Disclaimer: Glee não me pertence infelizmente e tals, essa fic é pra diversão e não tem fins lucrativos

É um slash menininho com meninho *-* Se não gosta, não deveria estar aqui. "/

É uma tradução da autora margotlove. Espero que gostem. (:

Long fic, e assim que terminar o próximo capitulo eu já posto. Primeira postagem, sei jam bonzinhos com qualquer tipo de erro. Agradecido desde já! :B

Smells Like Team Spirit

margotlove tradução JeffBee

Sou um macho, um garanhão e ponto. Não faz falta maiores explicações e todos sabem como devem me enxergar. Todos na escola sabem que estão ferrados se ousarem se meter comigo, e não é um problema, porquê claro, não se metem comigo. Se alguém se meter em meu caminho o esmago como um inseto. E as garotas 'chovem' para cima de mim acham um charme esse meu jeito badboy, é o meu jeito e ninguém consegue resistir, mas não suportam nada sério, e nem eu, não quero nenhum tipo de contato daqui, depois que estiver graduado dessa escola de perdedores.

Eu vivo no mundo real, meu pai era um imbecil e talvez eu também seja, mas aprendi a sobreviver por mim mesmo, não sou como o resto dos fracos dessa escola. Muitos vivem resmungando porque seus pais os reprendem ou porque sua vida é miserável e querem escapar daqui. Isso é coisa de boiolas, esta é a realidade, e quem pensa no futuro, são apenas os nerds ou as meninas manhosas. E essas meninas manhosas e mimadas, sempre sonham com um "amanhã melhor" , e nós homens de verdade só nos preocupamos com o presente, nos abrimos a passos e empurrões e se alguém nos estorva, apenas nos desfazemos dele.

Finn não é como eu, é o que penso dele! Crê que a escola ou o estúpido glee club o abrirá caminhos, é um tolo de verdade por pensar nisso. Serve para matar o tempo, se distrair com isso, mas não se pode tirar proveito dessas coisas tolas. Não há nada melhor do que viver o dia de hoje. É o mais inteligente a se fazer! Eu disse inteligente? Agh.

Tudo ia tão bem na medida do possível nesse lugar, quando algo atravessou o meu caminho. Foi o viadinho do Kurt Hummel. Nesse ponto eu não sabia como o garoto se chamava, e tão pouco me interessava, mas depois notei que me importava mais do que devia... Nesse dia caminhava com Finn pelo corredor da escola, esse Kurt apareceu do nada , pensei em algo muito esquisito, que esse menino era no mínimo admirável. Não exatamente admirável, era uma espécie de beleza , como se tivessem juntado todos os seres mais bonitinhos do universo. Sua forma de caminhar tinha um ar de superioridade que só as abelhas rainhas da escola possuem. Pensei algumas coisas estranhas, ele era um garoto afinal de contas e isso era mal, eu um homem de verdade não deveria ter desejos assim.

Ser agressivo é a melhor maneira de marcar limites, mostrar a todos quem é que manda e não deixar que se oponham, devem saber que sou eu quem manda nessa escola.

Kurt aparece muitas vezes na minha frente sem entender que ele tinha que ter medo de mim. Cada manhã me encarrego de que ele lembre seu lugar: o fundo da caçamba de lixo, onde ele deve pertencer. E toda manhã fazemos isso, ele simplesmente levanta a cabeça e nos aponta um olhar, olhar sem medo e de arrogância. Toma seu tempo, fazendo-nos esperar pra "salvar" suas coisas. Não sei que mania é essa, sendo que ele quem importa, estará no container em pouco tempo, apenas suponho que é para manter seu tom de superioridade e aliviar o seu tom de medo.

Kurt e eu nos coincidimos em poucas aulas, isso quando me apresento. Vou na primeira aula para depois fugir do resto, isso porquê tenho a pouca sorte de ser sempre a aula do Mr Schuester e não quero que se zangue e vá reclamar com a minha mãe. Kurt sempre chega tarde nessa primeira aula porquê tem que sair da caçamba de lixo suponho eu; nunca aparece com a roupa manchada, ou um só fio de cabelo fora do lugar. Não sei por quê eu fico olhando-o mais do que deveria, não o perco de vista um só instante. Entra na sala e vai pro seu lugar com a mesma atitude altiva, não se intimida por me ver ali, tampouco faz algum gesto. Simplesmente me ignora e passa rapidamente.

É curioso que apesar de suas visitas diárias a caçamba de lixo, nunca o fiz mal algum, ao contrario. É curioso também por que respiro fundo quando ele passa perto, ou mesmo pra se levantar, o aroma que desprende de seu cabelo me faz perder os sentidos e tenho que atormentar o primeiro perdedor que encontro. Dou o triplo de voltas na quadra mas mesmo assim não consigo esquecer o seu aroma. Essa é a razão pela qual me da raiva intercepta-lo na entrada da escola tenho que descontar essa 'raiva' na escola toda.

Uma vez fiz algo estupido. Estávamos fazendo uma prova, Kurt deixou o lápis cair que rolou até perto dos meus pés. Ele se inclinou e eu também, nossos rostos ficaram perto, muito perto tanto que dava para escutar sua respiração. Não poderíamos esconder a tensão, então eu evacuei primeiro, minha cadeira produziu um ruído que chamou a atenção dos demais. Como um impulso levantei o lápis e… ao invés de entrega-lo ao Kurt segurei com força e parti em dois bem na cara dele. Se escutaram as risadinhas dos demais, o professor me repreendeu apenas. Era óbvio que Kurt não se importara muito, muito menos do que demonstrava. Sua reação não se deu pelo que eu fiz mas sim pela atitude do resto da sala. Por ter que suportar outra humilhação publica que agradava a todos. Eu meio que me enfureci. Não deveriam ter rido e o professor devia ter-me mandado para a detenção pelo menos. Apertei os punhos e me levantei com o exame em branco em uma mão e o lápis na outra. Ao passar perto da mesa de Kurt deixei meu lápis sobre ela e continuei a andar sem voltar a vê-lo. Não sei por quê fiz isso, ou acho que não sei...

O professor sacudiu a cabeça ao ver meu exame e sem contestar me mandou um olhar penetrante, mas antes de sair mandei ele se danar.

Eu estava perdido, não conhecia nenhuma forma para aceitar o que estava se passando, e pelo visto atazanar a vida de Kurt não me fazia gostar menos dele. O que eu poderia dizer? Se ele queria sair comigo? Nunca tinha pedido nem a uma garota para sair, nunca precisei ter dito nada. Eu estava ali e elas também. Era fácil enrolarmos e quando queria que as coisas fossem uma pouco mais sérias, eu meio que só dava uma piscadela de olho e elas entendiam, pronto assunto resolvido. Mas, e com Hummel?

Eu não pensava muito nisso mas logo logo chegaria o dia da nossa graduação, cada um vai seguir o seu caminho, e acabar com o colégio, a etapa mais obscura e vergonhosa de sua vida. Eu não iria me converter no ser mais repugnante da escola. O macho abusivo e jogador de futebol de rolo com um perdedor. E o mais patético de tudo é que eu me importo com o que ele pensa, para ele eu só existo quando o estou infernizando, o resto do tempo fica atrás do tapado do Finn. Eu sei que seria pedir de mais um pouco de consideração mesmo depois do que eu tenho feito pra ele todos esses anos, mas não seria nada mal.

Estar no Glee club faz que algumas coisas deem certo. Agora fazemos parte de uma mesma equipe e eu tenho pretexto para parar de molesta-lo. Me senti aliviado o dia em que disse ao resto dos jogadores de futebol que o Professor Schuester advertiu para deixarmos em paz o Kurt. Claro que era mentira, ele nunca se deu conta do que se passava realmente.

Essa manhã cheguei ao estacionamento da escola e la estavam rodeando o Kurt, lhe passei o braço sobre os ombros, fingindo que o fazia com descuido mas meu coração batia rápido eu pensava que era o toque mais profundo que um dia eu chegaria a dar no Kurt. Soltei alguma desculpa e os despachei dizendo que eu cuidava do resto. Comecei a andar e levei Kurt junto sem tirar o braço de seus ombros, ninguém nos olhou de forma estranha, acho que a maioria estava pensando no trágico destino que o esperava : a caçamba de lixo! O levei até a sala de música vazio e pude ouvir Kurt suspirar profundamente, preparando-se para o que viria silenciosamente. Eu não disse nada e sai dali, me sentia estranho permanecer na mesma habitação que o Hummel sozinho e com o seu aroma envolvendo a mim e a sala inteira.

Sai da aula tarde por ter pego uma detenção, tive que descarregar minha raiva por causa do que houve mais cedo com Kurt, assim me meti em uma briga qualquer e admiti ter começado aquilo. Por mim estava tudo bem ter que passar o resto do dia sem ter que ver o Kurt Hummel e nem sentir aquele seu cheiro estonteante. Assim que terminei minha detenção, caminhei pelos corredores vazios solitariamente e fui ao salão de música esperando que o Sr Schuester estivesse ali para dize-lo que faltaria do ensaio de amanhã a tarde. Escutei as últimas notas que saiam do piano abri a porta e vi que ali estava o bendito do Hummel, sozinho na frente do piano. Poderia ter começado a insulta-lo ali mesmo e depois sair... mas meus pés pareciam pregados com uma super cola ao chão seu olhar havia me deixado meio tonto.

- O que você quer? - ele perguntou voltando-se ao piano e tocando descuidadosamente um Do Ré Mi – Veio terminar o que começou essa manhã?

- Não, na verdade queria falar com Sr Schuester...-

- O Sr Schuester! Há, ele não tem ideia do que acontece...

- Não vamos começar a brigar agora! Não está satisfeito com isso?

- Assim tão fácil?

- Assim tão fácil! - gritei com fúria e o Kurt parou de tocar. Abriu a boca várias vezes confuso.

- Por que?

- Porque sim e pronto! - caminhei até o piano e fechei a tampa com força, mas me certifiquei de antes ele ter tirado os dedos.

- Que estranho – respondeu e levantou a tampa do piano de novo com tranquilidade.

- Por quê merda você não tem medo? - disse com fúria e encarando-o. Seu lindo rosto enrubesceu um pouco mas sua expressão não mudou em nada, pelo contrário me desafiou com um sorriso triunfante e se pôs a tocar o piano novamente.

- Tem razão, você não me assusta, e não te culpo por tentar; você adora ser o macho alpha da escola mas por isso pensa que eu vou teme-lo para sempre? Pode ser que me intimidou um pouco no inicio... Você se encarrego que eu me acostumasse com os abusos, pois deixava de ser criativo somente rápido.

- Sabe bem que se eu quiser podemos voltar a rotina e agora não, com certeza não terei piedade – eu disse sorrindo e apertando os dentes.

- Não, você não quer.

- Quem disse?

- Eu – disse ele e voltou a me encarar com um sorriso cínico e tapou o piano – Você não fará, pois sei o que está acontecendo aqui. Apenas isso explicaria sua repentina mudança de atitude comigo

Cruzei os braços desafiando-o a continuar, e ele com toda calma, cruzou suas pernas e entrelaçou suas mãos em cima dos joelhos.

- Você está apaixonado por mim.

- Como é que é? - admito, não esperava que ele falasse isso, assim minha surpresa foi real, mas tratei de fingir que ele tinha se equivocado.

- Claro que é isso. No principio não notei, pensei que você só queria divertir-se às minhas custas, mas era de mais! - se levantou e começou a caminhar na minha direção e eu comecei a retroceder na medida que ele se aproximava.

- Está blefando – eu disse com um sorriso típico de lado, e ele continuava a se aproximar e eu a retroceder.

- Sei do que falo, quando um garoto gosta de outro não se pode esconder isso por muito tempo, você inventava qualquer pretexto para me dar um simples toque – Disse levantando a cabeça encontrando-se com o meu olhar – Sua situação é graciosamente … irônica – disse colocando as mãos para trás e chegando mais perto, tão perto que eu podia sentir o cheiro do seu cabelo.

- Não sabia o que responder, as palavras ficaram presas na minha garganta. Nunca havia me sentido tão... humilhado.

- Não se preocupe, não direi nada a ninguém – se inclinou mais perto e sussurrou – teu obscuro segredo ficará entre nós.

- O que deu em você? Por que não sai e diz a todos? Ninguém vai acreditar.

- Eu não ficaria tão seguro, essas pessoas acreditam em tudo o que ouvem … mas mesmo assim não direi, sou diferente de você. Se dissesse talvez minha popularidade subisse um pouco, porquê você joga futebol e não está tão mal e tudo isso...

Me senti estranho com a ideia de que ele me atraía, creio que ele se deu conta, ele não disse nada, se limitou a mover a cabeça negativamente com os olhos meio fechados e sorrindo.

- Okay, está claro que EU não te atraio porquê não sou o Finn! - gritei com uma raiva que não medi, e o rosto de Kurt me fez confirmar. Ele havia desfeito o sorriso no mesmo instante- está bem, sou patético e você consegue ser mais patético que eu, porque você sonha e acredita que Finn te verá de outra maneira. Olhe-me bem, para ele você nem existe direito! Não tem nenhuma chance, nenhuma!

Por um momento ele pareceu ferido. Ficou calado e com a cabeça baixa, murmurando algo que eu não podia ouvir, o vi apertando os punhos.

- Me diga uma coisa Noah – disse recompondo-se e reprimindo a ira de sua alterada voz – O que espera que eu responda sobre isso? Hein?

- Eu...

- Nada, não te interessa o que eu responda – seu sorriso altista apareceu em um instante – uma vez ou outra você busca me machucar! - disse enfatizando cada palavra apontando o dedo contra meu peito, apunhalando-me e eu retrocedia o quanto eu podia – Estou cansado de que essa seja sua única maneira de lidar com essa situação, se não conhece uma forma menos dolorosa pra lidar com o que sente por mim, apenas me deixa sozinho e em paz.

Ele havia me encarado com uma dignidade que me deixou mudo. O vi pegar seus pertences, decidido a ir embora e então me senti em pânico. Corri para para-lo e o segurei pelo braço, e pelo contato ele me olhou ofendido.

- O que está fazendo? - disse apertando os dentes e cravando o olhar na minha mão tentando retirar seu braço.

- Por favor, por favor, por favor, não saia – supliquei.

- Me-deixa-ir! - ordenou

- Bem eu te machuquei … perdi a cabeça, não sabia o que estava fazendo, mas posso concertar, prometo.

- Não, não pode – Kurt tentou novamente se soltar e eu o segurei com mais força.

- Olha, eu sei que sou um ferrado na vida em comparação com o Finn, mas vou cuidar disso! - continuei suplicando e tentei aproxima-lo mais de mim.

Com sua mão livre me deu um tapa. Foi uma certeira e dolorosa bofetada que quase me desprendeu a mandibula. Foi doloroso, mas pior que a dor física, havia outra classe de dor : ser rejeitado por alguém que você gosta.

O soltei e quando vi, Kurt me olhava com desprezo, rodeando seu braço com a outra mão. Não havia mais o que dizer, eu o havia ferido de novo. Havia feito uma promessa que não demorei nem dois segundos em romper.

- O que você pensava? De verdade Puck? Pensava que eu não teria amor próprio o suficiente? Que iria correr para os seus braços depois de todos os abusos?

- Não, claro que não! Apenas acredito que algum dia poderia entender-me e me perdoar, você tem passado por isso, pela confusão e eu...

- Você decidiu ser um imbecil, apenas isso – ele disse com um tom de ironia.

Me negava a deixa-lo ir sem antes uma última tentativa. Quando me deu as costas, eu o alcancei e o rodeei com os braços suavemente. Desta vez não tentei prende-lo. Por alguns segundos, senti o cheiro de seu cabelo e de todo o seu corpo. O roce dos meus braços com sua pele e todo o seu corpo, ao invés disso me enlouquecer me tranquilizou. Senti minha mente leve, porquê nesse momento aceitei o que eu devia ter aceitado há muito tempo: Kurt não só me agradava, mas eu também estava amando-o.

Acariciei seu braço ferido com a ponta dos meus dedos.

- Eu vou concertar, mesmo que não acredite – disse e o soltei quase que ao mesmo tempo que ele me empurrou com um movimento brusco.

- Tem razão, não acredito em você – respondeu me encarando com total desprezo – terias que fazer muito mais que isso pra cicatrizar tudo o que você me fez.

Kurt saiu da sala, bateu a porta e eu rapidamente também sai dali.

- Eu concertarei tudo! - gritei ao vê-lo correndo ao solitário corredor – eu realmente o farei – disse pra mim mesmo.

Como disse no principio, sou um homem e nada questionará isso. Continuo no futebol, assisto algumas aulas e vou ao Glee club. Não voltei a falar com o Kurt e nem ele voltou a me olhar, e se o faz é como se eu fosse a escória de toda a humanidade, e em instantes logo desaparece questão de uns três segundos. Posso cantar e gritar, e parecer que tenho todo o controle, mas apenas penso que a única coisa que nos separa são algumas poucas pessoas, que acima de tudo ele está na mesma habitação que eu. Aqui nessa mesma sala de música onde ensaiamos nesse momento e o olho discretamente, aqui onde ele abaixou minha máscara e descobriu toda a verdade, a verdade que eu aceitei. Eu o vejo cantando, sorrindo e discutindo e isso basta pra mim. Tenho o deixado em paz, eu o devo isso, por que penso que se deixa-lo quieto é um começo para reparar todo o dano que eu causei. E essa é só uma parte da minha promessa!

É isso aí! espero ter feito um bom trabalho na tradução, gente não traduzi o título porque achei que não era preciso (:

Por favor reviews, quero ter certeza de que tenha gente que lê isso! *-*