ATENÇÃO: Essa fic contém inúmeros palavrões, sexo, palavras de baixo calão e citação à drogas.
CAPÍTULO 1
Era a porra do meu último dia de férias de inverno e eu simplesmente não podia acreditar na coleção interminável de nadas que eu tinha feito durante esses últimos dias que antecediam a merda do ano novo. Você sabe, ver um monte de filme em todos os cinemas possíveis de Manhattan, fumar quantos cigarros eu conseguisse na minha janela olhando o Central Park enquanto bebia um dos inúmeros vinhos da minha recém herdada adega e participar de todo e qualquer evento underground que incluísse música nessa cidade, o que basicamente se configurava em trabalho já que eu sou produtora musical.
Ok, não foram assim tantos nadas. Obrigada por me fazer ver isso com mais clareza. Mas isso não muda o fato de eu ter recusado viajar com Alice, minha melhor amiga desde sempre. Um dos motivos era seu novo namorado da hora, James. O cara é louco de pedra. De pó, pra ser mais exata. O cara cheira que nem um... bem, que nem um riquinho fodido de NYC que se perdeu no meio do caminho. Porque riquinhos fodidos somos todos, não é mesmo? De qualquer forma, não sei que tipo de doença a Alice pegou pra ter elegido ele como algo a mais do que um cara que ela conheceu num bar. O outro... bem, vocês podem ver que eu sou meio fora da curva pelo que eu fiz durante as férias, certo? Pois então. Pegar sol não está no meu hall de eventos preferidos e desde que Alice se enfiou na Austrália durante o inverno Nova Iorquino, bem... dispensei.
Ah! Esqueci de situar vocês. Meu nome é Isabella Swan, mas Deus me livre de alguém além da vovó Swan me chamando assim. É Bella, por favor. Tenho 24 anos e trabalho como produtora musical de uma gravadora conhecida por tirar do limbo toda e qualquer banda foda que possa existir. Se não é a porra do trabalho dos sonhos eu não sei o que é. Ah, e sou herdeira de uma porra de uma família rica pra caralho. Eu falo logo isso pra ninguém achar estranho as descrições da minha vida daqui pra frente. Não é muito comum que com tão pouca idade alguém more sozinha num apartamento gigante desses na Park West. Bom, na verdade é, no meu mundo. E no de Alice e Emmett também.
Por falar neles, já estava na hora desses putos chegarem aqui com minha comida. Alice voltou hoje de manhã de viagem e já me ligou louca querendo contar seja lá o que ela tenha pra me dizer pessoalmente. Emmett estava enfiado no mesmo brunch que ela – aquela louca não pode ver um domingo em Nova York que tem que ir comer uns quitutes e arrumar uma desculpa pra ingerir álcool antes do meio dia – e obviamente se convidou. Ah, claro. Eles são irmãos. Sinceramente, eu não sei como saíram da mesma pessoa. Emmett é o mais novo e tem todo aquele corpo imenso que já vem com músculos naturais e exuberantes, combinando com a sua estatura. Alice, ao contrário, é baixinha e magra. Seus olhos azuis profundos e cabelos pretos, no entanto, não deixam disfarçar que são os dois filhos de Amelia Brandon, herdeira e design da porra da maior rede de grife de noivas dos Estados Unidos.
Finalmente há uma batida na minha porta e eu sei que são eles porque meu porteiro não os impede de passar há mais ou menos uns 6 anos que foi quando me mudei pra cá.
- Bellaaaaaaaaaaaa! – Escuto assim que abro a porta e sou sufocada por abraços de Alice.
- Ei, Al! Se acalma, mulher, você é minúscula, mas tem a força do Emm! – Digo, abraçando-a de volta e logo me soltando pra receber o abraço de urso do meu irmão por tabela.
- Bella, essa garota não parou de falar desde o brunch de hoje. Acho que James a manteve amordaçada durante toda viagem e ela está gastando as palavras desde que foi solta. – Eu rio alto. Só Emmett surgiria com uma proposição tão maluca como essa do nada.
- Senti sua falta, Emm. Agora passa já minha comida, por Deus. E Alice, pode começar a falar. – disse me virando para olhá-la já recostada em meu sofá de couro marrom, perfeitamente instalado no meio da sala que agora, com o sol se pondo, tomava cores roxas e rosas vindas da janela de parede inteira do meu apartamento. Essa era uma visão linda do caralho. Por mais que eu amasse o duplex dos meus pais na 5th Ave e todas as comodidades extras que me ofereciam, nunca me arrependi de ter vindo morar aqui. Até porque, não é como se eu passasse alguma dificuldade, não é mesmo?
Assim que entrei pra Columbia University meus pais perguntaram se eu queria um lugar meu. Oras, quem é que não quer? Não fazia muita diferença, de qualquer forma. Meu pai é Deputado pelo Estado de Washington e vive na capital basicamente a maior parte do tempo. Minha mãe fica dividida. Até porque, como mulher de um dos homens mais votados do país por mais de 10 anos, tem que estar sempre em um milhão de compromissos chatos do caralho.
"Não fala desse desgraçado, porra." Alice disse, fazendo um bico. Opa! Teriam meus desejos sido atendidos e ela se livrou desse traste?
"Conte-me mais sobre isso, fiquei repentinamente interessada." Disse rindo, enquanto me juntava a ela no sofá.
"Ah, Bella. O filho da puta... Você sabe que ele é uma merda no sexo oral, certo?" Eu assenti rindo ao lembrar das inúmeras vezes em que Alice reclamou que ele não conseguia achar o lugar certo. "E mesmo assim eu, com toda minha benevolência, decidi dar uma chance a ele porque bem... Aquele tamanho de pau a gente não vê todo dia."
"Porra, Alice!" Emmett protestou, rindo.
"Vai se foder, Emmett, não tem nada demais. Além do que, você perdeu seu posto de maior pau da cidade assim que Edward Cullen pôs os pés aqui de novo, então faz o favor de não..."
"O que?" Interrompi Alice enquanto quase cuspia a cerveja que Emm tinha me entregado a pouco.
"Oh, Bella. Você não sabia?" Alice deu um sorrisinho de inocência estúpido, aquele mesmo ali, que ela vem me dado há anos quando o assunto é seu fodido primo Edward e o que ela acha que poderia ter sido a porra de um romance entre eu e ele. "Ele voltou de Boston há três dias."
Rolei os olhos. Como se já não bastasse aquele cabelo de revista sem precisar ver um pente, aquele abdômen escroto de tão definido naturalmente na medida e o cara acabava de se tornar médico. Ele era sentado no dinheiro, além de tudo, e mesmo assim nunca se importou muito com isso, desde que éramos adolescentes, quando nos conhecemos na escola. Edward era o tipo de garoto que não via sua fortuna deixada por seu avô materno, um grande banqueiro de Wall Street, da forma como o resto da sociedade via: estava constantemente ignorando os eventos na adolescência pra fumar maconha com Emmett, seu melhor amigo no colégio, e só se aproveitou dos cheques e do sobrenome quando o assunto sua futura profissão. Sempre foi educado, como Esme, sua mãe, o ensinou. O puto ia desde ajudar as velhinhas na rua até dar gorjetas maiores do que o usual para quem quer que fosse.
Apesar da pose de "não ligo pra porra nenhuma" que levava na escola, eu sempre soube melhor quem ele era. Afinal, nós éramos os mesmos fodidos por dentro: sempre querendo explodir aquela merda toda de família milionária e as chatices da sociedade. Eu e Edward, na adolescência, éramos amigos fugitivos, pro assim dizer. Quando tudo enchia o saco a gente dava no pé no seu carro ou no meu pra onde quer que desse na telha pra fumar um baseado e beber umas cervejas em algum lugar fora dessa bolha. Passávamos as tardes e noites em que ele não estava transando com meia Manhattan juntos fazendo o que mais gostávamos: ouvir música, ver um monte de filme, ingerir álcool pra caralho e... não. A gente não trepava. Alice garante que o que aconteceu foi justamente por causa da absolutamente palpável, segundo ela mesma, tensão sexual que sempre houve entre nós. Porra nenhuma!
Ah! O que aconteceu? Edward foi pra Harvard há 6 anos atrás, quando eu estava no penúltimo ano e ele tinha terminado a porra do colégio, e eu nunca mais vi nem sombra. Eu fiquei puta pelo bastardo não ter me enviado nenhuma porra de mensagem? Obviamente. Eu enviei alguma? Nem por cima do meu cadáver. Pois bem, e aqui estamos. 6 anos depois. Respirando o mesmo ar. E foda-se!
"Bom saber que ele conseguiu achar o caminho até o diploma entre o monte de peitos e bocetas a sua volta. Grande vitória. Yey!" Celebrei falsamente ignorando a gargalhada de Emmett atrás de mim.
"A porra do Edward é daqueles que só vai ser estragado por uma boceta na vida. Aquele ali é mais blindado que eu." – Emmett não compartilhava da tese de Alice. E isso era porque Edward era uma espécie de ídolo pra ele. O primo dois anos mais velho que o guiou até o altar de sexo que ele construiu pra si e mantém até hoje. Emmett não dava uma moeda de cents por nenhuma mulher que não fosse da família. Ou eu, que era praticamente dela. Assim como Edward.
"Ok, deixe-me acabar com James, de qualquer forma." – Alice disse, ainda sorrindo. "O resumo é que aquele bastardo decidiu que seria estupendo testar seus dotes mal feitos com a garçonete do hotel. E eu peguei os dois atrás do balcão enquanto a menina, que provavelmente nunca tinha sido chupada da maneira correta da vida, tentava aproveitar aquela merda toda." Alice terminou e riu com o que provavelmente era a lembrança daquela cena tosca. Não pude deixar de rir junto porque, caralho, James era mais burro do que o sonegador de impostos do seu pai.
"O bom disso tudo é que finalmente você se livrou desse merda. Eu não sei o que te deu Alice." Eu disse, sinceramente, indo pegar mais uma cerveja na minha geladeira.
"Cara, essa história nunca deixa de ficar ótima, é incrível." – Emmett riu, pegando seu celular. "Ei, garotas, temo que tenha que deixar vocês sem minha absoluta beleza agora. Edward acaba de dizer que está aqui embaixo. Aparentemente ele trouxe um amigo de Boston a tira colo e vamos a algum lugar novo pra que o cara conheça a cidade." – Disse Emmett pegando seu casaco e cachecol e já se dirigindo à porta. Eu tinha quase engasgado novamente com Edward e aqui na mesma frase, mas me recompus.
"Se ele estiver morrendo por uma mijada diga para que mije na porra de um poste! Só faça o favor de não mandá-lo aqui." Disse dando uma risada no maior jeito Bella Swan vadia desgraçada sem coração que eu sabia ser e era na maior parte do tempo.
Não me entenda mal. Eu só estava um pouco irritada por aquele traseiro perfeito estar a uma descida de distância de mim e eu não ter como chutá-lo uma vez para cada dia desses 6 anos em que deixei de me importar com esse puto. Nada mais. E, definitivamente, não queria ele novamente na minha convivência, nem se fosse pra me entregar cervejas e uvas enquanto eu ouvia o mais novo lançamento de uma banda underground do Reino Unido por aí.
"Vou mandar o recado!" Emmett gritou, saindo.
"Bella, você está tão fodida!" Alice irrompeu de repente rindo como uma hiena. Eu levantei uma sobrancelha questionando aquela porra. "Você está com toda essa raiva guardada aí dentro, o que te deixa absolutamente despreparada pra quando esbarrar no Edward por aí. Por favor, me conte assim que o vir!" Ela disse, ainda rindo e não explicando absolutamente nada. Eu realmente não queria saber, entretanto.
"Foda-se seja lá o que você esteja querendo dizer, Alice! Escolhe a porra de um filme e vamos esquentar essa comida que vocês trouxeram que já deve estar gelada." Disse, ranzinza, como sempre. A vadia continuou rindo enquanto alcançava o controle. "O que, porra?" Eu falei, exasperada.
"Nada, nada! Você ainda vai acompanhar aquele show chato pra um caralho amanhã a noite?" Alice perguntou. Era um show de uma nova banda da California que a gravadora estava produzindo e eu era a responsável por estar lá pra avaliar e dar o feedback. Alice não gostava do mesmo tipo de música que eu (e Edward, devo comentar. O filho da puta era bom até nisso) e por isso achava tudo uma chatice.
"Sim, claro. É meu trabalho, afinal." Disse, sorridente. Apesar dos meus pais não concordarem, nunca me travaram para que eu escolhesse ser o que desejava. E, ao contrário da metade das pessoas ricas daqui, nunca ameaçaram retirar meu dinheiro – que era deles, na verdade – se eu seguisse meu próprio caminho.
"Eu realmente não sei como alguém pode pensar em ser nada mais do que designer de modas! É tão esquisito!" Alice disse se questionando. Ela tinha seguido os passos da sua mãe e trabalhava com ela no ateliê, responsável por todas as peças criativas e inovadoras. Acho que essa mulher já saiu da barriga da mãe gritando "Prada! Prada!" em vez de chorar.
"Oh, claro. Porque todos nascemos e crescemos com Amelia Brandon!" Eu brinquei.
A noite continuou assim até que Alice foi para casa perto da madrugada. Eu logo preparei meu banho na banheira e prendi meus cabelos em um coque acima da cabeça para não molhá-los quando entrasse. Assim que estava relaxada, não pude deixar de pensar na volta de Edward e de como ele estaria. Eu sabia que os anos de jovem adulta me tinham feito muito bem. Meu corpo tinha mais definição, meus músculos estavam mais torneados, meus peitos tinham crescido consideravelmente. Eu não podia imaginar como ele devia estar mais bonito agora.
O que? Sim, sempre fomos só amigos. Isso não quer dizer que eu não percebia como aquele filho da puta era o cara mais lindo de qualquer lugar que ele ia. Mesmo tendo transado com uns três ou quatro caras aleatórios no Ensino Médio, preciso admitir que nunca foram tão bonitos quanto Edward Cullen. E, bem, nem tão interessantes também. E era exatamente por isso que, apesar de eles quererem umas vezes a mais com Bella Swan eu pensava "que se foda! Se eles não conseguem me entreter como a porra de um melhor amigo, porque eu gastaria meu tempo com qualquer um deles?".
Depois que Edward foi embora meus parâmetros se mantiveram. Não tinha como qualquer cara sem conteúdo pisar no meu apartamento e comer meu cereal, tomando minha cerveja. O que chegou mais perto foi Jacob Black. Nos conhecemos no final da faculdade e ele conseguiu entrar nos meus lençóis mesmo sendo do segundo ano e eu do penúltimo. O sexo era muito bom e sua aparência não era nada ruim de se ver, também. Seus cabelos pretos iam até os ombros e seu corpo era perfeitamente esculpido pelos esportes que praticava. Se interessava por música quase tanto quanto eu e tocava guitarra. Nossas conversas geralmente giravam por aí e pelos seus rolos com as calouras quando finalmente decidimos que éramos mais amigos do que outra coisa. Inclusive, continuamos até hoje.
O telefone tocou em uma mensagem e eu estiquei meu braço pra ver o que era.
"Soube que está bem. Feliz por saber. E."
O que caralhos era essa merda? Eu não tinha o número gravado nos meus contatos, mas eu sabia quem era. "E." era como ele assinava as mensagens pra mim sempre. Ignorei o máximo que pude, voltando pra banheira. Mas o céu sabe que foi impossível não sentir um calor entre as minhas pernas e guiar minhas mãos até lá depois dessas duas frases ridículas. Que porra?
"Yeeeeeeeeeeeey! Minha primeira fic! Espero que gostem! Reviews são bem vindas pra eu saber o que acharam dessa Bella desbocada em meio badass./span/p
