Título:
UNFAITHFUL
Autor: Angell Kinney
Casal
principal : Mascara da Morte (Carlo Treschi) Afrodite de Peixes
(Dido) – Saint Seiya.
Classificação:
+18
Gênero: Short Fic
/Drama/Romance/ANGST/YAOI
Spoilers: A fiction se
passa após a SAGA DE HADES. Como não se sabe que fim se
deu com os Santos de Athena após o Prólogo do Céu
( Tenkai –hen movie) esse é o ponto inicial de nossa fanfic.
Parte: 01 de 04
DISCLAIMER:
LADIES
N'GENTLEMANS, ONE MINUTE PLEASE !
- Esta aqui é uma fanfiction yaoi. Bem, você não sabe o que é yaoi? Tudo bem.Eu explico. Pense em amor, pensou? Sim. Agora pense nas conseqüências de duas pessoas apaixonadas... Sim, pensou em "fazer amor" ou sexo ? Ótimo, você chegou a metade da questão. Agora substitua o convencional homem x mulher e coloque um homem no lugar da mulher. Entendeu That's the point of no return !
Relacionamento homossexual. Essa é a temática do Yaoi. Portanto se você começar a baixar a barra de rolagem do seu navegador é esse tipo de conteúdo que você vai encontrar na minha fic.
ENTÃO: Depois não diga que eu não avisei, não venha me xingar, enviar e-mails ofensivos que eu não podia isso, ou não podia aquilo com o seu personagem favorito. Lembre-se, eu não ganho nada para escrever aqui, tampouco ( acredito) você para ler. Portanto, se não gostou, mude de opção de entretenimento... pois não serei nem um pouco delicado com os que se dirigirem a mim com tal finalidade e garanto que ainda me divertirei um bocado a suas custas.Então seja um bom leitor(a), ouça meu conselho : Não tente.
Ah você curte yaoi e se interessou pela fic, seja para criticar, comentar... Fique a vontade! Lembre-se que as atualizações virão conforme os comentários. Comentários em numero satisfatório, atualização rápida (se convier na mesma semana). Poucos comentários... bem, podemos negociar via e-mail... ou não. Aguardem minha boa vontade que nunca é tãaaaao boa quanto parece.
- Saint Seiya e seus personagens não me pertencem. São propriedade de Masami Kurumada Toey Animation e cia. Essa fanfic não tem fins lucrativos, portanto eu estou mais duro que um coco. Se quiser processar alguém, procure quem tenha grana pra pagar o brinquedo, se não tiver, faça aviãozinho com o seu processo. É divertido. Ou como nossa amiga Dana ( Dana Norram id :2490555 no faça origami com ele além de divertido, pode ter funções terapêuticas . Não repetirei isso aqui.
Fanfic dedicada a meu Boo... Ice Magus.( I never ever will get over you…)
& for my dearest friend Carlinha Sakura.
Happy Xmas.
Capitulo 1 – GAME OVER.
Estava encostado na pilastra da casa de câncer quando sentiu o cosmo dele passar ao lado de fora da casa deixando a fragrância inconfundível no ar. Tentou evitar inutilmente que um sorriso viesse ao seu rosto,fizesse sua face corar e toda a sua virilidade italiana vir a tona.
Desespero. Não conseguiria manter a cabeça no jogo de truco em cima da mesa enquanto aquele cheiro rondasse sua morada diabólica. Não conseguiria respirar ar fresco sem sentir aquele cheiro que o enlouquecia a mente, o desprovia dos sentimentos hipócritas que ele pretendia nunca sentir por ser humano algum.
Carlo fechou os olhos com pesar, maneou a cabeça para frente. Estava atordoado, mas nunca confessaria isso pros dois cavaleiros que estavam a sua frente. Com um gesto mais brusco da cabeça permitiu que os cabelos negros e lisos se bagunçassem ainda mais fazendo com que Shaina risse abertamente do conterrâneo.
- O que foi isso homem? Enlouqueceu? Tá parecendo um maluco! – a morena falou jogando os cabelos para trás do ombro com um gesto bem feminino, torcera-os como se fosse prende-los em um rabo de cavalo, mas não o fez. Era uma mulher muito atraente, Carlo tinha de admitir, mesmo a arte da guerra não a tinha deixado abrutalhada como grande parte das Amazonas do Santuário. Shaina tinha o corpo bem torneado, as mãos longas e com unhas bem feitas, o colo era muito atraente e se destacava muito mais quando estava exposto, firme, com seios fartos de mamilos róseos,como no momento estava no momento, com a blusa de linho fino completamente transparente.
- Não estou com cabeça para truco. – Carlo resmungou. Seus olhos procuraram o de Saga, sentado do outro lado do sofá do amplo salão da casa de Câncer. Evitou pousa-los em Shaina – É sexta feira, não quero ficar a noite inteira jogando carteado.- disfarçou,acho que vocês tem idéias melhores.
- E o que tem de melhor para se fazer? – Saga perguntou com os olhos azuis transbordando de excitação.- Cabeças para cortar, deuses para desafiar, tronos para usurpar? – ele sorriu. – Acho que não Carlo. Pense bem, o amigo sorriu. O rosto maduro do moreno de vinte e seis anos exibindo um sorriso malicioso repleto de segundas intenções que Carlo não tinha muita certeza de querer corresponder aquela noite.
- Me assusta que suas idéias de diversão sejam todas ligadas a guerra. A luta, a essas coisas... – Shaina disse boquiaberta. – Ah Saga... –ela gemeu languidamente olhando para o namorado. – Lhe garanto que podemos fazer coisas muito mais interessantes agora mesmo... Não é Carlo? – a Amazona de Cobra disse se levantando e se pondo entre Carlo e Saga.Os bico de seus seios roçando no queixo bem barbeado de Mascara da Morte, causando um certo arrepio involuntário.
Rosas. Desejo pelo cheiro de Rosas que passara perto dali.
Carlo conhecia muito bem o casal de amigos. Shaina estava sempre disposta nas noites de sexta feira para joguinhos sexuais. Começavam com o Truco, depois estavam entornando goles de vinho, e quando menos se esperassem coroavam a madrugada de sábado com uma seção de Ménage a trois tórrida. Carlo não sabia nem seu nome quando acordava, enquanto o casal saia feliz e satisfeito por terem usufruído do rapaz.
No inicio fora divertido. No inicio apenas.
Eles saiam juntos. E Carlo, e ele, Carlo... Ficava sozinho. Na cama desfeito. Brinquedo usado. Brinquedo Quebrado.
E tinha as rosas. As rosas lindas que ele tinha visto, que ele adorava visitar quando estava triste. Era tão fácil. Como na canção, as rosas não falavam, as rosas não contariam o que ele sentia, o que ele queria. Qual o real canto do seu coração, o que ele realmente sentia quando era usado daquela forma.
Para falar a verdade Carlo não sabia o que estava sentindo, nem explicar como e porque desejava escapar daquele sentimento, daquela relação. Era muito bom o sexo que fazia com os amigos. Adorava estar com Shaina, tocar sua pele macia, seus seios macios, beijar a dobrinha debaixo de seus seios, como também adorava sentir a pele de Saga sobre a sua, roçando, daquele jeito masculino, grosso. O sexo pesado do amigo em suas nádegas, deixando o caminho todo livre para ele tocar e massagear o que queria.
Era sempre assim, toques, desejo, calor, gozo. Nunca completo. Nunca mergulhara na masculinidade de Saga como se inebriava no corpo de Shaina. E nem o amigo de Gêmeos o tocava como ele realmente queria ser tocado. Totalmente.
No principio Carlo preteriu esses desejos, quando os olhares de Saga e o dele se cruzavam na cama ele desviava o rosto, ele olhava para Shaina, fechava os olhos. Mas não conseguia fingir por muito tempo. Logo as mãos de Saga o despertavam, tocavam seu membro, buscavam-lhe os lábios. Os dedos em sua boca molhada, o corpo inteiro se convulsionando, pedindo por Saga, mas Saga não vinha nunca e ele não podia implorar. Mascara da Morte nunca soube implorar. Carlo Treschi nunca imploraria para um homem o tocar.
Mas ele mudou de idéia logo após ter ido ao seu recanto sagrado naquela mesma manhã. Ele estava confuso. Era o terceiro encontro entre ele, Saga e Shaina, e o casal tinha acordado mais cedo que ele,arrumado suas coisas e zarpado para um passeio romântico em Mikonos. E ele acordou sozinho.
A impressão forte dos olhos azuis acinzentados de Saga nos olhos dele, a boca se abrindo no orgamos, urrando,arremetendo mais rápido dentro de Shaina enquanto gritava no ouvido dele, vencedor.
Deusa, Oh Deusa... Por que não esquecia aquele homem,por que ele não conseguia se concentrar em Shaina quando Saga ficava sobre ele, quando Saga tocava os lábios no pescoço dele, quando o levava ao limite? Ele era um macho. E estava transando a mulher de outro macho, então porque não se sentia vitorioso e sim usado?
E foi assim que ele subiu naquela manhã de dezembro rumo ao roseiral mais lindo de toda a Grécia, a escadaria de Afrodite.
Nunca antes ele tinha sido pego alí pelo dono do roseiral. O prepotente cavaleiro de Peixes, o homem que tinha ousado roubar a beleza dos Deuses para si. Odioso, mimado e mortal. Esse era o Cavaleiro de Peixes. Um homem que matava tão ou mais indiscriminadamente do que ele próprio, sem sentir remorso, sem derramar uma lágrima. A beleza da morte. A morte bela era encontrada pelas mãos de Peixes.
Tinham lutado lado a lado em algumas batalhas. Tinham derrotado Hades e se vendido ao Deus em prol de Athena juntos. Renasceram nos Elisíos juntos. Mas, Mascara da Morte, como todo o resto do Zodíaco detestava o sueco. Seu jeito afetado, suas formas que confundiam os homens, que enredavam homens feitos e faziam-nos refém de seus caprichos. Deveria ser proibido que os Deuses enviassem tal aberração para o mundo dos homens. Uma Sereia com pernas que andava pelo Zodíaco.
E foi justamente esse homem que Mascara da Morte encontrou. Estava nu, deitado entre as roseiras, os cabelos loiros voando contra o sabor do vento, oscilando em ondas perfeitas. Um anjo sobre a luz do sol que dormira banhado pela lua. Afrodite dormia tranquilamente entre seu roseiral imaculado, não se importando ou parecendo não se importar com quem passasse por alí e o visse desprotegido e delicado, pronto a ser esmagado com os pés como qualquer uma de suas rosas.
Carlo se aproximou como se estivesse encantado. Aquela pele era de verdade? Porque não era cheia de cicatrizes como as dele e a dos demais cavaleiros e sim acetinada e brilhante como a da própria Athena. Senão mais?
Como uma nádega podia ser tão roliça e tão firme ao mesmo tempo, e as coxas longilíneas e grossas, coexistindo o perfeito masculino e feminino em suas formas?
Era encantador demais ter aquele ser diáfano a sua frente, adormecido como uma criança, indefeso como uma flor, mas se ele acordasse, e se ele acordasse o que seria de Carlo?
Ele fora procurar paz no jardim e dera de cara com a cobra do Éden em forma de gente que metade do Santuário desprezava e a outra parte sucumbia a beleza.
Ele morderia aquela maça? E que maça do rosto perfeitas! E que olhos que se abriam para ele espantados. E que grito feminino e genuíno foi aquele?
- O que você faz aqui? – o loiro gritou.- Nem mais um passo Mascara da Morte ou eu... Ou eu... – o loiro falou tapando seu sexo com as mãos. Os músculos definidos do torso se contraindo conforme ele formava um X com os braços cobrindo o sexo e o escroto rosado que ainda balançava.
Carlo se limitou a rir com escárnio. Queria sorrir abertamente, queria falar o que via, que estava apenas olhando, que não era pra tanto. Mas para quê se desarmar para uma pessoa como Afrodite de Peixes. Ele era insuportável, e seria mais ainda se ele se desculpasse.
- Estava passando para o Salão de Athena quando te encontrei aqui, garota! – Carlo escarneceu.
- Ora, então passe direto antes que nunca mais passe.- Afrodite falou abrindo os braços. Os galhos rasteiros das rosas brancas foram se erguendo como chicotes, as raízes saindo da terra como raios esmagadores de um trovão.
- Não é para Tanto Afrodite. – Carlo falou temeroso. Não queria, não pretendia deixar Afrodite tão irritado em tão pouco tempo. Deus, ele estava só olhando. Que homenzinho revoltado aquele Peixes era.
- Como não é? Você me chamou de garota! – ele falou em um chiado. O rosto de Carlo enrbesceu.
- Brincadeira amigo. E eu não sou o único a te chamar de Garota e você bem sabe! E o que faz nu aqui as cinco da manhã? - o moreno perguntou. Mas antes mesmo do outro abrir a boca já sabia a resposta.
- Desde quando eu te devo explicações? – Afrodite resmungou. – Quem você pensa que é? Volte para sua casa ou siga seu caminho!- ordenou.- Ou eu não lhe deixarei passar nunca mais por aqui Mascara da Morte!
- Hei, ninguém mais me chama de Mascara da Morte! – Carlo apressou-se em falar. Desde que renascera depois da Guerra Santa contra Hades e sua casa fora limpa das imagens dantescas de pessoas mortas por suas próprias mãos, as pessoas o chamavam de Carlo, ou Câncer.
- E o que importa, eu não sou o único a te chamar de Mascara da Morte, e você bem sabe. – Afrodite falou com um sorriso debochado.- E agora sem a sua permissão... – ele apontou para o caminho de volta para Câncer. – Suma daqui.
Carlo ia responder, mas ficou bestificado ao ver Kanon de Gêmeos sair da casa de peixes com um cobertor na mão. Na mesma hora Kanon olhou para ele e seu rosto se enfureceu. Carlo entendeu tudo.
- Estava frio e eu fui buscar um cobertor Afrodite. Não vi que ele tinha chegado... – Kanon disse para o pisciano sem ao menos desviar o olhar raivoso de Carlo. Era obvio que estava furioso porque lia o desejo de Carlo por Afrodite. Indisfarçável, completamente despudorado.
- Percebi. – Afrodite falou se sentindo envolver pelos braços fortes do amante que o enrolavam no cobertor felupudo. – Vamos entrar. Carlo já está voltando para sua casa.- o loiro disse fazendo bico.
Carlo manteve o olhar para Afrodite, estava se sentindo uma criança expulsa do parquinho, destituído de moral. Mas o que ele poderia fazer? Eram dois homens, se amando, se protegendo. Kanon protegia Afrodite de seus olhares maliciosos, e Afrodite protegeria Kanon de entrar em uma briga por ele. Que poder aquela criatura tinha de enfeitiçar...
Carlo ficou vendo os dois entrarem na casa de Peixes ainda abraçados. E voltou para sua casa ainda mais desolado do que quando saíra.
Agora estava ainda lá. Ele sabia que Afrodite tinha terminado com Kanon após pega-lo com Misty na cama. Sabia que o loiro tinha passado pela casa dele pelo cheiro de rosas no ar. E agora nada mais conseguia mantê-lo concentrado. Nem as caricias de Shaina tentando baixar suas calças, nem os olhares de Saga pareciam significar mais do que a visão de Afrodite nu nas Rosas. Ele tinha visto isso em um filme, beleza Americana, mas não sabia que ao vivo e a cores a coisa toda podia ser ainda mais perturbadora, ainda mais que o anjo protagonista pudesse ser tão inviável como o infame Afrodite de Peixes.
- Carlo. – Shaina gemeu beijando seus lábios. – Não quer hoje? Está cansado?- ela se ofereceu lânguida.
- Um pouco... – ele deixou escapar. – Façam essa viagem sem mim hoje. – O Canceriano disse se afastando das mãos de Shaina e levantando-se, mas as mãos de Saga o seguram decididamente.
- Estou com tesão Carlo.- ele sussurrou com a voz rouca na orelha de Mascara da morte.
Carlo perdeu a compostura. Se ousasse talvez colasse, se não ia tudo acabar por alí. Virando-se para Saga o segurou pela nuca e colou a boca na do amigo. Saga arregalou os olhos e o segurou pela cintura. A boca de Carlo deslizou da boca para orelha de Saga e o italiano sussurrou: "Só quero se for com você, só com você."
Saga recuou dois passos. Os olhos fixos em Carlo, os braços não o soltaram. Ao longe Shaina não tirava os olhos dos dois homens abraçados. O coração de Carlo esmurrava o peito querendo escapar de sua caixa toráxica. Não acreditara no que tinha dito. E como tinha dito. Mas os olhos de Saga não se desviaram e o homem o puxou contra si, colando os lábios nos dele com fervor. Um gosto agridoce na saliva repleta de vinho tinto. Os cílios compridos do grego roçando nos dele, as mão se colando as suas nádegas. Era a hora, seria a hora?
Carlo desceu as mãos ao meio das pernas de Saga, tocando o membro duro sob a calça jeans escura. Foi nesse momento que Saga sussurrou " Não... não na frente da minha mulher..."
Foi como um balde d'agua. Se não fosse na frente de Shaina não seria nunca. Afastou-se de Saga que o olhava desolado.
- Se não for na frente dela, é traição.- Carlo falou para Saga sem ao menos descerrar os lábios. O elo mental de Câncer. Seu poder escondido de falar na mente das pessoas. Poucos cavaleiros o tinham, e esse poder era um dos poucos que ele gostava de ter por ser Cavaleiro.
Os olhos de Saga se perderam. Cambaleando de tesão e contrariedade ele caminhou até Shaina que estava sentada na poltrona sem entender nada e disse:
- Vamos embora. Foi a ultima vez. Ele não quer mais.
- Como?
- Vamos Shaina. O jogo acabou.
Carlo se sentiu aliviado quando os viu fora de sua casa. Correu para o banheiro. Com sorte ele poderia... quem sabe?
X.X.X
