Capitulo I – Infância
A dor psicológica é mais prejudicial do que a dor física...
Desde pequena vivera infeliz e oprimida. Sua mãe odiava-a desde o nascimento, e seu pai abusava sexualmente dela.
–Você ainda esta de roupa?- questionou o homem devorando-a com o olhar, num misto de prazer e fúria.
–... - ela nada respondeu apenas começou a despir-se como sempre fizera desde que tomara conhecimento de sua existência.
Ele sentou-se na cama e ficou a observá-la, após estar totalmente nua ele manda-a ficar de quatro em sua frente.
Isto sempre ocorrera, era sempre assim, era o destino de uma jovem amaldiçoada.
–Mãe... Eu... Eu não quero mais... -dizia cabisbaixa.
–Cale a boca!-disse a mulher dando-lhe uma tapa na cara - Se você não estivesse aqui...Ele..Ele...Seria melhor que não tivesse nascido!- bateu na garota de novo.
Ela voltou para o quarto e ficou lá até o jantar. Após o mesmo, o pai seguiu para o quarto dela, e, minutos depois, voltara ao de sua mulher.
Aos 13 anos de idade descobrira que estava grávida.
–Você só causa problemas! Criança maldita! Desgraçada! – dizia a mãe esbofeteando a garota, que não jorrava uma lagrima sequer se choro. O frio já havia invadido seu coração o petrificado por inteiro, sem deixar, nem mesmo um resquício de sentimento invadir-lhe, como uma armadura que priva e protege-a.
Tivera um parto mal planejado, feito por uma velha parteira da vila que estava quase cega, quem se importaria com uma criança bastarda, afinal.
Por causa destas complicações não pudera mais ter filhos, isto não a atingiu, se um pai tem coragem de fazer aquilo com um filho, por que ter um, sendo que, futuramente e fatalmente, o mesmo ocorreria com a pobre criança.
Ela estava sobre controle quando, começou a gostar de um rapaz, este por sua vez ao ouvir toda a historia, defendeu-a até certo dia.
–O-o-oque? O que você fez?
–Agora podemos ficar juntos Kiba! Não é bom... Esta feliz... Eles não vão arruinar nossa felicidade mais... Você me ama certo...
–Louca! Você é louca! Saia de perto de mim!
–O que houve Kiba? Não tenha medo... Você ma ama certo...
– O que esta dizendo! Louca! Sai de perto de mim...
–Você não gosta mais de mim?
–Claro que não!
–É... Você... É digno de pena Kiba... Você... Não vai sobreviver num mundo cruel como este... Deixe-me livrá-lo desta mancha que lhe assombra... Deixe-me mostrá-lo o mesmo que mostrei a eles...
A dor de uma lagrima caída, não é a mesma dor de uma que não caiu...
Desde pequena, era vista como uma boneca de lousa, por nascer na linguagem principal da família. Seu primo, Neji, fora designado para protegê-la e ela acreditava que deveria fazer o mesmo por ele.
–Alô Neji?
–Hinata-sama onde você esta?
–Estou quase chegando a casa, Neji-nii-san, não se preocupe...
–Hinata-sama já esta tarde... Diga onde está que vou ai buscá-la imediatamente.
–Já estou perto de casa...
–Hinata-sama!
–Tchau Neji... – Disse desligando o celular.
Continuou andando quando passa por três homens, que segundos depois, abordaram-na. Ela ignorou-os numa falha tentativa de escapar daquele lugar. Isto os frustrou. Um deles segurou seu braço, jogando-a contra a parede brutalmente e os três violentaram-na ali mesmo.
Seu primo, Neji saiu correndo à procura de Hinata, e encontrou-a caída no chão com a roupa rasgada chorando.
–Hinata-sama!
–... -ela nada respondeu apenas continuou chorando. Neji chamou a policia e ligou para Hiashi, pai de Hinata.
Por causa do acorrido, desenvolvera uma fobia de homens, no entanto, continuava agindo normalmente com seu primo; se algum homem estranho tocasse-a ela desmaiaria no exato momento do contato.
Com 16 anos de idade perdera o pai, a mãe já havia morrido quando dera à luz a Hanabi, não se abalou muito, afinal, ele odiava aquela bastarda.
Com 18 anos de idade, ela, seu primo, e sua irmã viajavam para Tóquio-Japão para cursarem suas respectivas universidades.
–Oi... Estou no avião... Ligo-te quando chegar... -desligou o celular quando Hanabi sentou ao seu lado.
–Nossa... Você é linda moça...
–Obrigado...
–Qual seu nome?
–Ino Yamanaka.
–O meu é Hanabi Hyuuga... Esta viajando sozinha?
–Sim...
–Eu estou com meu primo e minha irmã... Qual sua idade?
–18
–Nossa, minha irmã tem a mesma idade... Meu primo também...
Conversaram, estavam nos últimos lugares do avião, Hinata e Neji estavam a duas cadeiras à frente.
–Senhores Passageiros, por favor, desliguem seus aparelhos eletrônicos que o avião está prestes a começar o vôo. Obrigado. - Disse a aeromoça.
Eram 18 horas de vôo, e ele seguiu tranqüilo nas 11 primeiras horas.
–Argh! O cinto não abre!
–O que foi neji?
–O meu cinto não quer abrir!-disse forçando-o
–Calma... -disse tentando abrir para ele.
Conseguiu, e no exato momento em que abrira ele voou para frente do avião, onde ocorrera o impacto do mesmo com o chão, fatalmente matando-o.
–Neji-i!
Hanabi bateu com a cabeça no acento da frente ficando inconsciente, pelo impacto, a loira ficara seria e não se desesperara em momento algum.
A dor de uma perda não pode ser apagada por meras desculpas...
–Você! Você o matou! Como pode fazer isso com ele! – gritava entre choros coma irmã – Como pode fazer isso com ele! Monstro! Seu monstro! Eu te odeio! Odeio-te Hinata!Você, por sua causa ele sempre foi punido por papai! E você faz isso a ele? Como pode? Eu o amava! Mas ele só tinha olhos para você! Para um monstro como você! Idiota! Desgraçada! Odeio-te! Por sua causa... Se não tivesse aberto aquele cinto ele não teria... Odeio-te! Odeio-te!
–Desculpe...
–DESCULPE! Desculpas não o trará de volta! Você não sabe a dor que estou sentindo! Você não sabe e nunca saberá, afinal, por que a princesinha Hyuuga Hinata não seria feliz! Ela encontrará seu príncipe, mas a irmã bastarda não, esta vivera infeliz! QUEM SE IMPORTA! O ÚNICO QUE SE IMPORTAVA COMIGO FOI MORTO! Morto por minha própria irmã!-gritava a jovem exaltada.
