Naruto pertence à Kishimoto-sensei, no entanto, essa fic é de minha autoria.
Perdoem se puderem os erros de digitação, e levem em conta que nem sempre o site colabora conosco.
Música usada "Calling Dr. Love" do Kiss
Por favor, mandem review's. O primeiro capítulo pode não estar bom, mas no segundo ele melhora.
Capítulo 1: Dr. Love
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They call me (Dr. Love)
Eles me chamam (Dr. Amor)
They call me Dr. Love (calling Dr. Love)
Eles me chamam Dr. Amor (chamando o Dr. Amor)
I've got the cure you're thinkin' of (calling Dr. Love)
Eu tenho a cura que você está pensando (chamando Dr. Love)
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O suor estava começando a escorrer de sua testa quando conseguiu finalmente localizar e desentupir a tal artéria que quase levou a morte aquele senhor de idade.
"Com vocês agora." – A voz fria saiu abafada devido a máscara cirúrgica
O cirurgião tirou as luvas e saiu da sala operatória satisfeito com seu desempenho. Outra cirurgia realizada com sucesso, com certeza aqueles residentes deviam estar de boca aberta ainda.
Lavou as mãos e logo retirou a toca que segurava seus longos cabelos presos no habitual rabo de cavalo baixo. Muitos implicavam com aquelas madeixas compridas, dizendo que ele não era mais adolescente para mantê-las, mas o que podia fazer se gostava assim mesmo?
"Doutor Hyuuga, telefone para o senhor." – Diz a enfermeira indicando o aparelho preso a parede – "Pode atender nesse mesmo. É da sua prima." – Completa e logo se afasta, voltando ao seu posto
Com certa relutância, o jovem médico se aproxima do aparelho e o tira do gancho.
"Já disse que eu não gosto que ligue para cá."
"Desculpe Neji-nii-san." – Murmura uma voz tímida de mulher – "Mas é que queria convidá-lo para vir jantar aqui em casa hoje. Naruto e eu ficaríamos felizes com sua presença."
"Certo. Eu vou ai então. Obrigada pelo convite." – Diz sem muita emoção o jovem Neji
"Estaremos esperando. Até logo." – Diz Hyuuga Hinata, a prima de Neji, e logo após desliga o telefone
Neji massageia as têmporas. Estava começando a sentir o cansaço atingir seu organismo, o que era mais do que normal, pois com o tumulto no hospital, seu turno de 16 horas se transformou em 27 horas seguidas, parando apenas para tomar um café.
"Neji, ainda está aqui?" – Diz uma voz feminina a suas costas
"É, tive que ficar um pouco a mais devido a umas emergências."
A mulher à frente de Neji o observa por um momento, aproximando ligeiramente seu rosto do rapaz.
"Está ficando com olheiras."
"Obrigada por notar isso Tsunade-sensei." – Exclama com um tom de voz sarcástico e cansado
"Olha, Shizune e eu vamos cobrir a sua parte. Vai para casa descansar um pouco. Daqui a pouco mais você que será o paciente."
Neji observa por um momento a mulher a sua frente. Era uma das melhores médicas que havia naquela cidade. Apesar de já ter uma idade avançada, mantinha o rosto jovem. Não apenas o rosto como o corpo também. Era magra e dona de curvas perfeitas, sem contar com os seios fartos que agora eram escondidos pelo jaleco impecavelmente branco que vestia.
"Certo. Mas se precisarem, estou com o celular ligado." – Diz relutante
"Ótimo. Ah, lembranças minhas a Hinata-chan e Naruto-kun." – Diz já se afastando e indo falar com algumas enfermeiras
"Como sabe que vou jantar..." – A frase fica incompleta e ele apenas segue até o vestiário para se trocar
Eram quase nove da noite quando saiu do hospital e se encaminhou até o estacionamento, onde entrou no seu carro e se acomodou confortavelmente no banco macio. Era um carro muito bom, veloz, quatro portas e na cor prata. Neji havia comprado a custa aquele carro fazia alguns anos.
Ligou o motor, mas antes de sair direcionou seu olhar perolado para o relógio e viu que estava ficando atrasado.
Enquanto manobrava para fora do estacionamento, ligou para sua prima avisando que chegaria em poucos minutos.
Em exatos dez minutos estava adentrando na casa de Hinata, onde a mesma o recebeu à porta com um enorme e contagiante sorriso.
"Que bom que veio. Deve estar cansado." – Disse lhe indicando uma confortável cadeira na sala, onde se encontravam um homem loiro e uma criança no colo do mesmo
"Neji, que bom que chegou. Fique a vontade." – Disse o loiro sem poder se levantar para não tirar do lugar a criança
"Obrigada pelo convite." – Disse sério olhando nos olhos azulados do homem a sua frente, mas logo baixando o olhar para a criança – "Olá Yuiko, tudo bom?" – Perguntou com um tom de voz sereno e um leve sorriso nos lábios
Por mais que tentasse manter a pose séria e indiferente na frente da sobrinha, não conseguia. Aquele sorriso infantil tão alegre sempre o cativava.
Yuiko, a menina que estava no colo de Naruto, abriu um sorriso muito lindo, onde se via pequenos dentes branquinhos e um espaço em branco. A menina tinha lindos olhos azuis que puxou do pai e cabelos preto azulados que puxou da mãe, estes presos em duas delicadas tranças.
"Já trocando seus dentinhos?" – Exclama feliz o titio ao notar a falta de um dentinho da sobrinha
"Ela perdeu ontem mesmo dattebayo." – Diz Naruto cheio de orgulho e beijando o topo da cabeça da filha
Yuiko retribui o beijo que recebeu do pai, mas logo volta a olhar sorridente para o tio, lhe estendendo os bracinhos delicados pedindo colo.
Neji vai até a menina e a pega no colo, dando um beijo na sua bochecha, ao mesmo tempo em que Hinata chama Naruto para ajudá-la a terminar de arrumar a mesa.
"Tio Neji, quando eu vou ter primos?" – Pede Yuiko com os braços em volta do pescoço do tio
"Ainda não sei Yuiko. Sua tia Hanabi não está esperando algum primo?" – Pede Neji alisando o topo da cabeça da menina com as pontas dos dedos
"Não." – Diz enquanto faz beicinho – "Queria ter primos."
Neji apenas sorri para a menina e volta a acariciar sua cabeça.
"Vocês dois, lavem as mãos e venham comer." – Diz Hinata ficando com o rosto vermelho quando Neji olha para ela
Apesar de já ser uma adulta, Hinata continuava com o mesmo jeito tímido de quando era criança. Apenas sua gagueira nervosa havia melhorado, coisa que ela agradecia imenso, pois sendo professora de séries iniciais, não podia ficar gaguejando.
Quando todos já estavam a mesa e saboreando das primeiras garfadas daquela gostosa comida, Naruto faz sinal que se lembrou de algo.
"Neji, vi uma reportagem que falava de você, semana passada." – Comenta antes de tomar um pouco de água – "Falava que vários hospitais de cidade maiores estavam querendo contratar o 'Jovem Médico de Punhos Gentis e Milagrosos'."
Neji havia recebido essa alcunha logo após ter se formado na universidade local, em medicina. Sempre tivera muita precisão, calma e segurança quando fazia alguma coisa. Segurava e manejava um bisturi como ninguém. Quando ainda era apenas um residente, teve que ajudar em uma cirurgia feita as pressas, onde o paciente era vítima de uma bala perdida que havia se alojado próximo ao pulmão. Estava num local de difícil acesso e Neji arriscou toda a sua carreira, que havia começado a pouco, tentando salvar a vida daquele homem. Foi muito aplaudido por todos após a recuperação daquele paciente por sua determinação e calma na hora de retirar a bala, e por isso acabou recebendo o apelido.
"Realmente, tem alguns hospitais oferecendo vaga para mim." – Comenta fazendo pouco caso e dando mais uma garfada na comida – "Mas até agora, recusei todas as ofertas."
"É ótimo que estejam lhe fazendo tantas ofertas." – Comenta uma feliz Hinata esboçando um lindo sorriso
"Titio vai trabalhar em outro hospital?"
"Provavelmente não minha pequena." – Responde lançando um dócil olhar para a menina, que dá um suspiro aliviado
Após terem terminado o jantar, Hinata com a ajuda da pequena Yuiko, levaram a sobremesa. Obviamente, quem mais comeu foi Yuiko, seguida de perto pelo seu pai, por quem puxou esta 'atração' por doces. Neji mal tocou na sobremesa, mas aceitou de bom grado um café, afinal, ainda estava com sono.
"Tem certeza que está bem para dirigir?" – Perguntou novamente a preocupada Hinata
"Sim Hinata-sama, mais uma vez obrigada pelo jantar."
"Titio, volte mais vezes." – Diz entre bocejos e enquanto esfrega os olhinhos, a pequena Yuiko que se encontra no colo do pai
"É Neji, você é da família e já é de casa, venha sempre." – E por incrível que pareça, o tom de voz de Naruto era baixo, por conta da pequena que se encontrava em seu colo
"Sim, obrigada." – Agradece mais uma vez com um aceno de cabeça – "Até breve."
Encaminhando-se até seu carro, bocejou mais duas vezes e ponderou se estava realmente bom para dirigir. Vendo que sim, entrou no carro e já deu a partida. No meio do trajeto, checou mais uma vez seu celular para ver se não havia mensagem do hospital. Nada.
Colocando no viva voz para poder continuar a dirigir, Neji ligou para o hospital para ter certeza de que não precisavam dele.
"Neji? Oras, não se preocupe, está tudo sob controle." – Respondeu no outro lado da linha Shizune
"Tem certeza? Se precisar estou a algumas quadras do hospital."
"Sim, tenho certeza. Vá dormir um pouco." – Disse já quase finalizando a ligação, quando pode-se ouvir barulho de papel – "Ah, mas se puder vir aqui na parte da tarde amanhã, ficaria grata. Temos um caso que vai precisar de cirurgia."
"Pode me dizer os detalhes?"
"Não." – Seu tom foi brincalhão e seguido de uma risada baixa – "Apenas amanhã na parte da tarde. Até mais."
Neji esbravejou baixinho, mas viu que Shizune estava apenas tentando cuidar dele. Se não contou por telefone o que era o caso, então não era algo muito importante ou urgente.
Manobrando habilmente, Neji logo estacionou seu carro e abriu a porta de seu apartamento. Era um apartamento confortável e muito bem arrumado. Era luxuoso sem ser caro.
Ligou as luzes da sala e atirou as chaves em cima da mesa. Encaminhou-se direto para sua suíte onde retirou rapidamente todas as peças de roupa e entrou no banheiro, para tomar um bom banho. Optou pelo chuveiro mesmo, estava cansado e era capaz de adormecer na banheira.
Quando desligou o chuveiro, sentia-se bem melhor, mas ainda assim cansado e com sono. Vestindo um roupão preto por cima do corpo ainda úmido com apenas um samba canção, Neji foi até a gaiola de seu pássaro para ver se precisava de comida ou água.
O jovem médico não gostava de manter pássaros ou qualquer outro animal preso, mas por hora tinha que manter aquele filhote ali com ele. O passarinho havia caído em sua sacada, com uma asa quebrada. Sensibilizado, o Hyuuga cuidou da asa ferida e o colocou naquela gaiola até se recuperar. Quando se recuperou, tentou soltar a pequena ave, mas ela sempre voltava para a gaiola, ao lado de seu herói.
"Um dia você vai se cansar de ficar ai." – Resmungou Neji observando a ave que havia acabado de acordar
Um leve pio foi sua resposta. Balançando a cabeça enquanto sorria, Neji foi para seu quarto e deitou-se em sua cama, soltando um suspiro satisfeito ao sentir a maciez de sua cama. Tão confortável e tão acolhedora.
Não foi preciso muito tempo para adormecer e quando acordou já era quase hora do almoço. Levantou sem muita pressa e, após lavar o rosto, foi para a cozinha atendendo ao chamado de seu estômago. Comeu algo não tão nutritivo quanto estava acostumado a comer, mas ainda assim com muitos nutrientes para manter seu corpo saudável.
Amarrando os cabelos em um baixo rabo de cavalo, foi dar uma arrumada em seu apartamento. Não estava bagunçado e nem sujo, mas o Hyuuga queria ter a certeza de que estava sempre tudo impecável.
Quando terminou de organizar tudo já era quase uma da tarde. Resolveu ir para o hospital logo, estava começando a ficar curioso sobre o caso que ia precisar de cirurgia.
Quando adentrou o hospital foi direto ao balcão das enfermeiras pedir sobre o tal caso.
"O senhor é o Doutor Hyuuga, certo?" – Pediu sorridente uma enfermeira nova
"Sim."
"Shizune-san deixou aqui o histórico e todos os dados que precisa saber do paciente." – E ainda sorrindo, entregou os papéis ao jovem médico
Com um pouco de impaciência foi logo vendo qual era o problema do tal paciente, sem nem ler o nome ou idade.
"Simples, mas perigoso." – Sorriu enquanto procurava nas folhas o número do quarto do paciente – "410, ótimo, vou lá antes de ir no consultório."
Com passos decididos e rápidos, foi atravessando os corredores abarrotados de pessoas, em geral vestindo roupas brancas.
Neji estava um pouco desanimado, o caso era simples, a cirurgia seria feita sem problemas e riscos quase nulos, no entanto se não fosse logo diagnosticado ia se tornar perigoso: tumor na rótula.
Chegando no corredor onde ficavam os quartos a partir do 400 Neji pode ver uma enfermeira saindo do 410. Logo se aproximou, bateu levemente na porta e a abriu.
