Os dias de verão não foram felizes como Hydra esperava, apesar de ter tido de fato seus momentos.
Tonks e Lupin se casaram, uma cerimônia simples com testemunhas locais, eles não quiseram chamar a atenção do Ministério para o casamento deles, mas Hydra comemorou depois com muita alegria.
A barriga de Hydra crescia e Libra já anunciava sua chegada em breve.
No trabalho no entanto, nada parecia melhorar ou pelo menos mais feliz, o pânico se instalou no Ministério, medidas de segurança rigorosíssimas estavam em vigor para todos os funcionários e visitantes, tornando o trabalho que uma vez foi prazeroso, extremamente maçante.
Peter se preparava para sua formatura como curandeiro estagiário, finalmente depois de três anos longos de treinamento intensos, se tornaria um curandeiro oficial, formado, totalmente capacitado para atender "sozinho" a comunidade mágica.
A ordem se preparava para a remoção de Harry Potter da casa de seus tios, quando fizesse 17 anos, a proteção mágica que existia ali naquele lugar iriam cair e Harry ficaria vulnerável, então todos os preparativos estavam sendo feitos para que isso acontecesse da melhor forma possível, mas é claro que Hydra não poderia participar, Fleur, que também era da ordem, iria no seu lugar (ela provavelmente já iria de qualquer jeito), isso a irritava mais do que qualquer outro anúncio.
A toca recebeu toda proteção possível para receber Potter depois de sua transferência.
Hydra tentou em vão contato com sua mãe e Draco, recebeu notícias de que seu pai fugira de Azkaban junto com outros comensais e sentiu um aperto no coração, além de um medo do que eles poderiam passar nas mãos de Você-sabe-quem, já foi o tempo que o medo maior de Hydra era seu pai, agora temia pelo que acontecia a eles, não o que aconteceria a ela por eles.
CAP 1
"EM MEMÓRIA DE ALVO DUMBLEDORE
Elifas Doge
Conheci Alvo Dumbledore aos onze anos de idade, em nosso primeiro dia em Hogwarts. Sem dúvida o nosso interesse mútuo se deveu ao fato de ambos nos sentirmos deslocados. Eu contraíra varíola de dragão pouco antes de chegar à escola, e, embora não oferecesse mais contágio, o meu rosto marcado e verdoso não animava ninguém a se aproximar de mim. Por sua vez, Alvo chegara a Hogwarts carregando o peso de uma indesejável notoriedade. Menos de um ano antes, seu pai, Percival, fora condenado por um ataque selvagem, e amplamente comentado, a três rapazes trouxas.
Alvo jamais tentou negar que o pai (que morreria em Azkaban) cometera o crime; muito ao contrário, quando reuni coragem para lhe perguntar, ele me confirmou que sabia que o pai era culpado. E se recusava a acrescentar o que fosse sobre o triste caso, embora muitos tentassem fazê-lo falar. Alguns até se dispunham a elogiar a atitude do pai, presumindo que Alvo também odiasse trouxas. Não poderiam estar mais enganados: todos que conheceram Alvo atestariam que ele jamais revelou a mais remota tendência antitrouxa. Na realidade, seu decisivo apoio aos direitos dessa comunidade conquistou-lhe muitos inimigos nos anos que se seguiram.
Em questão de meses, no entanto, a fama pessoal de Alvo começou a eclipsar a do pai. Ao terminar o primeiro ano de Hogwarts, deixara de ser conhecido como o filho do homem que odiava trouxas, e ganhou a reputação de ser o aluno mais brilhante que a escola já vira. Aqueles que tinham o privilégio de ser seus amigos se beneficiavam do seu exemplo, além de ajuda e estímulo, que sempre distribuía com generosidade. Mais adiante na vida, ele me confessaria que já naquela época sabia que o seu maior prazer era ensinar
Alvo não só ganhou todos os prêmios importantes que a escola oferecia, bem como não tardou a se corresponder regularmente com as personalidades mais notáveis do mundo da magia contemporânea, inclusive Nicolau Flamel, o famoso alquimista, Batilda Bagshot, a renomada historiadora, e o teórico da magia Adalberto Waffling. Vários dos seus artigos foram acolhidos por publicações cultas como a Transfiguração Hoje, Desafios nos Encantamentos, O Preparador de Poções. A carreira futura de Dumbledore provavelmente seria meteórica, e a única dúvida era se chegaria a ministro da Magia. Embora futuramente se previsse com frequência que ele estava às vésperas de assumir o cargo, Dumbledore nunca teve ambições ministeriais
Três anos depois de começarmos a estudar em Hogwarts, seu irmão chegou à escola. Não se pareciam; Aberforth nunca foi dado a leituras e, ao contrário de Alvo, preferia resolver suas diferenças com duelos em vez de discuti-las racionalmente. É, porém, um engano insinuar, como alguns têm feito, que os irmãos não fossem amigos. Davam-se tão bem quanto dois garotos, assim diferentes, poderiam se dar. E, para fazer justiça a Aberforth, deve-se admitir que viver à sombra de Alvo não pode ter sido uma experiência muito confortável. Ser continuamente ofuscado era um risco ocupacional que acompanhava seus amigos, e não pode ter sido muito mais prazeroso para um irmão
Quando Alvo e eu concluímos os estudos em Hogwarts, pretendíamos fazer juntos a viagem pelo mundo, então tradicional, para visitar e observar os bruxos estrangeiros, antes de seguir cada qual a sua carreira. Interveio, porém, a tragédia. Na véspera de nossa viagem, a mãe de Alvo, Kendra, faleceu, legando ao filho mais velho a tarefa de chefiar e sustentar sozinho a família. Adiei a minha partida tempo suficiente para prestar as últimas homenagens a Kendra, então iniciei a viagem, solitário. Com um irmão e uma irmã mais jovens para cuidar, e o pouco dinheiro herdado, já não havia possibilidade de Alvo me acompanhar
Aquele foi o período de nossas vidas em que mantivemos menos contato. Escrevi a Alvo, narrando, talvez insensivelmente, as maravilhas da minha viagem, desde o episódio em que escapei por um triz de quimeras na Grécia até as minhas experiências com alquimistas egípcios. As cartas dele me contavam alguma coisa de sua vida diária, que eu percebia ser monótona e frustrante para um bruxo tão genial. Absorto em minhas próprias experiências, foi com horror que soube, quase no fim do ano de viagens, que outra tragédia se abatera sobre a família: a morte de sua irmã Ariana.
Embora Ariana não gozasse de boa saúde havia tempo, o golpe tão próximo à morte da mãe afetou profundamente os dois irmãos. Todos os que eram mais chegados a Alvo – e incluo-me entre esses felizardos – concordam que a morte de Ariana e o sentimento de responsabilidade do irmão por esse desfecho (ainda que ele não fosse culpado) marcaram-no para sempre.
Quando regressei, encontrei um rapaz que passara por sofrimentos de um homem mais velho. Alvo tornou-se mais reservado do que antes e muito menos alegre. Para aumentar sua infelicidade, a morte de Ariana não conduzira a uma aproximação maior entre Alvo e Aberforth, mas a um afastamento. (Com o tempo isso se resolveria – nos últimos anos eles restabeleceram se não uma relação íntima, ao menos cordial.) Desde então, porém, ele raramente falava dos pais ou de Ariana, e seus amigos aprenderam a não mencioná-los
Outros escritores descreverão os triunfos dos anos seguintes. As inúmeras contribuições de Dumbledore ao acervo de conhecimentos sobre magia, inclusive a descoberta dos doze usos para o sangue de dragão, beneficiarão as futuras gerações, do mesmo modo que a sabedoria que demonstrou nos muitos julgamentos que realizou durante o mandato de presidente da Suprema Corte dos Bruxos. Dizem, ainda hoje, que nenhum duelo de magia jamais se igualou ao que foi travado entre Dumbledore e Grindelwald, em 1945. Os presentes descreveram o terror e o assombro que sentiram ao observar aqueles dois bruxos extraordinários combaterem. A vitória de Dumbledore e suas consequências para o mundo bruxo são consideradas um marco na história da magia, comparável à introdução do Estatuto Internacional de Sigilo em Magia ou à queda d'Aquele-QueNão-Deve-Ser-Nomeado
Alvo Dumbledore jamais demonstrava orgulho ou vaidade; sempre encontrava o que elogiar em qualquer pessoa, por mais insignificante ou miserável que fosse, e acredito que as perdas que sofreu na juventude o dotaram de grande humanidade e solidariedade. Sentirei saudades de sua amizade mais do que poderia reconhecer, mas a minha perda é desprezível se a compararmos à do mundo dos bruxos. É indiscutível que ele foi o mais inspirador e o mais querido diretor de Hogwarts. Ele morreu como viveu: sempre trabalhando para o bem maior e, até a sua hora final, tão disposto a estender a mão ao garotinho com varíola de dragão quanto no dia em que o conheci."
- É um belo obituário – Disse Peter olhando por cima do ombro de Hydra.
-Sim, tem tanta coisa aqui que eu não sabia sobre ele – Disse Hydra, tomando seu café na mesa da cozinha.
- Ele era um homem pleno, muita coisa para saber realmente – Disse Peter.
Hydra sentia Libra se mexer cada vez mais em sua barriga e todas as atividades agora podiam ficar incômodas às vezes, se sentia pesada demais, cansada demais em alguns momentos, não podia ver a hora de aquilo acabar e ter ela em seus braços.
- Mais um mês mais ou menos e isso provavelmente acaba, Libra aqui, já imaginou? – Disse Peter quando viu Hydra com o rosto incomodado segurando a barriga.
-Eu espero que sim – Disse ela irritada – Ela tem jeito de ser teimosa.
- Igual alguém que eu conheço então... – Disse Peter rindo.
Hydra então notou na metade inferior da primeira página, havia uma manchete no alto de uma foto de Dumbledore caminhando com um ar preocupado:
"DUMBLEDORE – ENFIM A VERDADE?
Na próxima semana, a chocante verdade sobre o gênio imperfeito que muitos consideram o maior bruxo de sua geração.
Desfazendo a imagem popular de serena e venerável sabedoria, Rita Skeeter revela a infância perturbada, a juventude rebelde, as rixas intermináveis e os segredos vergonhosos que Dumbledore levou para o túmulo. POR QUE o homem indicado para ministro da Magia se contentou com o simples cargo de diretor de escola? QUAL era a real finalidade da organização secreta conhecida como a Ordem da Fênix? COMO Dumbledore realmente encontrou a morte?
As respostas a essas perguntas e muitas outras são examinadas em uma nova e explosiva biografia A vida e as mentiras de Alvo Dumbledore, de autoria de Rita Skeeter, entrevistada com exclusividade por Betty Braithwaite, na página 13 deste número."
- Ai meu Deus, você viu isso? – Perguntou Hydra entregando o jornal para Peter.
- Não, eu vou perguntar para a Jeniffer o que ela sabe sobre isso, será que vão entregar o nome dos membros da ordem da Fênix? – Disse Peter preocupado olhando o jornal.
- Eu espero sinceramente que não, mas acho difícil a Rita Skeeter saber.
Hydra leu com Peter a página 13. O artigo estava encimado pela foto de outro rosto de uma mulher com óculos enfeitados com pedrinhas, cabelos louros bem ondulados, os dentes à mostra no que, sem dúvida, se supunha ser um sorriso cativante, agitando os dedos para eles.
Rita Skeeter é muito mais simpática e sensível em pessoa do que os seus já famosos e ferozes retratos a bico de pena poderiam sugerir. Recebendo-me à entrada de sua casa aconchegante, ela me conduz diretamente à cozinha para uma xícara de chá, uma fatia de bolo inglês e, nem é preciso dizer, um caldeirão fumegando com fofocas frescas.
"Naturalmente, Dumbledore é o sonho de qualquer biógrafo", diz Skeeter, "com sua vida longa e plena. Tenho certeza que o meu livro será o primeiro de muitos outros."
Skeeter certamente agiu com rapidez. Seu livro de novecentas páginas foi concluído apenas quatro semanas após a misteriosa morte de Dumbledore, em junho. Pergunto-lhe como conseguiu esse feito de velocidade.
"Ah, quando se é jornalista de longa data, trabalhar com prazos curtos é uma segunda natureza. Eu sabia que o mundo dos bruxos exigia uma história completa e queria ser a primeira a satisfazer essa demanda."
Menciono os comentários recentes e amplamente divulgados de Elifas Doge, conselheiro especial da Suprema Corte dos Bruxos, o Wizengamot, e amigo de longa data de Alvo Dumbledore, de que "o livro da Skeeter contém menos fatos do que um cartão de sapos de chocolate".
Skeeter joga a cabeça para trás dando uma gargalhada.
"Querido Doguinho! Lembro-me de tê-lo entrevistado há alguns anos sobre os direitos dos sereianos, que Deus o abençoe. Completamente gagá, parecia achar que estávamos sentados no fundo do lago Windermere, e não parava de recomendar que eu tivesse cuidado com as trutas."
Contudo, as acusações de imprecisão feitas por Elifas Doge encontraram eco em muitos lugares. Será que Skeeter julga que quatro breves semanas foram suficientes para captar um retrato de corpo inteiro da longa e extraordinária vida de Dumbledore?
"Ah, minha cara", responde ela, abrindo um largo sorriso e me dando um tapinha afetuoso na mão, "você conhece tão bem quanto eu a quantidade de informações que pode gerar uma bolsa cheia de galeões, uma recusa em aceitar um 'não' e uma pena de repetição rápida! As pessoas fizeram fila para despejar as sujeiras de Dumbledore. Nem todas achavam que ele fosse tão maravilhoso assim, sabe – ele pisou um bom número de calos de gente importante. Mas o velho Doguinho esquivo pode descer do seu hipogrifo, porque tive acesso a uma fonte que faria jornalistas negociarem as próprias varinhas para obter, alguém que jamais fez declarações públicas e que foi íntimo de Dumbledore durante a fase mais turbulenta e perturbada de sua juventude."
A publicidade que antecede o lançamento da biografia de Skeeter certamente sugere que o livro reserva surpresas para os que acreditam que Dumbledore levou uma vida sem pecados. Perguntei-lhe quais foram os maiores que descobriu.
Francamente, Betty, não vou revelar todos os destaques antes de as pessoas comprarem o livro!", ri-se Skeeter. "Mas posso prometer que alguém que ainda pense que Dumbledore era alvo como suas barbas vai acordar assustado! Digamos apenas que ninguém que o tenha ouvido vociferar contra Você-SabeQuem sonharia que ele próprio lidou com as Artes das Trevas na juventude! E, para um bruxo que passou o resto da vida pedindo tolerância, ele não era exatamente indulgente quando mais moço! Sim, senhora, Alvo Dumbledore teve um passado sombrio, isso para não mencionar sua família muito suspeita, que ele tanto se esforçou por ocultar."
Pergunto se Skeeter está se referindo ao irmão de Dumbledore, Aberforth, cuja condenação pela Suprema Corte dos Bruxos por mau uso da magia causou um pequeno escândalo há quinze anos.
"Ah, Aberforth é apenas o topo da estrumeira", ri-se Skeeter. "Não, não, estou falando de coisa muito pior do que a predileção de um irmão por bodes, pior mesmo do que a mutilação de um trouxa pelo pai, coisas que Dumbledore não pôde abafar, os dois foram condenados. Não, estou me referindo à mãe e à irmã que me intrigaram, uma pequena pesquisa desenterrou um verdadeiro ninho de maldades – mas, como digo, você terá que esperar pelos capítulos de nove a doze para conhecer os detalhes. O que posso adiantar agora é que ninguém estranhe que Dumbledore nunca tenha contado como fraturou o nariz."
Apesar dos torpes segredos de família, será que Skeeter nega a genialidade que conduziu Dumbledore a tantas descobertas em magia?
"Ele tinha cabeça", admite ela, "embora muitos agora questionem se realmente mereceu sozinho o crédito por suas supostas realizações. No capítulo dezesseis, transcrevo a afirmação de Ivor Dillonsby de que ele já teria descoberto oito usos para o sangue de dragão quando Dumbledore 'tomou emprestado' os seus estudos."
Atrevo-me a replicar que a importância de algumas realizações de Dumbledore não pode ser negada. E a famosa vitória sobre Grindelwald?
Ah, foi bom você ter mencionado o Grindelwald", responde Skeeter, com um sorriso irresistível. "Acho que aqueles cujos olhos umedecem de emoção com a magnífica vitória de Dumbledore devem se preparar para uma bomba – ou talvez uma bomba de bosta. Realmente fede bastante. Só posso alertar para a dúvida com relação ao duelo espetacular que nos conta a lenda. Depois de lerem o meu livro, as pessoas talvez sejam obrigadas a concluir que Grindelwald simplesmente conjurou um lenço branco na ponta da varinha e se entregou!"
Skeeter se recusa a revelar outros detalhes sobre o intrigante assunto, portanto, abordamos a relação que, sem dúvida, mais fascina os seus leitores
"Ah, sim", diz Skeeter, assentindo energicamente, "dedico um capítulo inteiro à relação Potter-Dumbledore. Há quem a considere doentia e até sinistra. Repito mais uma vez, os seus leitores terão de comprar o meu livro para saber a história completa, mas, pelo que ouço dizer, é ponto pacífico que Dumbledore tomou um interesse anormal por Potter. Se isso realmente visava o bem do garoto – é o que veremos. Certamente não é segredo que Potter tem tido uma adolescência excepcionalmente perturbada."
Perguntei se Skeeter ainda mantém contato com Harry Potter, a quem entrevistou, com sucesso, no ano anterior: um furo de reportagem em que Potter falou exclusivamente de sua certeza sobre o retorno de Você-Sabe-Quem.
Ah, sim, construímos um forte vínculo", diz Skeeter. "O coitado do Potter tem poucos amigos verdadeiros, e nos conhecemos em um dos momentos de maior desafio de sua vida – o Torneio Tribruxo. Provavelmente sou uma das poucas pessoas vivas que podem afirmar conhecer o real Harry Potter.
A resposta nos leva diretamente aos muitos boatos que continuam a circular sobre as últimas horas de vida de Dumbledore. Será que Skeeter acredita que Potter estava presente quando ele morreu?
"Bem, não quero falar demais – está tudo no livro –, mas testemunhas oculares no castelo de Hogwarts viram Potter saindo de cena instantes depois de Dumbledore cair, saltar ou ser empurrado. Mais tarde, o garoto prestou depoimento acusando Severo Snape, um homem com quem ele tinha conhecida inimizade. Será que as coisas são como parecem ser? Caberá à comunidade bruxa julgar – depois de ler o meu livro."
A essa nota intrigante, eu me despeço. Não há dúvida de que Skeeter escreveu um bestseller de ocasião. Enquanto isso, as legiões de admiradores de Dumbledore talvez estejam apreensivas com o que em breve será divulgado sobre o seu herói."
As mãos de Hydra tremiam um pouco, uma raiga subiu por sua garganta, uma vontade de esganar aquela mulher asquerosa.
- COMO ELA OUSA? COMO OUSA MANCHAR A MEMÓRIA DE ALBUS DUMBLEDORE? – Disse Hydra levantando em um salto.
- Calma Hydra, não podemos fazer nada agora, não adianta ficar nervosa assim – Disse Peter se levantando e ficando a seu lado.
-A Jeniffer sabia algo sobre isso? Ela sabia sobre o livro? – Perguntou Hydra para Peter.
-Eu não sei Hydra, creio que não, ou se sabia preferiu não falar nada para não nos aborrecer.
Jeniffer quase não estava vendo muito a família como de costume, apesar de aparecer sempre que podia e Hydra entendia o porquê ela conseguira uma promoção no Profeta Diário para a sessão de notícias investigativas, passava a maior parte do tempo ali dentro da redação ou com Abbas, completamente alheia a tudo mais que acontecia, ao menos era o que parecia às vezes...
- Eu não sei como ela poderia saber disso e ficar quieta – Disse Hydra.
- Calma Hydra, Jeniffer está começando na carreira, está com medo de ser demitida, é um momento difícil, por favor, mantenha a calma – Disse Peter parecendo irritado.
- Eu sei, eu sei... Me desculpe, eu só me sinto meio que sem paciência às vezes nos últimos tempos...
- Nós sabemos, Hydra, meu amor... - Disse Peter bem paciente como sempre.
No dia seguinte, eles tiveram uma reunião da ordem, era o dia anterior a remoção de Potter da casa dos tios, todos foram até a toca para uma grande reunião.
Uma mesa longa foi colocada no jardim, Hydra foi recebida com muita alegria pela Sra Weasley.
-Minha filha, está tão linda! Essa menina pelo visto vai ser gigante – Disse ela acariciando a barriga de Hydra.
-Espero que essa menina saia daqui logo e venha logo para o nosso lado... – Disse Hydra que andava muito mal-humorada.
Logo, todos tomaram seus assentos na mesa, inclusive Fleur, que Hydra ainda ficava muito irritada de saber que iria participar da remoção no lugar de Hydra, Fred e Jorge sentaram ao seu lado, também chegaram o Sr e Sra Macmillan, Kingsley, Abbas, Mundungos, Olho-tonto, Gui, Rony, Hermione, Hagrid, Tonks e Lupin (alegres recém-casados), Sr e Sra Weasley e mais alguns poucos outros membros que sobraram da ordem.
Olho-Tonto estava na cabeceira e se levantou.
- Bom, vamos começar com um minuto de silêncio pela morte do nosso querido líder e amigo, Albus Dumbledore.
Foi o minuto mais longo que Hydra já viu, ninguém parecia querer relembrar daquela tristeza, mas ainda assim todos abaixaram a cabeça e respeitaram.
- Bom – Disse Olho-Tonto encerrando o silêncio – Vamos então rever nossos planos para amanhã.
Todos concordaram e de novo a irritação cresceu em Hydra.
- Amanhã então, eu, Gui, Fleur, Hermione, Rony, Hagrid, Mundungus, Fred, Jorge, Arthur e Tonks iremos até a casa dos tios de Harry Potter, nosso plano é que, com uma poção polissuco que a Macmillan já preparou – Disse virando o rosto para Hydra que acenou com a cabeça – Fred, Jorge, Hermione, Rony, Mundugus e Fleur irão se transformar em Potters, as doze casas seguras usadas para disfarçar já receberam proteção e sete delas nos receberão amanhã, Macmillans, está tudo pronto na de vocês?
- Sim, a casa já está preparada e a chave de portal estará pronta para receber dois de vocês – Respondeu Mezra.
-Ok, então Fred e Arthur irão para lá, ok?
Fred e Arthur acenaram com a cabeça.
- Os outros Macmillans, já estão preparados?
- Eu vou estar de plantão infelizmente, mas Hydra vai estar na casa com a chave de portal – Disse Peter ao seu lado.
-Bom, achamos que essa casa será uma das mais evitadas, provavelmente Lúcio e Narcisa irão tentar impedir para que não a ataquem, só não sei se isso vai funcionar muito, de qualquer maneira, Jorge e Lupin, para essa casa, ok? – Disse Olho- Tonto.
Os dois concordaram.
- A casa da tia de vocês – Disse Olho-Tonto para Arthur e Molly – estará preparada?
- Sim, já está tudo preparado lá – Disse Molly.
-Então Tonks e Weasley (apontando para Rony), vocês dois irão para lá - Harry e Hagrid irão para a casa dos Tonks.
- Mamãe e papai já estam se esperando – Disse Tonks.
Olho-Tonto explicou as casas que estariam aguardando casa par que sairia da casa de Potter e os horários de cada chave de portal.
-Lembrem-se, que no final todos nos encontramos aqui.
Todos concordaram.
- Hydra, você vai ficar bem esperando sozinha em casa? – Perguntou Peter enquanto Olho-Tonto falava sobre mais alguns detalhes.
- Eu iria ficar bem de verdade se pudesse ir com eles... – Disse Hydra com uma crescente irritação.
- Mas você não pode... – Disse Peter delicadamente.
- Eu sei, eu nunca posso nada! - Disse ela baixinho.
- Hydra, por favor...
Hydra não de muita atenção, não tinha paciência com ninguém e nem com nada, tudo só a irritava naquele momento, ficou feliz quando Olho-Tonto anunciou o fim da reunião e se levantou rapidamente em direção a cozinha.
- Tudo bem aí, Macmillan? – Perguntou uma voz atrás dela na cozinha.
- A, oi Lupin, está sim – Mentiu Hydra.
Lupin se sentou ao seu lado na mesa da cozinha que estava deserta naquele momento.
- Peter me disse que você está tendo alguns problemas em aceitar ficar parada, está impaciente...
- Eu só fico parada! Desde que descobri a gravidez, eu não posso mais fazer nada, participar de nada!
- Mas tem um bom motivo para isso Hydra... – Disse Lupin com muita delicadeza.
- Eu sei, mas eu só não gosto de ficar por fora, de braços cruzados sem fazer nada, acho que estou ficando impaciente, só isso!
- Prefere se arriscar, como no Ministério... Apesar de não ter sido legal, pelo menos eu estava fazendo alguma coisa pela ordem, por vocês, sabe...?
- Pelo menos eu estava fazendo alguma coisa ali e só ali!
- Você está fazendo alguma coisa agora, você está ajudando a ordem, você cedeu sua casa para parecer um dos locais seguros da ordem, se expondo...
- Como se eu não achasse eles já não soubessem que eu faço parte da ordem... Ou ao menos devem desconfiar, né? – Retrucou Hydra.
- Talvez não e mesmo que saibam, seus pais iriam fazer de tudo para protegê-la.
- Meu pai eu às vezes acho que quer mais que eu morra e tenha um problema a menos em sua vida.
- Duvido muito que isso seja verdade, mas mesmo que fosse, o que como eu disse eu realmente acho que seja mentioned conhecendo toda a história que você já me disse, seu irmão e mãe duvido que deixariam, certo?
Hydra suspirou fundo ainda de braços cruzados e uma expressão de irritação e descontentamento mas respondeu, já que tinha que concordar que aquilo era verdade mesmo ou seria hipócrita! - Certo!
- Você quer sempre estar na frente da batalha, não? Um dos defeitos de alguns de nós da Grifinória diria, mas às vezes as maiores batalhas são travadas em silêncio, os mais corajosos também precisam recuar as vezes.
- Eu sei – Disse Hydra descruzando os braços e olhando para o simpático Lupin que estava a sua frente – Mas eu não quero ficar parada enquanto os meus amigos e família se arriscam.
- Imagina então o que a Molly não deve sentir? Quatro de seus sete filhos vão estar lá e mais o marido e Harry a quem ela também tem como um filho.
Hydra olhou para a porta da cozinha e imaginou toda a agonia que a Sra Weasley realmente não devia sentir, se sentiu egoísta por um momento.
- Sim, eu não tinha pensado nisso...
- Ou meus sogros, vendo sua única filha se arriscar...
Pobre tia Andrômeda, devia estar sofrendo mais do que Hydra agora, como ela podia ser tão egoísta nesse momento?
- Você tem razão Lupin, obrigada... E desculpa pelo meu comportamento, eu ando muito mal-humorada e egoísta também às vezes nesses últimos meses de gravidez, eu vou procurar a Molly e a tia Andrômeda para conversar e oferecer o meu apoio depois da reunião...
- Ouvi dizer que pode ser completamente normal com o peso dos últimos meses e tal... - Disse ele com um sorriso.
- Eu espero que sim e espero que acabe logo esse mau-humor.
- Mais um mês, certo? – Perguntou ele colocando a mão em sua barriga.
- Sim, graças a Deus, só mais um mês!
- E como vão as coisas no Ministério?
- Péssimas por um lado, todos estão com medo, todos estão neuróticos desconfiando dos seus vizinhos, companheiros, colegas, está horrível o clima às vezes!
- Foi uma coisa muito grande pedir para que você entrasse lá dentro quando desejava fazer outra coisa, sempre achei e você ainda acha que não faz nada pela ordem... – Disse Lupin olhando para o chão e rindo de leve.
- Eu não acho que pelo menos útil com isso eu consegui ser, passando informações internal e tal, isso me consola muito, mas eu acabei gostando, tirando esses últimos tempos trabalhar no Ministério tem sido estranhamento prazeroso, até neles da pra tirar algumas coisas de bom dele.
- Bem, então fico feliz que algo de bom veio de tudo isso.
- É, espero só que volte ao normal um dia.
- Não duvido que vá Hydra, duvido que algum mal dura para sempre.
- Meu medo é como tudo isso vai terminar, quantos será que vamos perder?
- Todos os que forem necessários para que o bem possa ganhar e todos eles estão de preparando para isso, tente pensar nisso.
Peter e Tonks entraram pela porta da cozinha nesse momento.
- Tudo bem aí? – Perguntou Peter sentando ao lado de Hydra enquanto Tonks sentava ao lado de Lupin e o abraçava.
- Sim, o seu marido estava me ajudando muito – Disse Hydra sorrindo para Tonks e abraçando o braço de Peter.
- Ele é maravilhoso – Disse ela sorrindo enquanto abraçava Lupin, que parecia extremamente corado.
- Não que o meu também não seja, desculpa estar sendo tão chata às vezes com você Peter - Disse Hydra acaraciando seu rosto.
- Não tem nada, você está grávida, carregando uma filha minha, tem esse direito a um pouco de mau-humor às vezes, isso provavelmente passa logo, é bem normal em algumas mulheres no fim da gravidez, a ansiedade e tal, além do desconforto da barriga pesada dos últimos meses grávida, quem sou eu para reclamar? Já está fazendo todo o trabalho difícil por nós no seu corpo!
Os quatro voltaram para o lado de fora, aonde participaram de um jantar feito pela Sra Weasley, Hydra se sentia de muito melhor humor agora e Fleur, Tonks e Hermione se revezavam para colocar a mão em sua barriga e sentir Libra chutar, dando gritinhos cada vez que isso acontecia.
