Djavan
Capítulo 1
Sábado, 07
Tudo começa num dia frio e chuvoso que era para ser um dia quente e agradável. Mas o tempo parecia não querer obedecer.
- Que tempo tão mau… - Lamentou-se a Hilary.
- É verdade! Com este tempo, nem daqui a uma semana poderemos sair de casa sem estar a chover. – Disse a Mariah.
Os Bladebreakers estavam todos reunidos num hotel, porque tinham ido passar férias a Paris. A cidade da luz. Também lá estavam, os White Tigers, os Saint Shields e os Phsyckic.
Os quartos onde eles dormiam tinham todos duas camas de solteiro. Por isso, cada um decidiu com quem ia dormir. A Mariah e a Hilary partilhavam o mesmo quarto, assim como o Tyson e o Kenny, o Ray e o Max, o Ozuma e o Dunga, o Joseph e a Mariam, o Lee e o Kevin, o Kai e o Gary, a Salima e o Kane e o Jim e o Goki.
- Temos de arranjar alguma coisa para fazer, Mariah… - Disse a Hilary. – Senão ficamos aqui no hotel todos a morrer de tédio.
- Tens razão… - Disse a Mariah que se pôs logo pensativa. – Porque é que não jogamos ao "Verdade ou Consequência"? – Sugeriu a rapariga de cabelos cor de rosa.
- Boa ideia! Vou chamar o pessoal! – Disse a Hilary dirigindo-se à porta do quarto.
- Espera, mas onde é que vamos jogar? – Perguntou a Mariah.
- Sei lá… - Respondeu a Hilary.
- Porque não num quarto vazio que não tenha sido alugado por ninguém? E sem vizinhos? – Sugeriu a Mariah.
- Boa ideia! Vou chamar o resto da malta! – Exclamou a Hilary.
- E eu vou falar com a recepcionista. – Disse a Mariah.
E amas saíram do seu quarto ao mesmo tempo, mas foram em direcções diferentes. A Hilary seguiu pela direita e a Mariah pela esquerda.
Depois de andar um bom bocado, a Mariah chegou à recepção.
- Boa tarde. Gostaria de falar com a recepcionista. – Disse a Mariah depois de ter tocado numa mini-campainha que estava em cima do balcão da recepção.
- Boa tarde. O que deseja? – Perguntou a recepcionista de cabelos cor de mel e olhos azul turquesa.
- Se não se importasse, eu gostaria que me desse a chave do último quarto do hotel. – Pediu a Mariah muito educadamente.
- Do último quarto do hotel? – Estranhou a recepcionista. – Mas esse fica no vigésimo-primeiro andar. E nós estamos no quinto andar.
- Então ainda melhor. – Disse a Mariah esboçando um sorriso na sua face morena.
- Mas o último quarto já não é limpo há mais de três anos. Ninguém entrou nele durante este tempo todo. – Informou-a a recepcionista. – Tem a certeza de que quer isto? – Perguntou ainda indecisa.
- Sim. Tenho a certeza absoluta. – Afirmou a Mariah.
- Lamento, mas não posso entregar-lhe a chave de um quarto do hotel sabendo que não vai pagar nada por ele. – Disse a recepcionista.
- Mesmo sabendo que esse é o quarto mais nojento aqui do hotel? – Perguntou a Mariah.
- Sim. – Respondeu a recepcionista forçando um sorriso.
- Mas eu e os meus amigos pagamos-lhe. Não se preocupe. – Disse a Mariah esboçando outro sorriso.
- Hum… ok. Mas tenham muito cuidado. Os elevadores podem estar um bocadinho perros de ninguém andar neles há mais de três anos. – Informou a recepcionista.
- Mais algum aviso? – Perguntou a Mariah cheia de sono.
- Sim. Um último aviso. – Respondeu a recepcionista. – Do décimo-segundo andar ao vigésimo-primeiro e último andar, não há ninguém hospedado nesses quartos.
- Ainda melhor. – Disse a Mariah. – Agora… pode dar-me a chave, por favor?
-
Tome. Aqui tem. – Disse a recepcionista entregando a chave
à
Mariah. – Boa hospedagem e… tenham cuidado.
A Mariah começou a caminhar em direcção ao quarto que ela partilhava com a Hilary, pois era lá que todos os outros a esperavam.
- Finalmente. Não podias ter demorado mais, pois não? – Perguntou o Tyson sarcasticamente.
- Deixa de ser parvo, Tyson. A recepcionista começou a fazer-me sei lá quantas perguntas e a dar-me sei lá quantos avisos. – Respondeu a Mariah.
- E que avisos é que ela te deu? – Perguntou o Ray.
- Apenas que o do décimo-segundo andar ao último andar não há lá ninguém hospedado, que os elevadores podem não estar a funcionar muito bem e que o quarto para onde vamos não é limpo há séculos. – Disse a Mariah.
- Ou seja, que podemos ir de elevador até ao décimo-segundo andar, mas que a partir daí temos de ir pelas escadas até ao quarto para onde vamos? – Perguntou o Lee.
- Sim. – Respondeu a Mariah.
- Por mim tudo bem. – Disse a Mariam. – Fazemos exercício e pode ser que a gordura do Dunga desapareça e que o seu cérebro aumente.
- O que é que disseste? – Perguntou o Dunga irritado com a Mariam.
- Então estamos à espera do quê? – Perguntou o Joseph. – Vamos!
Como eles eram muitos para caberem num só elevador, as várias equipas foram em separador no elevador até ao décimo-segundo andar.
Primeiro foram os White Tigers, depois foram os Bladebreakers, depois foram os Phsyckic e por fim, os Saint Shields.
- Bom, agora é sempre a subir até ao vigésimo-primeiro andar. – Disse a Mariah quando já estavam todos reunidos no décimo-segundo andar.
- Vigésimo-primeiro? – Perguntaram o Tyson, o Gary e o Dunga ao mesmo tempo.
- Sim, sim. E não comecem a armar-se em preguiçosos! – Exclamou a Hilary. – Vamos lá pessoal! Toca a mexer!
Todos se puseram a subir as escadas. Subiram, subiram, subiram, subiram, subiram e subiram… Quando, finalmente, chegaram ao último andar daquele hotel estavam todos estafados de fazerem tanto exercício às pernas.
- Bo-bom… que exercício fantástico. – Disse a Hilary com a sua voz ofegante de tão cansada que estava.
- Só se for para ti. Perdeste aí uns quantos quilinhos e estás bem melhor. – Disse o Tyson com um sorriso malandro no rosto.
Mas o sorriso desapareceu mal ele levou na cabeça.
- Ei! Para que é que foi isso? – Perguntou o Tyson enquanto passava a mão na cabeça e olhava meio irritado para a Hilary.
- Para ver se deixas de ser parvo! – Exclamou a rapariga de olhos rubis.
- E se vocês parassem de discutir? – Perguntou o Kenny metendo-se no meio dos dois. – Os outros já entraram todos no quarto.
- Ok, desculpa! – Disseram o Tyson e a Hilary ao mesmo tempo.
Os três caminharam para ao pé dos outros. Quando entraram no quarto, repararam nas enormes teias que ali haviam. Também estava tudo cheio de pó, com aspecto húmido e com apenas uma mesa de vidro no meio daquele espaço nojento.
- Logo eu que sou alérgico ao pó… - Lamentou-se o Kenny a seguir do espirro forte que tinha dado.
- Bem… que espaço acolhedor… - Disse o Kevin.
- Yah, mais parece a casa de banho do meu avô! – Exclamou o Tyson.
- ¬¬…
- O que foi? – Perguntou o Tyson a ver que todos olhavam para ele. – Apenas disse a verdade.
- Bom, deixemo-nos de tretas e vamos jogar. – Disse o Jim.
- Sim, mas que jogo? – Perguntou o Ozuma.
- "Verdade ou Consequência"! – Responderam a Hilary e a Mariah ao mesmo tempo.
À Salima e à Mariam agradou-lhes a ideia, mas quanto aos rapazes…
- ¬¬…
…já não se pode dizer o mesmo.
- Esse jogo não! É mais para meninas! – Exclamou o Dunga.
- Yah, é muito lamechas! – Concordou o Tyson.
- Então sugerem o quê? – Perguntou a Hilary.
- Pois! Têm alguma ideia melhor? – Perguntou a Mariah.
- O copo… - Murmurou a Mariam.
Todos se viraram para a olharem.
- Preciso de um copo… - Murmurou a Mariam novamente.
- Acho que na casa-de-banho há um onde se costumava pôr a pasta dos dentes e as escovas de dentes. – Disse o Kane.
A Mariam procurou a casa de banho e foi lá buscar o tal copo. Estava sujo e coberto de pó, mas para a Mariam servia perfeitamente.
- Agora, preciso de algo grande e plano. – Disse a rapariga de cabelos azuis escuros.
- Podemos utilizar aquela mesa. – Sugeriu o Goki.
- Boa ideia, Goki! – Disse a Mariam.
- Eu vou buscar as cadeiras para nos sentarmos. – Disse a Hilary.
- E eu vou ajudar-te! – Exclamou o Tyson.
O Tyson e a Hilary saíram daquele quarto e foram ver se conseguiam arranjar cadeiras para todos nos outros quartos.
Foram ver no quarto à sua direita. Mas não conseguiram abrir a porta. E como a Mariah não tinha a chave…
- Está trancada. – Disse a Hilary.
- É inútil continuarmos a tentar. – Disse o Tyson.
Foi aí que algo aconteceu. Quando ambos viraram as costas àquele quarto para irem ver os outros, a porta do tal quarto, abriu subitamente.
- Olha, Hilary… a porta... abriu-se! – Exclamou o Tyson.
- Ty-Tyson… a porta abriu-se… so-sozinha? – Perguntou a Hilary nervosa.
- É o que vamos ver… - Disse o Tyson entrando no quarto.
- Tyson, não me deixes aqui sozinha! – Exclamou a Hilary correndo para ao pé dele.
Ambos entraram no quarto. Era muito parecido com o outro. E também estava cheio de pó e húmido.
- Tyson, va-vamos sair da-daqui… - Disse a Hilary assustada enquanto se agarrava no braço direito do Tyson.
- Calma, Hilary! Temos de levar as cadeiras! – Disse o Tyson que tentava acalmar a rapariga de olhos rubis.
- O-ok! Mas depois vamos logo embora, ouviste? – Disse ela.
Entretanto, o resto do grupo limpava a mesa e o copo para poderem jogar. Mas pararam quando, de repente, ouviram dois gritos.
- O que foi isto? – Perguntou o Max.
- O Tyson e a Hilary não estão aqui connosco… - Disse o Kai.
- Eles foram buscar algumas cadeiras para nos sentarmos! – Disse a Mariam respondendo ao pensamento do Kai.
- Vamos ver se eles estão bem! – Exclamou a Salima.
- Mas… e se nós não estivermos sozinhos? – Perguntou o Jim pensativo.
- Como assim? – Perguntou o Dunga.
- Qual será a razão de eles terem gritado tão alto e fortemente? – Perguntou o Jim, outra vez.
- Então teremos de os ajudar! – Exclamou o Joseph.
- Estamos há espera do quê, então? – Perguntou a Mariah que era a que estava mais nervosa de todos eles. – Vamos!
Rapidamente, todos abandonaram o quarto e foram ver como estavam o Tyson e a Hilary. Como não os encontravam, tiveram de se separar em pequenos grupos. A Mariah, o Joseph e o Kane; a Salima, o Dunga e o Ozuma; o Lee, o Ray e o Jim; o Gary, o Kai e o Goki. O grupo da Mariah desceu até ao décimo-oitavo andar. O grupo da Salima desceu até ao décimo-nono andar. O grupo do Lee desceu até ao vigésimo lugar e por fim, o grupo do Gary procurou o Tyson e a Hilary no vigésimo-primeiro andar.
De repente, o Gary e o Goki ouviram o Kai a chamá-los e pela voz dele, o assunto parecia ser extremamente importante.
- O que se passa, Kai? – Perguntou o Goki que estava ao pé do Kai, em frente a um quarto cuja porta estava aberta.
- Olhem. – Disse o Kai apontando com o dedo para dentro do tal quarto.
- Meus deuses! – Exclamou o Gary ao ver o sítio para onde o Kai apontava com o dedo.
Continua…
N/A: Cá está a minha primeira história. É de terror, tragédia e drama. Vai ter vários capítulos e os pormenores vão ser bastantes. Se gostaram mandem um comentário. Se não gostaram… mandem um comentário na mesma! Desde que digam o que acharam da primeira parte deste meu trabalho…
Com os melhores cumprimentos:
Madison's Phantom
