Valeu Sols por ter betado!Antes estava uma porcaria... Thank you, princess!

Brother Bear

Gilbert não saberia dizer se estava feliz ou triste.

Aquilo não era um dia normal, não era uma data qualquer. Pensava profundamente, apesar de não aparentar. Estava sentado diante da janela depois de ter tentado inúmeras e fracassadas vezes ver televisão. Quando havia ligado o aparelho, o primeiro canal já o fez ficar irritado. Foi passando até quase tacar o controle remoto no cachorro (que não tinha nada a ver com isso) e desligou. Pegou uma caneca de cerveja na cozinha e se postou em frente a janela vendo a chuva cair. As emoções o perturbavam.

Mas o que mais o aborrecia eram as lembranças, aqueles fantasmas que o atormentavam. O clima sombrio e carregado da casa apenas piorava a situação. Bom, definitivamente não estava feliz, mas sentia que não era o único. Viu um movimento e olhou de soslaio.

Um homem loiro e alto. Seu cabelo impecavelmente penteado para trás e seus olhos azuis plenos. Conhecia-o bem, séculos atrás o adotara como irmão. Hoje, quando as pessoas os veem juntos, não acreditam que ele era seu irmão mais novo. Acostumaram-se com os olhares nada discretos dos humanos. Nem ligavam. Mas agora, tinha alguma coisa errada. Ele estava meio encolhido, com um ar frágil. Seus olhos um pouco inchados. Havia chorado.

O prussiano se levantou e foi em sua direção.

- West... Aquilo é passado. Pare de choramingar como um bebezão. – falou de um jeito brincalhão, tentando amenizar a dor do irmão e disfarçar a sua.

Ludwig não achou graça e virou a cara, resmungando. O sorriso de Gil apenas aumentou. Se seu irmão estava reclamando é porque a situação não estava tão ruim assim.

- Ainda consegue resmungar, né, seu velho?

Alemanha não parecia nem de longe surpreso com a atitude (infantil) do irmão. O silêncio tomou conta dos dois, que se entreolhavam. O sorriso de Gilbert fugiu de sua face.

E eles se abraçaram. Não trocaram palavras, nem tapinhas nas costas, nem desarrumadas no cabelo (Sabe? Coisa de irmão). Só se abraçaram. Para compartilharem sentimentos e angústias. Para se unirem contra o sofrimento como antigamente. Aquele abraço já dizia tudo, uma troca de carinho e afeto. Como se contrariassem um passado distante, onde o abraço estava separado por ferro, aço e concreto. Onde não podiam se tocar, não podia se olhar nos olhos. Mas agora podiam dizer: "É... você é uma besta." enquanto o outro responderia: " Cala a boca, Prússia." - Sim, era uma nova maneira de dizer "Eu te amo para sempre".

Os braços musculosos de mais novo envolviam inteiramente o mais velho.

"Como você cresceu..." - Pensou o prussiano. Que abraço de urso!

- Obrigado, Gilbert... – Ludwig falou devagar, tornando as palavras incontestáveis verdades. – Por tudo.

- De nada, meine Bar. E obrigado por tudo também. - Falou Prússia, que nem mais tentava disfarçar as lágrimas que agora saiam.

E lá fora a chuva cessou.

"Meine Bar": meu urso em alemão

N/a: Finalmente escrevi com meus irmãos favoritos! Gente, eles tem que ganhar um espacinho aqui no fandom!!! Eles já têm um no meu coração. Essa fic surgiu numa chatíssima aula de Geografia no primeiro tempo, e quando me dei conta já batia o sinal para ir embora...Mas acho que ficou fofa, não? Claro que ficou, dã. Espero que gostem!

Ah, deixem reviews!!! Pelos nossos príncipes germânicos!