Disclaimer: Harry Potter pertence a JK. Mas ele nem aparece aqui.
Capa: http: / / farm3. static. flickr. com/ 2802/ 4015723138_9bfd2d443c_o . jpg
Essa fic foi originalmente escrita para o III Challenge Scorpius Malfoy do fórum 6v.
Enjoy!
ansiedade
por Puri
Eu sei. Eu sinto.
Meu pai e minha mãe estão felizes, apesar de não estarem sorrindo e nem chorando de emoção. Claro, como todo bom Slytherin, meu pai sabe muito bem como não demonstrar seus sentimentos todo o tempo. Apesar de não extravasarem como os outros pais fazem, eu sei que eles me amam e que se importam comigo e com o meu bem estar.
Eu acho. Eu quero.
Essa tal de plataforma de trem é muito esquisita. Tive que atravessar uma parede num lugar cheio de trouxas. Depois, surgiu uma enorme máquina vermelha que solta fumaça, acho que esse deve ser o trem. Agora, tudo aqui está tão cheio de fumaça que não consigo ver o fim da plataforma. Mamãe aperta minha mão com tanta força que quase chega a machucar, ela nunca ficou muito tempo longe de mim... Mas ela vai ter que se acostumar a me ver apenas nos feriados. E eu também terei que me acostumar com isso.
Eu espero.
Meus pais me disseram que eu estou indo para uma escola, Hogwarts, que vai me ajudar a controlar os meus poderes. E eu nem sabia que tinha tanto poder assim! Tomara que lá seja tudo o que meu pai me contou.
Eu vi.
Papai está olhando para um grupo de pessoas. Eu nunca as vi antes, mas elas me parecem familiares... Um ruivo está olhando para mim, e a filha dele parece me olhar também. Que sensação mais estranha! Eles parecem estar rindo de alguma coisa, espero que não seja de mim, não seria bom ter inimizades logo no primeiro dia. Olho para o meu pai e me lembro do que ele me contou sobre seu primeiro dia de aula e sobre aquele Chapéu esquisito que fala. Onde será que ele vai me colocar? Gryffindor? Hufflepuff? Ravenclaw? Slytherin? Não quero quebrar a tradição da família, quero ir para o mesmo lugar que meu pai foi. Ele me olha agora, e repentinamente fala.
"Não se envolva demais com os Potter e os Weasley".
As palavras dele foram muito sérias. Vou obedecer, quero que ele tenha orgulho de mim, mas não sei por que ele diz essas coisas.
Aquelas crianças parecem ser legais. Será que elas são tão más assim?
Eu vou.
Conforme vou caminhando para o vagão, sinto o olhar protetor da mamãe me acompanhando, e os dedos do papai segurando minha mão. Ele sabe que eu sou muito contente por ser seu filho, e por herdar seu nome, e por herdar sua aparência, e ele sabe que eu tenho muito orgulho de tudo isso. E eu sei que ele é muito feliz por ser meu pai e tem orgulho de mim. Vou ser um aluno excelente, tirarei ótimas notas, terei muitos amigos legais e honrarei o nome da família. E então ele vai poder se orgulhar ainda mais de mim.
Finalmente chegou a hora. Vou deixar a estação e embarcar nesse tal de trem. Está tudo pronto. Papai olha mais uma vez pra mim, mas dessa vez, ele parece diferente. Ele passa a mão carinhosamente por meus cabelos, que se parecem tanto com os dele. De repente, ele me abraça bem forte.
"Cuide-se bem, filhote"
"Pai, eu já sou bem grande! Já tenho onze anos, sei me cuidar sozinho."
Eu sorrio e acho tudo isso bem típico do meu pai. Só me abraçar quando ninguém pode ver, encoberto pela fumaça? Isso é a cara dos Malfoy. Do meu pai, Draco Malfoy.
Eu almejo ser igual a ele um dia, para que ele possa dizer que sente orgulho de mim.
Por enquanto, só posso subir no trem e acenar para ele, e depois encostar a cabeça na janela e sonhar com o dia em que eu, Scorpius Malfoy, serei um grande bruxo como meu pai.
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