Litha

"Arthur Weasley, eu não acredito no que você fez!"

"Eu fiz? Eu fiz, Molly? Você o ouviu? Ou não percebeu que foi ele quem virou as costas para a gente?"

"Ele é só um garoto" respondeu, irritada e cheia de emoção. "E um garoto inseguro! Eu também acho que estão tentando manter o olho em nós mas, Arthur! Ele é pouco mais que uma criança, e a primeira coisa que ele alcança, você vai lá e..."

"Ele precisa saber a verdade! Eu quero que ele seja bem sucedido tanto quanto qualquer um, mas isso não é de verdade! Isso é armação!"

"Você está jogando coisa demais na cabeça dos meninos, Arthur, eu já disse, eles não precisam..."

"Molly. Não tem nenhuma criança nessa casa. Percy é um adulto e responsável pelas próprias ações. Você não pode passar a mão na cabeça deles eternamente."

"São meus filhos!'

"São nossos filhos, amor". Não havia nada que não doçura na voz de Arthur agora, o cansaço como um semi-tom quase escondido. "Mas você precisa deixá-los crescer."

Ela olhou para o marido, os olhos cheios de lágrimas que começavam a escorrer por suas maçãs do rosto.

"Onde foi que eu errei, Arthur? Como ele pode fazer isso com a gente? Quando ele se tornou essa pessoa tão ambiciosa? Eu sou uma má mãe?"

O ruivo a abraçou, com gentileza.

"Você não é uma má mãe, meu amor. Mas Percival é uma pessoa por ele mesmo, do mesmo jeito que eu ou você. Lembre-se disso."

"Quando você ficou tão... grande?" ela perguntou, entre soluços. "Não tem nada que eu não tenha perdido aqui?"

"Eu fiquei tão grande quando deixei você cuidar de nós, Molly Weasley" ele respondeu, fazendo carinho em sua cabeça. "O que você fez de maneira admirável, como tudo que faz. Pare de se culpar, meu amor. Não podemos protegê-los de tudo."

"Não. Mas eu posso tentar" respondeu, a voz novamente firme.

E, com um sorriso, Arthur soube que Molly ficaria bem, eventualmente. E Percy, bem. Precisava de seu próprio tempo para aceitar as coisas, e então ele voltaria.

Arthur Weasley sempre foi um homem otimista, e nada mudaria aquilo.