Título: Fantasmas do Passado
Autoras:Suryia Tsukiyono e Bad Kitty
Pares:YohjixAya / KenxOmi
Classificação: Yaoi, Lemon, Angst, OOC? AU?, Crossover de Weiss Kreuz x Weiss Kreuz Gluhen
Weiß Kreuz não é meu. São de propriedade de Takehito Koyasu e Project Weiß.

Fantasmas do Passado

Por Suryia Tsukiyono e Bad Kitty

Parte I

Yohji e Omi abriram os olhos, a luz do sol os incomodava um pouco, estavam deitados em um lugar úmido, e só então perceberam que se tratava da areia de uma praia, tentaram se levantar, mas suas cabeças doíam muito. O playboy olhou para o lado se certificando de que Omi estava bem, o garoto tentava se levantar com a mesma dificuldade que ele.

"Droga!! Que diabos aconteceu com a gente?? Estou com uma puta dor de cabeça... ai", disse Yohji levando a mão até sua nuca.

"Eu não sei... mas minha cabeça também está doendo... a última coisa que me lembro era que estávamos no avião..."

"Será que estamos mortos?? O avião deve ter caído..."

"Não, acho que não estamos mortos não... isso aqui não se parece nada com o paraíso, talvez o inferno...", respondeu Omi dando uma rápida observada no lugar.

"Mas só pode ter acontecido isso. Acho que o avião caiu mesmo. Eu disse que você não estava lendo aquelas bússolas direito!!"

"Claro que não, Yohji-kun!! Minha leitura estava perfeita. Alguma coisa deve ter influenciado os computadores, gerando um erro nas bússolas. Mas não sei o que foi...", retrucou Omi decidido, odiava que menosprezassem suas habilidades e continuou. "Não sei onde eu estava com a cabeça quando resolvi entrar naquele avião junto com você".

"E você esperava que eu pilotasse aquela coisa sozinho??"

"Então não reclame...", murmurou baixando a cabeça.

"Agora eu estou me lembrando... Nós estávamos voando e alguma coisa aconteceu no céu..."

"Então um forte clarão veio e... não lembro mais nada depois disso...", interrompeu Omi.

"Eu também não... Ai, droga..."

O garoto se levantou e deu mais uma olhada no ambiente, tudo parecia familiar, tinha a sensação que já estivera ali, mas não se lembrava de ter visitado uma praia tão poluída assim antes. Virou-se para seu companheiro e sugeriu: "Vamos Yohji-kun, precisamos descobrir onde estamos."

Yohji concordou de imediato, realmente não fazia sentido ficarem ali. Retornaram a parte urbana da cidade e a cada rua e avenida em que passavam uma sensação estranha despertava em ambos. Tudo o que viam era muito estranho, mas ainda assim lhes parecia familiar. Omi parou em frente um grande prédio e ao olhar para a sua fachada ficou estático com se tivesse visto a pior das assombrações. Puxou Yohji pelo braço obrigando-o a parar.

"O que foi, Omi?"

"Eu não sei o que está acontecendo aqui... mas... acho que essa é a nossa cidade... pior, é o nosso bairro."

"O que?? Como assim nosso bairro?? Isso não tem a menor graça, Omi."

"Estou falando sério! Olhe. É o colégio onde estudo", respondeu apontando para a construção que parecia bem mais velha do que costumava ser.

Yohji tremeu então, não podia acreditar naquilo. Correu quase que em desespero até uma banca de revistas e seu susto foi ainda maior quando viu o jornal.

"O que foi, Yohji-kun?! Que cara é essa???", Omi praticamente gritou querendo tirar Yohji daquele estado de catarse interior.

"Dá uma olhada na data do jornal de hoje...", disse sem encará-lo.

Omi pegou o jornal nas mãos já receoso do que poderia encontrar.

"Não pode ser. Isso... isso não é possível!! Então estamos no futuro!!? Mas como isso aconteceu??"

"Não sei, Omi. A única coisa que sei é que nada disso faz sentido."

Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos, perdidos na surpreendente realidade em que haviam de alguma forma sido lançados. Circularam sem rumo pela cidade, não conseguiam pensar em nada. Era incrível como se sentiam tão perdidos no lugar em que viveram durante tanto tempo de suas vidas.

"Já chega. Não vai adiantar nada ficarmos andando de um lado para o outro sem destino. Precisamos arrumar um lugar para ficar e então pensarmos melhor nisso tudo e resolver o que vamos fazer daqui para frente," explicou Yohji tentando parecer seguro apesar de todo o mar de incertezas que os cercava.

Omi concordou de pronto, entendia como o amigo estava se sentindo, pois também sentia o mesmo. "Vamos fazer isso então. Com um pouco de sorte o dinheiro que temos ainda tem valor, e depois eu preciso ir a um lugar, só me resta saber se ainda existe uma biblioteca nesta cidade."

Yohji mostrou claramente em seu rosto que não havia entendido as intenções do garoto e este se adiantou a explicar "Informação, Yohji-kun. Preciso de algo mais concreto para realmente me convencer do que está acontecendo conosco"

Por sorte o dinheiro que possuíam ainda tinha algum valor apesar de ter desvalorizado bastante. Tiveram que procurar um hotel que se encaixasse no orçamento deles. O playboy acostumado com muito luxo, alugou muito a contra gosto um quarto em um pequeno hotel.

"Yohji-kun, não podemos gastar todo dinheiro de uma só vez. Não sabemos quanto tempo ficaremos aqui e não temos a quem recorrer se precisarmos de algo", explicou Omi.

Mesmo contrariado Yohji aceitou a explicação, mas continuou reclamando de tudo desde o colchão desconfortável até a cor das cortinas. Omi procurava ignorar as reclamações enquanto lia os materiais que havia encontrado na biblioteca.

Encontrou a explicação de como haviam ido parar no futuro e também conseguiu se colocar a par dos acontecimentos atuais. A única coisa que precisava agora era de um computador com acesso a internet para entrar nos arquivos de Kritiker e descobrir o que havia acontecido com o grupo.

Omi tentou explicar para Yohji o que havia descoberto na biblioteca sobre a até então inexplicável viagem deles ao futuro, mas o playboy apenas o encarava com incredulidade e com um sorriso debochado nos lábios. Na terceira vez que tentava explicar Yohji desistiu de tentar compreender e simplesmente saiu do quarto para fumar deixando Omi falando sozinho.

"Omi, podemos dar uma passada no Koneko para ver como as coisas estão por lá", sugeriu Yohji depois que voltou para o quarto.

"Claro, mas temos que ser discretos, ninguém pode nos ver", ponderou Omi. Ken e Aya podiam estar trabalhando lá ainda e não tinham idéia de como eles reagiriam a presença deles.

Naquela noite iriam vigiar a floricultura para tentar descobrir se seus amigos ainda estava lá e se ainda faziam parte do Weiss. Mais tarde Omi tentaria entrar nos arquivos da organização para descobrir tudo.

Yohji ainda não conseguia acreditar que realmente estavam no futuro, era muito fantástico para ser verdade. O chibi havia passado quase uma hora tentando explicar para ele o que havia acontecido, mas não havia entendido nada. Ele e Omi estavam em frente ao Koneko no Sumu Ie, tudo estava muito diferente. O bairro estava perigoso e decadente, apenas vagabundos e drogados rondavam pelas ruas vazias e mal iluminadas ao redor da floricultura. A própria loja que sempre havia sido bem cuidada agora tinha um aspecto sujo, abandonado.

"Yohji, tem alguém saindo", avisou Omi chamando sua atenção para o que acontecia nos apartamentos acima da loja.

Escondidos em um beco escuro quase em frente a floricultura podiam observar o que acontecia do outro lado da rua sem serem descobertos. O playboy não reconheceu o garoto que saiu do Koneko, ele era mais novo do que Omi e tinha o mesmo ar inocente e frágil. Atrás do menino saiu outro garoto um pouco mais velho, muito sério e com passos decididos. Ao ouvir uma exclamação surpresa ao seu lado Yohji prestou mais atenção ao garoto que havia saído por último e ficou espantado ao perceber que aquele era Omi, na verdade o Omi do futuro. O que mais o surpreendeu foi a mudança que havia ocorrido com ele, o jeito sensível e inocente havia desaparecido. Ficaram mais surpresos quando Omi e o menino se beijaram antes de entrar no carro. Aquilo não podia estar acontecendo, Omi estava com Kenken e eram felizes, eles não podiam ter rompido.

"Isso não pode ser verdade...", murmurou Omi ainda surpreso. "Onde está Ken?"

Como resposta a sua pergunta Ken chegou em uma moto e rapidamente entrou em seu apartamento, como se estivesse fugindo de algo. Omi ficou sem fôlego ao ver seu amante, ele estava mais bonito ainda, mas parecia triste. Assim que a porta se fechou atrás de Ken outra moto parou em frente ao Koneko e um garoto que eles também não conheciam subiu as escadas muito aborrecido.

"Ken!!", gritou o rapaz batendo na porta do Ken. "Ken, abra a porta."

Após alguns minutos tentando chamar a atenção do jogador o rapaz desistiu e foi para um apartamento no andar superior irritado. Yohji estava chocado demais para falar alguma coisa, o futuro estava muito errado, sabia que seus amigos se amavam demais para terem terminado.

"Ken....", balbuciou Omi confuso com lágrimas nos olhos, Ken também tinha um amante novo, definitivamente não gostava daquele futuro. Não podia ser verdade que ele e Ken não estavam juntos, não conseguia acreditar naquilo.

Yohji não conseguia assimilar tudo que havia visto no Koneko até agora, mas sabia que não agüentaria ver Aya com outro homem, nada o impediria de matar qualquer um que colocasse as mãos em seu amante.

Após longas horas de vigília Yohji já estava prestes a arrastar o chibi para o pequeno apartamento que haviam conseguido alugar. Omi não estavam mais em condições de ficar ali, estava calado e abatido após descobrir o que o futuro reservava para ele . Mas o motivo principal era que não queria ver Aya chegando nos braços de outro homem, ver alguém acariciando a pele de alabastro e beijar os lábios macios. Sabia que se isso acontecesse não conseguiria levar sua vida para frente se voltassem para casa sabendo que seu amante iria trocá-lo por um qualquer.

"Omi, vamos, já está tarde e com certeza não vai aparecer mais ninguém", disse Yohji preocupado com Omi que estava em silêncio, imerso em pensamentos desde que Ken havia aparecido. "Omi?!"

"Vamos ficar até amanhecer, porque durante o dia não poderemos ficar aqui observando-os", explicou Omi sendo prático como sempre apesar da dor que estava sentindo. Ele sabia que o playboy estava com medo de ver Aya com outro.

Quando estavam quase desistindo e indo embora, um carro estacionou na frente da loja. O coração de Yohji acelerou quando viu Aya descer do carro, ele estava magnifico, o cabelo longo preso em uma trança 'Cabelo longo?? Trança???' pensou Yohji surpreso, havia tentado convencer o ruivo a deixar o cabelo crescer sem sucesso. Mas o que chamou a atenção foi a atitude submissa e amedrontada de seu amante. Só tirou os olhos de Aya quando ouviu a porta do carro fechando, agora iria descobrir quem havia conseguido que o ruivo deixasse o cabelo crescer. Um loiro de cabelos curtos e espetados, alto e desengonçado saiu do carro. Ele aproximou-se de Aya e agarrou o ruivo pelos braços com força. O loiro rosnou alguma coisa e arrastou Aya para o apartamento, para surpresa de Yohji eles entraram em seu apartamento e não no de Aya. Furioso com o tratamento que o loiro havia dispensado ao seu amante, Yohji estava quase indo atrás do casal e matando o loiro quando Omi o segurou.

"Omi, me solte, aquele cara está machucando Aya." explodiu Yohji furioso, soltando seu braço.

"Yohji-kun, aquele cara é você." disse Omi confuso, 'será que ele não havia percebido?'

Yohji ficou estático quando percebeu que era verdade o que Omi falara. O homem que havia batido em Aya era ele mesmo. Era loucura, nunca havia encostado um dedo em seu amante por mais que as vezes ele merecesse. Não conseguia parar de pensar no olhar assustado de Aya enquanto era arrastado para o quarto. Estava tão absorto em seus pensamento que quase nem percebeu que estavam indo para o hotel.

"Yohji-kun, tenho certeza de que tudo tem uma boa explicação", falou Omi imaginando o que o playboy estava pensando. Nada daquele futuro fazia sentido para ele também.

"Omi, eu nunca bateria nele, não teria coragem de fazer uma coisa dessas", murmurou Yohji passando as mãos no cabelo em um gesto de nervosismo. "Eu o amo demais para fazer isso".

"Eu sei, Yohji-kun", confirmou Omi apreensivo, temia que o playboy fizesse alguma besteira. "Vamos dormir, temos que continuar vigiando o Koneko para tentar descobrir mais alguma coisa".

Para sua surpresa Yohji atirou-se na cama sem dizer nada e sem nem mesmo trocar de roupa. Sabia que o homem mais velho estava confuso com tudo que haviam visto aquela noite, mas ele também estava. Seu futuro era muito diferente do que havia imaginado e não gostava nada daquilo. Algo de muito errado devia ter acontecido para que as coisas tivessem mudado tanto. Vencido pelo cansaço adormeceu pensando no que podia ter provocado tamanha reviravolta em suas vidas.

Nas noites que se seguiram continuaram vigiando a floricultura na esperança de descobrirem alguma coisa que os ajudasse a decifrar aquele enigma, mas nada foi diferente da primeira noite. Nunca viam os assassinos juntos, exceto quando iam para alguma missão. Omi sabia que se quisessem descobrir mais alguma coisa teriam que seguí-los em alguma missão, o que era muito arriscado, ou teriam que ficar espionando-os durante o dia.

"Yohji-kun, não se esqueça: ninguém pode nos ver", avisou Omi pela décima vez, sabia que o playboy era muito imprevisível quando se tratava de seu amante.

"Certo, vou manter isso em mente", resmungou Yohji distraído arrumando o cabelo antes de saírem. Teria que se controlar para não matar seu eu do futuro se ele ousasse machucar Aya mais uma vez. Havia sido muito difícil se conter na segunda vez que viu o ruivo apanhando, se não fosse por Omi ele teria estragado tudo para ajudar Aya.

Pouco antes da floricultura abrir estavam escondidos no beco em que passaram as últimas noites. Teriam que tomar muito cuidado ou seriam descobertos com facilidade e não teriam como explicar a situação toda. Naquela manhã apenas Aya e Ken estavam trabalhando para felicidade dos dois. Durante suas vigílias noturnas haviam percebido que eles estavam mais amigos do que já haviam sido, na verdade antes os dois apenas se toleravam.

Yohji não conseguiu prestar atenção a nada que não fosse Aya, nada mais tinha importância para ele. Omi estava da mesma forma encantado pelo novo Ken, a única coisa que o entristecia era saber que o moreno agora tinha um novo amante.

O Koneko estava bem calmo naquela manhã, Aya fazia os arranjos enquanto Ken arrumava a loja. Sem trocarem nenhuma palavra, os dois trabalharam a manhã toda em harmonia desfrutando alguns momentos de paz e tranqüilidade. A paz foi quebrada pela chegada tempestuosa do amante de Aya que entrou na floricultura batendo a porta e gritando o nome do ruivo. Aya nem mesmo olhou para ele, continuou fazendo seus arranjos. O loiro aproximou-se de Aya e puxou-o para si beijando-o a força, Aya tentou se desvencilhar do abraço, mas não conseguiu. Yohji só o soltou quando Ken aproximou-se e disse alguma coisa para o playboy que soltou Aya e saiu da floricultura com um sorriso irônico nos lábios. Ken aproximou-se de Aya para verificar se seu amigo estava bem, mas ele apenas abaixou a cabeça envergonhado e voltou para seus arranjos.

"O que esta acontecendo, Omi? Por que ele...eu.....droga! Por que ele está tratando Aya daquele jeito?", perguntou Yohji irritado observando seu eu do futuro que fumava encostado na parede da loja.

Tudo naquela sua nova versão o aborrecia, as roupas, o chapéu de cowboy, o cabelo curto, a tatuagem vermelha no tórax. Não conseguia se reconhecer com tantas mudanças. Que diabos o havia possuído para cortar o cabelo daquele jeito? E aquela tatuagem horrenda em forma de cruz no tórax? Alguém lá encima tinha um senso de humor muito estranho para estar fazendo aquilo com ele. Nada no comportamento dele lembrava o playboy irresponsável que havia sido, com seu jeito malicioso e despreocupado.

"Não sei, Yohji-kun, mas temos que descobrir", respondeu Omi cada vez mais preocupado com Aya. O Yohji do futuro era muito violento e Aya aceitava tudo passivamente como se merecesse aquele tratamento.

"E o que você sugere, Omi? Temos que fazer algo antes que ele machuque Aya novamente", falou Yohji agitado. Cada vez odiava mais o futuro, nada era como havia imaginado que seria. Olhando para Omi que não tirava os olhos de Ken percebeu que o menino também estava abalado com as coisas que havia visto. Omi tentava disfarçar a tristeza com seus sorrisos, mas Yohji sabia que ele estava sofrendo vendo seu amante com outro.

O Yohji do futuro ficou parado na frente de floricultura olhando fixamente para o beco desconfiado. Omi e Yohji esconderam-se atrás de algumas latas de lixo, não podiam chamar a atenção de ninguém, muito menos da versão psicótica de Yohji. O loiro chegou a atravessar a rua, mas desistiu de investigar e voltou para a loja.

Ao passar pela mesa onde Aya trabalhava Yohji segurou-o pelo pulso e começou a arrastá-lo para fora da floricultura, Aya tentou argumentar e fazer o loiro soltá-lo. Enfurecido com a resistência Yohji agarrou o ruivo pelos cabelos e o fez encará-lo, algo que ele disse desarmou Aya que o acompanhou até o apartamento sem dizer nenhuma palavra. Ken apenas observava a cena de longe, não conseguia dissimular o ódio que sentia pelo loiro por humilhar seu amigo daquela forma.

"Agora chega!", rosnou Yohji furioso saindo do beco indo em direção ao Koneko. "Aquele bastardo vai aprender a nunca mais colocar as mãos em Aya".

"Yohji-kun, não!", disse Omi surpreso pela reação do playboy. Tentou pará-lo antes que alguém o visse, mas não estava conseguindo ele estava determinado a matar sua versão futura.

Ken que estava arrumando as flores do lado de fora da loja ficou curioso com a comoção do outro lado da rua e parou para olhar. Nada poderia tê-lo surpreendido mais do que a cena que estava vendo, atravessou a rua e parou na frente dos dois que discutiam sem notar que mais alguém havia se juntado a eles. Apenas quando o jogador estava prestes a dar meia volta e chamar os outros foi que Yohji e Omi perceberam que tinham companhia.

"Omi....Yohji....", balbuciou Ken confuso tentando assimilar o que estava vendo. Quem eram aqueles dois que se pareciam com seu antigo amante e seu melhor amigo de anos atrás? "Quem são vocês?"

"Ken!", exclamou Omi nervoso, não sabia o que fazer, Ken não devia tê-los visto. Se nem ele havia conseguido entender, como conseguiria explicar para Ken? Ele nunca iria acreditar neles. "Somos nós, Omi e Yohji-kun".

"É impossível, Yohji acabou de subir com Aya e Omi esta no apartamento com Sena", murmurou Ken sem tirar os olhos de Omi.

"Acredite em nós, Kenken, somos seus amigos", falou Yohji apreensivo, tinham que evitar que Ken chamasse os outros. "Nós podemos explicar tudo".

"Ken, podemos nos encontrar essa noite para conversarmos? Prometo que explicaremos tudo", pediu Omi ansioso, se conseguissem falar com Ken talvez descobrissem o que havia acontecido para eles estarem tão diferentes no futuro.

"Eu....não....", gaguejou Ken confuso. Sabia que não devia confiar neles, mas nunca havia conseguido recusar nenhum pedido de Omi e aquele não seria o primeiro. "Certo, onde vocês estão hospedados?"

"Kenken, contamos com você", disse Yohji antes que o jogador se afastasse deles.

Ken voltou para a floricultura pensativo, ele estava visivelmente abalado com aquele encontro inesperado. Com receio de que mais alguém os visse resolveram voltar para o hotel e esperar por Ken para descobrirem o que estava acontecendo.

Continua...

Por Suryia Tsukiyono e Bad Kitty / Agosto de 2002

Email: suryiachan@bol.com.br
lazialebr@yahoo.com.br