Título: After the Ball
World:
Mangá/Fullmetal Alchemist:Brotherhood
Spoilers: Sim, só que mais para frente. Cuidado!
Disclamer: Fullmetal Alchemist não é meu, mas sim a quem o merece - Arakawa!
Resumo: Grumman era um homem excêntrico, isso era inegável. Mas o que acontece quando ele decide promover um baile a fantasia? Uma fanfic sobre amor, humor, mas acima de tudo, amizade. Royai.


Quem conhecia o General Grumman, sabia que o Fuhrer era um homem no mínimo excêntrico. Entre brincadeiras no Quartel e fora dele a mudanças como a Terça-Feira da Torta (na opinião de muitos, a melhor mudança até o presente momento no novo regime) dentro de todos os refeitórios militares, era fato - o homem não tinha todos os parafusos na cabeça. Quando questionado sobre essa fama, o velho militar daria uma alta gargalhada e diria que os jovens de hoje que são certinhos demais e citaria o Coronel Mustang e a General Armstrong. Mas a verdade deveria ser dita; a Central nunca fora tão feliz desde que Grumman pisou no escritório e tornou-se Fuhrer. Por mais maluco e polêmico que o velho pudesse ser, sua veia para a liderança era inegável, sendo que o País nunca tivera tantos progressos a anos.

Alguns diriam que, para a fossa que o País se encontrara, qualquer flor se torna uma rosa – mas isso eram poucos, ainda existentes, grupos radicais que eram a favor de Bradley . Alegavam que na verdade, Bradley e toda a cidade fora destruída por criaturas quase imortais, que existia um grande poder ainda por trás do grande poder que Bradley tinha. Quando o atual comandante da nação era questionado sobre isso ele soltava um sorriso, algo fácil para o homem, e dizia que "pessoas são criaturas estranhas e criativas, minha jovem". Nessa mesma entrevista dada a rádio da Central, Grumman fora questionado sobre o quanto ficaria no seu cargo e ele disse que "não será fácil tirar um cargo desses de mim!" – é claro, num tom brincalhão típico do homem.

E foi sob o comando do homem que se passaram 5 anos de paz.

E era em seu escritório que Grumman redigiu uma carta para alguns sortudos militares que a receberiam. Nela não haviam muitas palavras, poucas frases, porém, muito sentido. Era um convite - o militar convidava todos os seus subordinados (e até mesmo alguns civis) a irem a uma festa a fantasia na qual seria dadas importantes notícias para toda a nação e, ainda nela, o Fuhrer prestaria os devidos agradecimentos a verdadeiros heróis.

"Acidentalmente", como Grumman queria, a carta vazou para o Jornal da Central. A cidade borbulhou quando a notícia que em uma semana, seria dada uma festa a fantasia que poderia mudar o curso do País. Alguns clamavam nomes como Roy Mustang, Edward Elric, Ling Yao e até mesmo o de Scar; mas o futuro era incerto - afinal, quando o Fuhrer era Grumman, nada era certeza. As principais revistas de fofoca especulavam sobre o que seria, os programas de rádio só falavam sobre aquilo.


Havoc e Breda receberam suas cartas três semanas antes da festa. Eles estavam na Central e acompanharam de perto o desenvolvimento das fofocas e das especulações. Breda acompanhou mais de perto ainda o desespero de Havoc de tentar achar uma acompanhante e uma fantasia; o homem ruivo suspirou e lembrou-se que os anos até passam, mas certas coisas nunca mudam. Mesmo trabalhando agora fora do escritório, com a presença (agora indispensável, mas no começo, detestável) da Primeira Tenente Rebecca Catalina, era difícil Havoc largar velhos hábitos; fumar, beber, perder miseravelmente no pôquer, ser dispensado por mulheres. Segundo o louro, ele não era feio, só azarado. Breda ria toda vez que ele dizia isso; imaginava se cegueira era um dos sintomas novos do azar, já que há semanas a Tenente Catalina dava indiretas ao fumante e ele não percebera nenhuma delas.

Fuery recebera a sua com duas semanas de antecedência. Mesmo estando no Oeste, o sistema de cartas da Central havia se modernizado, e parecia quase impecável agora. O mais jovem na antiga equipe de Mustang agora estava mais alto, com óculos um pouco menores do que os que usava a anos atrás e sustentava um tom de jovem-adulto. Alguns militares mais antigos no Quartel comparavam seu charme a atrair mulheres ao jovem Mustang da época da Academia Militar, o que era muito confuso para Kain, já que ele mesmo era muito tímido para qualquer assunto. Ao receber o convite, sorrira de uma forma a muito tempo não fazia – era bom saber que ainda era lembrado pelas pessoas da Central; encaminhou um pedido a seu superior e correu para pegar o primeiro trem para a Central. Mal podia esperar para revê-los.

Falman acordara a uma semana e meia atrás e recebera sua carta. Era numa manhã fria, como todas as outras em Briggs, em que seus filhos – que não tinham nem um pouco do temperamento calmo do pai – o acordaram com uma guerra de bolinhas de neve bem no meio do seu quarto. Sua mulher, uma morena que conhecera um mês exato após do Dia Prometido, lhe entregara a carta na cozinha, sorrindo. O homem a primeira instância se assustou com tal convocação, mas em seguida começou a se perguntar sobre o que seria essa tal festa. Permitiu-se, em uma das poucas vezes na sua vida, deixar de pensar no assunto. A esposa negou-se a ir, dizendo que, além de ser uma festa de seus antigos amigos, tinha que ajudar o caçula dos Falman na recuperação de História na escola. Suspirou. A genética não era amiga da família.

Hawkeye acordou a cinco dias antes da festa com uma terrível dor de cabeça. Foram-se cinco anos, mas dormir com toda aquela areia em cabanas no meio do deserto não era questão de se acostumar; seria impossível. Ainda sim, ela estava de pé, impecavelmente no horário como sempre, mais uma semana para reconstruir aquele lugar que ela uma vez ajudara a destruir.
Na verdade, a palavra reconstruir não poderia ser mais usada – mas sim, viver de fato. Já faziam 3 anos que Ishbal estava de pé, mas o trabalho não parava de surgir; em momentos ela se perguntava se estava destinada a viver ali para sempre. Foi quando um mensageiro a chamou.
Quando recebeu o convite, imediatamente foi até seu superior avisá-lo – teriam que partir o mais rápido possível. Mustang estava ainda dormindo quando a loura falou o recado – mas quando processou, tratou de acordar. Arrumaram-se, deram adeus a Miles e Scar, e partiram para a Central – após longos cinco anos, mais uma vez se encontraria naquela cidade, naquele salão de festas, com aquelas pessoas.
Roy sorri enquanto vê Riza ler um de seus livros e imagina como todos estam. Imagina o que aquele "El Loco Grumman" vá fazer. Imagina o que mudou, se a cidade está bem. Imagina se ainda se lembram deles.

Muitos outros receberam cartas. O antigo Major Edward Elric e família ficaram surpreendidos, porém felizes, numa manhã em Risembool. O atual Imperador de Xing deixou seu substituto no trono o mais rápido possível e correu com sua fiel subordinada, Ran Fan, para a linha de trem que liga Amestris e Xing, dizendo que "finalmente entraria em Amestris legalmente". A família Hughes também fora convidada, assim como todos os Armstrong.

E há um dia do baile a fantasia, Grumman se olhava no espelho mais uma vez com sua fantasia e dava um sorriso maroto. Seria uma noite memorável.