Eu ainda tinha o gosto do seu sangue em minha boca, meus dentes sabiam a textura do seu pescoço e meus caninos ainda possuía a sensação de perfurar suas veias. Os gritos dela se tornaram os meus, cala a boca Elena, me deixe dormir. Eu gritava todas as noites quando em meus sonhos ela surgia e eu a atacava.
Quando se prova o doce, torna-se difícil resistir, seus olhos, seus lábios tentadores e seu pescoço convidativo. Céus era uma tortura estar próximo e não querer drenar seu sangue!
Menti pra mim, dizendo que não me importava, ela pelo contrário, empurrava o seu caminho para mim e eu desviava.
Eu me rendi e provei do seu sangue pela ultima vez, ela gritou e desmaiou de dor, o meu irmão salvador a acudiu e eu que sempre fora o herói da história revelei a minha verdadeira faceta, vilão.
Damon ficara com ela, cuidara dela e por anos se alimentou do sangue que ela pacificamente sedia a ele. Ela para me punir surgia em meus sonhos todas as noites e me fazia rasgar a sua garganta .
Ele me encontra e mostra o seus caninos sujos pelo sangue sugado depois de uma noite de amor. - Você ainda procura o sangue dela? – Ele arqueia suas sobrancelhas e me questiona, encarando-me por trás do corpo vulnerável e frágil que está em minhas mãos. – Todas as noites. – Meus dentes se cravam no pescoço indefeso da donzela em apuro, eu sugo todo o sangue do seu corpo, para não deixar qualquer resquício de dúvida. Doce demais. Constato mentalmente, às vezes variam, amargo demais, doce demais, azedo demais, sempre demais. Então me afasto e o corpo da jovem cai no chão. Retorno para meu inferno particular e Damon limpa minhas sujeiras, era assim todas as noites e ela volta pra mim e eu roubo seu sangue, acordo, meus caninos estão sujos, o doce está no meu paladar e meu pulso exibe o sangue seco, havia sangue dela correndo por minhas veias, fora assim que tornei seu eterno refém.
