Stella
Mas um dia de calma em PTTH.
Cuddy: Você ta louco? Que droga você está usando recentemente? – aos berros.
House: Você está ouvindo o que está dizendo? Eu estou fazendo o meu trabalho e você insiste em se meter! – berrando também.
Quem passasse pela clínica podia claramente ouvir os dois 'conversando'. Rose a secretária da doutora, teve que interferir no papo dos dois.
Rose: Dra. Cuddy?
Cuddy: O que? – visivelmente nervosa.
Rose: Tem uma pessoa que gostaria falar com a senhora – um pouco tímida.
Cuddy: Eu já disse que não quero visitas hoje! – e olhou para House.
Rose: E-eu sei. É que a pessoa disse que é importante.
Cuddy: Tá bom! – irritada – mande entrar!
Rose: Ok.
Cuddy: Não pense que isso acabou House!
House: Estou morrendo de medo – ele se virou pra sair, mas parou.
Stella: Bom dia!
Cuddy e House: Bom dia!
Stella: Estou atrapalhando alguma coisa?
Cuddy e House: Não.
Stella: É que eu ouvi uma gritaria vindo daqui; parecia que tinha alguma mulher em apuros.
Cuddy: Eu estou bem!
Stella: Não me referia a você – e olhou para o homem ao seu lado. Cuddy riu.
House: O que quer aqui? – a olhando de cima a baixo.
Stella: Eu estava passando pela vizinhança e resolvi falar um 'oi'.
Cuddy: Oi! – indo abraçar a mulher – estava com saudades!
Stella: Sei. Com tanta saudade que nem me ligou – fungando.
Cuddy: Como você é dramática! – rindo – eu sempre te ligo; você que não atende.
Stella: Agora quer jogar a culpa pra cima de mim?
House: Ela sempre faz isso!
Cuddy: Mentira! – quase pulando em seu pescoço.
Stella: Que hostilidade é essa? Como você quer matar alguém hoje?
House: Eu não quero matar ninguém! Eu quero salvar!
Stella: Hey! Eu só chutei alguma coisa; estou do seu lado!
House: Cala a boca e me da um abraço!
Stella: Como você é gentil! – e o abraçou.
House: Estava com saudades!
Stella: Eu te liguei semana passada!
Cuddy: Pra ele você liga?
House: Cuddy vai fingir que trabalha, vai!
Cuddy: Eu não tenho essa capacidade como você!
Stella: Chega! Os dois parecem duas velhas de bingo! Vamos mudar de assunto: cadê minha afilhada?
Cuddy: Aquela que você nunca viu? – sorrindo.
Stella: Alguém tem que trabalhar por aqui! – sorriu – sério, cadê ela?
Cuddy: Está com o Lucas.
Stella: Lucas? Você confia sua filha com uma babá homem?
Cuddy: Ele não é babá; ele é... – olhou pro House – meu namorado.
Stella: Namorado? Você namora sua babá?
Cuddy: Ele não é babá!
Stella olhou para Cuddy e para House.
Stella: Você é mole mesmo – dando um tapa no amigo.
House: Hey! – o tapa foi forte.
Stella: Será que eu posso conhecê-la?
Cuddy: Vou pedir pra ele trazê-la.
Stella: Babá e motorista! – se divertindo.
House: Boa! – rindo. Enquanto ele ligava os dois conversavam – e como você está?
Stella: Bem! E você? Tirando o pequeno desentendimento com a patroa?
House: Muito bem – sem emoção – e o que te traz a Princeton?
Stella: Já disse; vim ver vocês!
House: Sei!
Stella: É sério!
Cuddy: Ele está a caminho – se juntando a dupla – do que vocês fofocavam?
Stella: Sobre seu namorado/babá.
Cuddy: Ele não é babá!
Stella: Não importa o quanto você negue, pra mim ele é babá! – Cuddy rolou os olhos – Greg! Soube que você esteve em Mayfield.
House: Estive – lembrando o porquê foi para lá.
Stella: E como você está aqui, presumo que ou você está curado ou fugiu.
House: Fugi! Não agüentava mais ficar lá!
Stella: Imagino! – rindo – e você Lisa; você é mãe! Até que enfim!
Cuddy: Obrigada! – sorriu – ela é a coisa mais importante do mundo pra mim!
Stella: Sei como é!
House: E o Adam?
Stella: Ele está tão lindo; está maior que eu! Ele está naquela fase em que ele finge que a mãe não existe; está uma maravilha ficar perto dele!
House: Você não da uns tapas nele? Castigo? – rindo.
Stella: Eu deixo isso pro pai dele fazer! É melhor!
Cuddy: Por falar nele; ele sabe que você está aqui?
House: Vamos descobrir! – pegando o celular.
Stella: Agora vocês concordam um com o outro?!
House: Está ocupado. Droga!
Stella: Claro que ele sabe que estou aqui! Que tipo de esposa eu seria se não contasse?!
Eles ficaram conversando por um tempo até Lucas chegar.
Cuddy: Não faça comentários desnecessários, por favor!
Stella: Então você quer que eu não abra a boca, é isso?
Cuddy: Quase – rindo.
House: É melhor eu ir!
Stella: Imagina! Pra quem eu falarei meus comentários desnecessários? – ele riu.
House: Eu fico! Mas vou sentar ali – apontou para a cadeira da chefa.
Lucas: Oi amor! – entrando e beijando a médica.
Cuddy: Olá! – corando um pouco – oi Rach.
Rachel: Mãe! – a única palavra que ela sabia.
Cuddy: Stella essa é a Rachel; Rach essa é a tia Stella, amiga da mamãe.
Stella: Oi coisa fofa! Ela é linda!
Cuddy: Eu sei! – ela estava tão entretida em apresentar a filha que esqueceu o namorado – aé! Stella esse é o Lucas; Lucas essa é a Stella!
Lucas: Prazer Stella! – apertando a mão da moça.
Stella: O prazer é meu Lucas! – retribuiu o gesto.
Lucas: Do que vocês falavam?
Cuddy: Várias coisas!
Lucas: De onde vocês se conhecem?
Cuddy: Faculdade! Ela era minha colega de quarto.
Lucas: Que legal! Você também é médica?
Stella: Não!
Lucas: Ah – Cuddy enviou um olhar para a amiga continuar a falar.
Stella: Eu trabalho num escritório bem menor que esse.
Lucas: Que legal! Apesar de achar chato trabalhar em lugares fechados. As pessoas ficam mal-humoradas e estressadas. Acho que a expectativa de vida dessas pessoas é reduzida – falando mais que a boca – mas eu acho que você vai viver bastante!
Stella olhou para Cuddy com uma cara de 'seu namorado é otário'. House ria.
Stella: E o que você faz Lucas?
Lucas: Eu sou detetive particular! – falou orgulhoso.
Stella: Jura? E você é particular, pois não conseguiu passar no exame da polícia? – ele arregalou os olhos.
Lucas: N-não... Quer dizer, mais ou menos – ele estava desconfortável com o assunto – mas me conte como era a Lisa na faculdade?
Stella: Você não é detetive? Descubra!
Cuddy: Stella – um pouco brava – por favor.
Stella: Ok... Ela era uma boa aluna!
Lucas: Que bom!
Stella: E sabia escolher seus namorados!
Cuddy: Stella!
Stella: Ok! Desculpa, é que a viagem foi longa!
Lucas: Sem problemas! Onde você mora?
Stella: Washington.
Lucas: Legal! Estive lá mês passado.
Stella: Jura? Se eu soubesse podíamos marcar para tomar alguma coisa! – tentando ser gentil.
Lucas: Verdade!
Stella: Espera! Mês passado você estava lá?
Lucas: Sim – confuso.
Stella: Mesmo se a gente se conhecesse não daria para tomarmos nada. Sabe por quê?
Lucas: Não!
Stella: Eu saí do meu escritório! – Cuddy sabia que na verdade ela estava sendo sarcástica.
Lucas: Bom pra você! Pra onde você foi?
Stella: Eu estava em Miami!
Lucas: Férias?
Stella: Trabalho! Lá é quente sabia!
Lucas: Já estive lá também! Que tipo de trabalho foi fazer por lá?
Stella: Nossa, está quente aqui – e tirou seu terninho cinza, revelando seu distintivo do FBI e sua arma na cintura – respondendo sua pergunta: eu fui, pois teve uns problemas envolvendo drogas e contrabando e me chamaram! Sabe como é; às vezes temos que sair do escritório!
Lucas ficou branco.
Cuddy: Tudo bem? – preocupada com a reação do namorado.
Lucas: Tudo! E-eu vou deixar vocês conversarem as sós! Deve ter várias coisas para conversar... A gente se vê em casa! Tchau – e saiu ligeiro dali.
House: Bravo! – aplaudia.
Cuddy: Cala a boca! Por que você fez isso, Stella? – brava.
Stella: Ele é ridículo, Lisa! Se fosse pra namorar um palhaço daquele, continuasse sozinha ou com o Greg!
House: Hey! Eu me sinto ofendido assim!
Stella: Qual é! Todo mundo sabe que vocês se amam!
Cuddy: O Lucas não é palhaço! – ignorando o comentário – eu gosto dele!
Stella: Ele fala demais! Não sei como você agüenta!
House: Carência faz as pessoas a fazerem coisas absurdas!
Cuddy: Contratar prostitutas é um desses absurdos! Se entupir de drogas! Eu estou num relacionamento sério!
House: Pelo o amor de Deus! Você chama isso de sério? Você só está com ele por que ele fica com a Rachel enquanto você brinca de médica! Isso não é amor ou coisa do tipo! – dez segundos depois sentiu o rosto arder pelo tapa que recebeu.
Cuddy: Sai daqui! – apontando para a porta.
Stella: Sempre dizendo na hora errada – rindo.
House: Passa no meu escritório depois – ele ria também.
Stella: Passo! – e ele saiu – uau! Ele ainda mexe com você.
Cuddy: Você está louca? Ele é um idiota!
Stella: Um idiota que você ama!
Cuddy: Amei! Não amo mais! – ela estava vermelha de raiva.
Stella: Isso! Nesses momentos é bom mentir para nós mesmos.
Cuddy: Isso é culpa sua!
Stella: Minha culpa? Como minha culpa?
Cuddy: Você sempre fica do lado dele!
Stella: Pára! Não é verdade! Eu fico do lado dos dois! Agora se um deles age como uma criança, o que eu posso fazer!
Cuddy: E eu sou a criança?
Stella: Lógico! Desde que ele saiu de Mayfield, ele tenta do jeito dele provar que está mudado e o que você faz? Agarra o primeiro par de calças disponível! Pelo o amor, né!
Cuddy: Você acha mesmo que ele mudou? – perguntou depois de um tempo.
Stella: Você sabe que sim! E você sabe o que tem que fazer!
Cuddy: O que?
Stella: Largar o palhaço do Douglas!
Cuddy: Como você sabe o sobrenome dele?
Stella: Bom... – e tirou uma pasta da bolsa.
Cuddy: Você investigou o cara? – inconformada.
Stella: Não pense como investigação, mas sim como... Pesquisa! – abrindo a pasta.
Cuddy: Por isso você falou sobre não passar no exame da polícia!
Stella: Ele seria um bom policial...
Cuddy: Você acha?
Stella: Não – rindo – ele fala demais!
Cuddy: Como você é ruim! – riu também – vamos tomar café!
Stella: Até que enfim falou algo que faz sentido!
As duas tomavam café quando Wilson apareceu.
Wilson: Você não autorizou o House a amputar o braço daquela garotinha, autorizou?
Cuddy: Claro que não!
Wilson: Que bom! – aliviado – pois o Chase descobriu o que a menina tinha.
Cuddy: Menos mal! Wilson, quero te apresentar minha melhor amiga Stella Spencer!
Stella: Olá James Wilson!
Wilson: Olá Stella, prazer!
Stella: O prazer é meu!
Wilson: De onde vocês se conhecem?
Stella: Na penitenciária feminina de New York.
Wilson: O que? – quase caiu pra trás.
Cuddy: Stella! É mentira Wilson!
Stella: Desculpa! Nos conhecemos na faculdade – entre risos.
Wilson: Ah bom! – colocando a mão no peito.
Cuddy: Ela é louca, não liga!
Wilson: Ok! – riu – foi um prazer Stella, mas eu tenho que ir! – desligando o barulhento bipe.
Stella: Sem problemas!
Wilson: Tchau Cuddy!
Cuddy: Tchau – acenando – ele é um bom amigo – de costas para a amiga.
Stella: James Evan Wilson...
Cuddy: Como você sabe o nome do meio dele? – virando e vendo o porquê de ela saber – você investigou o Wilson também?
Stella: Claro! E por que eu não investigaria?
Cuddy: Isso é contra a lei sabia!
Stella: Não me confunda com sua babá! Isso que eu faço é legal! – rindo.
Cuddy: Você não vai me chatear com isso, vai?
Stella: Claro que vou! Eu sei que no fundo você ama o seu médico-problema!
Cuddy: Não amo!
Stella: Lisa... Olho nos meus olhos e diga: Eu não amo Gregory House!
Cuddy: Tá! – e olhou nos olhos da amiga – Eu...
Stella: Você?
Cuddy: Você é muito chata sabia! – desviando o olhar. Stella ria e as duas se aprofundaram no assunto "House".
Stella: Vocês se beijaram? – gritando.
Cuddy: Você é muito escandalosa! – rindo. Por sorte elas já haviam voltado para a sala da médica.
Stella: Conte-me como foi, por que foi, onde foi? – só um pouco curiosa.
Cuddy: Foi logo após a primeira adoção não ter dado certo...
Stella: Aé! A mãe resolveu ficar com a menina, não é?
Cuddy: Sabe, existe uma coisa menos "invasão de privacidade", que se chama telefone! E por "invasão de privacidade" me refiro as essas malditas pastas! – ela disse, mas não ficou brava; ele ria.
Stella: Se eu ligasse você não me contaria do beijo.
Cuddy: Lógico que contaria!
Stella: Mas não vamos falar sobre isso! Você estava me contando como se pegaram!
Cuddy: A gente não se pegou! Foi só um beijo – e ela começou a lembrar – ele foi a minha casa, falou coisas idiotas e me beijou!
Stella: Que fofo!
Cuddy: Fofo? Pensa como eu fiquei depois!
Stella: Com mais certeza que ele te ama! – falando o óbvio!
Cuddy: Talvez – corando.
Stella: Ah amiga! Você devia ver sua cara quando fala dele!
Cuddy: Cara de raiva, isso sim!
Stella: Como ele estragou o momento?
Cuddy: Na hora ele não fez nada! Rolou um clima entre nós uns dias depois, mas não passou de provocações. E depois do que aconteceu com o hospital...
Stella: O que aconteceu com o hospital?
Cuddy: Um doido entrou e fez umas 10 pessoas de refém, e entre os dez estava quem?
Stella: Ah! O caso do Jason Harris – abrindo uma pasta – nome sugestivo...
Cuddy: Claro que isso está ai... – rolando os olhos.
Stella: Tá, mas continua que o resto não está aqui!
Cuddy: Ai, eu fiquei sem escritório e fiquei no dele.
Stella: Por quê?
Cuddy: Porque a sala dele é grande o suficiente para dois – Stella ria – o que é engraçado?
Stella: O fato de você não conseguir ficar longe dele!
Cuddy: Continuando... Depois que reformaram aqui, eu vim ver! E essa mesa estava aqui.
Stella: O que tem essa mesa? – intrigada.
Cuddy: Essa mesa era a que eu usava na faculdade.
Stella: Essa mesa? – folheando as folhas de sua pasta – isso não está aqui! – desesperada.
Cuddy: Não está – rindo – como eu ia dizendo: a única pessoa que sabia e tinha a mesa era minha mãe! E eu não ligue pedindo a mesa!
Stella: O Greg pediu? – praticamente em pé na cadeira.
Cuddy: Eu acho que sim!
Stella: Que fofo! E você foi correndo agradecer com seus lábios, né?
Cuddy: Eu fui, mas quando cheguei lá, ele estava acompanhado! E não era com paciente.
Stella: Que cachorro! – chocada.
Cuddy: Muito! – o telefone tocou – Alô?
House: A Stella, por favor!
Cuddy: Só um momento – bufou – é pra você.
Stella: Pelo brilho nos olhos é o Greg – pegou o telefone – fala coração!
House: Você não vai vir aqui? Ou vai ficar só com a Lisa?
Stella: Eu não vou ficar só com a Lisa! Nós já vamos subir!
Cuddy e House: Nós?
Stella: Sim! Nós duas vamos até sua sala conversar como sempre fizemos!
Cuddy: Eu não vou!
House: Eu não quero que ela venha!
Stella: Ok! A gente já se vê! – e desligou o aparelho – vamos!
Cuddy: Qual parte do "eu não vou" você não entendeu?
Stella: O "não"! Vamos!
Cuddy: Stella eu não vou!
Stella: Vamos sim! Por favorzinho! – fazendo cara de criança.
Cuddy: Não! – decidida.
Stella: Lisa Cuddy não me faça sacar minha arma – colocou a mão na cintura.
Cuddy: Não precisa ser violenta! – sorriu – eu vou!
