3º ano de Fred
- Então você, que banca a senhorita certinha, andou perseguindo um trasgo pela escola, hein?
- Não enche,...
- Fred, eu sou o Fred – ele piscou.
- Não enche, Fred. Eu achei que poderia realmente dar conta dele – ela continuou a mentira que havia dito para sua professora.
- Detenção? Seu primeiro ano na Escola e já conseguiu uma detenção, senhorita Granger?!
- Você pode me deixar em paz...
- Fred, eu sou o Fred.
- Então, me deixe em paz!
4º ano de Fred
- O que você sabe sobre a Câmara Secreta?
- Eu não sei nada sobre ela...
- Mas desconfia de algo... Por que não me conta?
- Por que não me deixa estudar,...
- Fred, eu sou o Fred – ele percebeu que ela analisava o rosto dele.
- Quero estudar, Fred!
- Ahhh Hermione, estudar sobre a Câmara Secreta?
- Não, sobre Poções! – ele puxou o livro dela e leu o título.
- Não sabia que tinha poções em Hogwarts, uma história.
- É porque você não sabe o que é um livro – ela falou puxando o livro de volta para si,
- Ouch! Essa doeu, Hermione – e saiu dando risada e indo de encontro ao seu gêmeo e Lino Jordan.
5º ano de Fred
- Você realmente deu um soco no Malfoy?
- Claro... Ele passou dos limites! – ela respondeu sem deixar de fazer suas anotações.
- O que ele fez? – Fred perguntou.
- Ficou me incomodando – Hermione respondeu sem desviar os olhos do pergaminho.
- É mesmo? Você o acertou no nariz?
- Quero fazer minha lição,... Fred.
- Foi no olho? – ela respirou fundo e fechou os olhos.
- Eu preciso terminar essa lição ainda hoje.
- Ohhh foi,... lá embaixo...? – Hermione olhou para o ruivo à sua frente.
- Se quer mesmo saber posso fazer uma demonstração prática! – Fred piscou e saiu correndo dizendo sobre os ombros:
- Não, muito obrigado!
- Você não foi para aula de Feitiços!
- Claro que fui, Fred! – ela respondeu depois de olhar atentamente para o ruivo que falava com ela.
- Não, não foi! – ele disse.
- Sim, eu fui! Pode perguntar para seu irmão, Harry ou qualquer pessoa do terceiro ano. - Ele não pensou duas vezes e gritou para Ron que conversava animadamente sobre quadribol:
- Ei, Roniquinho, sua colega sabe-tudo estava na aula de Feitiços? – Hermione ficou roxa de vergonha, pois todos olhavam para ela agora.
- Claro que ela estava! – Rony respondeu sem entender o por quê daquela pergunta.
- Viu?! – ela disse levantando uma sobrancelha e voltando para sua tarefa.
- E como eu te vi no corredor do quinto andar indo para outra aula? – Hermione gaguejou antes de responder:
- Você está imaginando coisas, Fred! Anda bebendo escondido? Se eu for monitora, não permitirei esse tipo de atitude.
- Era você! Eu sei que era você.
- É impossível alguém estar em dois lugares ao mesmo tempo, Fred.
- Não no mundo bruxo... Apesar de ainda não saber como você conseguiu – ele deu uma piscada e afastou-se.
6º ano de Fred
- Eu sei com quem você vai ao baile! Eu sei com que você vai ao baile! – Fred dizia enquanto pulava ao redor de Hermione que tentava, inutilmente, concentrar-se em sua leitura.
- Cala a boca, Fred! Você não sabe de nada!
- Eu sei! – ele falou puxando o pergaminho que ela escrevia e correndo pelo Salão Comunal vazio. A maioria dos estudantes ainda estava no refeitório. Ela não pensou duas vezes ao correr atrás dele.
- Deixe de agir como criança, Fred! Devolva meu pergaminho! – só parou quando viu que ela apontava a varinha para ele.
- Você não lançaria uma azaração em um colega de Casa, certo Granger? – ele falou andando de costas.
- Pode ter certeza que se esse colega for você eu não pensaria duas vezes – ela disse aproximando-se dele – Devolva o pergaminho!
- Só se você confirmar com quem vai ao Baile.
- Eu não vou confirmar nada e você não está em posição de negociar – ele andou até bater no sofá, desequilibrar-se e cair sentado. – ela riu sem deixar de apontar a varinha. Inclinou-se e disse – O pergaminho.
- O nome... – ele falou achando graça da expressão séria dela. A sobrancelha direita levantada, uma mão empunhando a varinha e a outra na cintura. De alguma forma aquela imagem o cativou – Eu falo o nome e você confirma, que tal?
- Nada feito. O pergaminho, Frederick Weasley – ela estendeu a mão que antes estava na cintura e tentou puxar o pergaminho dele, o ruivo foi mais rápido e segurou-a pelo punho, derrubando-a no sofá.
- O nome, Hermione Granger – Fred falou segurando-a próxima de si. Ela olhou o tom azulado dos olhos dele e depois os lábios que curvavam em um sorriso malicioso.
- Fred! Deixe Hermione em paz! – eles ouviram Gina falar e ambos separaram-se. Ela chegara ao Salão Comunal acompanhada de Harry, Rony, Jorge e Lino. Fred ignorou o olhar de raiva do irmão mais novo e subiu para seu quarto sendo seguido por Jorge e Lino. Assim que fecharam a porta, o seu gêmeo perguntou:
- O que está havendo entre você e Hermione?
- Não está havendo nada! Eu apenas estava provocando para ver se ela falava quem a convidou pro Baile.
- E você descobriu? – Jorge e Lino perguntaram juntos.
- Não! – Fred falou jogando-se na cama e encarando o teto. A imagem do rosto de Hermione à sua frente. Lino foi ao banheiro e de repente o rosto de seu gêmeo apareceu sobre ele.
- Que sorriso bobo é esse?
- Não tem sorriso bobo nenhum, Jorge! – Fred falou afastando o irmão.
- Fred... Sabe que nosso irmão caçula gosta da Hermione... – o ruivo sentou-se rapidamente e falou:
- Não tem nada entre mim e Hermione! Nós não combinamos em nada! Eu apenas acho divertido irrita-la... Apenas isso.
- É, espero que seja apenas isso. Angelina não gostaria de saber dessa história. Tampouco seu irmão. – Fred lançou o travesseiro em seu gêmeo, que se defendeu lançando outro.
- Se eu e Jorge conseguirmos colocar nosso nome no cálice você conta com quem vai ao Baile?
- Achei que já soubesse – ela falou sem desviar os olhos do livro que lia.
- Eu desconfio... – ele mentiu. Hermione continuou atenta ao livro, mas encarou os olhos azuis após alguns instantes.
- Está mentindo e também não importa. Vocês jamais conseguirão burlar um feitiço de Dumbledore.
- Claro que vamos conseguir!
- Duvido!
- Então, podemos fechar uma aposta? Ou vejo receio em seus olhos, senhorita Granger?
- Dumbledore é o maior bruxo que já existiu, acha mesmo que conseguirão colocar o nome no cálice?
- Tenho certeza! E assim que conseguirmos você vai me contar com que vai ao Baile – Fred piscou para ela. Jorge juntou-se os dois. Os gêmeos tomaram a poção e pularam no círculo. Instantes depois foram atirados longe. Hermione passou pelos dois que ainda estavam no chão e encarou Fred, dizendo:
- Perdeu a aposta, Weasley – e, dessa vez, ela que piscou. Fred tampou seu rosto para esconder o sorriso que surgiu ao vê-la inclinada sobre si com aquela pose autoritária que cada vez mais ele gostava de observar.
Fred estava cansado. Nunca tinha dançado tanto. Angelina já tinha voltado para o dormitório, poucos estudantes ainda estavam no salão. Entrou no Salão Comunal da Grifinória e não acreditou no que seus olhos viam. Não era possível que no dia do baile, durante a madrugada, Hermione estivesse realmente lendo um livro.
- Estudando uma hora dessas? – ela sempre respondia às suas provocações, por isso estranho quando ela ficou calada – Hermione! Não consigo acreditar que você está realmente lendo uma hora dessas! Nem você é tão CDF assim!
- Hoje não, Fred... – ele poderia ter continuado seu caminho para os dormitórios, mas percebeu que a voz dela estava diferente. Por isso, sentou-se ao lado de Hermione. Ela tinha o cabelo jogado sobre o rosto, ainda com o vestido do baile e um livro grosso sobre o colo. O ruivo colocou uma mecha dos cabelos atrás da orelha da garota e percebeu que ela tinha os olhos vermelhos e inchados.
- Hermione... – ele falou num tom de voz quase inaudível. Pegou o livro e colocou-o sobre a mesa, passou seu braço sobre o ombro de Hermione a puxou-a para seu peito. Ela não fez qualquer objeção. Apenas deixou que mais lágrimas caíssem.
7º ano de Fred
- Organizando encontros proibidos, hein? Não combina muito com uma monitora...
- Você não cansa de me encher, Fred?
- Não – ele disse simplesmente.
- E por que não é você que está dando as aulas?
- Porque Harry é melhor que eu em DCAT.
- Ninguém é melhor que você – ele engasgou-se ao perceber o que acabara de falar – Quer dizer,... nas matérias... afinal você é a mais inteligente, não?
- Qualquer um sabe voar melhor que eu – ela disse rolando os olhos e tentando disfarçar a timidez.
- Um dia desses eu te ensino – Fred disse piscando para ela.
- E quem disse que quero aprender a voar? – ela falou levantando a sobrancelha. A resposta dele foi apenas um encolher de ombros.
– O que está estudando? – perguntou puxando o livro que estava sobre a mesa – Isso vai te servir de alguma coisa? – ele disse ao ver que era um livro de Runas.
- Eu gosto. Agora me devolva o livro.
- Não.
- Fred, pare com isso! Você parece criança. Devolva o livro.
– Vem pegar! – o ruivo levantou e começou a andar pela sala. Alguns estudantes assistiam à cena rindo.
- Pare com isso! Eu não vou ficar correndo atrás de você – ela disse, mas se contradizia ao andar atrás dele com a mão esticada – Sorte sua que minha varinha está no quarto! Pare com isso!
- Não – ele falou e saiu pelo retrato da Mulher Gorda. Hermione ficou parada uns segundos antes ir atrás dele. – Frederick Weasley! Eu não acredito! Pare já! Pare de correr nos corredores! – ela gritava enquanto o perseguia.
- Ué – o ruivo disse virando-se para ela e andando de costas – Você disse que não correria atrás de mim...
- Eu preciso do livro! Quanta infantilidade, Fred! – ele sorriu e voltou a correr, entrando em um corredor. Ela virou e não viu ninguém e continuou murmurando xingamentos – deixa sua mãe saber... A nossa casa ainda vai perder pontos... O toque de recolher... – ela sentiu-se sendo puxada para trás de uma tapeçaria.
- Apenas eu, Hermione – ele falou ao ver a expressão assustada no rosto dela.
- Você não vai crescer, não?
- Acho que sou alto suficiente – ele falou piscando para ela. O livro escondido atrás de suas costas.
- Não tão alto como Rony – ela o provocou – Devolva o livro – a morena falou tentando pegar o livro, sem perceber o sorriso dele vacilara diante da comparação.
- Não. Parece um livro interessante. Depois que eu terminar de ler, devolvo.
- Certo, Fred. Você e seu irmão nem sabem onde fica a biblioteca e esse é o último ano de vocês. Por favor, Fred – Hermione implorou. O ruivo distraiu-se, ela aproveitou e quase alcançou o livro. Ele levantou o braço. Ela cruzou os seus e bufou.
- Posso não ser alto como o Roniquinho, mas sou alto suficiente para você.
- Eu estava falando de maturidade, Fred...
- Ahhh nisso eu sou bem maior que o Roniquinho, não acha? – Hermione não pôde evitar um riso. Ela apoiou-se no ombro dele, ficando na ponta do pé para tentar alcançar o livro. Desequilibrou-se, mas Fred rapidamente a envolveu pela cintura. E ficaram sérios. Muito sérios. O ruivo soltou o ar pesadamente. A mão com o livro, abaixando-se.
- Acha que ouviu alguém por aqui, minha querida Madame Nora?!
- Merda – Fred falou – Venha por aqui – ele puxou Hermione pela mão e saíram correndo de Filch. Hermione achou que, provavelmente, estaria perdida se não fosse a companhia do ruivo. Ela detestava infringir as regras, mas não podia negar q excitação que percorria seu corpo ao passar pelos corredores escuros. Não acreditou ao ver o retrato da Mulher Gorda. Entraram esbaforidos e dando gargalhadas sem nem perceberem como elas começaram. Os poucos que estavam no Salão olharam para eles, estranhando a improvável duplo, mas logo voltaram à suas atividades. Era um tanto quanto "arriscado" ficar encarando um dos gêmeos. Ou os dois.
Rony, no entanto, não gostou nada do que vira. Enquanto Harry, Gina e Jorge trocaram olhares cúmplices ao vê-los de mãos dadas.
- O que está havendo? – Rony perguntou olhando para as mãos e depois para seu irmão.
- Fugindo de Filch – ele respondeu simplesmente. Hermione puxou sua mão e pediu:
- O livro, Fred.
- Foi divertido, senhorita Granger – devolveu o livro para ela – Precisamos fazer isso mais vezes, inclusive – ele inclinou-se e falou de forma que apenas ela ouvisse – esconder-nos atrás da tapeçaria.
Ele saiu com as mãos no bolso e assobiando marotamente, chamando seu gêmeo com um gesto de cabeça.
- Onde você estava com meu irmão?
- Ele pegou meu livro e saiu correndo pela Escola. Eu fui atrás e depois... Depois Filch apareceu. Nós fugimos – ela falou indo em direção ao seu dormitório.
- E estavam de mãos dadas? – Rony perguntou seguindo-a e parando na beira da escada.
- Poupe-me dessas perguntas, Ronald! Estou cansada e quero terminar de ler esse livro antes de dormir. Boa noite a todos!
Enquanto isso, no dormitório masculino do sétimo ano...
- Mãos dadas com Hermione Granger? – Jorge perguntou malicioso.
- Foi apenas para fugirmos de Filch!
- Sei, sei... Acho que tem alguém ficando interessado na pequena sabe-tudo...
- Pare de falar besteiras!
Os dois se encararam e Jorge ficou sério como poucas vezes ficava. Seu tom de voz e expressão mudaram, o que não passou despercebido por Fred, e falou
- Rony parece gostar dela. Gostar mesmo...
- Eu sei disso... Eu apenas gosto de provocá-la. De ver como ela ergue a sobrancelha direita e põe as mãos na cintura. Gosto de como ela fala meu nome quando está irritada e o perfume dela... – Fred interrompeu seu monólogo ao perceber o que estava falando – Por Merlin... Eu acho que você tem razão – sua voz quase inaudível. Seu gêmeo sorriu irônico.
- Sempre soube que eu era o mais inteligente...
- Então a ideia de infringir as regras e criar um grupo de treinamento foi sua?
- Fred, preciso estudar.
- Parece que você sempre precisa estudar.
- Sim, a ideia foi minha...
- As moedas? – ela assentiu. Ele sorriu e começou a se afastar.
- Sem provocações hoje? – Hermione perguntou agradecendo por ele estar de costas e não ver o leve e rápido rubor que se espalhou pela face dela.
- Eu sabia que, em algum momento, você sentiria falta – ele falou virando-se para ela. As duas mãos apoiadas na mesa.
- Não é nada disso! – ela negou com a voz levemente esganiçada,
- Vou fingir que acredito – e piscou – Nos vemos mais tarde.
- Você deixou Rony te desarmar, não deixou? – Fred começou a falar em voz baixa durante o jantar.
- Será que posso comer em paz? – Hermione rebateu em voz alta.
- É! Deixa ela quieta! – Rony resmungou com a boca cheia.
- "Deixe-a" quieta – Fred disse encarando o irmão.
- Mas é você quem está provocando! – mais novo respondeu, sentindo a face corar.
- Ele está te corrigindo! O correto é "deixe-a" e não "deixa ela". E, por favor, Ronald, feche a boca para mastigar! – cansada de ouvir Ron bufando, Hermione levantou-se para ir até o Salão Comunal. Rony, Gina e Harry começaram uma animada conversa sobre quadribol. Fred, assim que a quintanista saiu da mesa, ameaçou levantar, mas Jorge o segurou e sussurrou:
- Seja mais discreto! Ela acabou de sair e seu prato está cheio de comida! – o ruivo bufou contrariado, mas permaneceu sentado.
Hermione andava com a cabeça cheia de dúvidas. Há anos Fred a provocava, no entanto, nas últimas semanas, as provocações estavam mais frequentes. Seus pensamentos foram interrompidos pela voz arrastada de Draco Malfoy.
- Olá, sangue-ruim.
- Não estou a fim de papo, Malfoy. Vá cuidar da sua vida – ela tentou passar, mas sua passagem foi interrompida pelo loiro e seu fiel guarda-costas, Goyle.
- Sei que você e seus amigos andam se reunindo.
- Isso não é da sua conta – ela tentou passar novamente, não conseguindo.
- Sim é. Eu sou membro da Brigada Inquisitorial, então você me deve sim explicações.
- A regra de sua querida professora proíbe organizações e eu não descumpriria uma regra, Malfoy. Acho que isso até o seu amiguinho descerebrado é capaz de entender.
- Vocês andam se encontrando na Sala Precisa.
- Sala Precisa? Nunca ouvi falar.
- Não se faça de cínica, Granger – ele falou apontando sua varinha. Ela fez o mesmo. Goyle também empunhou a sua.
- Acho que a convivência com esse aí e Crabbe tem feito seu cérebro parar de funcionar... Ou você apenas finge que é inteligente para agradar o Comensal do seu pai?
- Não ouse falar dele, sangue-ruim! Serpensortia!
- Petrificus Totalus! – a cobra caiu inerte no chão.
- Lacarnum Inflammare!
- Aguamenti! – ela rebateu apagando as chamas ainda no ar.
- FAÇA ALGO, SEU INÚTIL! – Draco gritou para Goyle. Hermione aproveitou os segundos que Malfoy não falou um feitiço para tirar Goyle da luta.
- ESTUPEFAÇA – o feitiço o atingiu com tanta força que ele voou alguns metros até cair desacordado. Ela estava em desvantagem e Draco era um excelente oponente. Enquanto imobilizava Goyle, Draco lançou um feitiço que atingiu Hermione. Ela não conseguiu lançar a proteção a tempo. Chocou-se contra a parede e perdeu sua varinha.
- Acha mesmo que uma sangue-ruim como você pode duelar com um Malfoy?
Ela riu, escondendo seu medo ao ver-se desarmada, e falou:
- Quando eu não estiver em desvantagem, duelamos de verdade.
- Rindo de mim? – ele perguntou pressionando a varinha no pescoço dela.
- Que merda está acontecendo aqui? Afaste-se dela, Malfoy.
Fred já tinha sua varinha erguida. Viu o loiro hesitar e, sem pensar duas vezes, estuporou-o.
- Fred...
- Você está bem? – ele perguntou ao ver Goyle desacordado uns metros adiante – O que houve aqui? – Hermione levou a mão ao pescoço, onde Draco pressionara.
- Estou bem.
- Deixe-me ver – o ruivo aproximou-se e levantou o queixo dela. Havia uma pequena marca vermelha.
- É um covarde filho da puta mesmo! – fez um floreio com a varinha e a mancha sumiu – Você realmente está bem?
- Sim, Fred – ela pegou a varinha que estava no chão.
- O que eles queriam?
- Melhor não conversarmos aqui.
- Vamos para o Salão Comunal.
- E eles?
- Largue-os aí. Está realmente preocupada? – ela deu de ombros e seguiu com Fred. O Salão estava vazio, pois a maioria dos estudantes ainda jantava.
- O que Malfoy queria com você? – o ruivo perguntou tentando controlar sua raiva.
- Perguntar sobre a A.D. Ele sabe que nos encontramos na Sala Precisa.
- Ele não vai conseguir nos pegar – Fred falou tranquilizando-a. Eles estavam sentados lado a lado. O ruivo ficou em dúvida, mas acabou passando a mão sobre o ombro dela.
Por mais que Dolores ou Filch tentassem controlar os alunos, era impossível. Todos gritavam em polvorosos ao ver os fogos lançados. Os gêmeos voavam exaltando ainda mais os estudantes. Depois, sumiram na escuridão da noite.
Enquanto Hermione caminhava de volta para o Salão Comunal, não estava agitada como todos os outros. Sem dúvida, havia adorado ver a expressão atônita de Umbridge, mas, ao mesmo tempo, sentia um grande vazio. Foi direto para seu dormitório e, ao puxar a cortina de sua cama, encontrou um pergaminho sobre o travesseiro.
H.
Posso ter saído da Escola, mas você não se verá livre de mim tão facilmente.
Do seu "quebrador" de regras preferido,
F.
Ela riu e dormiu com a carta entre seus dedos.