Primeira fic *-* Bom pelo menos a primeira que eu pretendo terminar.

Ela é total e absolutamente dedicada a minha amiga Florece D. P. Snape, e é toda inspirada na fic dela.

Olha, no começo vão boiar geral e pensar: Af, o que essa coisa tem em comum com a SUPER MARAVILHOSA DELICIOSA fanfic Só O Amor Salva da Florence? Esperem e vejam, faz sentido no final. Eu acho. Espero.

Dica: Você pode ler a fic SEM terminar/ou ler a fic da Florence, mas ela faz mas sentido se você ler a da Flor.

Outro aviso para as leitoras da Florence: Eu mudei ALGUMAS datas e coisinhas da fanfic dela, mas é só para poder encaixar minha OC.

Agora, mais sobre a fic da Florence, tirado da própria fic dela.

"Severus Snape/Personagem Original.

História da vida de Snape.

Minha versão para a garota chamada Florence que aparece no quinto livro como uma menina que a Berta da Penseira do Dumbledore viu beijando alguém atrás das estufas na quinta-feira passada (entenderam?). rsrs

Não concordo em absolutamente nada que a JKiller fez com o maravilhoso Mestre de Poções, o VERDADEIRO HEROI de toda a guerra."

Em minhas palavras agora, uma esposa para Snape, sete filhos, problemas e um final fofo. Simples de entender e delicioso de ler. Por favor, leiam a fic dela para maior compreenção.

Espero que gostem, comentem pelo amor de MERLIN.

Beijo :*

Yasmin Potter :)


Agosto de 1991

Em Bermont House, um orfanato em Londres, Mérope - uma garota de 11 anos, franzina e de longos e cacheados cabelos negros - limpava a última janela. Havia passado a tarde toda limpando as janelas das instalações e os vitrais da capela.

O que havia feito? Não sabia ao certo.

Talvez fosse pelo que disse no almoço, enquanto conversava com as outras garotas, contou um sonho que tivera, onde uma mulher de cabelos cacheados e embaraçados levava um bebê até uma lareira e as duas sumiam, como mágica, entre chamas esverdeadas.

Irmã Lucy era uma das freiras mais severas de todo o orfanato e na opinião de Mérope, de toda a Londres. Ela ouviu Mérope contar o sonho e a castigou.

Após terminar o serviço, ela foi para a cama sem banho ou janta - como parte do castigo -, e quando todas as luzes se apagaram, ela andou até a janela para ver as estrelas, como fazia todas as noites.

Mérope era o nome de uma estrela, linda e brilhante, que vivia em algum lugar do espaço. Ela não era assim, não brilhava, não era especial. Sempre fora um vazio, além de não ter pais, ela não se sentia Mérope. Não era aquilo, não era aquela pessoa. Faltava algo.

Pensar que quando saísse de lá não teria nem por onde começar a procurar a fez ficar mais chateada ainda. Talvez se tornasse freira e ficasse por lá. Não! Péssima idéia.

Mérope adormeceu, pensando que não era e nunca seria uma estrela, nem uma freira.

- Todas de pé!

Mérope acordou com o grito de irmã Lucy. Não foi a primeira vez que acordou assim. Irmã Lucy dizia que acordava as meninas porque as outras não tinham autoridade o suficiente para fazer "aquelas preguiçosas" levantarem. Mas todas sabiam que na verdade a freira adorava gritar.

Rapidamente todas as meninas levantaram e arrumaram-se para o café, em menos de cinco minutos. Enquanto todas saiam enfileiradas, a freira gritou:

- Mérope, fique aqui!

Mérope se assustou. Já havia apanhado, não tinha jantado e seu corpo doía de tanto limpar janelas, mas ficar sem tomar café já era muito castigo. Não era a primeira vez que ficava de castigo, mas isso nunca tinha acontecido. Seu estômago já doía pela falta da janta, ficar em jejum só pioraria.

- Tem visita. - anunciou.

A garota arregalou os olhos. Nunca em toda sua vida Mérope recebera visitas. Poderia ser sua família, que a estava procurando. Com um sorriso enorme no rosto, acompanhou irmã Lucy até uma saleta que conhecia muito bem; sempre era mandada para lá quando aprontava.

Muitas coisas aconteciam com Mérope:

Quando ela estava limpando as coisas, irritada, acabava quebrando algo.

Quando tinha medo ficava tão atrapalhada que sem ver derrubava alguns objetos.

Quando dormia, às vezes tinha tantos pesadelos, que a tiravam do quarto para não acordar as outras.

Na saleta estava uma senhora de longas vestes verdes, bem engraçadas para Mérope, um coque bem firme, óculos e uma expressão firme, mas um sorriso simpático.

- Sou Minerva McGonagall. - a senhora disse.

- Mérope. - disse sorrindo.

- Irmã Lucy, poderia me deixar a sós com a senhorita Mérope por um momento.

Senhorita? Ah. Que pena. Ela não era da sua família, porque se não a chamaria pelo nome, não diria senhorita. Mérope parou de sorrir, suas esperanças e sonhos de um minuto atrás se desmanchando vagarosamente, como uma folha de papel no mar.

Irmã Lucy as deixou sozinhas.

- Sente-se. - disse Minerva, sentando.

- Sim, senhora. - respondeu.

- Eu sou diretora de uma escola, Hogwarts, e acredito que você seja capacitada para esse tipo de... - ela pareceu incerta - ensino.

- Eu, senhora? Tem certeza? - Mérope ficou confusa.

- Você é uma bruxa.

Mérope ficou confusa. Ela não podia ser uma bruxa, ela não era má. Ser bruxa era errado, ela seria castigada se alguém soubesse. Não podia ir para aquela escola.

- Eu sinto muito, mas a senhora se enganou. Não sou uma bruxa. Isso é errado.

Minerva sorriu suavemente.

- Não é errado, querida. É apenas um segredo. - Minerva disse - Você não é obrigada a ir, mas pode ir se quiser.

Sair do orfanato? Ir para uma escola longe de tudo aquilo? Poder ter chance de encontrar sua família? CLARO QUE IRIA.

- Claro que quero! - levantou-se - Senhora. - completou encabulada.

- Então vamos, vou levá-la para comprar seu material escolar. - Minerva levantou-se.

As duas saíram do orfanato e caminharam um pouco até o que parecia ser um bar. De lá, foram até os fundos, onde havia uma parede e um latão de lixo.

Minerva tirou a varinha das vestes e bateu em alguns tijolos e eles magicamente se separaram, abrindo espaço para as duas entrarem em uma rua estreita, cheia de lojinhas.

Elas passaram a manhã fazendo compras. Foram comprar livros, pergaminhos, penas e tinteiros. Também compraram um caldeirão e ingredientes para poções, além de uma varinha.

Antes de irem comprar o uniforme da escola, Minerva achou que seria melhor levá-la para comer algo, ela parecia muito pálida,

Enquanto Mérope tomava sorvete, uma senhora baixa e ruiva que vinha com cinco crianças ruivas, cumprimenta Minerva.

- Minerva, o que está fazendo por aqui, querida?

- Estou levando a jovem Mérope para comprar seu material escolar.

- Nascida trouxa? - pergunta.

- Não sei ao certo, ela mora em um orfanato. Bermont House.

- O que é trouxa, senhora? - pergunta Mérope.

- Todos os que não são bruxos, meu bem. - diz Molly - Terminaram as compras?

- Não, ainda falta o uniforme.

- Então por que não deixa que eu leve Mérope? Você parece cansada.

A vice diretora sorri e concorda.

- Tudo bem para você? - pergunta para Mérope.

- Sim, senhora.

- Então venha, querida. Depois eu deixo você em Bermont House.

A idéia de voltar ao orfanato não agradou Mérope, ela pensou que mesmo sendo verão, ela já poderia ir para a escola. Tolice imaginar que sua vida mudaria tão rápido.

Molly pareceu perceber que apenas a menção do orfanato entristeceu Mérope e mudou de assunto.

- Vamos comprar suas vestes e as de Percy. Ele é monitor. - ela apontou para o filho - Estes tão: Ronald, Gina; que ainda não vai para Hogwarts, Fred e Jorge.

Ronald era alto para sua idade, bem ruivo e cheio de sardas. Já Gina parecia emburrada e era uma menina bem pequena e bastante corada. Fred e Jorge eram gêmeos idênticos, e tinham um sorriso divertido estampado no rosto.

Enquanto caminhavam, Ronald puxou assunto com ela, mas logo começou a falar de um jogo chamado quadribol e disse que eram jogados em vassouras. Mérope imaginou como seria difícil segurar a vassoura e jogar bola com a outra mão.

Estava muito quente dentro da loja, e quando Mérope havia experimentado suas vestes e Molly pediu para ver, incomodou-se com os longos cabelos da menina caindo sobre o rosto suado.

- Vamos prender seus cachinhos, está muito quente.

Antes que Mérope pudesse dizer qualquer coisa, Molly pegou seus cabelos com a mão esquerda e passou um elástico em volta deles com a outra mão, deixando a mostra várias cicatrizes no rosto da menina.

- Merlin! Quem te machucou querida?

- Ninguém! - Mérope apressou em dizer - Foi um acidente.

Não era mentira. Não havia sido machucada por ninguém, seus machucados eram a penitência por seus erros, então, tecnicamente não era errado machucá-la quando merecia, certo? O problema era que ninguém poderia saber dos seus castigos, se não ela seria castigada novamente.

- Não vou deixar eles te machucarem de novo, essa gente não toca mais em você.

- Não me machucaram! - Mérope entrou em desespero.

- Tudo bem, tudo bem. - Molly a abraçou - Troque de roupa, vamos almoçar.

Molly a convidou para almoçar em sua casa, e Mérope acabou aceitando, depois de uma certa relutância.

Eles iriam via Flu, e Mérope, como não sabia como fazer, iria depois de Percy.

O ruivo entrou na lareira de uma das lojas, pegou um pó de um vasinho de barro e jogou sobre os próprios pés. Aterrorizada, Mérope viu o jovem ruivo ser envolvido por chamas verdes, e as imagens de seus pesadelos vieram a sua mente, somado com a falta de sal em seu organismo, Mérope desmaiou.