Ela sempre foi sozinha. Até que, um dia, ele apareceu. Ela sabia que não deveria se envolver, ela sabia que ele não era uma boa compania, mas, no fim das contas, isso não importava muito pra ela. Pela primeira vez, ela tinha um amigo, alguém em que podia confiar, alguém para compartilhar seus segredos, medos e inseguranças.
O nome dele era Tom Riddle.
Na verdade, ele não era uma pessoa de verdade. Ele era um diário, um diário mágico que respondia pelo nome de Tom Riddle.
Ginny Weasley, na inocência dos seus 11 anos, apesar de saber que esse tipo de objeto mágico era perigoso, não resistiu aos encantos das doces palavras escritas com aquela letra fina e caprichosa.
E ela se abriu com ele.
E contou sua paixão por Harry.
E contou sobre como se sentia sozinha.
E como era sempre comparada com seus irmãos.
Então, coisas estranhas começaram a acontecer. Mas novamente, a pequena Weasley não ligava muito. Afinal, ela tinha Tom, certo?
A Câmara Secreta foi aberta.
A pequena Weasley foi capturada.
O herói Potter a salvou.
Ou não.
Ginny ainda estava viva, mas estava sozinha novamente.
Sua inocência fora perdida.
Seus sonhos destruídos.
Seu único amigo estava morto.
No fim das contas, ela sabia que ele nunca fora seu amigo.
Mas ele a ouvia.
Ele a respondia docemente.
Ele a aconselhava.
Ele a fazia sorrir.
