Silêncio do Burburinho

Fanfiction

Anime: Love Hina

Por: Simbiot

Disclaimer: Love Hina não pertence a mim e sim ao Ken Akamatsu.

Capítulo Um: Ano novo, vida velha

Um apartamento silencioso, de um homem solitário... Isso é tudo o que podemos dizer de tal local.

'Mais um ano novo... Mais uma garrafa... Eu poderia estar bebendo Champagne com cinco mulheres sobre um leito, mas não... Tenho que estar aqui. Sozinho esta noite, bebendo whisky. É a tristeza do povo, é a vontade de Deus! Como sempre. Todo ano novo é a mesma coisa, nenhum telefonema de "Feliz Ano Novo", ninguém com quem eu possa brindar um copo de espumante... Poderia muito bem comprar Champagne, mas não vale a pena! Para que? Pra beber sozinho? Que perda de tempo! Que desperdício! Logo chega a contagem regressiva e eu terei que ouvir toda aquela gente gritando, todos aqueles fogos estourando! Posso até prever o futuro de tão óbvio que ele é!' Era a única voz que se podia ouvir naquele recinto.

De repente, batem na porta.

'Será que Deus ouviu minhas preces?! Alguém se lembrou do pobre Keitaro Urashima! Deus é Pai!'

Keitaro abre a porta e fica face a face com Motoko Aoyama, sua vizinha velha e rabugenta.

'Keitaro Urashima! Já é quase meia-noite, pare de gritar como louco, você mora sozinho, como consegue fazer tanto barulho?!' Ela perguntou e olhou de relance para as cinco garrafas de whisky que jaziam sobre a mesa. 'Não acredito que está se embebedando novamente! Toda a vez que você bebe demais eu não consigo dormir! Maldita constante!'

'Mas Srta. Aoyama! Hoje é a última noite do ano! Logo estourarão centenas de fogos nas ruas de Tóquio! Como a senhorita pode querer que eu não faça barulho numa noite como essa, quando todos estão fazendo?'

'Não me importa a mínima! Odeio ano novo! Droga, todo ano novo é a mesma coisa, centenas de fogos e um vizinho idiota gritando bêbado que nem louco! Eu não mereço uma coisa dessas! Ouça bem, não faça mais um pio, pois senão eu reclamarei para o sindicato do prédio!' Ela disse e fechou a porta fazendo um enorme estrondo.

'E ela ainda reclama do barulho...' Keitaro disse, ligando a televisão. Um canal jornalístico mostrava uma multidão na frente da Torre de Tóquio.

Muito bem, estamos na frente da Torre de Tóquio e em menos de um minuto chegaremos a um novo ano, é mais um passo da humanidade! Tempo de refletir, pensar nas coisas que você fez de certo e errado e estipular suas metas!

'Metas... Não tenho metas... Todos os meus sonhos foram perdidos... De que me adianta um emprego tão bom... Se não tenho amigos pra fazer nem mesmo uma festa de ano novo... De que me adianta ter um emprego legal?!'

De repente, Keitaro ouve do apartamento de cima:

'Pelo amor de Deus, Keitaro Urashima, cala essa boca! Eu quero dormir!'

'Me desculpe, Srta. Aoyama...'

E agora, vamos à contagem regressiva para o ano novo! Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um, Feliz Ano Novo!!!

E começaram os fogos, para a infelicidade da Srta. Aoyama. Os fogos duraram quinze minutos, quatorze dos quais a Srta. Aoyama pronunciou palavras que não podem ser citadas aqui e Keitaro riu das palavras que ouvia. Depois dos fogos, Keitaro ficou bebendo whisky até as três da manhã, quando ele adormeceu na mesa em que bebia.