Uma história totalmente nonsense sobre Flippy & Flaky e personagens de HTF em geral todos como humanos... minha primeira tentativa de HTF, não me matem por favor X_X

Happy Tree Friends infelizmente não me pertence, caso contrário o Flippy seria um primeiro-tenente gostosão descamisado *.*

Capítulo 1

Flaky pendurou a mochila no ombro, enfiou dois cookies de chocolate na boca, calçou os sapatos e saiu correndo.

Droga, droga, droga! Atrasada logo no primeiro dia de aula!

Pegou a bicicleta, com um suspiro de raiva. Sabia que ia se arrepender mais tarde, na hora de voltar, mas descer a ladeira sobre rodas era a única forma de chegar no horário.

Pedalou morro abaixo com força. Sua cabeça coçava terrivelmente, porque não tinha tido tempo de lavar o cabelo, e as malditas caspas grudavam nos fios longos e vermelhos, em seu couro cabeludo, e ainda por cima caíam sobre seus ombros como se fosse neve.

Ela coçou a nuca e rapidamente voltou a segurar o guidão da bicicleta. Quase tinha caído. E as caspas continuavam coçando...

Aconteceu tudo ao mesmo tempo: Flaky levou a mão à cabeça, a roda da frente de sua bicicleta deu uma topada em uma pedra e o sujeito saiu de uma das casas à frente. Com o susto, ela puxou o freio e a bicicleta já desgovernada levantou a roda de trás. A menina só teve tempo de fechar os olhos e gritar.

CATAPUM!

Ela tinha voado por cima do guidão e acertado em cheio o pobre e desavisado pedestre. Tinha caído sobre ele e os dois foram atropelados pela bicicleta descontrolada, que rolou pela descida por mais alguns metros antes de parar. Flaky gemeu. Sentia dores nas costelas e nos joelhos. Abriu os olhos castanhos devagar, ainda assustada, e se viu a centímetros do rosto de um rapaz.

- Me... me desc-...

Antes que terminasse de falar ele agarrou-lhe os pulsos e rolou sobre ela, pressionando-lhe o corpo no chão com seu peso. Flaky gritou, aterrorizada, e começou a se debater.

- Calma, queridinha – a voz dele era um sussurro rouco assustador – eu não vou te machucar... muito.

Desesperada, ela gritou ainda mais alto e ele riu. Com uma só mão forte enluvada em couro, segurou-lhe os pulsos acima da cabeça. Puxou uma faca de caça, encostando a lâmina fria e denteada em seu pescoço. A menina o encarou, parlisada de medo.

O "pobre e desavisado pedestre" era um rapaz alto, de rosto magro e pálido, com olhos amarelados como os de um falcão e sorriso demente. Uma boina militar torta estava mal equilibrada sobre seus cabelos tingidos de verde-ácido, e uma corrente pendia de seu pescoço com uma plaqueta de identificação. Ele passou a língua pelos lábios num gesto lento e obsceno, fazendo Flaky engolir em seco, seus olhos marejados. A faca fez pressão contra sua garganta, produzindo um corte superficial porém doloroso. Duas lágrimas rolaram pelo rosto da menina ao sentir o filete de sangue deslizar por sua pele.

Morri.

Fechou os olhos, esperando o golpe final, mas ele não veio. Suas mãos foram soltas e o peso dele sobre seu corpo desapareceu. Flaky abriu um olho, assustada, e viu o garoto – agora que ele não estava mais a ameaçando, percebeu que não era muito mais velho do que ela – a encarando com uma expressão confusa. O brilho amarelado maníaco desaparecera de seu olhar quando ele a encarou: seus olhos estavam verdes, nebulosos e aturdidos. Ele fitou a faca que tinha nas mãos, ainda manchada de sangue, e percebeu o ferimento no pescoço de Flaky. Levantou-se, trêmulo.

- Eu... eu não quis... me desculpe...

Virou-se e saiu correndo.

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