Ainda sinto os lábios dela nos meus.
Absorto por aquele sentimento súbito, eu tentava ao menos evitar que ela se afastasse. Porém, leve como papel, desvencilhava-se dos meus braços com tamanha sutileza, arriscando um sorriso timido para mim. Seus olhos pareciam contraversos àquele sorriso, ainda não sei em que confiar.
...E assim ela saiu pela porta da cozinha, minutos depois do relógio avisar baixo que já era meia noite.
Saquei o maço de cigarros do bolso e fiz menção de colocá-lo entre os lábios, mas algo não deixava-me fazer. Guardei o cigarro novamente - prometi a mim mesmo que dormiria com o sabor dos lábios de Nami-swan nos meus, tendo certeza que o sonho que eu teria naquela noite seria mais real.


Abri os olhos e fitei o maldito teto da cozinha. Minhas costas doem, mais uma noite que passo no banco da mesa.
Kuso, era mais um sonho. Mas foi 'O' sonho.
Já não conseguia dormir. Não sei o que fazer. É uma mistura de alegria e entusiasmo, não consigo ficar quieto. Foi um sonho, mas o mais real que eu já tive, em toda essa minha vida. Tenho vontade de gritar. Eu beijei a Nami-san. _
Pena que foi um sonho. (!pelecry)
Quero beijá-la novamente, realmente, e principalmente que ela me beije.
SIM, ELA VAI RETRIBUIR, EU SEI! - !!! (*Rodopiando*)
Já fazem horas que não fumo, mas também... não sinto falta. Quero preservar o gosto inconsciente de Nami-san em meus lábios. (As vezes sinto uma fisgada de vontade, mas to aguentando.)
Daqui a pouco ela vem tomar café. Ouço os passos de Robin-chan se aproximando, espero que ela goste do café especial que preparei.
Oh meu Deus, Robin-chwan... como ela é linda.

-

... Ela não apareceu ainda. (*Inquieto e ancioso*) Quero vê-la. Estou preocupado. Então...
Sorrateiramente entro no quarto dela. A vejo deitada, com o rosto sobre os papéis, seus mapas... Alias, alguém já notou como nossas metas são parecidas? O meu completa o dela. Ah, Nami-swan... (*Suspiro*)
Aproximei-me sem hesitar, abaixando o corpo para frente, para que eu pudesse vê-la. Dormia como um anjo sobre os papéis, sua mão ainda segurava o lápis, as vezes sua respiração afastava vestigios de borracha que tinha ali. Como era linda... Seus cabelos ruivos esparramados sobre a mesa, exalavam um docê aroma de laranjas. (*Entrando em erupção amorosa *) A pego no colo então, para ao menos deitá-la na cama, para que pudesse descançar. Seguro-a firme, contra mim... Sou tão sortudo por ter uma mulher como ela perto de mim. A olho por mais alguns instantes, antes de a por na cama. Arrisco ao menos, um beijinho naquela bochecha rosada...

- SANJI - KUN?

Ela abriu os olhos subitamente, encontrando os meus tão próximos. Segurei-me para não calá-la com um beijo, e cavalheiramente rodopiei com ela nos braços, colocando-a então na cama, abaixando-me também.

- Me desculpa Nami-san, mas você iria ficar com uma terrivel dor nas costas caso ficasse naquela posiç...
- Obrigado Sanji.

Me interrompendo, beijou-me na bochecha, e sorriu marotamente, com aquela feição radiante dela. Oh meu deus, desse jeito ela me mataria... Nami virou-se na cama, encolhendo-se entre os cobertores. Eu já no sabia a expanção do meu sorriso naquela hora. Eu sai lentamente do quarto, sem tirar os olhos dela. Fechando a porta, escorei de leve minha testa na porta. Suspirei, antes de voltar à realidade.

- Oe Oe, Cozinheiro de Merda, cadê o café da manhã?