Para vocês, Quase Um Segundo Desastre. Alguns personagens ainda são da Rumiko.

Meu nome não te importa. Não vai te importar quando eu disser o meu sobrenome: Taisho. Isso mesmo, sou filha do cara que é casado com aquela estrela pop que é "tudo de bom". E adivinha? Ela é sim a minha mãe. Kagome Higurashi é a minha mãe. E Inuyasha Taisho é o meu pai. E quer saber o que eu acho disso?

Você não quer saber, mas eu vou falar do mesmo jeito: uma p**a m***a. É isso o que eu acho. Nunca ficamos mais de um ano no mesmo lugar, nunca temos uma conversa normal e as pessoas nunca me conhecem. Só conhecem quem eles acham que eu sou. Esses são alguns dos motivos pelo qual eu estou aqui, hoje. Você quer saber onde é aqui? No último lugar que alguém me procuraria: num salão de beleza.

- Que tal esse? – a cabeleleira perguntou.

- Não, simplesmente não. – falei para o corte que ela me mostrava.

- Eu desisto, então. – ela disse – Já te mostrei absolutamente todos os catálogos, garota!

- Miya. – o corrigi – Meu nome é Miya.

- GAROTAS! – gritou ela – Temos Miya Taisho no salão!

Houve um tumulto na hora. Pessoas gritaram e outras deixaram cair o queixo. Eu cobri meu rosto com as mãos. Amaldiçoei-me por ter corrigido a mulher. Pobre de mim, pobre de mim. A mulher sorriu se desculpando quando eu suspirei e descobri meu rosto.

- Eu só quero que você picote o meu cabelo. – falei – Bem aqui. – coloquei a mão debaixo da orelha – Quero que não passe daqui.

- Mas... – a mulher falou perplexa.

- A senhora vai fazer ou eu mesma faço? – perguntei cansada.

- Eu faço. – ela disse prontamente.

Ela me girou na cadeira e começou a cortar minhas longas e bem cuidadas madeixas pretas como a meia-noite. Às vezes meu pai falava que eu não era filha dele, brincando é claro. Mas eu tinha minha rebeldia para provar que era. Tenho uma tatuagem de infinito na nuca e uma de "Fuck You" no meu quadril e um piercing de argola na sobrancelha esquerda, sem falar nos alargadores que eu usava. Claro que pequenos, mas lindos. Prata e ouro.

Com esse corte e as unhas pretas que eu queria (deixei minhas unhas crescerem exatamente para isso) eu ia parecer mais a minha mãe do que eu mesma, mas eu nem ligava. Minha mãe tem 34 anos e quer saber? Ela ainda parece ter 25. Que injustiça. Mas pensando em todos os produtos que a minha mãe usava, era nada menos que o esperado. Tirei meu MP5 da minha bolsa e coloquei "Fuck you and your friends" da minha mãe. Cantarolei baixinho somente para mim enquanto observava os meses de trabalho da tia Sango serem cortados.

Literalmente. Minha "tia" Sango cuidava dos meus cabelos desde os meus cinco anos. Toda semana ela ia dar uma de cabeleleira na nossa casa. Meu celular vibrou e eu olhei o número. Claro, só podia ser ele. Revirei os olhos ao atender.

- O que é que você quer, júnior? – perguntei grossa.

- Eu me sinto tão querido desse jeito, Miya. – ele ironizou.

- Termina logo antes que eu desligue na sua cara. – falei.

- Está bem, está bem. – ele disse – Só queria saber se quer ir ao boliche comigo e com o Heyder.

- Ah, está bem. – falei – Devo acabar aqui em mais ou menos meia hora. Encontra-me no melhor lugar da cidade.

- Tudo bem. – ele desligou.

- Seu namorado, querida? – perguntou a cabeleleira.

- O que te importa? – sussurrei para mim e depois falei mais alto – Meu irmão mais velho.

- Ah. – ela murmurou voltando a cortar o meu cabelo – Bem, acho que só falta pentear para você poder sair.

- Obrigada. – murmurei enquanto ela trabalhava rapidamente no meu cabelo.

- Pronto. – ela disse.

- Quanto é? – perguntei.

- Imagina, durou só alguns minutos, pode deixar querida. – ela disse sorrindo "simpaticamente".

- 'Tá. – falei saindo.

Eu saí de lá e me encaminhei para o terreno baldio. O único da cidade. Quando já estava fora do alcance daquela cabeleleira, baguncei meu cabelo. Passei a mão pela nuca. Senti meu cabelo mais curto do que o do meu irmão mais velho. Eu quase sorri, quase. Mas aí eu vi o paparazzi. Encarei-o e ele sorriu sem graça. Revirei os olhos e andei até a sorveteria mais próxima. Peguei o celular para ligar para Inuyasha.

- Mudança de planos, me encontra na sorveteria. – falei rápido.

- 'Tá. – ele disse e desligou.

Fui até o balcão.

- Oi Josh. – falei e ele se virou.

- Oi, Ay. – ele disse sorrindo simpaticamente.

Sorri de volta. Josh foi o primeiro garoto que gostou de mim sem saber que eu era filha de Kagome Higurashi.

- Eu quero o mesmo de sempre e dois sundaes de morango com chantili. – falei.

- Pode sentar. – ele disse – Já saquei.

- Obrigada. – falei indo me sentar numa mesa longe das pessoas.

Eu peguei o meu MP5 e fiquei revendo as fotos que eu havia tirado com os meus únicos amigos inseparáveis: Kalinne, Inuyasha (meu irmão) e Heyder (filho da tia Sango). Nós havíamos tido momentos realmente incríveis.

- Ah, essa viagem foi incrível. – disse Heyder.

- Heyder! – gritei dando um pulo na cadeira – Seu maluco.

- Oi Ay. – ele disse e sentou numa cadeira – Quais são as novidades?

- Talvez o meu cabelo? – perguntei – Às vezes eu penso que você deveria ir a um oftomologista, sério.

- Ah, não enche. – ele disse revirando os olhos.

- Oi Ay. – disse Kalinne chegando.

- Oi, Line. – eu disse desligando e guardando o MP5.

- O que você fez com o seu cabelo? – perguntou Inuyasha.

- Corti. – falei.

- Que dó, que dó! – todos falaram chorosos e eu ri.

- Chegando. – disse Josh trazendo nossos sorvetes - Dois de chocolate com creme e chantili e dois de morango com chantili.

- Obrigada. – falamos eu e Kalinne.

- Valeu. – falou Inuyasha.

- Obrigado. – disse Heyder.

- Gente, eu estou estranhando. – falei – Faz quase 10 meses que estamos nessa cidade.

- Provavelmente vamos ser noticiados hoje. – Inuyasha falou – Por isso o boliche.

- Hum... – murmurou Heyder.

- É triste. – disse Kalinne – Estava quase me acostumando com essa cidade.

- Não tão triste como quando você descobrir para aonde vamos. – falei pegando um mapa – Segundo a minha mãe na segunda-feira (eu estava a espionando) nós vamos para a cidade natal dela e vamos ficar lá.

- Vamos? – perguntou Inuyasha.

- Você tem 17 e meio. – falei – Ano que vem, eles vão embora e você vai ficar com a minha guarda.

- O quê? – ele perguntou.

- E o mesmo com o Heyder e a Kalinne. – falei – A cidade é... – procurei a cidade no mapa e apontei – Aqui.

- Mas... – Kalinne deixou cair o queixo – É no meio do nada!

- Não exatamente. – falei – A cidade é um bairro residencial de luxo e nós temos uma casa lá.

- Nós...? – perguntou Inuyasha.

- Minha herança. – falei revirando os olhos – A nossa avó colocou no meu nome, mas eu ainda não tenho 18, então eu não posso vender nem alugar.

- Então você tem uma casa de luxo nessa cidade? – perguntou Heyder – Até ontem tudo o que você tinha caberia num carro grande. Hoje não cabe nem num avião.

- Ah, vai se f***r, Heyder. – falei revirando os olhos.

- Miya. – chamou Inuyasha – Nós temos que conversar com nossos pais.

- Conversar? – perguntei cética – Com nossos pais? – terminei irônica.

- É, tem razão. – ele disse – Mas eu não tomo conta nem de mim vou tomar conta de uma mini-delinquente?

- Obrigada. – falei – Mas eu vou tentar não ser má com você. Só vamos ter que tentar não nos meter em confusão.

- Você lembra da última vez o que aconteceu? – ele perguntou e Kalinne e Heyder riram alto.

- Eu jamais vou esquecer a cara do policial! – disse Heyder.

- Urgh! – falei me levantando – Não podemos conversar com nossos pais e eu não posso conversar com vocês! Parecem até garotos do ensino fundamental! – peguei minha bolsa – Eu vou embora.

- Tchau. – disse Heyder.

- Vá com Deus. – disse Inuyasha.

- Espera, Miya! – gritou Kalinne levantando e correndo atrás de mim.

- "Mini-delinquente", ele vai ver só o que eu vou fazer! – resmunguei comigo mesma.

- Miya! – disse Kalinne do meu lado – Acalma-te.

- Acalma-te um c*****o! – mostrei a ela o dedo do meio e saí correndo.

Mas que d***a! Eu não posso deixar os meus pais fazerem tudo o que querem. Eu tenho que falar com eles. Fui até a nossa casa da vez. Nada discreta, mas se misturava perfeitamente com as outras. Também, ela abrigava várias famílias. Entrei na casa com a chave escondida em baixo do beiral e fui direto para o escritório do meu pai.

- Pai? – perguntei entrando.

- Agora não, Miya. – disse meu pai sério olhando alguns documentos.

- Mas, pai! – falei – É urgente!

- Tio, o meu pai quer falar com o senhor. – disse Naomi entrando na sala.

- Estou indo. – ele disse levantando.

Meu pai é um "coroa" muito lindo. Cabelos loiros e um rosto másculo, sem contar dos braços poderosos. Genética. Vai entender.

- Pai, é isso? – perguntei irada – Quando eu quero falar com o senhor o senhor não me atende, mas vai atender o tio Sesshoumaru?

- O que o seu tio tem a falar é importante, Miya. – ele disse sério.

- O QUE EU TENHO A FALAR É MAIS! – gritei – Você ao menos viu o que eu fiz no cabelo?

- Ficou legal. – disse meu pai passando por mim – Até, filha.

- Mas pai... – meu pai tinha ido embora.

- Você poderia tentar a sua mãe, ela está lendo na varanda com a tia Sango. – sugeriu Naomi.

- Obrigada, Naomi! – gritei saindo.

Eu corri até a varanda e parei deslizando.

- Minha filha, para que tanta pressa? – perguntou minha mãe.

Minha mãe tinha o rosto juvenil e um corpo mais parecido com o da Beyónce do que de uma garota normal acompanhando uma pele pálida e cabelos roxos.

- Mãe, não pode deixar a minha guarda com o meu irmão! – falei entre ofegos.

- Como você... – ela deixou o livro de lado – Mas o que você fez no cabelo?

- Meu cabelo! – choramingou tia Sango.

Tia Sango era mais parecida com a vocalista do Paramore, ela havia ficado ruiva depois dos trinta.

- Depois, tia! – falei – Mãe, o que a senhora me diz de eu viajar com você até completar 18 e ir para casa com o Inuyasha?

- Filha. – minha mãe suspirou.

- Eu vou passear. – disse tia Sango saindo e passando a mão pelos meus cabelos antes.

- Entenda: essa vida não é para você. – minha mãe balançou a cabeça – Eu não quero isso para ti, minha flor.

- Mãe, eu te amo. – falei – Eu não quero isso para mim também, mas eu não posso ficar com ele! Ele não cuida nem dele vai cuidar de mim!

- Eu sei querida. – ela disse – Mas a avó de vocês vai estar lá e...

- A vovó? – perguntei cruzando os braços – Aquela que nunca cuidou de você vai cuidar de seus filhos, mãe?

- Ela mudou, Miya. – disse minha mãe – Ela vai ficar contente em ter uma segunda chance.

- Ela vai é ficar aterrorizada com o meu jeito. – falei batendo o pé.

- Miya. – minha mãe suspirou – Não tem outro jeito.

- Mas mãe... – comecei.

- Não adianta. – ela se levantou – Nós já decidimos.

- Esse é o problema, você decide e quer que eu acate como uma boneca em suas mãos. – eu tentei – Quer, por favor, escutar?

- Tenho que ir. – ela disse – Vamos ensaiar. Tome cuidado. Eu te amo.

- Te amo mais. – falei enquanto ela beijava o topo da minha cabeça.

- Te amo muito mais. – ela disse saindo.

Amaldiçoei-me. Mas que coisa! Eu não conseguia convencer ninguém. Suspirei e me joguei numa rede. Que grande estrela eu sou. Minha mãe me disse que todos somos estrelas, uma frase que ela tirou de alguma música da cantora predileta dela: Lady Gaga. Suspirei novamente e respirei fundo.

- Tudo bem? – perguntou tio Miroku.

- As mesmas coisas de sempre, tio. – falei.

- Eu imagino. – ele sentou do meu lado – Quer companhia?

- Não vai ensaiar? – perguntei.

- Já gravei o remix do dia e eu queria mesmo um lugar para relaxar. – ele disse se afundando na cadeira – Importa-se?

- Claro que não. – falei – Tio, o que foi que fez a minha mãe ser assim?

- Assim como? – ele devolveu a pergunta.

- Assim tão centrada no mundo dela. – falei.

- Ela teve que amadurecer rápido. – disse ele – Com dezessete anos, sua mãe "arrastou" todos nós para viajar ao redor do mundo. Ela acha que você também é capaz, mas ela tinha 17 e você tem somente 16. Eu já tentei a convencer inúmeras vezes, mas ela já tinha essa ideia faz tempo, Miya. – ele fez uma pausa – Ela quer que você fique com seu irmão por um tempo. Mas por que se nega?

- O senhor não sabe a história toda. – virei-me para ele – Ela quer dar a minha guarda para o meu irmão e me deixar com a vovó até que eu complete 18 e decida o que fazer. Ela provavelmente nem vai vir para o natal. Eu vou ser uma órfã com mãe. – falei me virando.

- Eu sinto que você tenha que ficar sem sua família, Miya. – ele disse – Mas a sua mãe é uma estrela, o que ela pode fazer?

- Parar por mísero um ano e meio? – perguntei – Ela jamais parou, tio. Nem um dia. Eu escuto todo dia ela saindo para dar shows. Um dia ela não vai mais aguentar. Eu falo sério. Ela vai ter alguma doença contraída nesses outros países ou vai cair de doente por causa do stress...

- Como você é pessimista! – ele me cortou.

- Realista. – eu falei – Eu já li matérias sobre isso, tio. É realmente muito perigoso ficar saindo assim. Não faz bem para ela, nem para ninguém da família.

- Miya. – ele suspirou – Não posso fazer nada, infelizmente.

- Eu sei, tio. – eu balancei a cabeça – Ela não escuta ninguém.

- Gostei do seu cabelo. – ele disse e eu ri – Tenho que ir, Miya. Quero – ele bocejou – dormir um pouco. Deveria fazer as malas. Ela vai lhe dar a notícia hoje à noite, partimos de tarde.

- Amanhã? – perguntei.

- Exato. – ele disse bagunçando meu cabelo – Até mais.

- Tchau. – falei observando meu tio sair de vista.

Eu tinha aproximadamente sete malas para fazer, mas eu fiquei observando o sol se pôr no horizonte, imaginando o que Inuyasha, Heyder e Kalinne estariam fazendo nesse exato momento. Talvez jogando boliche ou teriam eles desistido e ido ver um filme? Suspirei. Eu queria lidar com isso como eles, mas eu não era conhecida por ser a "conformada" da família.

Suspirei quando o sol se pôs e subi para arrumar minhas malas. Peguei os sapatos e coloquei todos eles na mala verde. As partes de baixo na azul e as partes de cima na (eca) rosa. Os meus acessórios eu joguei na lilás e coloquei todas as minhas peças íntimas na amarela. Livros na preta e CD's e o resto das coisas (como hidratantes e outros presentes jamais abertos) ficaram na azul-marinho.

Quando acabei tudo, olhei para o relógio. Eu estava ficando prática em arrumar essas coisas, passaram-se somente quatro horas. Ainda dava tempo de pegar o resto do jantar. Desci sem ânimo.

- Boa-noite, Miya. – disse meu tio predileto me abraçando.

- Oi, tio Sesshoumaru. – falei encostando a cabeça no seu peitoral – O senhor sumiu.

- Achei melhor te dar tempo para pensar. – nós nos soltamos – Já jantei, por que não come também? Amanhã temos um longo dia. Coloque seu MP5 para carregar.

- Ah, obrigada, eu quase tinha esquecido disso. – admiti.

Meu tio Sesshoumaru era uma versão mais velha e mais musculosa do meu pai, porém ele era muito mais pai do que o meu pai. Ele tomava conta da Naomi maravilhosamente, cuidava de mim, da carreira da minha mãe e não deixava nada faltar para a minha tia Rin. Ele era o modelo de homem perfeito.

- Olá, hija. – disse tia Rin chegando – O seu tio está te monopolizando?

- Não, tia. – eu quase ri – Ele estava me lembrando de algumas coisas antes da viagem.

- Mais uma viagem. – tia Rin suspirou balançando a cabeça – Ainda bem que isso tudo vai acabar ano que vem.

- Como? – perguntei confusa.

- Surpresa, hija, vá comer. – ela me empurrou de leve.

- Eu hein. – falei – Pessoas estranhas.

- Oi, Miya. – falou Naomi – Melhor?

- Melhor Naomi. – falei – Obrigada. E você?

- Estou bem, já me acostumei. Acho até bom. – ela disse.

- Afinal, não será você a ficar sem família. – murmurei saindo de fininho.

- Miya. – disse nossa empregada – Por que não está na sala?

- Quero comer na cozinha hoje. – falei – Tem algo aí?

- Claro, temos lasanha. – ela me trouxe um prato quente e eu ergui a sobrancelha com o piercing – Eu achei que ia demorar então manti no forno.

- Obrigada. – falei sorrindo.

- Parece tanto com a sua mãe quando levanta essa sobrancelha, sabia? – perguntou ela rindo – Vou sentir sua falta, pequena.

- Vou sentir falta de você também, vidente. – falei e comecei a comer.

- Não tem cabimento... – dizia o meu pai para o celular ao passar pela cozinha em direção à varanda.

- O que houve? – perguntei após engolir.

- Acho que não querem lançar o álbum da sua mãe esse mês. – ela disse.

- Minha mãe já lançou um álbum esse trimestre. – falei.

- Exatamente por isso, mas seu pai não vê problema. – ela disse – Vá comer, querida, é tarde e logo você vai ter que dormir.

- Está bem. – falei levando uma garfada à boca.

Eu comi em silêncio, dei um beijo na empregada cuja qual eu não me dei o trabalho de decorar o nome e subi as escadas. Tomei banho e teclei um pouco com meus diversos ex-colegas, o que me exigiu um pouco de atenção, pois eles eram de diferentes países e falavam diferentes línguas. Eu sei falar 19 línguas e curso mais quatro com professores particulares. Mas agora eram férias.

Escovei meus dentes, coloquei o MP5 para carregar e desliguei o notebook antes da meia-noite e fui dormir. Eles tinham razão. Amanhã ia ser um longo dia.

Prometo menos drama no próximo capítulo. Até mais.