Avisos: Esta história tem conteúdos sexuais explícitos, linguagem imprópria e cenas de violência física.
DISCLAIMER: Esta história não me pertence, é apenas a tradução do "Silencio" da AkashaTheKitty, se quiserem ver o original e as outras magníficas histórias dela vejam o link no meu perfil. Os personagens logicamente pertencem à J..
Silencio
Hermione caminhava depressa, quase a correr. Estava atrasada e já passava da hora do recolher obrigatório, mas não tinha conseguido resistir em ir à biblioteca para pesquisar um pequeno detalhe que a tinha aborrecido o dia todo, e claro, como habitual tinha perdido a noção do tempo. Resmungando baixinho, apressou-se pelos corredores, fazendo o melhor que podia para se lembrar o que tinha lido, palavra por palavra.
"Murtlap em conserva ajuda a resistir a maldições, enquanto – " perdida nos seus pensamento, bateu de frente com um corpo que apareceu saído do nada.
"Ow! Vê por onde andas, Malfoy!" disse de mau humor, enquanto tentava, sem sucesso passar por ele e seguir o seu caminho.
"Bem, bem, bem. Se não é a compincha do Potter, sozinha. Ainda por cima depois do recolher. " Draco Malfoy sorriu de forma desagradável, com os seus olhos cinzentos, cheios de malícias. "Acho que vou ter de apresentar queixa."
Hermione deu um suspiro aborrecido e exasperado. "Sim? E como vais explicar estar aqui também? Desiste, até porque neem és assim tão assustador sem os teus coleguinhas."
Houve um clarão de raiva nos olhos dele, mas depois, sorriu. " Na minha opinião, é melhor ter colegas do que ser um compincha. Além disso, eu estou numa missão para o Professor Snape. Qual é a tua desculpa? A salvar o mundo novamente?" Ele riu-se, claramente achando que tinha dito uma piada muito engraçada.
Hermione revirou os olhos e tentou ultrapassá-lo novamente, apenas para ser atirada contra a parede com força. Enfurecida, agarrou na varinha, mas ele agarrou-lhe os pulsos e puxou-os acima da cabeça. "Não tens medo de mim, pois não?" zombou ele. "Se tivesses algum bom-senso, Sangue de Lama, terias. Eu não preciso do Crabbe ou do Goyle, não preciso sequer de magia, posso facilmente matar-te aqui, se quiser."
Ela parou de lutar, por um segundo, para lhe lançar um olhar aborrecido, enojado. "Então acaba lá com isto ou deixa-me ir. Eu não tenho tempo para isto!" Na última palavra, ergueu o joelho, só falhando o alvo, as preciosas jóias de família de puro-sangue dele, porque ele passou uma perna para se proteger.
Malfoy praguejou, duma forma que certamente teria feito a mãe dele lavar-lhe a boca com sabão, e mudando os pulsos dela para apenas uma mão, abriu a porta mais próxima e atirou-a para o seu interior, fazendo-a tropeçar quase metade do comprimento da sala. Antes que ela pudesse recuperar o equilíbrio, ele puxou a varinha e disse: "Accio varinha!" Tirando-lhe assim o único meio de defesa que ela tinha.
Apesar de sua arrogância anterior, Hermione começou a ficar rapidamente nervosa. Ele não ia verdadeiramente magoá-la, ou ia? Ele ia, com certeza, maltratá-la verbalmente, até empurrá-la, um bocado, mas não ia usar uma Maldição Imperdoável em Hogwarts… certo?
Ele riu-se, ao perceber que ela estava desconfortável. "Não te sentes tão arrogante agora, pois não, Sangue de Lama?" disse-lhe com o seu habitual sorriso de escárnio, e lentamente começou a caminhar na direcção dela, claramente saboreando a sua vantagem.
Hermione olhou à sua volta, tentando encontrar alguma forma de se proteger ou de fazê-lo perder o equilíbrio, mas não encontrou nada. Eles estavam no que parecia ser uma antiga sala de aulas, com mesas e bancos aparafusado. Estariam completamente às escuras se não fosse o luar que passava através das grandes janelas, que ocupavam uma parede. Rapidamente, correu alguns passos, e colocou uma mesa entre ela e o Malfoy, que começou imediatamente a rir.
"Ah sim, isso mesmo, Sangue de Lama", disse docemente. "Essa mesa de madeira, certamente vai repelir qualquer maldição que eu te possa atirar. Boa ideia!"
OuLer foneticamente Hermione sentiu a cara a aquecer. Ela sabia que, naturalmente, a mesa não iria ajudar contra qualquer maldição, apenas queria garantir uma distância física entre eles. A forma como ele a tinha tão facilmente dominado e desarmado, fazia com estivesse a ser cautelosa, mesmo que atrasada. Silenciosamente enviou uma oração para que o Harry e o Ron a viessem procurar, mas no fundo sabia que não viriam. Eles iriam assumir, e correctamente, que ela tinha perdido a noção do tempo, e provavelmente iriam para a cama em vez de andarem à procura dela. Pensou em gritar e como considerou uma boa ideia, abriu a boca para o fazer.
"Silencio!" disse imediatamente o Malfoy, deixando-a literalmente sem palavras. "Porque é que eu não fiz isto logo? É muito melhor não ter que ouvir a tua voz chata. Não és tão inteligente como todos pensam que és, não é? Se fosses, não estarias aqui sozinha, comigo, silenciada e sem uma varinha. " Ele riu-se novamente.
Hermione correu em direcção à porta, só para ouvi-lo dizer "Colloportus!" com uma voz falsamente entediada. Ela sabia que tinha perdido, por agora, e poderia continuar a correr com medo, dando-lhe esse prazer, ou poderia tomar uma posição. Virou-se e caminhou na direcção dele, quase até os seus corpos se tocarem. Audaciosamente, olhou para ele, tentando comunicar-lhe um "fazer o teu pior, escumalha."
Malfoy recuou com um olhar de nojo, no rosto. "Isto não é um encontro, nojenta. Mantém a distância". Ele começou a escovar o manto, como se ela estivesse realmente suja e o tivesse sujado.
Sentindo o rosto a enrubescer novamente, Hermione estreitou os olhos. Ela mal conseguia pensar coerentemente por causa da raiva. Então ele não queria que ela o infectasse. Porque toda a gente sabe que filiação é contagiosa, pensou sarcasticamente. Além disso, não havia nada de mal com sua herança. Os seus pais eram pessoas boas, decentes, amigáveis e adoráveis, que faziam o melhor que podiam por ela, e levavam uma vida calma. Não era como se os seus pais fossem assassinos sociopatas, como os Devoradores da Morte. Se qualquer coisa, era ela quem devia ter medo de ser contagiada por ele.
Em vez disso, ela deu mais um passo na direcção dele, sorrindo amargamente, assim que ele se afastou novamente. E mais outro passo. Ele pareceu perceber o que estava a acontecer, quando bateu com as pernas contra a mesa da professora, corando de vergonha e raiva.
Que rapaz tão zangado, pensou para si própria.
Ela manteve-se firme e riu silenciosamente quando ele se precipitou contra ela, empurrando-a para que ela tropeçasse e desse alguns passos para trás. Em seguida, ele iria destrancar a porta e iria correr para a sua sala comum, deixando-a voltar para a cama. Ele era tão previsível.
Ela ainda estava a rir-se, quando ele lhe agarrou num pulso e atirou-a contra a mesa, muito possivelmente provocando-lhe hematomas nas coxas, e forçou-a a deitar-se sobre a mesa, segurando-lhe os pulsos com as mesmas garras de aço que anteriormente.
Não era suposto esta ser a reacção dele. O seu riso foi substituído pelo sobrolho carregado, lutou contra ele sem sucesso, o único resultado foi que ele passou a prender-lhe as pernas com as dele. "Eu vou ter de tomar banho e queimar as minhas roupas", rosnou. "Mais vale fazer-te pagar bem por isso!" Os olhos da Hermione tornaram-se grandes e redondos. Ele não queria - não, ele não faria isso. Ele apenas iria mostrar como detestava estar perto dela e, além disso, ele seria expulso da escola e mandado para Azkaban. Ele não correria esse risco, não assim. Ele queria apenas assustá-la. O seu coração batia forte e acelerado, sentia um aperto no estômago, que ela atribuiu ao nervosismo. Apesar de suas próprias assertivas, ela começou a lutar com a força renovada.
"Pára de lutar!" ordenou, soando um pouco ofegante por contê-la. Ele não era tão forte como ela temia, o que lhe deu um novo impulso para lutar. "Eu não te vou… Eu não te vou! Por que é que eu quereria? Pára de lutar!"
Não foi por ele ter pedido, para ela parar, ou a forma como ele o disse. Era muito fora do carácter dele, assegurá-la de qualquer coisa, excepto a sua própria indignidade ao oxigénio. Ela parou de lutar e o seu pânico começou a diminuir. Ele estava ofegante, com o luar a acentuar-lhe a palidez do rosto. Ela abriu a boca para perguntar se ele a deixava ir, mas, naturalmente, a maldição Silenciadora ainda estava em vigor. Ela fechou novamente a boca e resignou-se a observá-lo.
Os seus olhos estavam fechados e ele parecia estar a forçar a sua respiração para se acalmar. Foi estranho, ela não tinha feito assim tanta força, tinha certeza. Ela era mais esperta do que ele, de longe, mas ele era mais alto e mais atlético. Provavelmente ele devia ter andado a fazer exercício para impressionar as raparigas fúteis e tolas dos Slytherin, como a Pansy Parkinson. Ela fungou ruidosamente, fazendo a sua opinião parecer clara no assunto. Mas, é claro, para começar, ele não sabia nada do assunto, então foi apenas uma redundância.
Com o som, os olhos dele abriram-se, assustando-a com a sua clareza e o frio prateado. Pareciam diferentes da sua maldade habitual. Pareciam quase gentis. O coração de Hermione começou a bater novamente, mas desta vez sem razão aparente, e sentiu novamente um calor a subir-lhe pela garganta e rosto. "Deixa-me ir", murmurou-lhe ela com os lábios silenciosos. "Eu não vou dizer a ninguém." Ela realmente não ia, de alguma forma, ela não queria que ninguém soubesse.
Lentamente, ele abanou a cabeça negativamente. Ela empurrou-o, tentando empurrá-lo de cima dela, usando apenas o seu corpo. Ele estremeceu e agarrou-lhe os pulsos ainda com mais força. A esta altura as mãos dela já estavam dormentes e com hematomas, não que ela se importasse verdadeiramente. De alguma forma, ela já não tinha medo. Ela conseguia sentir o corpo dele contra o dela, tenso e proibitivo, contudo o coração dele batia rapidamente, a respiração era superficial, sem que no entanto ele estivesse a fazer outra coisa que não fosse agarrá-la.
"Estás a magoar-me!" murmurou, ele parece um pouco confuso, mas afrouxou o aperto. Sem que no entanto, a deixasse ir. Ele parecia debater-se com ele próprio. Mudou, novamente, a posição das pernas para ganhar mais apoio, assim ela não conseguia pontapeá-lo, mas se usasse o tronco iria conseguir empurrá-lo. Ignorando a vozinha, dentro dela, que pedia para ficar e ver o que ele ia fazer, impulsionou-se para cima, contra ele, o que o fez suspirar e gemer, quando os seus abdómenes ficaram unidos.
Hermione ficou petrificada, sem saber o que fazer. Não havia dúvida que ele estava dolorosamente excitado. O olhar dele era um misto de confusão e necessidade, que a faziam não saber o que fazer. Claramente, ele estava tão surpreso como ela, e também não sabia o que fazer. Especialmente agora, que sabia que ela tinha percebido o estado dele. Ela não se iria enganar, a pensar que ele não tinha percebido a reacção dela. Tentou ignorar os sentimentos estranhos que estava a sentir pelo seu corpo, recusando-se a analisá-los ainda mais, mas sentindo-se claramente quente em todo o lado.
Finalmente, ele pareceu recompor-se um bocado. Inclinou-se sobre ela e numa voz rouca, de esforço, disse, "Eu odeio-te!"
Ela abriu a boca para responder, quando a boca dele caiu sobre a dela. Despreparada para o ataque, sentiu-o um choque atravessá-la, fazendo-a soluçar silenciosamente. Vagamente notou que ele lhe tinha soltado das mãos, mas, nem por um segundo, lhe ocorreu levantar-se. Ela sentiu as mãos dele indo para os seus lados e, em seguida, uma mão estava a agarrar-lhe a cabeça, puxando-a com mais força contra sua boca.
Sentia-se gloriosa, apesar de saber que não o deveria. O Harry e o Ron iriam odiá-la se soubessem, contudo rapidamente pôs esse pensamento de lado. E já que tinha pecado, mais valia apreciar bem, antes de pagar o preço.
Retornando o beijo com um empenho que surpreendeu a ambos e fez gemer novamente o Draco, Hermione acariciava o peito dele por cima da roupa, com as mãos que estavam apenas agora a recuperar o tacto. Ela sentia-o firme, quente e vivo. Nada como um monstro. O coração batia rápido e forte contra a sua mão, e estremecia quando as mãos ou a boca dela faziam algo que ele gostava particularmente. Não, ele parecia-lhe bastante humano, tanto que ela queria mais. Sentiu-o deslizar o seu manto sob as pernas, até lhe chegar à cintura, com ele aninhado entre as suas pernas. Ela gemeu silenciosamente, apreciando a sensação de o ter lá. Inconscientemente, puxou-o mais contra si.
Ele quebrou o beijo. "Não, não", ofegou. "Não me consigo controlar", rasgando, inconscientemente, o manto dele com um puxão forte, Hermione pôs um fim à discussão. Pela surpresa no rosto do Malfoy, ele não esperava que ela conseguisse, com aquela garra, o que queria. Na verdade, a maneira como ele olhou para ela mostrava que esperava mais um estalo e um empurrão. E alguma coisa também sugeria que ele teria preferido um estalo e um empurrão ao que iria acontecer.
Hermione mal percebeu isso, estava demasiado concentrada a olhar para a parte revelada do peito, dos boxers e sobretudo para a evidência que ele tinha encontrado nela uma atracção. Sentiu-se um pouco embaraçada, no entanto não se conseguia conter, com um dos seus típicos corares, estendeu a mão para tocar na prova viva do Malfoy, o que o fez sibilar e tremer. Ela não se tinha apercebido o quão assustada estava que ele se afastasse e ficou aliviada quando ele não o fez. Reuniu toda a sua coragem e olhou-o nos olhos, percebendo o quão revoltados e defensivos estavam. Desafiando-a a rir ou ridicularizá-lo. Ela balançou a cabeça, sem intenção de o fazer.
"Vai-te embora, Granger", gritou ele. "Antes ... Antes que eu decida que te quero magoar." Foi uma declaração tão má que ela ficou a olhar para ele com perplexidade. "Hermione ...", suplicou. Ela fez um esforço para se lembrar se ele a tinha alguma vez chamado pelo seu nome. Talvez nem ele mesmo fosse capaz de beijar uma rapariga para logo depois lhe chamar nomes. Este pensamento fê-la sentir algo… algo que a fez sorrir para ele.
"Porra", quase gritou ele."Não tens consciência nenhuma? Saí daqui! Alohomora!" Ele tinha agarrado na varinha mágica e destrancou a porta. "Era isto que estavas à espera? Vai!" Ela apenas olhou para ele. "O que é que queres de mim?", perguntou-lhe, num tom quase patético. "Eu nem sequer gosto de ti."
Hermione balançou a cabeça novamente. Não, ele não gostava dela, e ela também não gostava dele, mas ... Ela baixou o olhar até à excitação dele, que ainda não tinha diminuído e a sua visão fez o seu coração bater mais depressa, aquecendo-lhe o sangue. Estava curiosa e algo mais. Estendeu a mão e acariciou novamente o comprimento dele, sentindo um arrepio agradável assim que ele atirou a cabeça para trás e fechou os olhos, com um gemido. Ele queria estar dentro dela, e, agora, ela queria senti-lo dentro dela. Ela desceu da mesa e ficando frente a frente com ele, agarrou na bainha do manto e puxou-o pela cabeça.
Tremendo ligeiramente de antecipação, frio e pavor que ele simplesmente a deixasse ali e saísse a rir, Hermione ficou apenas com a roupa íntima vestida, sentindo-se incapaz de o olhar nos olhos. No entanto, ele não se tinha ido embora, tinha ficado ali, a olhar para ela. Fechou os olhos, tentou recompor-se o suficiente para ser capaz de olhar para ele, quando, de repente, ele levantou-a novamente e sentou-a na mesa, sendo arrebatada com beijos, enquanto ele lutava para remover o que faltava da sua roupa. Doce loucura.
Desta vez, não houve hesitações nele, era como se ele a estivesse a desafiar para o deter, para o afastar. Nada poderia estar mais longe da sua mente. Ele realmente beijava muito bem, pelo menos tanto quanto ela podia dizer. Ele tinha um jeito de fazê-la derreter com os seus lábios e a sua língua. Sentiu o sutiã soltar-se e pensou com ironia que não era a primeira vez que ele tinha aberto um. Novamente, a imagem da Pansy Parkinson, seguida por um sentimento de ressentimento, entrou-lhe pela mente, mas facilmente a bloqueou. Não lhe cabia a ela, censurar o que ele tinha feito antes ou faria depois. Isto era o presente. Além disso, era bom que ele tivesse praticado antes. Ela quase se riu perante este pensamento.
Ele atirou o sutiã para o chão e olhou avidamente para os seus seios, antes de se dobrar para acariciar um deles, com seus lábios e língua, enquanto suavemente acariciava e apertava o outro com uma das suas mãos. Não eram seios grandes, mas ele parecia bastante satisfeito com eles. Ela convulsionou debaixo dele assim que língua dele a tocou de forma certeira no seu mamilo. Ele repetiu o movimento, esperando uma resposta semelhante. Ela estava quase feliz por ele a ter amaldiçoado, ou teria gritado e feito com que a escola inteira soubesse o que se estava a passar. Assim que ele mudou a sua atenção, ela teve a certeza que se ele continuasse assim ela haveria de ter um clímax muito antes do tempo. Sentia-se febril e inquieta, ansiava por senti-lo... Esfregou o seu abdómen contra o dele e deixou-se cair, até ficar com as costas contra a mesa, quando se sentiu superada pelas sensações que ele lhe provocava.
Malfoy ergueu a cabeça e puxou-lhe a roupa íntima para baixo e, ela, mesmo sabendo o que se ia passar, não conseguiu deixar de se sentir um pouco assustada. Era a sua primeira vez, e estava prestes a fazê-lo com a única pessoa do mundo que tinha menos razões ou inclinações para ser gentil com ela. Por um segundo, ela hesitou, olhando para a forma como ele lhe rasgou as cuequinhas, com as mãos trémulas. Não, não existia forma de voltar atrás. Ela tinha de saber. Então, sem preâmbulos, o dedo dele entrou no seu lugar mais privado. Ela estava húmida o suficiente para tornar a penetração muito fácil. Hermione convulsionou tão violentamente, quando ele fez aquilo, que bateu com a cabeça na mesa, adicionando estrelas ao fogo-de-artifício que estava a ver. Não se parecia nada com que o que já tinha sentido. Ela arfava violentamente, em silêncio, implorando por mais.
Lentamente, ele começou a movimentar o dedo, acrescentando mais um, e não fez nada para saciar a sua necessidade. Ela queria mais, mais, muito mais. Hermione estava vagamente consciente do olhar assombrado e concentrado que ele tinha. Sem dizer nada, ela tentou argumentar com ele, "por favor", mas ele não parava de a dedilhar, e mesmo que ele parecesse ter de se acariciar, de vez em quando, através do tecido da cueca, ele não a libertou e penetrou. Não importava o quanto ela desejava que ele o fizesse. Com a mandíbula cerrada e com o suor a pingar na testa, ele continuou simplesmente a observá-la em silêncio.
Ela sabia que não se ia aguentar por muito tempo. Ele parecia saber onde a devia tocar, e ela quase chorava de desejo insatisfeito. Ele não ia possuí-la, ela sabia disso. Ele haveria de enfiar-lhe os dedos e depois ia dormir com a Pansy. O ressentimento cresceu dentro dela, começando a desejar não ter feito nada daquilo que tinham feito. Para ele, aquilo era a vingança perfeita "Odeio-te!" murmurou, com lágrimas de frustração no rosto. Ele simplesmente balançou a cabeça e continuou, implacável.
No final, a luta dela foi inútil. Quando ele lhe acariciou o clitóris, com o polegar, uma, duas, três vezes, não havia nada que ela pudesse fazer, e com um grito silencioso, ela deixou onda, após onda de prazer invadi-la, até ter ficado a tremer saciada. Enquanto ela recuperava alguma consciência do que estava a acontecer, viu que o Malfoy estava muito mais pálido do que anteriormente, escorria suor e tremia violentamente, apesar de não ter feito quase nada.
A ideia de que ele estava tão afectado por ela, deixava-a imensamente satisfeita. Ele não parecia que se conseguia aguentar o suficiente para chegar ao corredor e muito menos à sala comum dos Slytherin. Ele não fez nenhum movimento para se afastar dela ou, pelo contrário, inclinou-se para beijá-la novamente. Surpreendida, não sabia se haveria de reagir favoravelmente ou puni-lo por ser passivo, mas depressa ele a persuadiu a responder, fazendo-o, novamente, o seu corpo despertar lentamente.
Malfoy interrompeu o beijo e engoliu em seco. "Suponho que sejas virgem", sussurrou quase inaudível. "É – é que para as raparigas dói. Estás mais relaxada agora. Eu não posso esperar mais." Hermione percebeu que ele tinha tirado os boxers e que agora estavam ambos nus. Ele estava aninhado contra os seus cabelos. Ele não a ia deixar insatisfeita. Por que razão ele não lhe tinha dito logo isso? Ela abriu a boca para perguntar, mas ficou sem fôlego ao sentir uma pressão desconhecida vinda dele, esticando-a. Ele parte que gemeu, parte rosnou, assim que se inclinou lentamente para a frente.
Hermione balançou-se um bocado, tentando habituar-se àquela sensação, mas ele fixou-lhe as ancas, com as mãos. "Estás tão apertada", soltou ele para o ar com esforço. "Vais fazer-me vir". Essa ideia fez a Hermione sentir uma onda quente e emocionante percorrê-la, mexeu um pouco a pélvis, e ele voltou a agarrá-la para a fixar. "Pára com isso ou ainda te magoo!" rosnou ele tenso. Não era uma ameaça, ele estava a tentar manter o controle, e se ela o continuasse a provocar, ele iria perder o controlo e procurar apenas o seu próprio prazer. De repente, ele inclinou-se e mordeu o pescoço dela com força, e assim que ela o empurrou e abriu a boca para se opôr, em silêncio, à maneira como ele a estava a tratar, ele avançou, rompendo a sua virgindade.
A dor cegava-a, e novamente empurrou-o, sem pensar mais que aquilo era agradável. Só queria fugir, voltar para a cama, quente e segura. Por que razão haveria alguém de apreciar isto? Ela estava profundamente arrependida por o ter querido. "Saí! Estás a magoar-me!" murmurou em silêncio.
"Eu sei", ele gemeu. "Relaxa, estás a fazer pior."
Ela estava fazer pior? Não era ela que estava a picar buracos com a sua carne rígida. "Saí!"
Ele abanou lentamente cabeça. "Não posso." Respirou fundo e acrescentou. "Tenta relaxar, vai acabar em breve."
A dor era muito inferior ao que era antes, mas ainda era um incómodo. Ela tentou flexionar alguns músculos doloridos e foi ficando melhor. "Odeio-te", murmurou amuada.
Era de estranhar que ele tivesse percebido a sua última demonstração de ódio, visto que tinha os olhos fechados e os lábios moviam-se murmurando qualquer coisa, que ela tentou perceber, mas a única coisa que lhe pareceu ouvir foi "Finbar Quigley", que era, um jogador de Quidditch, se ela bem se lembrava. Por que razão estaria ele agora a pensar em Quidditch?
Ainda resmungando sob a sua respiração, afastou-se um pouco para logo depois voltar a empurrar mais para dentro, com um gemido. Hermione descobriu que, desta vez, não doeu nada, ainda estava um pouco dolorida, mas já não a incomodava da mesma maneira. Ele repetiu o movimento mais algumas vezes, acompanhado pelos movimentos dos seus lábios que iam se movendo cada vez mais freneticamente, enquanto ele gemia e estremecia com cada impulso. Hermione depressa percebeu que, com cada impulso dele, se importava cada vez menos com o desconforto, até que começou a impulsionar-se contra ele, para libertar mais o seu desejo. Ele moveu-se mais rápido, mais forte, descontrolado, com a sua necessidade a libertar-se, enquanto ela sentia através de impulso para o impulso uma maré de prazer, libertando-a do desejo e da necessidade. Incansavelmente, ele continuou, fazendo-a vir-se meros segundos depois, novamente, e novamente e novamente. Pareceu-lhe que esteve num clímax durante horas e quando achava que já não aguentava mais, ele impulsionou-se contra ela, fazendo-a chorar e tremer de prazer.
Exausto, caiu em cima dela, sentindo calafrios passarem por ele, a cada segundo, durante vários minutos.
Hermione sentiu-se à deriva na exaustão.
Poucos minutos depois, ela acordou com a nítida percepção do que se tinha passado. Tinha dormido com o Draco Malfoy, arqui-inimigo do seu melhor amigo. O Malfoy seria capaz de usar isso de muitas maneiras, desde a chamar de vadia, até provocar o Harry e o Ron para o atacarem, e posteriormente serem expulsos. A sua reputação estaria arruinada e seria obrigada a deixar Hogwarts ou suportar a humilhação de todos. Sem mencionar que tanto o Harry como o Ron nunca mais lhe iriam falar. Ela tinha-os desiludido e o Draco Malfoy tinha vencido.
Os seus movimentos bruscos pareceram acordar o idiota do Malfoy, que também tinha adormecido. Ele olhou para ela e praguejando, saltou para trás, afastando-se dela, sem esconder o ressentimento que sentia. Com as pernas a tremer, Hermione deslizou da mesa e começou a vestir-se, reparando na sua roupa intima destruída e nas suas coxas cobertas de fluidos, com uma pontada de culpa. Atrás dela, ouviu um forte "Reparo!" assim que o Malfoy reparava o seu manto. O manto que ela tinha rasgado na sua desenfreada necessidade de o despir. Ela fechou os olhos e cobriu o rosto com as mãos. No que estava ela a pensar quando fez aquilo? Ela não podia ser muito inteligente, tinha de ser muito estúpida. Duvida que alguma vez tivesse existido um feitceiro ou um Muggle mais estúpido do que ela tinha sido naquela noite.
Arriscou um olhar sobre o Malfoy, que estava agora completamente vestido e ainda usava o seu olhar de ressentimento, para lhe acrescentar um toque de desgosto. Qualquer esperança que ela tivesse de apelar à sua bondade desapareceu. Não, seria melhor fingir que ela não se importava. Talvez, se ela acordasse o Harry e o Ron e lhes explicasse, eles poderiam estar preparados para os ataques do Malfoy. Talvez ninguém acreditasse nele, excepto os Slytherin, mas isso não importava.
Devidamente vestida, preparou-se para sair e alcançar a porta destrancada, quando ele a atirou contra a parede com uma força desnecessária. "Ninguém pode saber disto, ouviste?" sussurrou-lhe ferozmente, com o rosto pálido de ódio e fúria. "Não quero que ninguém pense que eu, Draco Malfoy, consideraria alguma vez tocar numa Sangue de Lama imunda como tu!" Empurrou-lhe a varinha dela para as mãos, abriu a porta com estrondo e saiu. Voltando atrás, para lhe apontar a varinha e murmurar "Sonorus!" erguendo assim a maldição silenciadora.
Ela ficou ali, a olhar para ele, com uma mistura de alívio e dor a entupir-lhe a garganta.
