Prólogo

Era tarde da noite a lua cheia banhava os terrenos da propriedade da família Clow. O mago estava sentado perto lareira, lendo, com Kerberos deitado no tapete, dormindo tranquilamente. Eles estavam curtindo o silencio da noite quando são surpreendidos por uma luz muito branca que invadiu a sala, Clow se levanta rapidamente e Kerberos fica em posição de ataque perto de seu mestre

-Clow o que é isso?

-vamos esperar para ver

A luz vai baixando e quando some havia uma mulher belíssima de olhos e cabelos prateados. Ela vestia um kimono tradicional inteiramente branco, mas o detalhe que chamava a atenção era o grande corte que havia em seu ombro manchando sua roupa de sangue. Ela estava mancando e parecia respirar com dificuldade e carregava um pequeno embrulho azul escuro com grande manchas escuras. O mago agoniado com a situação da mulher se aproximou e ajudou-a ficar em pé

-Quem é você?

-Meu nome é Tsuki e você é o Mago Clow?

-como sabe meu nome?

-rumores de seu poder chegaram ao reino do luar e eu preciso de sua ajuda

-o que eu posso fazer por você?

-eu sou a rainha do reino do luar e uma guerra pelo poder estourou. Como pode ver pelo meu estado eu não tenho condições de cuidar nem de mim por isso gostaria de lhe pedir

-o que?

-esse é meu filho *mexe no pano do pequeno embrulho revelando um menino de cabelos prateados que dormia tranquilamente* Ele é o herdeiro de todo o poder da lua eu preciso que você cuide dele para mim, nossa terra natal é muito perigosa para ele agora. Esse ferimento é resultado de uma tentativa de assassinato que ele acabou de sofrer

-mas o que eu posso fazer para ajudá-la?

-Preciso que você mantenha meu filho em segurança não posso me arriscar a perde-lo todo nossa família foi morta eu já havia ouvido sobre seus poderes e essa é minha ultima esperança

-Cla...Claro você quer ficar aqui?

-não posso os inimigos são capazes se sentir meus poderes se eu ficar vou atraí-los para cá.

-Mas e o menino?

-Yue está seguro pois não tem seus poderes ainda

-é o nome dele Yue?

-é eu posso confiar em você?

-pode

-aqui está *entrega a criança e passa a mão em seu rosto* Será que um dia você vai perdoar meu filho? aqui está * entrega um colar com uma meia lua inteira de diamante e ouro branco* esse é o símbolo da sua terra natal um dia nos encontraremos eu prometo

-Espero que você fique bem

*percebe que ela estava desaparecendo*

-meu tempo nesse mundo está acabando tenho que ir por favor cuide bem do meu tesouro *lagrimas começam a escorrer pelo rosto em quanto começa a ficar cada vez mais transparente*

-espere

-não posso *desparece deixando o mago com a pequena criança no colo*

-Clow o que iremos fazer?

- Kerberus não podemos abandonar um bebe a própria sorte

-mas Clow nem eu nem você sabe como cuidar de uma criança

-eu sei Kerberus mas vamos ter que aprender quem sabe a Yuuko possa me ajudar

-você sabe que eu não gosto daquela bruxa

-*revira os olhos* você tem alguma idéia melhor?

-não

-vamos para aquele quarto vazio lá em cima para colocá-lo para dormir

-o quarto está vazio

-por enquanto

Chegando lá o mago usa a carta bosque para fazer um berço para o menino e com a carta flor faz um pequeno colchão de flores

-isso deve servir pelo menos por essa noite amanha poderemos arranjar melhor as coisas quanto tempo será que ele tem? Parece que não tem mais que seis meses e é tão pequeno

-uff...

-o que foi Kerberus ficou com ciúmes?

-não

-então pode me ajudar aqui?

-claro

-vá ao meu quarto e pegue uma roupa minha de dormir, vou encolhê-la para caber nele, não podemos deixar-lo enrolado nessa manta toda suja de sangue

-tá

Yue abre os olhos, revelando Iris púrpuras cinzentas, o começa a se mexer incomodado nos braços do mago chorando baixinho.

-papa? – Yue disse com sua voz chorosa e a língua enrolada

Sendo acalmado por um balançar suave

-calma pequeno não sou seu pai mas não vou te machucar esse coberto está molhado vou te dar um banho

-u – Yue fez um bico tentando puxar os óculos do rosto de clow – papa...

-parece que seu pai usava óculos também – disse clow com um leve sorriso enquanto soltava o broche que prendia o coberto

Usa a carta água a para encher uma bacia e começa a limpar a criança que se mostrava surpreendentemente dócil e tranqüila, não estranhando o mago em nenhum momento

-Clow?

-Aqui no banheiro Kerberus

-aqui está a roupa

-obrigado

Encolhe a roupa e veste Yue colocando-o no berço. Ele dorme rapidamente Clow e Kerberus saem do quarto voltam à sala sentando-se onde estavam antes

-Então Clow que você pretende fazer de agora em diante?

-bom Kerberus... Não tenho muitas opções vou cuidar de Yue como se fosse um filho e a partir de amanha vou pesquisar mais sobre os habitantes do reino do luar faz muito tempo desde que fui para lá

-você vai contar tudo a ele desde pequeno?

-ainda não sei tudo depende da curiosidade dele

-certo você vai ligar para a bruxa?

-não chame a Yuuko assim e sim vou chamá-la para passar um tempo aqui

-e os mokonas vão vir junto?

-suponho que sim

-lá se vai meu sossego já não basta uma criança ainda vai ter aquelas duas marias-moles

-Kerberus...

-o que? você sabe que eles não me deixam em paz

-seja um pouco paciente sei que eles não são tão terríveis assim

-parecem crianças de cinco anos

-melhor se acostumar logo vai ter uma aqui também

-eu sei

No dia seguinte Clow manda uma mensagem para Yuuko contando toda a situação ela ainda que surpresa disse que chegaria logo

-Clow? Onde você está?

-Yuuko é você? estou aqui em cima

-Oi cadê onde está o Yue estou curiosa para conhecê-lo

-aqui esta ele

-Clow ele é tão pequeno e tão lindo

-mama...- Yue começa a brincar com a colar que Yuuko usava

-não sua mama anjinho – ela disse enquanto observava-o morder o pingente- acho que os dentes dele estão nascente vamos ter que comprar alguns brinquedos de morder

-então quer dizer que ele é do reino do luar?

-isso

-é a primeira vez que vejo um habitante de lá criança mas realmente é uma pena que tenha ocorrido uma guerra lá era um lugar tão pacifico

-estava pensando será melhor se ele crescer com uma criança comum então acho que não vou contar sobre sua verdadeira origem pelo menos ate ele ficar maior

-é o melhor a fazer ele é o ultimo descendente da família real do reino do luar é muito peso para um criança agüentar sozinha ele deve crescer como qualquer criança da vila brincando e feliz

-bom vamos lá fora ele precisa tomar sol para crescer forte e alem disso temos apartar antes que Kerberus devore os Mokonas

-é vamos

Chegando ao jardim eles sentam Yue na grama e vão separar a briga de Kerberus e dos Mokonas voltam a se sentar perto de Yue que começa a engatinhar pelo jardim indo para perto de Kerberus que havia ido descansar embaixo da cerjeira que por causa do inverno estava sem flores

-que quer Yue?

Yue sobe nas costas de Kerberus de forma desajeitada escorregando e caindo no chão dando gostosas risadas

-sabe, não tem como não gostar de você, você conseguiu encantar a bruxa então consegue fazer com qualquer um

Em quanto falava Kerberus mexia sua cauda distraidamente o que chamou a atenção de Yue indo despercebido até lá e agarrando a cauda

-ei! Minha cauda não

Ele tira a cauda do alcance do menino levantando-a fazendo com que ele se sentasse no chão e levantasse os bracinho tentando alcançar em quanto ria com a irritação do felino

-eão, eão – repetia Yue ainda tentando alcançar a cauda

-Kerberus traga Yue para dentro vamos dar o almoço para ele

-Claro senhorita Yuuko

Chegando na cozinha Yue foi sentado no colo de Yuuko que tentava, sem sucesso, dar papinha de maça para ele , já toda vez que a colher se aproximava ele usava as mãos para derrubar o conteúdo

-Acho que ele não está com fome Clow vamos deixar para mais tarde

-tudo bem ele sujou sua roupa pode usar o banheiro lá de cima se quiser

-obrigada aqui está ele

Clow leva Yue para a sala onde os Mokonas haviam pedidos para brincar com ele

-Claro que podem brincar mas tomem cuidado

-Vem Yue

Ele desce e começa a perseguir os mokonas que se divertiam com as risadas de Yue que parecia estar feliz em sua nova casa