A luz da lua cheia banhava o quarto de Joana Lima, entrando pela janela e dando ao quarto uma aparência melancólica.

Na cama uma jovem loira revirava-se freneticamente nos lençóis demonstrando uma expressão de sofrimento, abria e fechava as mãos como se tentasse alcançar alguma espécie de suporte que não existia, uma mão invisível.

-não… não…não...NÃO!!!!!

Joana gritou em sobressalto, dando um pulo na cama.

As lágrimas corriam-lhe pelo rosto, enquanto várias memórias lhe passavam rapidamente em frente dos olhos.

-Outra vez o mesmo sonho? – Perguntou Artémis, espreguiçando-se preguiçosamente - ultimamente não tens dormido nada.

Joana soluçava enquanto apertava com força os lençóis, o seu pânico era notório e já não sabia o que fazer para afastar o medo crescente que lhe nascera.

Desde que galáxia fora derrotada Joana tinha começado a ter um estranho sonho.

-Foi exactamente o mesmo! - Disse Joana em tom de lamúria – O Ace * Apareceu á minha frente e beijou-me, de seguida toda a sala ficou em chamas e os meus poderes não podiam fazer nada contra isso, queimando a Bunny e as outras. No meio das chamas uma silhueta ria-se enquanto dizia " Não há nada que possas fazer".

-Já pensaste em contar às outras?

-Não vale a pena… desde que a galáxia desapareceu todas perdemos os nossos poderes… para quê incomodá-las? - Artémis tentou interrompê-la mas ela continuou – Não deve ser nada…

Artémis suspirou conformado. Joana conseguia ser extremamente teimosa quando queria.


Com a lua veio a chuva, e com a chuva veio a tempestade…

Um raio desceu á terra, trazendo consigo uma estranha mulher

A mulher envolta em sombras olhou a cidade de Juuban enquanto pensava:

"Então é aqui que está a Lágrima de prata… neste mudo asqueroso…"

-Yanzten! - O seu grito gélido ecoou por becos e ruas.

Surgiu uma silhueta á sua frente

-É tempo de reunirmos o clã…A batalha está prestes a começar.

Como forma de resposta da natureza, a chuva caiu intensamente, como se de choro se tratasse.