Notas:

Cantarella – Uma espécie de cogumelo comestível e inofensivo, mas tem uma aparência impressionante. (Chantharellus Cibarius) Achei o nome interessante.

Cock Robin - Personagem da canção popular inglesa "Who Killed Cock Robin?", da personagem "Mamãe Gansa". Há outras canções como "Humpty Dumpty sat on a Wall", "Solomon Grunty" e "Miss Pudding".

Who Killed Cock Robin? – OneShot

(Baseado em Conde Cain, volume 2, capítulo 3: Quem matou Cock Robin?)

"Quem matou Cock Robin?"

Todos dormiam na Wammy's House, Inglaterra. As crianças já estava recolhidas em seus quartos.

Em um quarto específico, no fim do corredor, uma garotinha remexia-se na cama, incomodada.

-Não consigo dormir... – Dizia a menina, levantando-se bruscamente. Tinha longos cabelos prateados e cacheados, olhos negros expressivos e brilhantes. Vestia um pijama de peça única cheio de babados, dando a ela um ar inocente. Não aparentava ter mais que 12 anos.

-Vai tomar um leite quente, Cantarella... – Disse sua colega de quarto. Loira, com os olhos castanho-avermelhados bem estreitos. Vestia o mesmo pijama da amiga.

-Tem razão. – A garota, que chamavam de Cantarella, levantou-se em um pulo, e abriu a porta bem devagar. Jogou os seus cabelos para trás, pois tocavam nos joelhos, e andou sorrateiramente até a cozinha. Encontrou uma jarra de leite quente. Sorriu e subiu na cadeira. Serviu-se.

Enquanto bebia seu leite, percebeu que alguém se aproximava. Virou-se, pensando que era sua colega, mas arrependeu-se logo depois.

Um tiro e um grito aguro era tudo que se pode ouvir naquela casa, antes de mergulhar em silêncio novamente.

-Cantarella? – Chamou sua colega, inutilmente. Mas tinha certeza de que o grito fora de sua amiga, então levantou-se e correu para a cozinha. A cena que encontrou não foi das melhores.

-CANTARELLA!!! – Gritou a loira. Cantarella estava estirada no chão, morta, com um furo bem no coração. A menina gritou, desesperada, acordando a casa toda.

Em um quarto qualquer, dois garotos conversavam...

-Que barulheira é essa no meio da madrugada?! – Reclamava o loiro de olhos azuis, Mello.

-Hmmm... deve ser a Dora... esse grito só pode ser dela... – Respondeu seu colega de quarto, um ruivo chamado Matt.

-Vai lá ver o que é. – Mandou Mello, entre bocejos.

-Vai você, canalha... – Retrucou Matt.

Enquanto discutiam quem ia sair do quarto primeiro, um rapazinho albino, com cara de sono, entrou.

-Mello, Matt, tem um problema na cozinha. – Começou o albino.

-O que quer, Near?! – Berrou o loiro, irritado.

- Srta.Cantarella está morta.

O silêncio se apossou do quarto. Os dois colegas ficaram brancos de choque. Levantaram-se rapidamente e seguiram Near.

Todas as crianças estavam reunidas na cozinha, com Roger, o diretor do orfanato, três policiais e um homem que não conheciam. Dora, amiga da falecida, estava em estado de choque, deitada em um sofá. Matt correu para tentar socorrê-la.

-Dora, ei, Dora! – Tentava chamá-la, sacudindo-a em vão.

O corpo da bela garotinha ainda estava lá, mas a maioria das crianças não se chocaram com aquilo. Ora, estavam lá para substituir L, algum dia. Não podiam se deixar levar pelo pânico.

Near observava o corpo com muita atenção, e notou que, nas vestimentas de Cantarella podia-se ler "Cock Robin", escrita com seu próprio sangue.

-Sr. Roger...- Chamou – O que quer dizer "Cock Robin"?

-Eu não faço idéia, Near, mas acho que já ouvi isso em algum lugar...

"Quem matou Cock Robin?"

-Hm... que cheiro é esse? Parece perfume... – Pensou Near.

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Matt entrou no quarto, exausto. Queria deitar em sua cama e ficar jogando videogames o dia inteiro.

-A Dora acordou? – Perguntou Mello.

-Não, continua em estado de choque, então levaram ela pro quarto. – Disse, enquanto deitava na sua cama.

-O Near tava perguntando se conheciam a expressão "Cock Robin"... conhece?

-Não que eu saiba... – Respondeu Matt, suspirando e ligando seu videogame.

(Quintal)

-Cock Robin? – Perguntou uma menina morena. – Sim, a Cantarella adorava essa música... é uma cantiga. Mas por que quer saber, Near?

-Esse nome estava escrito em sangue nas vestes da Srta. Cantarella. – Imaginei que possa nos levar ao assassino.

-Hm... bem, eu posso cantá-la pra você, mas não acho que vá levar a nada... essa música é da coleção da Mamãe Gansa.

"Quem matou Cock Robin?"

"Eu", disse o Pardal

"Com meu pequeno arco e flecha, matei Cock Robin."

"Quem viu ele morrer?"

"Eu", disse a Mosca

"Com meus pequenos olhos, eu o vi morrer."

"Quem recolheu seu sangue?"

"Eu", disse o Peixe

"Eu o recolhi num pequeno prato"

"Quem segurará a tocha?"

"Eu", disse o Pintarroxo

"Vou rezar por um instante, carregando a tocha."

"Alguém se habilita a ser o chefe?"

"Eu", disse o Pombo

"Por meu lamento profundo, assumo o papel de líder desse grupo."

"Quem tocará o sino?"

"Eu", disse o Boi...

-Obrigado, já é o bastante. – Disse Near, correndo para dentro.

(Sala de Roger)

-Sr. Roger. – Chamou o albino, entrando no escritório do diretor. Encontrou-o conversando com os três policiais e o homem de antes.

-Near, o que deseja? – Perguntou Roger.

-Eu acho que descobri os prováveis próximos passos desse assassino. "Cock Robin" é o nome do personagem da cantiga popular "Quem Matou Cock Robin", da coleção da "Mamãe Gansa". Creio que o assassino baseia-se na música para atacar...

-Ora, ora... – Interrompeu o homem – Mas que garotinho inteligente. Near é seu nome?

-Sim. – Interrompeu Roger- Um dos favoritos para suceder L.

-Hm... – Começou um dos policiais, que provavelmente era o detetive. Ele tinha cabelos prateados e olhos bem azuis. – A teoria dele é insana, mas ele poderia nos ajudar...

Near irritou-se com o "insana", e respondeu prontamente:

-Não creio que seja insana, ao passo de que não conseguiu suposição melhor até agora. – Cruzou os braços e saiu, sorrindo discreta, mas vitoriosamente.

Enquanto andava pelo corredor, ouviu um grito vindo do quarto da falecida Cantarella, onde estava Dora. Parece que não tinha sido o único a ouvir. Matt passou correndo e escancarou a porta.

-DORA! – Como se tivesse adivinhado, Dora estava morta, com os olhos vendados e um furo comprido na cabeça, provavelmente feito por uma faca. Near rapidamente notou que, na cama manchada de sangue, podia-se ler "Fly"(Mosca, em inglês).

"Quem viu ele morrer?"

"Eu", disse a Mosca

"Com meus pequenos olhos, eu o vi morrer."

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Near relatava suas suposições ao detetive:

-Como a Mosca, Dora viu Cantarella morta, então, seus olhos estavam vendados. Portanto, o assassino está seguindo a canção.

-Entendo... – Comentou o detetive. – Dessa vez tenho que acreditar em você... mas não entendo com que intuito alguém mataria duas crianças...

-Algumas pessoas não tem motivos... ou simples irritações valem, detetive. – Near observou o homem a sua frente com atenção – Falando nisso, o senhor lembra muito a Srta. Cantarella...

-Ah... – O detetive pareceu incomodado com a afirmação.

A conversa foi interrompida pelo homem que acompanhava as investigações. Ele era alto, mos os cabelos negros jogados para trás, muito bonito:

-Com licença... sou Henry Dreyfuzz, ajudante do Sr. Roger. Vim avisar que houve uma terceira vítima, o médico que examinou o corpo da Srta. Cantarella... foi encontrado morto, segurando um prato cheio de sangue...

"Quem recolheu seu sangue?"

"Eu", disse o Peixe

"Eu o recolhi num pequeno prato."

-Detetive, vamos. – Disse Near.

-Vão logo, preciso encontrar minha arma, ela sumiu!

Essa afirmação não passou despercebida por Near.

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(Quintal)

-Near! Near! –Gritava a morena, que havia cantado a música para ele anteriormente.

-O que foi, Mary?

-Acho...que eu sei...quem matou a Cantarella...

-O quê?

-A Cantty... ela... era perseguida por um homem mais velho todos os dias... e...

Mary não pôde terminar a frase, pois foi atingida mortalmente no pescoço por uma arma. Near, nada disse, pois havia tomado um susto.

-Near! O que aconteceu, com a Mary? – Perguntou Matt, assustado com o corpo da amiga caído a seus pés.

-A Mary... disse que a Srta. Cantarella era perseguida por um homem...

-Era? – Perguntou Matt, confuso.

-Tenho que averiguar isso. Detetive! – Correu para dentro da casa.

"Quem segurará a tocha?"

"Eu", disse o Pintarroxo

"Vou rezar por um instante, carregando a tocha."

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Near não encontrara o detetive, mas encontrou Henry.

-Ah, finalmente achei minha arma... ela é uma das poucas coisas que me fazem lembrar de minha falecida esposa...

Near montava um quebra-cabeça, decepcionado por não ter encontrado quem queria.

-Hm... por que uma arma...?

-Ela era tão linda... parecia um pássaro...

Near arregalou os olhos por instantes. Acalmou-se, tentando não acreditar no que ouvia.

-Qual era o nome... da sua... "esposa"?

O albino sentiu a arma de Henry em sua cabeça.

-Cantarella... ou melhor... Alegra! Minha linda Alegra... não achei que rpecisaria matar você, mas já foi longe demais...

FLASHBACK

-Alegra, por favor, fique comigo! – Dizia Henry, sacudindo Cantarella, que nessa época tinha 10 anos.

-Não, me solta, seu monstro!!! – Cantarella soltou-se e saiu correndo.

Henry a viu sair correndo, triste, desolado, em fúria:

-Não...ninguém mais pode te ter além de mim!

FLASHBACK OFF

Ouve-se um barulho de tiro.

Near abriu seus olhos e viu Henry no chão, gemendo de dor.

-Detetive...

O detetive estava com uma arma apontada para Henry, tentando se certificar que estava morto.

-Desculpe-me, Near... Cantarella era minha filhinha. O nome verdadeiro dela é Alegra. Ela estava sendo perseguida por esse homem há tempos... e eu a deixei aqui achando que ela ficaria segura...

Henry segurou a barra da calça do detetive.

-Alegra... minha amada Alegra... eu... a amava tanto... por...que...Alegra... – Morreu.

O detetive continuou:

-Este homem sofria, pois Alegra não correspondia ao seu amor doentio. Ameaçou matá-la e morrer logo depois, e eu fiquei muito assustado...

Near ouviu tudo, calado.

-Alegra amava a música "Quem Matou Cock Robin?"... e Henry devia saber disso... matou-a do jeito que ele achava que ela gostaria de ser morta...

Near abaixou a cabeça e voltou ao seu jogo.

-Eu...- Começou- Tinha uma certa afeição pela Srta. Cantarella... ela... gostava de brincar comigo e com os meus jogos... jamais reclamava de nada... era uma garota muito boa...

O detetive baixou a cabeça e tentou esconder as lágrimas que caíam pelo seu rosto.

"Alguém se habilita a ser o chefe?"

"Eu", disse o Pombo

"Por meu lamento profundo, assumo o papel de líder desse grupo."

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-Ei, Near, você tá pron...to? –Perguntou Mello, abrindo a porta do quarto de Nar sem pedir licença. O garoto estava com o mesmo modelo de roupa de sempre, só que a cor era preta. Mello e Matt, que estava atrás, também estavam de preto.

-O que foi? Ficou ruim? – Perguntou Near, olhando para a própria roupa.

Mello sacudiu a cabeça e fez sinal para ele sair.

-Hoje vamos fazer o funeral de Cantty, Dora e Mary.

-Hm... entendi. – Respondeu Near, enquanto se dirigiam ao quintal.

"Enquanto ouviam o som do sino, tocado em honra ao pobre Robin,

Todos os pássaros do céu suspiravam em prantos."

FIM

Oi, pessoaaal!!! Me inspirei e resolvi fazer uma fic de D.N. n.n Espero que gostem... não faz o meu feitio esse tipo de fic Angst... o.o' Mas foi o que saiu... x.x' Desculpem por qualquer erro do protuguêis... XDDD Ou erros de revisãaaaummm... XDDD Ja ne