Mon Petit.

Olááá. Essa é a minha primeira fic aqui (a primeira que eu espero terminar, mas enfim)

Já li inúmeras fics aqui, e me animei para colocar o que eu escrevo nessas páginas.

Eu espero que agrade

Pequena é um apelido que eu vejo para Alice em quase todas que leio (como as do Rodrigo Reis, por exemplo) e eu acho o mais perfeito para ela!

Ahhh, e tem lemons,então, veja bem o que lê (mesmo que ninguém veja, mesmo, skapskpa)

Então, é isso aí.


Mon Petit-Cap.1-Monroe.

Jasper nunca fora de falar muito. Mas naquelas últimas duas horas e meia não se importou em falar muita coisa.. .Era o fato de aquela criatura ter uma historia intrigante e sua voz ser tão gostosa de se escutar; hipnotizante. Claro que o fato de ela falar bastante o ajudava a não ter que falar muito. Havia sido abordado por aquela exótica e deslumbrante vampira que conseguira despertar seu interesse no que saia de sua boca.

Lhe contara sobre a família de vampiros que estava indo encontrar, seus poderes, seu passado. O que realmente o fez parar para ouvi-la era ela saber tudo sobre ele, seus poderes, seu nome, seu passado.

E ela era engraçada.

- Então nunca lutou com ninguém? – ele perguntou casualmente, colocando as mãos no bolso e desviando de uma mulher que passava na calçada.

- Não. Eu não sei lutar- ela deu de ombros – Mas acho que não há necessidade, não é? – ela sorriu.

Jasper a encarou. Aquele ser de aparência tão frágil e inocente não tinha conhecimento dos perigos que existiam por ai. Era presa fácil.

Enquanto ele estivesse ali com ela, ela não correria perigo. Mas ele não poderia ficar com ela para sempre, certo? A única lembrança de companhia que tivera fora com Maria e era desse tipo de vida que ele fugia. Estava vagando sozinho a um certo tempo, não poderia começar a viajar com ela. Ainda mais que ela estava indo de encontro a uma família que se alimentava de animais! Era loucura e de loucura ele estava cheio.

Só decidira explicar para ela algumas coisas dessa vida, só isso, por isso que ainda estava ali com ela, 2 horas e meia depois de terem saído daquele pequeno restaurante. Só. Logo tomaria seu rumo e a deixaria.

-Ahhhh! – ela gritou, tirando-o de seus pensamentos. Ela quicava no lugar enquanto afundava o rosto e as mãos em uma vitrine.

Jasper se aproximou para ver o que a deixara tão encantada. Ele balançou a cabeça, descrente quando viu que se tratava de um cachorro. Um vira lata de olhos arregalados e 10 centímetros. Bom, talvez essa era a explicação, certo? Eles eram pequenos, era normal se encantarem, não?

- Olha! Olha que lindo, Jazz! È a coisa mais fofa que já vi! – Alice sorria encantada apontando para o vira lata e...Jazz?

Jasper parou na hora ao ouvir aquilo. Ele nunca tivera um apelido, ainda mais um que parecesse , erk...delicado? Ele nunca fora do tipo de pessoa que gostava disso e, no entanto, não conseguira ficar zangado, apenas...encantado. Parecia tão carinhoso vindo dela.

Jasper ficou confuso por estar pensando aquele tipo de coisa. Balançou a cabeça rapidamente, voltando a prestando atenção na cena a sua frente: Alice brincando com um vira lata nanico por uma vitrine.

Ao olhar aquele animal ele repreendeu-se por ter a comparado com aquele cachorro. Mas ele o havia dado uma idéia. Entrou naquele pet shop procurando pelo animal certo. Sorriu ao vê-lo.

- Alice? – ele a chamou, fazendo-a virar.

-Sim?

- Tenho uma coisa para você – ele tirou o pequeno animal de trás, entregando-a. Ela arregalou os olhos e deu um sorriso largo.

- Um coelho? Pra mim? – perguntou descrente enquanto pegava o pequenino animal branquinho e delicado nas suas pequenas mãos.

"Aquele sim poderia ser comparado a ela. Era um coelho pequeno e frágil e lindo e...Argh!", esbravejou em pensamento.

- Ele é lindo, Jazz! Eu adorei! Adorei! Obrigada – ela quicou e pegando Jasper completamente de surpresa quando envolveu seus braços ma cintura dele, deixando-o rígido na mesma hora.

Eles adentraram a floresta cheia de armadilhas naturais. Bom, para qualquer humano, pelo menos.

- O que acha de Monroe? – ela perguntou quebrando o silencia que se formara. Cada um preso em seus pensamentos.

- Como? – ele indagou enquanto tirava alguns galhos de sua frente.

- O nome dele. Monroe. O que acha? – repetiu com um sorriso largo. Jasper se virou e por alguns segundos esquecera o que ia falar quando viu seu sorriso. Mas se recompôs antes dela achá-lo patético.

- Ainda bem que não pode ter filhos – ele zombou, fazendo-a mostrar-lhe a língua.

E como ficava encantadora zangada.

- Esqueça ele, Monroe. Ele é um vampiro grande e mal – ela sorriu novamente e, para a surpresa de Jasper, ele sorriu de volta.

- Então vou fazer o que um vampiro grande e mal faz – seu sorriso tornou-se perverso e em meio segundo ele estava na frente de Alice. Ela não esperava por isso. Vê-lo assim, tão perto de seu rosto alertou todas as suas terminações nervosas e um leve arquejo lhe tomou. Nem percebeu quando Jasper tirara o coelho de suas mãos e o colocara no chão. O bichinho não perdeu tempo e correu floresta adentro.

- Oh não! – ela exclamou, desvencilhando-se de Jasper para ver onde o coelho fora – Por que fez isso Jasper? – perguntou irritada.

Ele não gostou dela ter voltado a chamá-lo de Jasper, mas aquilo era preciso.

- Por que não vai atrás dele? – sugeriu rindo enquanto ela o fuzilava, dando as costas logo e em seguida indo na direção do animal.

O bichinho corria em uma incrível velocidade já que, além de ser jovem e leve, é um dos animais mais rápidos que existe. Mas Alice estava determinada á pegá-lo. A cada passo que dava chagava cada vez mais perto do animal. Ele desviava de seu caminho rapidamente, com precisão quando ela ia para cima dele. De um lado para outro e Alice aparecia em sua frente, ágil como um gato, característica que Jasper vira nela pela 1º vez.

Levou uns 15 minutos para Alice conseguir pegar o coelho, principalmente depois que ele se escondia em qualquer buraco ou folhagem.

Quando ela finalmente conseguiu, voltou para onde Jasper se encostara em uma árvore para observá-la. Ela segurava apertado o bichinho, fazendo carinho em sua cabeça branca e macia.

- Da próxima vez que fizer isso você quem vai pega-lo – ela o advertiu sem realmente olhá-lo. Por isso nem percebeu quando Jasper se aproximou devagar dela.

- Fazer o que? – perguntou com um falso tom de inocência.

- Pegar el...

Antes mesmo que Alice pudesse terminar a ameaça ele novamente pegara o bichinho e o colocara no chão.

Alice ficou atônita. Logo depois incrivelmente irritada, mesmo que pensasse que nunca poderia sentir vontade de bater em Jasper.

Mas ele a estava provocando.

- Por que fez isso ?- perguntou altamente irritada enquanto ele soltara um sorriso irônico – PODE PEGÁ-LO!-ordenou apontando para as arvores.

seu coelho. Você quer ele, você pega ele – ele deu de ombros, virando-se de costas, andando.

Alice rosnou baixo e saiu em disparada atrás do animal, sendo certeira ao ir atrás de uns arbustos.

- Monroe, venha aqui!

Jasper novamente parou para vê-la tentando pegar o coelho. Ela corria com certa delicadeza mesmo para uma vampira. Era diferente das outras. Qualquer uma parecia desajeitada e rude perto dela. O modo como ela passara a se deslocar com precisão era algo de se admirar. Seu sorriso enquanto passava de procura por seu coelho para brincadeira. Seu sorriso era sincero e infantil, que combinava perfeitamente com seu rosto perfeito. Mas sua curvas faziam qualquer homem, vampiro ou não, perder o auto-controle e a consciência. Um corpo perfeito. Uma mulher perfeita.

Jasper se viu incapaz de desviar o olhar dela enquanto ela brincava de gato e rato com o coelho. E ele odiava isso, ficar hipnotizado e...encantado?

- Monroe! – ela sorriu quando finalmente resolvera pegar o coelho.

- È, acho que está ficando boa nisso- ele disse sorrindo e ela o olhou na mesma hora, parando em seu lugar, incerta.

- Não vai soltá-lo de novo, vai?

- Bom, não tem mais graça, agora esse coelho não pode mais escapar de você.

Ela apenas sorriu incapaz de ficar brava com ele.

- Acho melhor irmos andando – disse ele enquanto seguia a trilha.

Alice recolocou o coelho no chão enquanto brincava com ele e seguia Jasper, que apenas permanecia em silencio.

Jasper não pronunciara nenhuma palavra enquanto andavam. Estava ralhando consigo mesmo por ainda estar andando acompanhado. Claro que não pediria para Alice parar de ir atrás dele, não conseguiria.

Ela ainda brincava com o coelho enquanto ele tentava, agora, fugir sem sucesso. Jasper estava satisfeito. Agora precisava se livrar daquele bicho.

Andaram mais um pouco e em um farfalhar de folhas, Jasper avistou três coelhos selvagens, de coloração preta.

"Perfeito" pensou.

Voltou-se para Alice e pegou o coelho novamente, atirando-o na direção onde estava os outros.

-Jasper! Você disse que não iria fazer de novo!- ela o repreendeu, mas quando ia atrás do animal Jasper a segurou.

- Não, Alice, deixe ele.

- O que? – ela esbravejou – Mas ele está indo embora, me solta!- ela esperneou nos braços dele.

- Alice – ele tentou chamá-la – Agora ele tem uma família, deixe-o.

- Não! – ela rosnou – Me solta, eu vou atrás dele! – se remexeu ainda mais nos braços dele.

-Chega- ele murmurou firme e a colocou em seu ombro, impedindo-a de poder correr.

- Me solta!- ela continuou gritando e batendo nele.

Mas ele sentiu muita coisa a partir do momento em que suas mãos tocaram aquela pele alva e macia. Ele apenas ignorou seus protestos e continuou andando.

Jasper a carregou mais tempo do que precisava e quando reconheceu esse fato a noite já estava dando seus primeiros sinais de vida. Ela havia parado de batê-lo, de gritar e de tentar sair dali.

Estava calada e imóvel em seu ombro.

-Alice? – ele a chamou incerto.

-Poderia me colocar no chão? – ela pediu seca. Jasper até podia imaginar seu bico.

- Ainda vai correr atrás de Monroe? – perguntou ele e logo fez uma careta. Estava mesmo chamando aquele animal idiota por um nome?

- Nem adiantaria, ele á deve estar na China, agora! – ela exclamou jogando as mãos para o céu e deixando-as cair logo em seguida nas costas dele.

Jasper riu da raiva dela e a depositou em uma pedra para que ela ficasse a sua altura. Ela cruzou os braços no peito e o encarou séria.

- Que foi? – ele perguntou inocentemente, recomeçando a andar. Alice só o seguiu depois de um tempo, pisando duro.

Os únicos sons que foram passados a se ouvir foram os naturais da mata e dos pequenos insetos e animais. Jasper podia sentir a indignação dela. Ela estava disposta a não falar com ele.

Ele até pensou em começar uma conversa mas temeu que ela o ignorasse, o que estava claro que ela faria.

O silencio já o estava incomodando. Ele estava começando a se acostumar e até gostar de conversar com ela. Bom, na verdade era ela quem conversava, mas ele até preferia apenas ouvi-la. Era incrivelmente agradável. Era como se ele precisasse ouvir sua voz, aquela risada encantadora. E ela as estava guardando para ela, o que o estava deixando irritado.

Bufou e se virou na frente dela, fazendo-a bater em seu corpo.

- Vai ficar com essa cara mesmo?

Ela franziu o cenho, passando por ele e se virando bruscamente logo em seguida.

- Por que você me deu ele se era para tomar?

Jasper bufou levemente, revirando os olhos.

- Eu não tomei. Só que ele ficaria mais feliz com seres iguais a ele, não acha?

- Não devia ter me dado – ela murmurou manhosa – Agora eu já me apaixonei por ele.

E por um momento fugaz Jasper se viu com inveja daquele animal estúpido.

- Mas se eu não tivesse comprado ele estaria até agora mofando naquele pet shop. È isso que você gostaria? Isso é tão egoísta. Não achei que você fosse assim – ele balançou a cabeça fingindo desapontamento.

Alice parou para analisar aquilo. Parecia realmente egoísmo de sua parte. Ela não era assim, como ele estava pensando.

- Você tem razão- murmurou – desculpe.

Ele a olhou confuso.

- Não me peça desculpas – sorriu, repreendendo o desejo de afagar-lhe a face, por isso recomeçou a andar. Por que diabos ela o provocava tanto?

- Por que me deu um coelho, Jazz?- ela perguntou de repente, com uma careta de confusão – Foi para me distrair?

Ele parou. Distrair? Aquilo era absurdo.

- Foi para te treinar, Alice.

Foi a vez de ela parar olhando absurdamente.

- Treinar? Você não me treinou hora alguma, Jazz – ela riu, debochada – Eu brincava com ele enquanto você ficava lá, rindo.

Jasper então parou e virou-se para ela, sorrindo divertido.

- Enquanto você brincava com ele, você estava, na verdade, treinando. O coelho é um dos animais mais rápidos e ágeis que há. Antes você não tinha total sabedoria de toda a sua velocidade. Você não era ágil, Alice, não conseguia se deslocar rapidamente para dois lugares distintos, não tinha concentração. Agora você corre incrivelmente rápido, você está ágil e seu poder de concentração esta incrível, de modo que você consegue ouvir ruídos mínimos, como o de um coelho pisando em uma folha. Agora não é mais uma presa tão fácil – ele sorriu mais largamente, orgulhoso de si mesmo.

Observou o rosto de Alice tornar-se uma confusão disforme de emoções. Confuso...compreensível...encantada.

- Caramba – foi só o que conseguiu murmurar, mas sabia que ele sabia o que ela sentia – Você é incrível.

- Estou perdoado por causa do coelho? – fez uma expressão pidonha.

O coração gelado de Alice quase saiu pela boca. " Que fofo. Ele não deveria fazer esse tipo de coisa, me desestabiliza". Se segurou para não pular no pescoço dele e apertar aquelas bochechas macias. E claro, beijar aquela boca sedutoramente irresistível...

A única coisa que a manteve parada foi o sorriso torto e malandro que ele deu.

"Droga. Poder idiota".

Quase sentiu que poderia corar.

- Está – balbuciou claramente afetada.

Ele recomeçou a andar enquanto Alice o seguira alegremente.

- Para onde nós estamos indo, Jazz? – perguntou ela enquanto atravessava um tronco recoberto de musgo.

- Para...- ele começou a falar mais parou quando se deu conta que nem mesmo ele sabia.

Ele não tinha rumo, nunca pensara no lugar par onde iria e agora ali estava ele, sendo seguido por uma estranha, mesmo que fosse incrivelmente linda e encantadora, e ela ainda achava que eles teriam que ir em algum lugar.

Jasper não sabia realmente lidar com isso. Queria mesmo uma companhia? Sendo tão irritante e ríspido certamente nem mesmo Alice iria querer ficar com ele. Talvez ele não devesse se render assim tão fácil, era estupidez. Aquela criatura aparecera em sua vida e em algumas horas a virou de cabeça para baixo.

Ela não tinha esse direito de ficar seguindo-o nem achar que era importante para ele ou que fazia parte de sua vida. Jasper se irritou com a idéia de ela se intrometer assim na vida dele. Virou-se bruscamente para encará-la com um olhar um tanto intimidador.

- Quem disse que é "nós"? – perguntou rispidamente e no mesmo instante Alice se encolheu levemente.

- Não quer que eu vá?- murmurou hesitante, recebendo uma resposta na mesma hora.

- Não – Jasper continuou a encarando com um olhar duro.

Nenhum dos dois desviou o olhar. Por um momento o coração de Alice se apertou e uma pontada de mágoa e medo se fez presente nela.

Mas logo isso se tornou ressentimento e indignação. Ele não precisava falar daquele jeito com ela, precisava? Se ele não a queria perto dele, tudo bem, ela iria se virar sozinha!

Tudo bem que tudo que ela mais queria era ficar com ele, mas não obrigatoriamente, não como um peso ou um estorvo para ele. A grosseria dele a magoou. Ela fechou a cara em uma carranca e cruzou os braços no peito.

- Não queria ir mesmo com você! – exclamou petulante.

- Que bom, estamos kits – ele retrucou.

- Ótimo!

- Ótimo!

-Ò-TI-MO! – repetiu e deu as costas para ele, tomando outra direção. Jasper apenas a olhou se afastar, irritada. Ele até riria dela, mas não conseguiu. Estava difícil olhá-la se afastar.

Não pareceu certo deixá-la sair daquele jeito. Havia sido rude com aquela doce criatura enquanto ela era adorável com ele. Mas uma prova de que ela não deveria ficar perto de um bruto e ignorante como ele.

Por muitos minutos Jasper não conseguiu se mover, impedi-la de continuar a se afastar cada vez mais. Ela estava irritada e isso ele podia sentir mesmo com a grande distancia que já os separava. Um incômodo agudo no peito surgiu com essa constatação, cada vez que ela tomava mais e mais distancia.

Ela, em toda a sua estatura, não colocava medo em ninguém, mesmo quando ela queria. Era o contrário, tão delicada e desprotegida, necessitava de alguém para cuidar dela. Não era certo deixar uma dama a mercê de todos os perigos que o mundo oferecia. Mesmo que ela fosse uma vampira tão forte quanto ele.

Jasper suspirou. Ali, naquele momento, ele se sentiu mais sozinho do que nunca. Recomeçou a andar a passos lentos atrás da pequena, que já estava quase imperceptível entre as árvores enquanto continuava sua marcha á passos duros.

Foi como uma fração de segundos, tudo aconteceu ao mesmo tempo.

Ela chegou à auto-estrada. Um carro parou. Uma raiva cresceu em Jasper.