Notas da Autora:

Obs.Os personagens pertencem à tia Steph, mas se fossem meus, há as possibilidades...

Obs.Fic 100% Beward

Obs. Historia para maiores de 18 anos


Prólogo

Ele olhava para a menininha de apenas 10 anos, seus longos cabelos castanhos tremulando ao vento. Ela secava as lágrimas, enquanto o caixão de sua mãe era abaixado, para a sepultura.

Com um longo suspiro ele se aproximou e colocou uma mão sobre o ombro dela, os olhos castanhos profundo, como chocolates o encararam, ela fungou seu pequeno nariz arrebitado, vermelho por causa do choro. Ele retirou a mão e ela voltou a olhar para o caixão e Edward seguiu seu olhar.

Sabia que Renée era inconseqüente, mais ela tinha uma filha, e agora à menina não tinha ninguém a não ser ele.

Sentiu a pequena mão segurando a sua e olhou para baixo, a menina ainda chorava, mais apertava com força sua mão. Ele devolveu o aperto, sabendo como era não ter ninguém.

Seus pais já haviam morrido, e não tinha irmãos nem parentes vivos. Aos 24 anos já era dono de sua própria companhia de publicidade, herança dos seus pais. Foi à única coisa que lhe deixaram. E isso nunca o incomodou, até conhecer Renée, e pensar que não precisava ser só.

Ela era linda, gentil, uma pessoa alegre apesar das dificuldades, apesar de só ter 26 anos, já tinha uma filha e era viúva. Não sabia o que o fez, começar a se envolver com Renée ou o que o levou a casar com ela. Mais em apenas três meses em que estava envolvido com ela, ele a pediu em casamento.

Ele casou feliz mesmo não amando Renée era bom ter uma família. O que não ocorreu, pois assim que os papéis foram assinados ela se mostrou como era, fútil e ardilosa. Nem a filha, a pequena Isabella era importante para ela.

Na primeira oportunidade a colocou em um colégio interno na Inglaterra. Ele achava errado, mais ela adorava ressaltar que Isabella era sua filha, e não dele. Que ela era filha de Charlie. O marido de Renée era policial, e morreu em uma batida, ela o tinha como um herói, e sempre que falava dele parecia ser outra pessoa.

Não sabia se fora a morte dele que a tornara o que era, ou se sempre fora assim. Mais assim que se casaram ela mudara completamente. Esbanjava dinheiro, afastando a filha que a lembrava de Charlie. Só queria saber de festas, e não duvidava que tivesse muitos amantes.

Alias fora assim que morrera, estava no carro com o amante dirigindo acima da velocidade, quando o caminhão entrou em seu caminho.

- Viemos do pó e ao pó retornaremos. – foi tirado de seus pensamentos quando o padre disse as últimas palavras e começaram a jogar rosas sobre o caixão de Renée.

Sentiu o aperto de Isabella se intensificar, e voltou-se a olhá-la, ela apertava uma rosa branca na outra mão, e a jogou sobre o caixão. Ele a observou secar as lágrimas, que ela derramava desde que ele fora no internato, buscá-la para o enterro de Renée.

- Quer ir embora Isabella? – ele perguntou com sua voz profunda, e viu-a voltar seu olhar para ele.

- Podemos ficar mais? – a voz dela era baixinha, e chorosa.

- Se você quiser querida. – ela assentiu e voltou a fitar o caixão sendo coberto por rosas, e as pessoas se afastarem, quando um homem começou a jogar a terra.

Eles permaneceram lá, até não haver mais ninguém, uma pequena chuva irrompeu no céu, e Edward voltou sua atenção para a pequena menina que segurava sua mão com força.

Renée estava morta, e agora a menina dependia dele, a pequena mão ainda apertava a sua, e lágrimas silenciosas ainda deslizavam por suas bochechas pálidas. Deu um pequeno aperto na mão dela, e ela o olhou.

- Pronta Isabella? – ela assentiu e ainda de mãos unidas eles caminharam, em direção até o carro que estava parado não muito longe.

Um motorista correu a abrir as portas para eles.

Assim que se viu no calor da limusine, Edward olhou a menina que estava no banco de frente para ele e encarava o cemitério que se distanciava cada vez mais.

- Isabella?

- Sim tio Edward. – ele sorriu para ela, desde que a conhecera com 10 anos, ficou encantado com ela, sua voz doce e baixinha, seu sorriso alegre que agora estava apagado, seus profundos olhos chocolates, que na época o encaravam desconfiados. Mais com o tempo parecia demonstrar carinho.

- Estive pensando. Precisamos pegar suas coisas no internato.

- Por quê?

- Bem agora irá morar comigo. – ele falou não entendo o porquê dela o questionar.

- Oh. – ela abaixou os olhos, evitando olhá-lo.

- Algum problema Isabella? – ela torceu as pequenas mãozinhas nervosamente, e ele tocou seu queixo fazendo-a encará-lo. Ela mordia o lábio nervosamente, e suspirou.

- Eu prefiro voltar ao internato. – ele afastou a mão surpreso.

- Oh!

- Desculpe tio Edward. – ela falou realmente arrependida, e ele deu um sorriso torto.

- Não se preocupe querida. Eu só pensei que não gostasse de lá. – ela corou um pouco.

- Eu gosto sim. Já tenho amigas.

- Que bom. Se você se sente assim, eu só quero que seja feliz. Somos tudo o que o outro tem. – ele falou sério e viu outra lágrima escorrer da bochecha dela, e sem pensar a puxou para seu colo, e a abraçou apertado.

Ela chorou em seu colo, até chegarem a sua enorme mansão, mais ele não saiu do carro, só quando ela adormeceu e a levou até seu próprio quarto, a deitando em sua cama.

Tirou a gravata, e suspirou deitando ao lado dela.

Não entendia a decisão dela de voltar ao internato. Esperava que eles fossem uma família agora. Mais talvez ela não gostasse dele como pensou. A observou dormir, afastando seus longos cabelos cor mogno do rosto, e suspirou fechando os olhos.

Acordou sentindo algo morno em sua testa, e abriu os olhos vendo os dedos de Isabella contornarem suas sobrancelhas e sorriu, ela corou intensamente ao ser pega, e ele riu.

-Bom dia, pequena.

-Bom dia tio Edward. – ele sorriu e se levantou ela o seguiu e ele a levou até seu quarto, para que ela pudesse tomar banho e se trocar.

Durante os sete dias que em se sucederam, Isabella ficou com Edward, ele queria que ela ficasse para a missa de sete dias da mãe, depois ela embarcaria de volta ao internato.

Ele pensou que ela mudaria de idéia, mais ela estava decidida a ir, e ele atendeu seu desejo. Não sabia por que, mais essa menina era importante para ele, mesmo que não vivesse com, ele só queria que ela fosse feliz.

No último dia de Isabella na casa, Edward acordou e viu ela ao seu lado, desde o enterro ela sempre dormia com ele, e ele sorriu afagando suas bochechas rosadas.

Levantou-se e foi se vestir para levar Isabella até o internato. Desceu as escadas e foi tomar café. Alguns minutos depois ela se juntou a ele, já vestida e lhe acompanhou no café.

- Você quer mesmo ir pequena? – ela sorriu, pois sempre sorria quando ele a chamava de pequena.

-Sim, tio Edward. Sinto falta dos meus amigos. – ele assentiu.

-Sabe que se mudar de idéia, será sempre bem vinda. – ela deu um pequeno sorriso e assentiu.

No caminho para o aeroporto, eles mantiveram silêncio. Durante o trajeto de carro, e até no avião, somente suas mãos estavam entrelaçadas o caminho todo.

Edward estacionou o carro que alugara no aeroporto em frente ao internato, e ela sorriu para ele.

- Obrigada tio Edward.

- Não há o que agradecer pequena. Mais saiba que se mudar de idéia, sua casa continua lá. – ela assentiu e o abraçou apertado.

Ele devolveu o abraço, e se afastou segurando o rosto dela entre as mãos. E beijou a ponta do seu nariz, ela riu e para a surpresa de Edward ela escovou os lábios nos dele.

E sem esperar por mais palavras ela saiu do carro, onde o diretor a aguardava, Edward observou ela se afastar sem olhar para trás e o diretor acenou quando ele abriu o vidro escuro.

Edward dirigiu de volta para o aeroporto, suas mãos apertavam com força o volante. Sua mente imaginando os lábios de Isabella. Praguejou, e encarou a estrada firmemente, talvez fosse melhor mesmo ela viver no internato.