DISCLAIMER: Os personagens da série - Sir Arthur Conan Doyle-The Lost World - não me pertencem... Sim, eu os amo, mas não os criei!!
N.A.:Mais uma fic avulsa, mas que conta um pouquinho do passado de um dos moradores do Platô... Por favor, perdoem qualquer erro histórico em relação aos episódios e, POR FAVOR, reviews neh?!
2 – Marguerite's Past
- Nããão!- gritou ela, apavorada, sentando-se na cama.
- O que foi?- de um pulo ele saiu da cama e apanhou o punhal que guardava na mesinha de cabeceira.- Você está bem?
Ainda ofegante Marguerite respondeu:
- Sim, sim, desculpe. Eu… Foi só um pesadelo...
Roxton sentou-se ao lado dela, acarinhou-lhe os cabelos, então a puxou para um abraço.
- É a quinta vez que você tem pesadelos essa semana.- disse.- Não quer falar sobre isso?
A herdeira levantou-se e andou até a janela.
- Como você sabe que tenho tido pesadelos?
- Bom, tirando a outra noite que você acordou gritando também? Bem, eu sinto você inquieta durante o sono. Você murmura coisas, chuta, até chora...- respondeu o caçador e percebeu, na hora, que o rosto dela endureceu e as costas se retesaram.
- Não é nada...- ela encaminhou-se de volta para a cama.- Todos têm sonhos maus às vezes...
Ele sentou-se apoiando as costas contra a cabeceira e esticando as pernas sobre o colchão. Marguerite andou até ele e sentou-se em seu colo, aninhando-se contra aquele peito largo, que lhe transmitia tanta segurança. Sabia que quando estava com ele nada poderia atingi-la.
- Marguerite, minha Marguerite... Eu odeio vê-la assim.- murmurou ele afogando-se nos cabelos dela.- Se eu pudesse, tomava todas as suas dores para mim para que você nunca mais sofresse.
Lágrimas silenciosas começaram a rolar pelo rosto dela. Deus, como amava aquele homem! O amava tanto que chagava a doer.
- Você está chorando.- ele limpou as lágrimas com uma das mãos.- O que houve minha pequena? Por que você não me deixa ajudá-la?
Ela deu um sorriso triste. Ninguém poderia ajudá-la a fugir de suas lembranças.
- Você é tão maravilhoso John, às vezes sinto que não o mereço...
- Não comecemos com essa história.- censurou ele.- Lembra-se do que lhe disse naquela caverna¹? Você merece muito mais do que se permite ter.
- Mas é que...
- Nada de "mas", nem de meio "mas". Agora shh, descanse... Pode dormir, eu velarei seu sono e espantarei os monstros dos seus sonhos...
Com um sorriso brincando em seus lábios, Marguerite dormiu como uma criança no colo de Roxton. Ele a acalentava e, como prometera, velou seu sono durante o resto da noite.
Só não pôde expulsar os monstros dos sonhos dela.
Faltava pouco mais de duas horas para o amanhecer quando Marguerite abriu os olhos de repente.
- O que houve?- perguntou Roxton, sentindo-a contrair os músculos e afastar-se um pouco.
- Ah, você ainda está acordado?- surpreendeu-se.
- Não prometi que velaria seu sono?
Ela sorriu.
- Acho que vou pra sala, assim você pode dormir melhor.- ela ia se levantar, mas ele a segurou.
- Não senhorita. Marguerite, eu quero saber o que a está assombrando. Que pesadelo é esse que você tem todas as noites?
- Ah John,- suspirou cansada.- esqueça. Já basta eu não deixá-lo dormir à noite, não quero atormentá-lo com os fantasmas do meu passado...
- Então tem a ver com seu passado? Minha querida, você sabe que nada, nada mesmo, que você me contar vai mudar o que sinto. Eu a amo de uma forma que jamais imaginei possível amar alguém, preciso de você como do ar que respiro. Você realmente acha que alguma coisa poderia me fazer deixá-la?
- John...
Ele apenas continuou encarando-a. Droga! Sabia que ela estava sofrendo e se odiava por não poder fazer nada. Quando a ouvia chorar à noite, ouvia suas súplicas e seus murmúrios, tudo o que desejava era poder entrar no sonho dela e livrá-la do que a atormentava.
O silêncio permaneceu por mais alguns minutos, então, percebendo que não conseguiria enganá-lo, Marguerite começou:
- Essas lembranças, eu não sei por que elas voltaram a me atormentar agora. Eu achei que tivesse esquecido tudo, mas é espantoso como tudo ainda está tão vivo em mim...
O caçador percebeu que finalmente ela se abriria, e agradeceu por estarem sozinhos na casa da árvore, sem ninguém que lhes pudesse interromper. Bendita hora em que Malone, Challenger e Verônica haviam decidido renovar o estoque de remédios.
- O que aconteceu meu amor? O que a atormenta?
- Eu matei um homem John.- respondeu ela, olhando-o diretamente nos olhos.- Eu assassinei meu pai!
Continua...
N.A: Fic terminada pessoas... Sim, sim, deixem reviews e a Madge conta como matou ele...
