Eles estavam indo embora após um longo dia de gravação e tiveram a sorte de se encontrar a caminho do estacionamento.
- Hoje foi cansativo. - comentou Hugh só para puxar assunto.
- Verdade. Mas até que gosto dessa correria toda. - Lisa sorriu para ele e continuou seus passos.
- Onde deixou seu carro? - ele perguntou ao lembrar que não o tinha visto no estacionamento quando chegou.
- Hoje vim de táxi, não estava com vontade de dirigir. - ela contou guardando o celular dentro da bolsa.
- Então te deixo em casa. - sugeriu Hugh, e os olhos dele brilharam com a oportunidade.
- Obrigada, mas chamei um táxi. - ela recusou gentilmente.
- Cancela e vem comigo, eu faço questão. - insistiu deixando-a sem saída.
Lisa assim o fez, cancelou o táxi e aceitou a carona do amigo.
Durante o caminho eles conversavam sobre trabalho como dois bons amigos, que era o que eles eram, apenas bons amigos. Poucos minutos e eles já estavam próximos à casa dela, Hugh sem aviso resolve dar uma parada.
- O que houve? - ela o olhou sem entender tal atitude.
- É que já estamos chegando em sua casa, só quero aproveitar mais um pouco da sua companhia aqui. - Hugh explicou com as mãos no volante e o olhar direcionado à ela.
- Você fala como se não nos víssemos há dias, quando na verdade passamos o dia gravando juntos. - ela sorria tentando demonstrar uma certa inocência, mas sabia exatamente o que ele quis dizer.
- Gravar envolve mais pessoas, ficar só envolve você e eu.
- Você quer me dizer alguma coisa? - ela notou a maneira diferente que ele a olhou e quis encorajá-lo.
- Mais que dizer... eu quero fazer! - ele revelou, retirou o cinto de segurança e avançou o corpo para beijá-la.
- Não podemos fazer isso! - com a mão em seu peito, ela o impediu.
- Você não quer? - ele se afastou meio frustrado.
- O problema é esse, eu quero e muito. - Lisa confessou.
- Então porque se nega?
- Se eu te beijar não vou conseguir ficar só no beijo, então é melhor nem começar.
- Você sempre começa algo pensando em parar? - ele questionou, estava chateado mas não a deixou perceber.
- Não, mas quando penso nem começo. - respondeu ela, evitando olhar nos olhos dele agora.
Os dois ficam em total silêncio olhando para frente, seus pensamentos vagavam sem saber o que fazer com aquele desejo impregnado em seus poros. Ambos se queriam, mas sabiam que era errado tentar algo naquele momento. Ele não se importava em cometer o erro, mas ela sim e por isso estava evitando cair em tentação.
- É melhor irmos. - ela voltar a olhar para ele, quebrando o silêncio e o muro que por alguns instantes havia se formado entre o espaço dos bancos.
Ele passa a mão delicadamente no rosto dela e contorna os lábios com seu polegar.
- Não faz isso, por favor... - Lisa pediu temendo não resistir ao desejo.
Hugh ligou o carro e novamente seguiu seu destino e o silêncio voltou a reinar o caminho inteiro. Finalmente eles chegam, ele para o carro em frente à casa. Lisa agradece a carona, dá boa noite e antes de abrir a porta para sair do carro ele a impede segurando-a pelo braço.
- Espera! Eu quero que você saiba o que penso quando olho pra você.
- Hugh... - Lisa suspirou. Ele pôs a mão nos lábios dela fazendo-a entender que ele queria que ela apenas o ouvisse.
- Eu olho para sua boca e sinto vontade de beijá-la, de provar o gosto que seu beijo tem. Quando vejo você usando um decote desejo rasgá-lo, tocar seus seios e sugá-los enquanto te ouço gemer... - fitando seu decote ele desce a mão por seu pescoço e segura um seio apertando-o.
- Hu... - ela tenta falar e ele não a deixa.
- Fico imaginando meus lábios passeando por cada centímetro dessa sua pele macia e perfumada... - a mão dele continua sua caminhada e desce por seu corpo parando na coxa direita.
Lisa começa a ficar excitada com aquelas palavras e toques provocantes. Estavam de frente a sua casa, bastava apenas sair do carro e tudo aquilo acabaria antes mesmo de começar como ela queria a princípio, e no dia seguinte a culpa e o arrependimento não fariam parte de seu dia. Mas não, ela continuava dentro do carro ouvindo todas aquelas tentações, pois o desejo a deixou sem forças para tomar a atitude de fugir, de recuar.
- Anseio provar o sabor da sua intimidade, sentir toda sua umidade em minha boca e te fazer chamar por meu nome antes de atingir o orgasmo. - a mão de Hugh desliza por dentro do vestido e para entre as coxas dela. Lisa suspira próximo a boca dele e ele sente-se crescer dentro da cueca.
- Imagino a sensação que é estar dentro de você e o desespero que você ficaria com os meus movimentos.
Hugh conseguiu deixá-la sem raciocinar com todas aquelas coisas, fazendo-a esquecer do que havia dito antes, não se importando do erro que seria continuar aquilo. Lisa não conseguiu resistir ao desejo e o beijou e sem perceber ela já estava sentada no colo dele e seu vestido levantado até a cintura.
- Espera! - ela disse, tendo um minuto de lucidez.
- O que foi?
- Hugh, estamos no meio da rua, esqueceu?
- Começamos aqui e terminamos lá dentro, que tal? - ele sugeriu com um sorriso malicioso.
- Pra quê começar aqui se lá dentro posso fazer mais barulho? - ela respondeu e seu sorriso era só luxúria.
Hugh abre um sorriso prevendo a noite maravilhosa que teria. Eles saem do carro e seguem para dentro da casa. Assim que Lisa fecha a porta, Hugh bruscamente a encosta na mesma.
- Tem certeza que quer continuar com isso? - ela perguntou sentindo seu vestido cada vez mais curto.
- Vou te mostrar o tamanho da minha certeza. - ele rasgou a calcinha.
Enquanto eles se beijam ardentemente, Hugh sente sua calça ser desabotoada e o zíper aberto. Ele suspende Lisa e ela cruza as pernas em suas costas, sem aviso ele a penetra fazendo-a gemer de puro desejo. As estocadas eram rápidas e violentas, ele sabia que o cansaço viria logo e teria que ser rápido. Mais algumas batidas contra a porta e Lisa gemeu alto num orgasmo enlouquecido. Hugh sentindo derramar-se dentro dela, gozou.
- Agora eu quero o quarto. - o insaciável homem disse enquanto ofegava no ouvido dela.
E assim partiram para um bis.
