eu... por favor.

- Linda, não precisa pedir novamente.

Com isso Quinn beijou o sexo de Rachel, depois se deixou perder algum tempo lambendo e beijando a entrada, logo em seguida colocou a ponto dos dois dedos e forçou um pouco. Não foi difícil entrar. A menina estava tão molhada que seus dedos escorregaram com facilidade quase por inteiro. O restante entrou com um pouquinho de dificuldade. Ela não sabia se era pelo fato de Rachel ser virgem ou se ela estava um pouco tensa. Mas ela parecia relaxa. Tentou um terceiro dedo, mas a morena fez um som de desaprovação. Parou por ali. Deixou a menina se acostumar e impor o próprio passo. Enquanto isso ficava olhando maravilhada como ela mexia. Era a coisa mais sexy do universo. Era o bastante. Não aguentou. Pôs a boca no sexo dela uma vez mais. Dessa vez não iria para até fazê-la gozar. Chupou e lambeu. As vezes ficava difícil manter o ritmo, mas não desistiu. Não estava apenas dando prazer, estava sentindo também. Começou a imitar uma tesoura com os dedos dentro de Rachel, levemente. Foi o suficiente para a outra menina grunhir de prazer. Respirando profundamente e falando coisas tão eróticas, que ela jamais poderia sonhar em ouvir. Quando as mão de Rachel afundaram em seus cabelos, ela sabia que estava próximo de receber o que queria. Sentiu as coxas de Rachel apertando sua cabeça e seu sexo ficar cada vez mais molhado. A morena erguia o quadril como se se oferecesse a ela. Ela aceitou e engoliu. Rachel caiu na cama desacordada. Assim ficou por alguns minutos.

Enquanto Rachel cochilava, Quinn dava prazer a ela mesma. Se sentia uma pervertida: se masturbar enquanto olhando uma menina dormir. Que bobagem a menina estava nua, adormecida por que havia acabado de gozar. Ela tinha feito isso para ela. Continuou se masturbando olhando e beijando o corpo de Rachel. Que apenas suspirava em seu cochilo. De repente Quinn, sentiu uma mão segurando a sua. Seu olhos saíram dos maravilhosos peitos de Rachel Berry e pararam em seu lindo rosto. Ela não teve tempo de entender. Sentiu a morena empurrando-a de costas contra a cama. Como uma figura tão frágil poderia ser ter tanta força? De repente uma boca faminta encontrou seu clitóris e não parou até que ela afundasse na cama, satisfeita. A última coisa que sentiu foi um corpo delicado deita ao lado dela a puxando para um abraço. Depois Rachel virou de costa para ela. O que primeiro ela sentiu como se fosse rejeição.

- Quinn?

- Humm – Nem conseguia formular uma frase.

- Você não quer me abraçar? - ouviu a voz magoada da outra menina.

- Claro que eu quero. Que ideia. Você quer dormir um pouco? - perguntou enquanto abraçava a menina por trás e alisava seu cabelo.

- Sim. Você vai ficar aqui comigo? - sentiu a outra menina se aconchegar nela.

- Meu amor, eu não vou a lugar algum sem você. - notou que a garota adormeceu logo em seguida.

Ela sabia que haveria um conversa depois disso. Afinal o que aconteceu era completamente diferente do que aconteceu entre ela e Puck. Pelo menos era isso que ela sentia. Seja lá o que acontecesse, ela teria que estar pronta para isso.

Quinn não ficou muito tempo sozinha com seus pensamentos notou que a menina começava a acordar. Rachel ainda sorriu para ela por um instante, de repente se levantou abruptamente.

- Oh não... - sussurrou

- Rach, calma. Está tudo bem.

- Tudo bem? Quinn... - nem precisou dizer o resto. - Eu sou uma puta...

- Não, não é. - falou trazendo Rachel para um abraço que nem mesmo esperava a menina aceitar.

- Eu nem transei com meu namorado ainda... eu não podia ter feito isso de qualquer forma.

- Foi o momento. Nós fizemos isso no calor do momento.

- Nós poderíamos ter parado muito antes das coisas esquentarem.

- Rach...

- Eu sou uma puta.

- Não é.

- Mas o jeito que eu agi...

- Você foi linda.

- Você está dizendo isso por dizer.

- Não. Não estou. Eu gosto de você.

- Acho melhor você ir...

- Não. Venha aqui. Durma mais um pouco. Você está cansada.

Rachel concordou em dormir um pouco. Enquanto isso Quinn tomou a liberdade de fazer um lanche para a menina. Procurou anagenésicos e pois na mesinha de cabeceira junto a um copo d'água. Desceu as escadas e limpou toda a bagunça que deixaram na sala. Não queria que Rachel tivesse que pensar ainda mais nisso quando visse as garrafas de wine cooler e as almofadas pelo chão. Voltou ao quarto com o lanche que havia preparado: algumas frutas cortadas, um torrada, geleia e suco de laranja. Colocou ao lado da cama junto aos comprimidos e o copo d'água. Resolveu abrir as cortinas. Era finalzinho de tarde e a claridade já não machucaria os olhos da menina quando ela acordasse. Um pouco de claridade faria bem.

Estava determinada em ao menos minimizar o estrago que tinha feito. A última coisa que precisava agora é que a outra menina se sentisse um lixo. Se sentisse usada. - Droga! Onde eu estava na cabeça quando resolvi fazer isso?

- Rachel, baby, acorde.

- Oi...

- Vê? Eu preparei um lanche para você. Mas primeiro você precisa tomar isso.

- O que é?

- Paracetamol. Você está com dor de cabeça? - Rachel apenas fez que sim com a cabeça. - Tome. - Entregou o comprimido junto com o copo d'água.

- Vamos comer alguma coisa? - Novamente ela só concordou com a cabeça. Você está com fome não está. - Novamente o mesmo movimento. - você vai falar alguma coisa, ou só balançar a cabeça?

- Eu vou falar... - dessa vez ela sorriu. Um bom começo. Quinn também sorriu ao ver o sorriso da garota.

Elas comeram o lanche que Quinn havia feito. Rachel não falava muito, mas parecia um pouco menos decepcionada. Depois de um tempo sorria, devolvia alguns dos afagos que a amiga fazia a ela. Quinn cheira o cabelo de Rachel, beija-lhe o topo da cabeça, segurava a sua mão e não conseguia para de olhar para a morena. E tudo que ela dizia, Quinn mostrava um sorriso seguido de algum carinho. Não apenas por que queria consertar o erro irreparável de ter feito a menina ceder, mas ao fato de realmente achar tudo que a morena fazia lindo. Algum momento a realidade iria bater novamente, mas agora ela conseguia dar a Rachel o momento de cumplicidade que ela sempre esperou que haveria depois que fizesse sexo com Finn. Enquanto falava qualquer bobagem para manter a outra menina distraída percebia que não queria ir embora e deixá-la sozinha. Por saber que iria sentir saudades, e por ter medo do que ela sentiria assim que Quinn fosse embora. - O que está passando pela cabeça dela?

- Quinn?

- Sim?

- O que você acha de mim? - perguntou sabendo que não estava preparada para qualquer resposta.

- Como assim?

- Você sabe. Você acha que eu não...

- Rachel eu sei que você sente que fez algo de errado. Sim, nós fizemos algo errado. Você não estava sozinha.

- Você se arrepende?

- Sim e não. Sim por ter feito você trair seu namorado. Não por sentir atração por você. Isso é apenas natural.

- Então você não tem nojo de mim?

- De onde você tirou isso? Nunca. Você é... nem sei explicar. Você não deveria ter ficado insegura para início de conversa. Por nenhum motivo...

- Você gosta de mim?

- Claro! - Quinn falou indignada. Claro que ela gostava.

- Você me ama?

- Sim. - respondeu com mais ternura que Rachel espera ouvir.

Não era que Rachel estivesse esperando agora um príncipe encantado. Ela só esperava ter o mínimo de controle sobre a própria vida. Isso ter acontecido dessa maneira não foi exatamente o fim de um sonho de menina. Não foi. Ela apenas queria que alguém que ela desejasse a desejasse da mesma forma e com a mesma intensidade. E, sobre tudo, a respeitasse. Ela nunca se sentiu muito atraente. Muitas vezes ela se sentiu feia. Ela queria que tivesse sido com Finn. Ou ao menos que ela não estivesse namorando com ele agora. Ela não deixar de notar o quanto Quinn se esforçou para que ela gostasse, mesmo tendo ela mesma motivos bem egoístas para isso. Mas agora ela estava aqui, tentando fazer tudo melhor. Seria perfeito se não fosse as circunstâncias. Rachel a encarou, levantou a mão para lhe acariciar o rosto e deixou um beijo no rosto da menina. Sorriu novamente. Talvez isso fizesse as coisas mais complicadas daqui para frente. Talvez fosse mais fácil sentir raiva dela. Mas agora era impossível. Por enquanto era melhor não pensar.