Confissões de uma mente perigosa.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Disclaimer:os personagens não me pertencem.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Eu não vou dizer que te amo; eu ainda não quero ser tão falso. Tudo ao seu tempo, e o meu tempo já passou e mesmo assim estou aqui.
Eu vou falar nos seus ouvidos as verdades maiores do mundo, porque são as minhas verdades - vê como certos conceitos podem ser relativos?
É necessário que você me escute, acredite e confie. Dispenso o seu suspiro.
O seu corpo de criança e a sua alma de criança; você é contraditória na sua obviedade.
Eu confundo os seus sentidos com a mesma intensidade com que mantenho os meus alerta. Na irrealidade, tudo fica mais intenso; até mesmo a confusão, mas isso você já percebeu.
A tinta negra gruda o papel do caderno fechado e eu gostaria de poder escorrer até seus pés e manchar as suas roupas de tudo o que eu sou. Eu apagaria com a minha sã perversidade toda a sua alva infância, num só golpe de pena, e te faria apta a receber o que eu guardo pra ninguém.
Porque pulsa em você, através do calor que os seus dedos transmitem para o papel velho, um sopro qualquer de poder primitivo, aquela exata magia que se diluiu ao longo das eras, o que se perde com a primeira respiração pecaminosa, com o primeiro vislumbre cego de luz. Você recende à inocência, e esse é precisamente o motivo pelo qual toda essa aventura é tão perigosa; nada poderia ser mais fatal para uma lembrança ímpia do que um presente puro.
Apenas porque é tudo mais intenso quando assim, absorvido e filtrado pelo tempo.
