RIDERS ON THE STORM
A todos os cavaleiros que lutam bravamente na tempestade dessa saga potteriana, meus mais profundos agradecimentos por existirem. A J K Rowling, dona e criadora de tudo isso, duas vezes eu agradeço. E ao Jim Morrison que escreveu essa letra fantástica.E ainda um último, porém não menos importante agradecimento : a todos aqueles que fizeram fics tão maravilhosas sobre esses personagens tão densos (e muitas vezes tão pouco explorados no original )que me encorajaram a escrever essa daqui,tão diferente do meu formato costumeiro, mas com aquela que no meu entender é a razão de tudo isso : Lilly Evans.
Riders on the storm (Cavaleiros na tempestade)
Riders on the storm (Cavaleiros na tempestade)
Into this house we're born(Nesta casa nós nascemos)
Into this world we're thrown(Neste mundo nós somos jogados)
Like a dog without a bone(Como um cão sem um osso)
An actor out alone(Um ator sozinho)
Riders on the storm(Cavaleiros na tempestade)
1976
Acordou de madrugada com o gosto cálido de sangue na garganta. Não se lembrava claramente do sonho, mas lembrava-se - aliás, seus lábios intumescidos lembravam-na melhor ainda - de ter se segurado para não gritar e acordar todo mundo em volta. Era outro daqueles pesadelos dos quais não se lembrava de nada além do som ensurdecedor da tempestade e de estar totalmente encharcada pela chuva. E sempre acordava assim, músculos retesados como se estivesse lutando com um inimigo impreciso, mas poderoso. Não sabia quem era, mas sabia que ele existia. Em algum lugar - real, além de seus sonhos- o inimigo existia... e esperava.
There's a killer on the road(Há um assassino na estrada)
His brain is squirmin' like a toad(Seu cérebro está se retorcendo como um sapo)
Take a long holiday(Tire um longo feriado)
Let your children play(Deixe suas crianças brincarem)
If ya give this man a ride(Se você der um caminho à esse homem)
Sweet memory will die(Doces memórias irão morrer)
Killer on the road, yeah(O assassino na estrada, yeah)
1981
Estar escondida não era sua idéia principal de felicidade, mas como boa ex-grifinória ela conseguira fazer daquele esconderijo um lar. Pensava entristecida em como sua vida tinha mudado no último ano : tantos sonhos e tantos pesadelos tornados reais... a chegada de seu filhinho tinha trazido um pouco de luz em um período muito negro da história bruxa, pelo menos para si e James, e ter conseguido - mesmo de uma forma um pouco distante - manter a amizade dos três outros marotos mostrava que ainda existiam bruxos íntegros, mesmo com aquele maluco falando tanto sobre supremacia puro-sangue, e com esse discurso disparatado arrebanhando tantos outros bruxos para sua causa...tanta gente boa que estava enganada com aquela lenga-lenga toda, que já tinha perdido a conta.
Enquanto esperava James voltar do Ministério, ninava Harry em seu berço cantando uma canção que sua avó cantava para ela, e que nunca entendera bem o significado; mas assim como tinha acontecido com ela, Harry também se acalmava ao escutar sobre bois de cara preta assustadores...
Girl ya gotta love your man(Garota, você deve amar o seu homem)
Girl ya gotta love your man(Garota, você deve amar o seu homem)
Take him by the hand(Conduza-o com sua mão)
Make him understand(Faça-o compreender)
The world on you depends(O mundo depende de você)
Our life will never end(Nossa vida nunca irá terminar)
Gotta love your man, yeah(Você deve amar o seu homem, yeah)
James… ah, James ! Que homem maravilhoso aquele diabrete tinha-se tornado desde a primeira vez que ela deixara escapar sobre os pesadelos.
1976
-Lilly !
-Que cara de horror é essa, Potter ?
-Mas quem foi esse animal ?
-Será que consegue explicar essa frase incoerente, Potter ? E é...
-Evans pra você, já sei, mas Lilly, ele é bruto ! Como você deixou alguém te morder com tanta força para ficar com os lábios tão lindamente cheios ? Nossa, se eu não estivesse com o Sirius em detenção eu diria que você...
-Cala a boca, Potter !
Não, não adianta, eu não consigo mais... só isso. Não consigo mais segurar.
-Também não é coisa para chorar, Lilly... hei, calma, menina, era uma brincadeira inofensiva, só um toque pra falar pro teu namorado maneirar um pouco,
-Não é namorado, Potter...
-Lilly ! Então é namorada ? UAU !
-O que é, Potter ? ME DEIXA EM PAZ ! Eu mal durmo por causa desses malditos pesadelos, eu quero gritar e não posso, eu tento acordar e não consigo, eu só mordo os lábios até sangrar, eu só...
Preocupação e interesse substituíram imediatamente o ar de troça que James vinha dando àquela conversa.
-Lilly... calma... calma, moça, se acalme e me diga devagar o que são esses pesadelos... vamos, pare de chorar, senão vai ficar com esses lindos olhinhos de esmeralda vermelhos... alguém te azarou, foi ?
-Não... acho que não.
-Então, vem aqui. Senta e me conta esse pesadelo.
-Aí que está, eu não me lembro, nunca me lembro direito… só sei que ele quer me pegar, eu fujo, eu luto, eu quero gritar um feitiço e minha boca não se abre, eu tento correr mais e pareço pregada no chão, eu tento lutar mas meus braços estão presos...
(Gênio, Potter, a menina estava parando de chorar e agora começou de novo... mas isso é sério, parece maldição...e parece coisa do Voldemort ! Afinal, ela pode ser de origem trouxa, mas é uma ótima bruxa !)
-Venha, vamos ver o diretor Dumbledore, ele vai saber o que fazer. Vamos, confie em mim...
É, tinha sido naquele dia do episódio dos "lábios cheios" que ela tinha sido apresentada à Ordem da Fênix... e que conheceu o verdadeiro James Potter.
1981
- Oi, querida,cheguei ! Oi, coração do papai !
- Pá !
- Lilly ! Você ouviu ? Ele disse papai ! ELE DISSE PAPAI !
- PÁ ! PÁ !
- Harry, meu amor, você disse papai !
E uma festa de fogos de artifícios (magia acidental eu sua forma mais pura) saiu sozinha da varinha de James, que quase arrancou o filho do colo da esposa para cobri-lo de beijos : amor em forma de luzes, amor em toque de pai... mas mesmo naquela euforia o bem treinado Auror ouviu o barulho da porta da casa se abrindo.
Estranhou,mas pensou : Sirius tinha saído há pouco de lá, deveria ter esquecido algo.
E desceu para ver o que o amigo queria, louco para contar a novidade do Pa pá.
Mas não era Sirius.
Wow!
Riders on the storm (Cavaleiros na tempestade)
Riders on the storm (Cavaleiros na tempestade)
Into this house we're born(Nesta casa nós nascemos)
Into this world we're thrown(Neste mundo nós somos jogados)
Like a dog without a bone(Como um cão sem um osso)
An actor out alone(Um ator sozinho)
Riders on the storm(Cavaleiros na tempestade)
Riders on the storm (Cavaleiros na tempestade)
Riders on the storm (Cavaleiros na tempestade)
Riders on the storm (Cavaleiros na tempestade)
Riders on the storm (Cavaleiros na tempestade)
Riders on the storm (Cavaleiros na tempestade)
Tradução da música: Fabrício Boppré
