Essa história tem também a versão em inglês. Vá no meu perfil e procure por "The Forbidden Forest Mystery" )
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As árvores ao seu redor iam estreitando-se cada vez mais. Sua visão ia ficando mais escassa a cada passo dado. Olhou para a frente. Ali estava ele, um Dementador em plena Floresta Negra. Seu desespero o fez tropeçar nas vestes, caindo no chão quebrando os galhos abaixo. Ele levantou a varinha, mas, antes que pudesse declamar o feitiço, sua mente foi silenciada de todos os pensamentos, sua visão escureceu rapidamente. Estava tudo em plenas trevas.
Harry acordara cansado naquela manhã. Depois de tomar o café, vestiu-se e dirigiu-se à lareira. Puxou um saco marrom de couro do bolso e pegou um punhado de pó de Flu. Entrou na lareira e jogou o pó para baixo.
- Ministério da Magia.
Disse-o rapidamente, e, em um piscar de olhos, saía em uma lareira de chamas verdes no corredor principal do Ministério. Passou pela fonte e chegou ao elevador. Após vários andares, a voz feminina suavemente anunciou o andar no qual desejava estar, e Harry trespassou as portas do elevador novamente. Atravessou todo o corredor, até chegar a uma porta que dava numa sala branca com várias estantes. Havia no meio um birô de carvalho atrás do qual encontrava-se o Ministro da Magia.
- Quim, é o terceiro ataque esta semana na Floresta Negra. - Disse, entrando às pressas na sala e apoiando-se à mesa. Encarou o Ministro. - Já tornou-se um caso de extrema importância. McGonagall contatou-me duas vezes para requisitar uma investigação aprofundada na floresta. Há boatos que os centauros esconderam-se em cavernas, os Unicórnios estão sendo assassinados, Hagrid está muito preocupado. - Shacklebolt apenas fitou-o silenciosamente e continuou a ouvir. Harry recuperou o fôlego e continuou - Dos três ataques, um foi a dois alunos da Corvinal, outro a uma aluna da Sonserina e outro a um aluno da Lufa-Lufa. A qualquer momento o Profeta estará divulgando um ataque a outro aluno, e o Ministério sequer manifestou interesse pelo caso. O que não entendo é como McGonagall não proibiu ainda os alunos de visitarem a floresta sob punição severa ou suspendeu as detenções no local. E ainda por--
- Você vem demonstrando interesse notável no caso, Harry. - interrompeu-o Quim - Talvez pela sua aproximação com Hogwarts, ou pela preocupação com seus filhos, que freqüentam a escola. Bem, considere o caso como seu. Organize sua equipe e investigue a fundo a Floresta Negra. E tenho plena certeza que sua capacidade de criar um plano investigativo não necessitará de mais que quatro aurores para ajudar.
- Mas quatro aurores para investigar a Floresta Negra inteira?
- Sim, quatro aurores. E não mais que isso. Afinal, não queremos chamar atenção e alardear os alunos ou a população de Hogsmeade. Sejam o mais discretos possível.
- Sim, senhor.
Harry dirigiu-se a sua sala. Não precisaria bolar um plano, já o havia pensado noites antes, desde o segundo ataque. Sabia que não era comum ocorrerem ataques a alunos na Floresta, e a freqüencia era aterrorizante. Que criatura poderia estar causando um massacre tão grande? A criatura mais indicada para a posição estava morta, e seus descendentes não registravam ataques há mais de vinte anos. Convocou os quatro aurores que mais lhe convinham: Valerie, Noah, Isaac e Henry.
- O ponto é: precisamos conseguir investigar toda a Floresta o mais rápido possível assim que chegarmos lá, - disse Harry - uma vez que não conhecemos a criatura ou a sua natureza, e não sabemos sua capacidade de detecção. Porém também devemos ser silenciosos, pois as criaturas da Floresta não serão tão amistosas com o que está acontecendo - e com toda a razão.
Todos assentiram.
- Quando partiremos? - perguntou Noah, um jovem loiro de olhos azuis.
- Amanhã à noite. Estejam preparados.
- Mas já? Não teremos tempo nem de nos prepararmos? - surpreendeu-se Henry, um jovem de cabelos castanhos e olhos cor-de-mel.
- Vocês são aurores qualificados para estarem preparados para emergências. Não deveriam precisar se "preparar" antes de uma emergência. Estejam a postos com suas varinhas e vassouras amanhã, às sete da noite.
- Sim, senhor. - responderam todos em uníssono. Exceto Henry. Harry olhou-o, e voltou a olhar para todos.
- Vejo vocês amanhã.
