Disclaimer: Saint Seiya não me pertence, mas todos os originais da fic sim, principalmente a Luane e a Paole!

Ísis

Capítulo I:

Conhecendo

Havia acordado com o maldito despertador às cinco e meia da manhã para o meu primeiro dia da Faculdade de Arqueologia. Tomei um banho rápido, coloquei um vestido até o joelho estilo camuflagem, minhas botas pretas prediletas, peguei meu material e fui até o ponto de ônibus.
Meu nome é Luane Eros, Guerreira do Vento, guardo a chave do baú e o baú do Vento Oeste e protetora de Éolo, filho de Posêidon e deus grego dos Ventos.
Felizmente, para mim e as outras guardiãs, os outros deuses deram umas férias para Éolo, sendo assim, eu pude fazer a tão sonhada faculdade, outras puderam se dedicar mais ao primeiro e ao segundo colegial, outras ao marido e os filhos, outras aos pais.
Chegando no ponto – surpresa –, já estava cheio. Dificilmente eu conseguiria pegar um ônibus em que, pelo menos, eu pudesse ficar de pé e descer no ponto certo, sem sair com os cabelos armados e com o vestido todo amarrotado.
O ônibus que eu pegaria passou, dei o sinal e o maldito motorista não parou – deixando não só eu, mas mais meia dúzia de pessoas irritadas. Uma senhora de setenta anos – minha vizinha – reclamou.
Senhora: Não se fazem mais motoristas de ônibus como antigamente. No meu tempo ele paravam para qualquer um e...
Lá vinha ela de novo com aquelas histórias chatas de quando era jovem. Era sempre a mesma coisa. Várias vezes, tive vontade de usar o meu golpe "Vento da Sabedoria", pra ver se ela aprendia a ter sabedoria e calava a boca – Não só eu, mas várias outras pessoas no ponto pareciam também ter vontade de dar um jeito de fazer aquela velha calar a boca.
Por causa de algum milagre divino ou coisa parecida, o ônibus que eu esperava apareceu, e por causa também da ajuda divina – provavelmente –, havia um lugar vago perto da porta. Sem delongas, tratei de sentar rapidinho antes que uma outra pessoa das outras seis ou sete que subiram no ônibus depois de mim sentassem lá.
Fiquei atenta para não deixar o ponto onde desceria passar. Durante a viajem, mais pessoas que pareciam estar indo para a faculdade subiram no ônibus.

Finalmente cheguei na faculdade... Em cima da hora mas cheguei. (anotação mental: lembrar de matar o responsável pelo transporte público depois da faculdade)
Assim que entrei na sala, deparei-me com a turma de Arqueologia. Dentre ela, minhas melhores amigas desde os tempos em que treinávamos nossos golpes – por várias vezes, eu fui a vencedora –, Paole, Guerreira da Terra, representante dos felinos, uma Flautista de Gaia, deusa da Terra, e ela também protege a pirâmide da África. Caroline, Guerreira da Água, representante dos mares quentes, uma Marina de Posêidon que protege os animais de Água doce. Jenyty, Guerreira do Fogo, representante dos Vulcões, uma Vulcana que protege Héstia, deusa do Fogo, e Hefesto, ferreiro dos Deuses, guarda um dos sete poderes que fazem os vulcões entrarem em erupção de uma vez só. Cristine, Guerreira dos Cristais, representante da amizade, guarda a poção que acaba com a amizade no Santuário de Afrodite e protege a Deusa também.
Paole: E aí, Luane?! Como foi o dia? A velha gagá da Michele, sua vizinha, andou enchendo a paciência do pessoal no ponto de ônibus de novo?
Fiz cara de cínica. Paole sabia muito bem a resposta, mas insistia. Vi os olhos castanhos escuros delas exibirem uma expressão de sarcasmo e os longos cabelos castanhos claros remexerem quando ela se moveu.
Caroline, a que tem a cabeça mais no lugar de nós cinco, percebendo que vinha briga, se meteu no meio de nós duas, enquanto Jenyty dava em cima dos bonitinhos da turma e Cristine lia um livro qualquer.
Caroline: Ai ai ai... Mal voltamos das férias e vocês duas já estão brigando? Sinceramente, não consigo entender como são tão amigas...
Paole, não ligando para Caroline, avançou pra cima de mim, empurrando Caroline pro lado, que só não rolou escadas abaixo porque um rapaz qualquer de cabelos e olhos verdes e feições um pouco afeminadas – até que ele é bonitinho, pensei – a segurou.
Dando um jeito de fazer Paole ficar quieta, consegui ouvir o que os dois falavam.
Rapaz: Você está bem?
Caroline: Estou sim! Muito obrigada!
Reparei que Caroline havia corado um pouco e senti um cheiro de romance no ar – e a coitada só não teve tempo de perguntar o nome dele porque os amigos dele o chamaram para uma rodinha.
Deixando a Paole de lado – que resolveu ir ver se tinha alguém interessante com quem conversar –, fui ver se a Caroline não ia ter um ataque de asma – coisa com a qual nós já estávamos acostumadas que acontecesse sempre que um garoto bonitinho falava com ela – e para a minha surpresa, ela conseguiu conter o ataque de asma, mas em compensação, quase desmaiou.
Assim que a professora entrou, cada qual foi pra um lugar correndo, e durante os dez primeiros minutos de aula – que foram utilizados para a apresentação dos alunos e da professora – Caroline só ficou olhando pro rapaz de cabelos verdes, e quando chegou a vez dela se apresentar – meu Deus do céu, acho que ela nunca pagou um mico tão grande.
Professora (apontando pra Caroline): E você? Qual é o seu nome?
Caroline (olhando pro rapaz de cabelos verdes que estava sentado a sua frente):
A professora perguntou de novo, e só quando eu a cutuquei que ela acordou.
Caroline: O//.//O AH! Meu nome é Caroline Damasceno.
Professora: Tem algum emprego?
Caroline estava torcendo pra professora parar logo com aquelas perguntas, percebi isso em seus olhos verdes e em seus cabelos verdes claros que ficavam mais volumosos sempre que ela ficava nervosa.
Caroline: Hummmm... Sou cantora no Restaurante Flor de Cerejeira!
Reparei que os amigos do rapaz de cabelos verdes deram risadinhas enquanto o rapaz ficava vermelho feito um pimentão até as orelhas. Eles já deviam ter visto alguma das apresentações da Caroline – e vou falar a verdade, ela canta muito bem.
A professora apontou pra mim.
Professora: E qual é o seu nome, já que parece tão interessada na aula...
Luane: Luane Eros...
Professora: Profissão?
Luane: Sou recepcionista do mesmo restaurante que ela...
Não pude deixar de reparar que o rapaz que estava sentado ao lado do de cabelos verdes, cujos cabelos eram azul marinho bem escuro e olhos da mesma cor, pele morena e feições mais másculas e aparentes músculos ficar meio desconfortável com um sorriso cínico que o de cabelos verdes mostrou pra ele.
A professora apontou para a Paole, que como sempre, estava distraída e não acordou.
Luane: Ih, professora, essa aí não acorda tão cedo... Mas eu a conheço bem. O nome dela é Paole Mendez e é prostituta num dos bordeis mais badalados da cidade...
Só com as minhas últimas palavras Paole acordou e, levantando-se rápido, com o rosto vermelho de raiva e vergonha, corrigiu.
Paole: É MENTIRA DELA, PROFESSORA, EU NÃO SOU PROSTITUTA!!!!!! EU SOU DJ NO CLUBE YURIKO!!!!!!
Toda a sala começou a rir, menos um garoto de cabelos castanhos e olhos da mesma cor, que parecia tentar raciocinar alguma coisa.
Paole olhou pra mim com uma cara de "você vai me pagar por essa num futuro não muito distante", assim que se sentou novamente e soltou um suspiro de alivio.
Quando a professora apontou para Jenyty...
Jenyty: Meu nome é Jenyty Mascarenhas e dou cantora de Rock no Clube Yuriko.
Ela sempre foi direta e roqueira. Os cabelos vermelhos eram naturais assim como os olhos vermelhos, que emitiam uma vida que eu não conseguia entender. Quando ela disse isso, um rapaz louro de olhos azuis do lado do de cabelos castanhos se engasgou todo e só faltou desmaiar.
Quando Cristine foi se apresentar, ela se atrapalhou toda e deixou todos os livros caírem. Um rapaz de cabelos compridos negros puxado pra um tom esverdeado e olhos inteiramente negros a ajudou e a coitada só faltou ter um treco no meio da aula, enquanto o resto da sala ria sem parar. Assim que ela sentou-se novamente, pude ver que os olhos prateados através dos óculos emitiam que o coração estava acelerado e os cabelos prateados foram logo presos por uma mão que tremia muito.
Cristine: Meu nome é Cristine Aiwa e sou gerente de uma filial do HSBC!
Reparei que o mesmo rapaz que a ajudara com os livros ficou meio vermelho e escorregou pela cadeira até ficar quase todo escondido debaixo da mesa.
Quando o grupo de amigos que estavam sentados na minha frente se apresentaram, eu estava tão distraída que não ouvi os nomes deles.

Cá está uma fic minha. Não é a primeira, mas também não é a última. Talvez demore pra postar os outros capítulos e as minhas outras fics, pelo simples motivo que não estão completas. '

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