N/A: Oi amores!
Acharam que tinham se livrado de mim, ne? Engano de vocês! To de volta e dessa vez pra ficar!
Bom, deixa eu explicar algumas coisas antes de começar a fic, porque acho que vocês vão ficar perdidinhas se começarem a ler agora.
Essa primeira fic (que já esta completíssima!) faz parte da minha serie "Uma nova era" e por favor, prestem atenção nisso: NÃO E COM OS PERSONAGENS ORIGINAIS DE SAINT SEIYA.
"O que, Carol? Voce fez outra versão do Omega?"
Não me digam isso, por favor, essa fic é pelo menos dois anos mais velha que o Omega y.y
Anyway, os personagens foram todos criados a partir de fichas em uma comunidade do Orkut e pessoinhas daqui que nos amamos como Lune Kuruta, Beutymoon, Angel Pink, Lysley Almada e Leo no Ruisu tem personagens!
Bom, qualquer coisa me perguntem ta? A fic ocorre em 1996, um ano depois da original "The Dragons Return" escrita pelo Leo no Ruisu (que esta postada aqui também!) que por sua vez ocorre mais ou menos cinco anos após a saga de Hades.
Por fim, a minha serie e totalmente noncanon da Dragons Return.
AINDA TEM FICHAS ABERTAS. So pra constar n.n
Bjkas, a gente se vê lá em baixo.
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Capítulo 1
Conversas, rosas, bolos, teorias e surtos.
Santuário de Athena, Grécia
Meados de Julho.
O dia amanheceu calmo quando, na décima segunda casa, Haku acabava de destruir o despertador, era o segundo só naquela semana.
E era terça-feira
Haku de Peixes era um belo cavaleiro de por volta de 1.80 de altura e 69 Kg. Tinha longos cabelos loiros que caiam lisos por suas costas, olhos de um azul cobalto e pele clara a despeito do escaldante sol grego. Seu corpo era bem definido, flexível e forte, vivia arrancando suspiros de mulheres (e alguns homens também) por onde passava apesar de quase sempre não perceber o efeito que causava.
Levantou-se com má vontade. Precisava treinar e dar assistência a alguns novatos. Aqueles tempos de paz estavam deixando-o mal acostumado, pois nada de diferente acontecia, vez ou outra chegavam alguns aprendizes, mas isso era normal.
Fez sua higiene pessoal e, enquanto comia um pedaço de bolo trazido por uma serva, vestiu as roupas de treinamento e enfaixou as mãos. Respirou fundo e pôs-se a caminhar em direção à arena.
Atravessava o corredor de lutas de Peixes tão rapidamente quanto uma tartaruga de muletas quando Selene passou por ele como um furacão, quase fazendo-o cair sentado. Logo depois um pequeno gato preto seguiu o mesmo caminho.
- Bom dia pra você também, Sel – ele gritou ironicamente.
- Espero que seja – ouviu-a gritar com voz aflita – Bom dia!
Haku franziu as sobrancelhas, não esperava uma resposta, não fazia o estilo de Selene. Ainda mais uma resposta como aquela.
Decidiu deixar para lá e continuar seu caminho, tinha obrigações.
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Selene tinha a respiração descontrolada quando subia as doze casas. Sua cabeça estava a mil, a adrenalina corria por seu sangue, seu coração batia loucamente e suas pupilas estavam muito dilatadas.
- Saori! – ela chamou assim que entrou no décimo terceiro templo.
- Venha, Selene! – disse a moça de cabelo lilás – Já está tudo pronto.
Ambas atravessaram o Salão do Grande Mestre e foram junto à Estátua de Athena, logo atrás havia uma plataforma com um heliponto com um "P" dentro de um triângulo equilátero com o vértice pintado apontado para o norte magnético.
A amazona entrou rapidamente na aeronave e pegou seu gato no colo. Depois de um "boa sorte" vindo da Deusa, o helicóptero decolou.
Selene suspirou. Que tudo desse certo.
Selene era a amazona protetora da oitava casa zodiacal. Era francesa, tinha 65 Kg, 1.70 de altura, cabelos negros, lisos e até a altura do cóccix, seus olhos eram de um âmbar liquido e sua pele de uma palidez doentia. Mas ela não se importava.
Com nada.
A não ser com aquela maldita viagem que estava para fazer.
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Na arena, alguns cavaleiros e amazonas treinavam em pares enquanto outros ajudavam alguns aprendizes.
- Onde está Selene? – Perguntou Ruisu dando pela falta da colega.
Ruisu de Leão era o belo cavaleiro sucessor de Aioria. Russo vindo da Siberia, tinha cabelos loiros, curtos e rebeldes que lhe davam um certo charme; a cor verde acinzentada, se não existisse em qualquer outro lugar existia nos olhos dele, tinha a pele bronzeada e corpo bem definido que eram a perdição de muitas jovens desavisadas... E avisadas também.
- Ela passou por Peixes hoje de manhã faltando pouco para alcançar a velocidade da luz – disse Haku, que treinava com Emanuelly perto de Ruisu e Kaname, portanto tendo ouvido o questionamento do Leão.
- Não acho que seja de nossa conta – disse o cavaleiro de virgem desviando de um chute – Ela deve ter saído em missão.
Kaname era o cavaleiro de Virgem e melhor amigo de Ruisu, talvez porque ele fosse um único com paciência para aguentar o gênio do leonino. Indiano, tinha cabelos verdes e também revoltos apesar de tentar disciplina-los, pele clara e olhos azuis, apesar de não abri-los. Era cego.
- Athena nunca manda alguém sozinho em missão, Kaname – disse Ruisu sério.
- Own que fofo, o gatinho bombado está preocupado com a Selene – disse Manu com ar divertido vendo um leve rubor tingir as faces do protetor da quinta casa.
Emanuelly de Sagitario era considerada uma das amazonas mais belas do Santuario, perdendo apenas para a companheira Elizabethy de Aries. A sagitariana vinha do Chipre, tinhas cabelos longos, ondulados, ruivos com mechas negras, olhos verde oliva, pele clara e um sorriso cristalino. Seu bom humor e animação era contagiante e ninguém nunca conseguia ficar trsite perto dela.
- Não estou preocupado com ela, Selene sabe se cuidar muito bem. Só achei estranho, ela nunca falta aos treinos – disse o leonino.
- Não deixem que ele lhes engane – disse uma nova voz.
- Hellsing – disse Ruisu vendo-a se aproximar – Você andou comendo cogumelo de novo? Porque está fazendo efeito até agora.
- Isso não é da sua conta – ela respondeu enfezada – E cala a boca que você não sabe de nada. Eu sei.
A assim conhecida Hellsing de Sextante era uma das amazonas que ainda usavam mascara, mas por vontade própria. Tinha cabelos verdes com mechas prateadas que caiam ondulados ate o meio das costas, seu corpo era harmonioso com algumas curvas que ela preferia esconder (apesar de sua armadura não fazer um bom trabalho quanto a isso). Seu rosto era desconhecido por causa da mascara, mas o que chamava a atenção nela era o mistério que parecia envolve-la. Ela possuía o raro dom da vidência e suas previsões nunca estavam erradas, por isso era extremamente respeitada e suas palavras levadas a serio.
- Não liga pra ele, Hell – disse Manu – Você sabe onde a Selene está?
- Ela foi para a Sicília buscar alguém.
Horas depois...
Ilha da Sicília, Itália...
- Senhorita Selene... Senhorita Selene – chamou o piloto enquanto mexia de leve nos ombros dela – Senhorita Selene.
- Hum? – ela acordou piscando os olhos repetidamente – O que foi?
- Chegamos, senhorita. Don Guilherme a espera na biblioteca.
Selene desceu do helicóptero sendo seguida por Caos, seu pequeno gato preto de olhos vermelhos, mais à frente existia um cubículo com um mini telhado, uma porta e um painel, Selene pôs a mão direita sobre o painel e logo apareceu sua foto e seu nome na tela, a porta foi aberta e revelou um elevador que levou a amazona para dentro da residência.
A mansão Gianinni constituía em: primeiro piso com salão amplo em dois ambientes, sala de jantar com piso em mármore, uma suíte, lavabo em mármore, uma copa cozinha ampla com bancada, despensa, área de serviço e lavanderia. O segundo piso tinha dois ambientes, o primeiro continha uma sala íntima e oito suítes com closet e varanda, o segundo tinha uma ampla biblioteca com um piano e um escritório. No terceiro piso havia um sótão amplo em dois ambientes com copinha e banheiro.
Havia ainda dois pisos subterrâneos. O primeiro era a garagem e o segundo era o local de trabalho de Don Guilherme.
A vista era magnífica e a área de lazer ficava atrás da casa, tinha piscina, sauna, lavabo, ducha, hidromassagem, churrasqueira, bancada de apoio e uma academia.
Selene desceu no segundo piso e percorreu o corredor que a levaria até o segundo ambiente, a porta de entrada da biblioteca era de cedro com um grande caranguejo no centro, que se abriu assim que Selene pôs a mão no painel ao lado.
Ao entrar na sala, a amazona o viu sentado na mesinha redonda lendo um livro fino. Ele estava exatamente como se lembrava, parecia não ter envelhecido um ano sequer. Don Guilherme era um senhor de meia idade, ele tinha porte nobre, não existia um único fio branco em seus cabelos loiros e bem cuidados, nenhum vestígio de rugas em sua tez pálida e nenhum defeito em seu Armani bem alinhado. No entanto existia uma sombra de preocupação em seus olhos verdes.
Guilherme podia ser terrível com seus inimigos ou seus alvos, no entanto não existia homem mais doce, fiel, amoroso engraçado e educado com seus amigos e família.
Ele era o chefe da Cosa Nostra, a mais poderosa Máfia Siciliana, que um dia fora aliada da Union Corse, organização que pertencera à família de Selene.
E mais do que isso, era padrinho dela.
O homem ergueu o rosto para sua afilhada e abriu um sorriso sincero enquanto fechava o livro.
- Sel, que prazer imenso vê-la novamente – ele disse abraçando-a fortemente – Carlo me disse que você estava no Santuário, por isso não te procurei por todo esse tempo.
- Eu entendo. Fiquei sabendo de Juliette, sinto muito, Don – ela respondeu retribuindo o abraço.
- Não sinta, ela estava doente já fazia algum tempo e sua morte foi como um alívio para ela, estava sofrendo muito – o italiano respondeu soltando-a – Você está ótima. Amazona de Escorpião hein! Eu nunca poderia pensar que aquele cabeça de vento do Milo fosse escolher tão bem.
- Ou talvez não tão bem assim… Mas isso não importa, eu recebi o seu chamado urgente. O que aconteceu?
- Bom... Sente-se – ele disse indicando uma cadeira e perdendo o ar jovial. – Eu preciso te contar uma coisa.
Santuário de Athena, Grécia…
Peixes...
Haku cantarolava enquanto cuidava de seu jardim. Apesar de poder fazer milhares de rosas aparecerem em questão de segundos, o pisciano não via graça nisso, por isso preferia plantá-las ao modo antigo.
A estufa da casa de Peixes era ampla e era dividida por cores. Haku gostava de brincar de cientista e com seu cosmo burlava qualquer lei genética de dominância e recessividade, algumas das rosas que ele havia desenvolvido tinham sido conseguidas em laboratório por humanos comuns, como as rosas roxas e as rosas azuis, no entanto naquele jardim existiam ainda rosas negras, cinzentas, lilases e algumas até mesmo bi ou tricolores.
No entanto uma em especial estava tirando sono do cavaleiro.
Haku queria uma rosa especial, uma rosa que representasse o amor puro, o ágape, o amor que é forte, intenso, intempestivo, marcante, mas também aquele que é romântico, carinhoso e sólido.
Mas as rosas escolhidas pareciam não querer se juntar. Em todas as experiências que Haku fizera, nenhuma tinha dado o resultado esperado, era como se elas tivessem se autofecundado sem nenhuma intervenção e quisessem obedecer às Leis de Mendel. Não importava o que fizesse o resultado sempre era Príncipes Negros.
Haku suspirou cansado enquanto levava mais uma rosa vermelha para a estante. Precisava descobrir o que faltava... E bem rápido.
Casa de Áries...
Elizabethy aspirou o delicioso aroma que desprendia do bolo de baunilha que tinha acabado de tirar do forno, era o seu favorito. Da janela, lançou um beijinho para Dora, sua águia de estimação, que estava empoleirada no quintal e colocou o bolo no parapeito da janela para esfriar enquanto fazia a cobertura.
- Nham nham cheirinho boooom! – Cantarolou a voz alegre da Amazona de Sagitário enquanto entrava na casa de Áries arrastando o Cavaleiro de Aquário consigo. – Eu até comentei com o Fenrir que fazer a ronda estava me deixando com fome.
- Ora, fiquem à vontade – disse a Amazona de Áries sorrindo enquanto chamava os dois para a cozinha – Acabei de tirar o bolo do forno, só falta a cobertura.
- Nyaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhh bolo de baunilha! – os olhos de Emanuelly brilhavam como esmeraldas.
- Espero que não estejamos atrapalhando, Liz. Emanuelly não consegue se conter quando o assunto é doce – disse Fenrir puxando uma cadeira para sentar-se enquanto Manu mostrava a língua para ele.
- Sempre é bom ter companhia, Fenrir – Liz respondeu enquanto pegava uma panela – Manu, pega o chocolate branco que está na segunda gaveta, por favor?
O sucessor de Camus tinha 1.84, cabelos curtos castanho fosco e pele parda apesar de ser argardiano, seus olhos castanhos constantemente ficavam tampados pelo cabelo, mas quem os visse perceberia que eram extremamente vazios, seu nariz era um pouco arredondado e seus traços faziam lembrar vagamente um índio selvagem.
Não que isso fosse menos interessante.
Fenrir ficou observando enquanto a Elizabethy fazia a cobertura do bolo e Emanuelly tagarelava sem parar.
Manu tinha um jeito infantil, era alegre, entusiasmada, tinha um corpo delicado que dava a impressão de que não duraria nem cinco segundos em uma luta, não era muito vaidosa e não se vestia de modo muito chamativo, já que seus cabelos vermelhos já faziam isso por si só.
Já Liz era uma pessoa objetiva, sem meias-palavras, tudo preto no branco, e de jeito nenhum levava desaforo para a casa. A canadense era o melhor exemplo de femme fatale que o cavaleiro conhecia. Era vaidosa e muito atraente, tinha cabelos negros e lisos que pareciam muito macios ao toque, corpo de mulherão e quase sempre valorizava seus pontos fortes ao se vestir.
Como naquele momento.
O calor estava tão intenso que quase conseguia sentir sua pele assar por baixo da armadura dourada, Manu tinha se livrado da dela assim que adentrara a primeira casa, mas Elizabethy vestia apenas um vestido solto verde água de malha fria cujo comprimento não passava da metade das coxas e cujo decote valorizava e muito o colo da amazona.
Ao pensar nisso, o cavaleiro suspirou, era impressão sua ou a temperatura tinha aumentado?
- Bem que você poderia esfriar o ar um pouco, né cubo de gelo? – Manu reclamou enquanto olhava Liz espalhar a cobertura no bolo.
- É perigoso, Emanuelly – disse o aquariano com voz fria – Para o ar ficar agradável eu teria que diminuir muito a temperatura, e assim que eu saísse daqui ela voltaria ao normal muito rapidamente. Elizabethy pode ficar doente.
- Vendo por esse lado... – disse a sagitariana atacando o pedaço de bolo que a amiga tinha posto em seu prato – Está divino, Liz! Eu quero a receita! – elogiou enquanto ainda estava de boca cheia.
- Depois eu te passo – respondeu a ariana enquanto servia Fenrir.
Manu olhou para os dois enquanto mastigava seu pedaço. Haku tinha comentado mais cedo que estava percebendo entre os cavaleiros e amazonas de ouro uma certa "tendência de aproximação", o pisciano não lhe dera mais detalhes, mas desde aquela hora a amazona ficou matutando sobre quem seriam os tais. Ela tinha um leque de "suspeitos", mas não passava de suposição. Fenrir tinha um jeito tão fechado e antissocial que duvidava que ele fosse um dos cavaleiros que Haku tinha mencionado, sobre Liz era difícil dizer algo, já que ela sempre se vestia bem e se produzia com esmero era difícil notar alguma diferença em seu comportamento.
Mas ia descobrir, ah se ia!
Casa de Leão...
Ruisu estava inquieto sentia necessidade de fazer algo, qualquer coisa, ficar sem fazer nada já o estava enlouquecendo.
Elizabethy cozinhava ou tocava piano o dia todo, Lune lia o dia todo, Asashi estava em missão com Arkhyos e Arashi, Meijin estava com um humor negro insuportável, Marshall tinha se recolhido ao Yomotsu e já fazia meses que ele não dava as caras, Kaname meditava o dia todo, Emanuelly às vezes tocava guitarra, Fenrir... Bom, ele não sabia o que Fenrir andava fazendo, e Haku parecia entretido com suas rosas. E Selene tinha sumido.
O Cavaleiro de Leão teve vontade de gritar, parecia que todos tinham algo para fazer, menos ele.
Mal sabia que isso mudaria em breve...
Continua...
N/A: Bom pessoal esse é o primeiro cap, espero que tenham gostado.
Perguntas? Espero que eu tenha conseguido descrever bem os novos personagens, qualquer coisa tem imagens no perfil do Leo no Ruisu.
Comentem por favor!
Bjkas
