Disclaimer: Sam e Dean não me pertencem, e isso é muito triste. Qualquer semelhança que encontrarem em minha fic com a de outros autores, ou até mesmo na vida pessoal de quem interpreta todos os personagens dos quais escrevo a respeito, é puramente coincidência. Ficção feita de fã para fã, sem fins lucrativos.

Classificação: +18

Gêneros: Ação, Amizade, Angst, Darkfic, Drama, Ecchi, Horror, Mistério, Romance, Suspense, Terror, Tragédia, Yaoi, UA (Universo Alternativo)

Avisos: Conteúdo Slash, Lemon, Canibalismo, Heterossexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Tortura, Violência.

E aí, pessoal? Essa é a primeira fanfiction que escrevo, então provavelmente está uma b****. Espero que agrade a todos que lerem, e que comentem. De forma alguma exigirei comentários, acho isso antiético. Mas seria legal se todos apenas dessem um "oi" para eu não me sentir no vácuo.

A coisa "hot" pode demorar um pouco, então se você é do tipo que já quer ver membros entrando em orifícios apertados já no primeiro capítulo, sinto informar-lhe que esta é a história errada.

Gosto muito de "dar vida" a personagens secundários (na maioria das vezes eles são garotas), então não me culpem se o casal principal de vez enquanto ficar um pouco "longe". Tudo faz parte do Show.

Acho que é só. Divirtam-se! :D


Capítulo 1: E Se Eu Resolver Partir?


Todas as minhas tentativas foram em vão, pensava Dean, desistente ao ver seu irmão decidido a ir embora. As malas estufadas em suas mãos, o visual um tanto despojado... Com certeza aquela havia sido uma decisão repentina, e não planejada com antecedência.

– Dean, não importa o que você diga ou tente fazer. Eu vou embora daqui, e deveria ter feito isso há muito tempo. Eu só não fiz porque eu... Eu... – Travou. Não, aquela não era uma boa hora para isso. Depois do que havia descoberto, não conseguia encontrar sua linha de raciocínio, então poderia falar alguma bobagem da qual se arrependeria profundamente depois que a tensão passasse.

A infância do caçula nunca havia sido ao todo agradável. Na verdade, passava longe de ser suportável. Seu pai sempre o infernizara após a perda da mãe, como se o garoto fosse o real culpado por aquela tragédia. Sam nunca entendeu o porquê de seu pai o odiar tanto, apenas tinha algumas suposições. Não tinha culpa se o velho bebera demais antes de dirigir e acabara perdendo o controle do carro, ao realizar uma curva fechada. Mas isso parecia não importar para John, que sempre tratava o filho como um estranho. Winchester sempre procurava confusão com o garoto por motivos banais, e, no fim das contas, sobrava apenas para o irmão mais velho apartar as brigas frequentes entre Sam e o pai.

Dean. Sempre tão empenhado em segurar as pontas. Sempre tão disposto a lutar pela união da família. E aquilo fazia o moreno se sentir muito pior, tornava tudo mais difícil. Não queria ser quem quebrou as regras ao sair de casa. Mas a situação o obrigava, o exigia. Precisava de um tempo sozinho, longe de tudo e todos. Dean fazia tudo parecer tão mais fácil; descomplicado, até. Como se os grandes problemas não importassem tanto. Só que, daquela vez, Sam sentiu que nem mesmo o irmão poderia acalmá-lo por completo.

*~Antes~*

– Nem me chamar de pai você me chama, seu moleque petulante! – John gritava, os olhos vermelhos de raiva quase saltavam das órbitas.

– Porque, pelo menos comigo, você nunca agiu como tal! – Sam revidava, e a cada acusação que John jogava contra seu filho, o rapaz sempre lhe revidava com uma resposta à altura.

– Eu me pergunto o que foi que eu fiz para merecer tamanha decepção, Sam! – Sentava-se em uma cadeira, exausto, deitando pesadamente a cabeça em suas mãos.

– Decepção?! – Olhou-o incrédulo – Se você sequer pensasse como um pai, não estaria falando em decepção, e sim me parabenizando por pensar em um futuro... Um futuro... – Deixando a frase inacabada, suspirou profundamente, resignado.

– Diga, moleque! Que tipo de futuro você está pesando, hã? – Perguntou sarcástico, com falsa curiosidade, em um tom um tanto intimidador.

– Um futuro longe dessa merda toda! – Desabafou – Acha que eu quero viver consertando carros? Não, eu quero ser alguém. Quero viver do meu jeito, e não ser sua sombra pelo resto da minha vida!

O jovem Winchester calou-se no momento em que sentiu o forte impacto contra o seu rosto, o gosto metálico preenchendo o seu paladar. John havia o socado com força, acertando-lhe em cheio no maxilar, e Sam, permanecendo de cabeça baixa, apenas massageou levemente o local do golpe, não transparecendo dor alguma. Winchester era orgulhoso, e jamais se deixaria humilhar.

– Então é isso! Se você quiser ir, vá! Não precisa pensar duas vezes! – John o fitava duramente, sua face não demonstrando um pingo de sentimentalismo. Era apenas o velho e conhecido sargento, corrigindo um de seus soldados rebeldes. – Talvez você devesse sair daqui sabendo da verdade, pois, quem sabe assim, você não pense em voltar...

Então o alfa da família finalmente contou o que tanto escondia do filho, deixando garoto atônito, sem reação, mas, em seus olhos, a raiva crescia gradativamente conforme seu pai falava cada palavra com desprezo. Ao ouvir tudo, Sam nada disse. Apenas deu as costas para o velho, e, sem questionar ou sequer olhá-lo diretamente nos olhos, dirigiu-se à escada e a subiu em passos firmes, sem muita pressa, porém, decidido do que faria a seguir.

E agora Sam? E agora? – seu subconsciente o testava, no intuito de avaliá-lo. O quão longe ele iria com aquela loucura, afinal? Iria mesmo fugir? Cederia às investidas do pai, e sairia pela porta para não mais voltar? A ideia era tentadora, e Winchester sabia bem disso. Há algum tempo havia cogitando a hipótese, mas não tinha certeza de que seguiria em frente com ela. O momento era oportuno, e isso não poderia negar.

Sua mente estava uma bagunça. John havia conseguido mexer com a cabeça de Sam, mas já poderia contar vitória? Atordoado e também pouco estável, Sam retirou de sua calça o seu celular, procurando freneticamente pelo número que tanto ligava quando estava com problemas; dos mais simples, até os mais doentios.

xXx

Depois de exatos quinze minutos, Dean chegou. O loiro havia ido ao mercado mais cedo, comprar os preparativos para o Dia de Ação de Graças, daqui a dois dias, que passariam na casa do amigo de seu pai, Bobby Singer. Dean estacionou o Impala na garagem e saiu do carro, carregando algumas sacolas de compras. Abriu a porta da frente com cuidado, se deparando com seu velho pai, sentado no sofá da sala, com a cara amarga e um copo cheio de bebida na mão. O primogênito soube que alguma coisa havia acontecido ao ouvir as portas do guarda roupa, no quarto acima deles, serem fechadas brutamente.

– Andaram brigando de novo, hein? – Dean balançou a cabeça em sinal de desaprovação e, mesmo sem a resposta do pai, sabia que tinha acontecido mais um desentendimento entre ele e o mais novo. Colocou então as sacolas no balcão da cozinha, e, dispondo de pouca animação, foi ao encontro de Sam para dar um jeito na situação.

O mais novo se encontrava sentado na cama, os olhos percorrendo a imagem em suas mãos. Uma fotografia onde ele e Dean sorriam felizes, tranquilos. Não seria assim para sempre, seria? O moreno lembrou-se de quando a foto foi tirada, e de como aquele dia havia sido especial. Algo em seu interior lhe dizia que não haveria muitos dias como aquele, futuramente.

*~Há um ano~*

Os irmãos Winchester passaram o dia inteiro sozinhos, sem fazer nada além de comer bolo e assistir TV. Normalmente, era isso o que faziam no dia de seus aniversários. Dean comprava algo incrivelmente doce e algumas cervejas, enquanto Sam saía para a locadora e alugava alguns filmes legais para assistirem durante a noite. Quanto a John, este nunca participava dessas "comemorações". O pai dos rapazes sempre se encontrava ocupado demais, quando não na oficina, "caçando" com seus parceiros. Naquele dia, Sam completara 17 anos, e o velho nem sequer se deu ao trabalho de lembrar que dia era. Saiu cedo, voltando somente no outro dia.

Após os garotos se divertirem ao assistir uma comédia, Sam colocou um filme de terror, onde ambos se assustaram em algumas cenas pesadas. Dean pulava do sofá, e xingava Sam a cada vez que era surpreendido por uma cena assustadoramente medonha, e o moreno apenas ria das feições agonizantes e engraçadas que o loiro fazia, quando alguém perdia algumas partes do corpo.

Ao constatar que já passava das 1h da manhã, Sam e Dean seguiram sonolentos para o quarto que dividiam. O moreno jogou-se sobre sua cama, próxima a janela, e Dean o imitou, caindo sobre a sua própria, do outro lado do cômodo. O mais novo suspirou alto, chamando a atenção de Dean que tornou a encará-lo, percebendo o leve repuxar de lábios no rosto do caçula.

– Obrigado, Dean.

– Obrigado pelo quê? – o loiro, sem entender, franziu o cenho.

– Obrigado por ser especial. – virou-se para o mais velho, encontrando os confiáveis orbes esverdeados que ainda o fitavam com certa confusão. – Apenas aceite, seu idiota. – Sam não aguentou o riso, sendo também acompanhado pelo irmão. Subitamente, ambos cessaram, e os rapazes se encararam com cumplicidade. Então Dean sorriu. Um riso torto, sacana. Seu riso casual, mas que possuía vários significados.

– Boa noite, Sam. – o rapaz inclinou-se, e apagou a luz do abajur, em seguida, aconchegou-se no colchão macio, esperando até que adormecesse. E isso aconteceu muito rápido, como se tivesse apenas piscado, e, ao abrir os olhos novamente, deu por si que estava congelando, mesmo embrulhado com o fino lençol de algodão até a cabeça.

– Ei, Sam, ainda ta acordado? – sussurrou com sua voz trêmula. Ninguém respondeu. Então, o mais velho, sem se importar muito com o que faria, andou em direção à cama do caçula. Parou por um instante, e de maneira lenta, deitou-se ao lado do irmão, com cuidado para não o acordar.

– Será que aqui tem espaço pra mim? – Falou baixinho, mesmo sabendo que o moreno não o escutava. O Winchester mais novo estava deitado de frente ao irmão, e Dean podia sentir o hálito mentolado e inebriante de Sam contra sua face.

O loiro ficou naquela posição por alguns minutos, imóvel, incerto se deveria continuar ali, ou não. Porém, sanando suas dúvidas, Sam o abraçara, pousando um de seus braços sobre a cintura do mais velho. Um gesto certamente automático, já que Dean conseguia ouvir claramente o ressonar ritmado que o outro fazia.

Sentiu-se bem com aquilo; sentiu-se completo, importante. Gostava muito de Sam, e protegê-lo era mais que uma simples obrigação imposta pelo pai. Era um dever do qual zelava e não abriria mão por nada no mundo. Então fechou os olhos, deixando-se levar pela sensação de segurança.

Tão quente, tão macio, tão... Arregalou os olhos, incrédulo. Eu... Eu... Eu estou ficando excitado?!

Ao seu lado, Sam empenhava-se em segurar o riso de satisfação após sentir o membro ereto do irmão roçando em sua perna.

Continua...