Laranja. Sim, laranja. Laranja é definitivamente a minha cor favorita. Nada de verde, como eu, nada de amarelo como ela, nada de vermelho como o meu irmão, nada de azul como aquele babaca. Laranja.
Laranja é a cor da pulseirinha que ela usa, sabendo que me deixa louco assim. Laranja era a da minha camiseta quando primeiro a beijei. Quem diria que o Slytherin seria o bondoso e a Hufflepuff seria a astuta? Quem diria que com um olhar ela, com seu sangue sujo, como diria minha mãe, seria tão superior a mim? Mas é. O chapéu seletor com certeza errara. Alguém daquele porte teria que ser Slytherin. Mas não é. É Hufflepuff e se orgulhava disso. A Hufflepuff mais impiedosa que já conheci. Teve meu coração nas mãos, amassou e jogou aos ares. Até aí eu sou Slytherin. Um Slytherin pouco orgulhoso, de fato, o que poucos sabiam, pois meu teatro é bom. Todos acham que sou um orgulhoso Black. A verdade está longe disso. Poderia ser Hufflepuff, como já disse, tão amante da paz como sou.
Ainda assim não posso fugir do destino. Minha herança me colocou em Slytherin, a herança dela poderia tê-la colocado em qualquer casa. Qualquer uma, mesmo. Menos Hufflepuff. Mas quem algum dia vai entender as loucuras de um chapéu pensante?
