Tão bobo, mas essa coisa esteve em minha cabeça por dias. No final não saiu como eu esperava. Aproveitem e todos os erros são meus.
-A.S.-
Albus podia sempre botar aquele sorriso de todos os dentes no rosto e dar tapinhas nas costas de todos os que pareciam brotar do nada para dar uma palavrinha com o famoso filho de "Harry Potter", mas só uma pessoa sabia realmente que ele queria se enfiar em baixo da mesa quando ouvia seu nome sendo gritado por alguém.
Desde pequeno o segundo filho de Harry Potter viveu cercado por pessoas onde quer que estivesse. Sua casa parecia mais uma colônia de férias e Weasley's e Potter's escorregavam para cima e para baixo na enorme escada da casa. Os almoços de domingos eram conhecidos e as 6 da manha ninguém podia dormir porque a família começava a pipocar pela lareira e praticamente gritar pelos cômodos. Não que Albus não gostasse de sua família, longe disso! Ele os amava mais que tudo, mas às vezes desejava poder ficar um pouco sozinho, em seu próprio espaço.
Quem quer que visse o jovem na escola cercado por seus irmãos e primos,muitos diga-se de passagem, não imaginária que o moreno preferia se sentar em uma poltrona afastada perto do fogo com algum livro, ao invés de estar no meio de um agitado grupo que discutia fervorosamente o próximo jogo de quadribol .
Então quando Scorpius viu mais uma vez Albus no meio de alguns garotos do sexto ano forçando um sorriso e tentando acompanhar a conversa, ele resolveu que iria ajudá-lo a sair do meio daquela multidão. Decidido caminhou até onde Albus estava e o puxou pelo braço tão rápido que os garotos o olharam sem entender nada. Por cima do ombro gritou a eles que os dois tinham algo a resolver e saiu com um Albus confuso, mas extremamente grato.
Os dois não falaram nada até que já estivessem no dormitório, sentados na cama de scorpius.
- por que fez isso? – o moreno perguntou enquanto via o amigo se espremer ao seu lado na cama pequena e lançar um feitiço fechando as cortinas.
- bem, eu estava salvando sua vida, já pode me agradecer – respondeu quando ele finalmente terminou de se ajeitar.
Albus sorriu e então murmurou um "obrigado" baixinho antes de olhar para o amigo que tinha o ombro colado no seu:
- eu já disse que você fica adorável quando usa esse seu gorro? – o loiro riu e respondeu com um soco no ombro.
- ouch, então você me tirou de lá só pra poder passar mais tempo me batendo?
- não, eu te tirei de lá porque aparentemente você ainda não aprendeu dizer não as pessoas.
Os minutos finalmente passaram e um silêncio se instalou entre os dois. Lá fora o vento batia nas janelas enquanto a neve se alojava pelos jardins, as noites de dezembro eram sempre congelantes. Scorpius estremeceu ao sentir de repente que estava morrendo de frio então sentiu dois braços passando ao redor de sua cintura. Decidiu que o peito de Albus era o mais confortável travesseiro, ali era quente e macio e quando o amigo começou a mexer em seus cabelos viu que dormiria a qualquer momento. Virou-se e se aconchegou melhor antes de puxar as cobertas sobre eles.
Seus olhos se encontraram, verde no azul, juntos eles estavam tão em paz. Ficaram ali se aquecendo e falando baixinho, rindo de vez em quando. Outra coisa que o mundo não sabia: Albus Potter era engraçado, mas só Scorpius conhecia esse seu lado.
- obrigado – o moreno disse simplesmente.
- você não existe sem mim, eu sei. – então Albus lhe deu um beijo na bochecha e finalmente adormeceu.
Por mais que Albus gostasse estar com todas as pessoas que o amavam, às vezes ele sentia essa necessidade de fugir pra um lugar onde pudesse ser só... Ele. E ninguém além de Scorpius podia o fazer se sentir assim.
-A.S.-
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