Título: escolhas
Autora: Patricia Emy
E-mail: patricia_emy@hotmail.com
Classificação: Post-episode/Vignette
Spoilers: all things
Disclaimer: Fox Mulder, Dana Scully e demais personagens
pertencem a Chris Carter, a 1013 Productions e a 20th Century
Fox. Não há intenção alguma de infringir qualquer lei de
direitos autorais.
Resumo: os pensamentos de Mulder enquanto Scully dorme ao seu
lado [não, NÃO é uma fic NC-17! :)]
Feedback: Certamente!
- x -
e s c o l h a s
patricia emy
Sentado ao seu lado na penumbra da sala, olho para o seu rosto e
só posso imaginar o que aconteceu naquele curto período de tempo
em que estivemos separados.
Depois de sete anos, fiquei surpreso ao constatar que não a
conheço tão bem quanto acreditava. Talvez porque nunca tenha
imaginado que Dana Scully tivesse algo a esconder. Algo de que
se envergonhasse.
Lembro-me de quando ela me revelou o fato de ter abandonado a
Medicina para seguir a carreira no FBI e de como aquilo
desagradou a seu pai. As coisas começam a ficar mais claras
agora.
Foi muito mais do que um ato de rebeldia.
Cometemos erros, fazemos escolhas erradas. Mas isso não nos
torna menos dignos. Talvez porque, depois de tanto tempo longe
de nós mesmos, tenhamos perdido um pouco do contato com aquilo
que faz de nós seres humanos. E, à certa altura de nossas vidas,
somos forçados a encarar os fatos e a nos questionar, procurando
algum sentido no que fazemos e no que nos tornamos.
Às vezes, isso pode ser algo doloroso.
O passado retorna, trazendo consigo as lembranças há tanto
esquecidas. Sentimentos reprimidos, palavras que não foram
ditas. A dor e a culpa. E, como alguns diriam, por obra do
acaso, ela se viu forçada a encarar as conseqüências de seus
atos. Seria tudo fruto de um mero capricho do destino?
Estaríamos à mercê de forças totalmente fora de nosso controle?
Não acredito nisso. Ou não seríamos agraciados com o livre
arbítrio e a vasta gama de possibilidades por trás de cada
escolha com que defrontamos. Mesmo que cada passo dado, cada
decisão tomada nem sempre nos leve aonde queremos estar. Se já
considerei tomar um rumo diferente alguma vez? Com certeza. Mas
não acredito que seria melhor ou pior. Ainda que jamais possa
saber ao certo. Talvez nossos caminhos nunca se cruzassem. Ou
talvez exista mesmo essa coisa que chamam de destino.
Duas vidas inevitavelmente entrelaçadas em uma mesma jornada.
É no que prefiro acreditar.
- x -
f i m
Nota da autora: Considerando que Mulder pensou nisso tudo antes
dos créditos finais, acho que a história não ficou tão curta
assim, ficou? ;)
---------------------------------------------
Autora: Patricia Emy
E-mail: patricia_emy@hotmail.com
Classificação: Post-episode/Vignette
Spoilers: all things
Disclaimer: Fox Mulder, Dana Scully e demais personagens
pertencem a Chris Carter, a 1013 Productions e a 20th Century
Fox. Não há intenção alguma de infringir qualquer lei de
direitos autorais.
Resumo: os pensamentos de Mulder enquanto Scully dorme ao seu
lado [não, NÃO é uma fic NC-17! :)]
Feedback: Certamente!
- x -
e s c o l h a s
patricia emy
Sentado ao seu lado na penumbra da sala, olho para o seu rosto e
só posso imaginar o que aconteceu naquele curto período de tempo
em que estivemos separados.
Depois de sete anos, fiquei surpreso ao constatar que não a
conheço tão bem quanto acreditava. Talvez porque nunca tenha
imaginado que Dana Scully tivesse algo a esconder. Algo de que
se envergonhasse.
Lembro-me de quando ela me revelou o fato de ter abandonado a
Medicina para seguir a carreira no FBI e de como aquilo
desagradou a seu pai. As coisas começam a ficar mais claras
agora.
Foi muito mais do que um ato de rebeldia.
Cometemos erros, fazemos escolhas erradas. Mas isso não nos
torna menos dignos. Talvez porque, depois de tanto tempo longe
de nós mesmos, tenhamos perdido um pouco do contato com aquilo
que faz de nós seres humanos. E, à certa altura de nossas vidas,
somos forçados a encarar os fatos e a nos questionar, procurando
algum sentido no que fazemos e no que nos tornamos.
Às vezes, isso pode ser algo doloroso.
O passado retorna, trazendo consigo as lembranças há tanto
esquecidas. Sentimentos reprimidos, palavras que não foram
ditas. A dor e a culpa. E, como alguns diriam, por obra do
acaso, ela se viu forçada a encarar as conseqüências de seus
atos. Seria tudo fruto de um mero capricho do destino?
Estaríamos à mercê de forças totalmente fora de nosso controle?
Não acredito nisso. Ou não seríamos agraciados com o livre
arbítrio e a vasta gama de possibilidades por trás de cada
escolha com que defrontamos. Mesmo que cada passo dado, cada
decisão tomada nem sempre nos leve aonde queremos estar. Se já
considerei tomar um rumo diferente alguma vez? Com certeza. Mas
não acredito que seria melhor ou pior. Ainda que jamais possa
saber ao certo. Talvez nossos caminhos nunca se cruzassem. Ou
talvez exista mesmo essa coisa que chamam de destino.
Duas vidas inevitavelmente entrelaçadas em uma mesma jornada.
É no que prefiro acreditar.
- x -
f i m
Nota da autora: Considerando que Mulder pensou nisso tudo antes
dos créditos finais, acho que a história não ficou tão curta
assim, ficou? ;)
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