Essa é a primeira fic decente que eu escrevo, só que me faltava uma força de vontade maior pra postar (também porque a Artis não aprovava os capítulos logo¬¬) Estou introduzindo uma personagem minha, que criei só pra essa fic, e que deu super certo! Sem mais rodeios. Boa leitura!
Os personagens de Inuyasha não me pertencem, e sim á nossa querida Rumiko Takahashi.
- falas em travessões - falas dos personagens
"falas em itálico e aspas" pensamento dos personagens.
(falas em parênteses) comentários sem noção da autora.
Aprendendo a Amar – Como tudo começou
-Agatha, vai logo senão vamos perder a hora!
-Tô indo! A gente não tá tão atrasada assim...
-Não estamos, mas vamos estar se você não se apressar.
-Pronto. – arrumando os cachos do cabelo - O que acha? Tô bonita?
-Tá linda, vamos.-puxando Agatha pra fora de sua casa.
Era o primeiro dia de aula de Agatha e ela pediu pra sua amiga passar em casa pra ela não ter que ir para a nova escola sozinha. Celine era sua melhor amiga, mas não estava na mesma escola que ela por motivos financeiros. Na cabeça de Agatha ir com ela era o mínimo que ela poderia fazer por não estar na mesma escola. Celine não era daquelas que chegava na hora na escola, é que faltavam cinco minutos para bater o sinal e Agatha estava enrolando demais.
-O que deu em você hoje hein? – olhando pra Agatha com uma expressão de dúvida - Geralmente a obcecada por chegar na hora é você...
-Mas é o meu primeiro dia. Eu tenho que ficar impecável sabe, a primeira impressão é a que fica. Mas me diga, meu cabelo não tá muito armado? – repetiu passando novamente a mão nos cachos fartos bem arrumados em seu longo cabelo.
-Não. Tá lindo eu já disse. – ela estava começando a ficar estressada com as manias da amiga - Quem dera eu ter um cabelo igual ao seu com todos esses cachinhos, eu só tenho essa coisa escorrida...
-Pára. Meu cabelo não é tão lindo assim. Eu bem que queria ser loira de olho azul. – com um olhar sonhador para o céu
-Mas isso é coisa para privilegiadas como eu. – falou Celine com ares de superioridade - Mas pensa bem, ia ficar esquisita uma loira inteligente que nem você né?
-Vendo por esse lado, é. Ai meu Deus chegamos – disse parando em frente ao colégio. – Deseje-me sorte.
-Sorte. Tchau e tenha boas aulas.
-Pra você também.
Tinham chegado em cima da hora. Celine se despediu de Agatha e foi pra sua escola. Agatha estava extremamente nervosa, tinha acordado muito cedo por causa da ansiedade, tomou banho e trocou de roupa, ela até sairia mais cedo de casa se não tivesse implicado que seu cabelo estivesse um pouco mais rebelde que o normal. Ela demorou meia hora para deixar seu cabelo do jeito que queria. Teria demorado mais se Celine não tivesse chegado àquela hora. Agatha tinha grandes cachos castanhos que lhe caíam até os ombros. Todo mundo achava lindo, só ela não se conformava, sempre quis ter cabelo liso. Mas com o tempo ela já estava acostumando. Já estava na hora, pois tinha 14 anos.
Agatha entrou na escola, estava meio perdida, afinal aquilo tudo era muito novo pra ela. Ela se sentou em um banco no pátio e ficou observando os alunos chegando, na esperança de que avistasse alguém que conhecesse. Finalmente ela viu uma menina que tinha feito catecismo com ela, Paloma, por sorte ela reconheceu Agatha e foi falar com ela, tinha mais duas meninas do seu lado, uma morena de cabelos longos ondulados e olhos cor de mel e a outra era loira de cabelos curtos e olhos azuis, ela não lhe era estranha.
-Oi Agatha. Faz tanto tempo que a gente não se vê. – Paloma beijou Agatha na bochecha.
-Oi. Faz mesmo, uns cinco anos né?
-Deve ser. Ai, me desculpe, eu nem te apresentei as minhas amigas. – falou isso como tivesse esquecido de uma coisa muito importante - Essa é a Maira e a Sara.
A morena lhe lançou um sorriso amarelado, em compensação a loira foi bastante energética, abriu um sorriso largo e lhe beijou também.
-Olá. Acho que te conheço – disse se virando para Sara – Nós não estudamos juntas?
-Se eu me lembro acho que foi na terceira série...
-Sabia que conhecia você de algum lugar!
-Bom, acho que nós vamos deixar vocês conversarem. Eu e a Maira vamos dar um passeio – falou Paloma se afastando.
-Tá bom, tchau. Bom. mudando da lingüiça pro toicinho, Agatha o que é isso que você tem na mão?
-Isso?- apontando para uma meia lua na mão-É uma marca de família. Acho que minha uma ancestral minha tinha essa marca. Mas até que eu a acho bonita, sempre gostei da lua minguante.
-Ela é bonita mesmo. Não existem muitas pessoas que têm esse tipo de marca por aí... O que foi? Está dando risada porque?
-É que é estranho alguém falar dessa marca, geralmente falam de meus olhos primeiro.
-Ah.. isso... Sempre tive vergonha de perguntar, minha educação sabe... Mas já que você tocou no assunto, é marca de nascença também?
-Não – dando risada – Minha irmã também tem.
-Mas não fica difícil enxergar assim? Sabe, com as pupilas verticais?
-Parece né? Mas eu enxergo muito bem. Nem preciso de óculos... Xiiii... Esse é o nosso sinal para entrar na classe?
-É. Que pena. Mas vai se acostumando que alem do sinal tocar bem cedo tem lição todo dia...
-Jura?
-A-ham.
-Eu dou conta do trabalho, sempre gostei de estudar. Que aula temos agora? – falou subindo as escadas.
-Álgebra.
-Que bom, adoro matemática.
-Então é bom pra mim, porque eu sou muito ruim nessa matéria, aí você poderá me ajudar.
-Pode deixar que eu te ajudo...
Na hora do almoço...
-Mãe, cheguei!
-Oi filha. Como foi na escola?
-Ótima. Adorei lá. Até já fiz uma amiga.
-Como ela chama?
-Sara. Acho que você não lembra, eu estudei com ela.
-Ah.. tá. Troca de roupa e vem almoçar que você tem que ir comigo no centro pagar umas contas.
-Tá bom, to indo...
Agatha saiu com sua mãe e parou em uma loja de roupas. Enquanto sua mãe escolhia uma calça para seu sobrinho Agatha cobiçava alguns vestidos de festa no cabide do lado.
-Mãe, a gente pode comprar esse vestido pra eu usar no meu aniversário de 15 anos?
-Quê? Ah... depois a gente vê isso. Vamos levar essa calça pro seu sobrinho, o que você acha?
-Humpf. Compra vai... Mas depois a gente pode parar em uma lanchonete para comer? To morrendo de fome...
-Vamos. Agora vai comigo no caixa pra pagar, sabe como sou enrolada pra essas coisas.
-Não sei porque, você vive nesse mundo né.
-Fica quieta e dá o dinheiro pra moça.
Agatha deu o dinheiro pra caixa e foi embora. Quando se sentaram para comer alguma coisa, Agatha perguntou uma coisa que estava lhe importunando fazia um tempo.
-Mãe.
-O que?
-Porque sempre quando eu falo no meu aniversário de quinze anos você desconversa?
-Eu desconverso? Deve ser coisa da sua cabeça.
-Você faz isso sim! Quando eu falo alguma coisa sobre meu aniversário você fica nervosa e muda de assunto.
-Vamos parar de discutir, que eu não to boa hoje. – elevando o tom da voz.
-Tá. Mas que você faz isso, faz...
-Agatha!
-Já parei, já parei.
-Vamos embora que já tá começando a escurecer e eu não quero ir pra casa de noite.
Mãe e filha, ou melhor, Agatha pagou os salgados para que pudessem voltar para casa. Cansada de caminhar tanto debaixo do sol escaldante, a jovem despencou no sofá assim que chegou em casa. Só depois de muita insistência por parte de sua mãe que ela resolveu juntar todas as forças que lhe restavam para tomar um banho e dormir na sua cama aconchegante. Enquanto tomava banho, ela refletia sobre o acontecido da tarde. Porque será que sua mãe ficava tão nervosa quando ela falava de seu aniversário? No aniversário de sua irmã, ela não tinha ficado desse jeito, se bem que Agatha não lembrava muito bem, afinal, ela tinha apenas cinco anos. Todas as garotas fazem quinze anos algum dia. Será que era porque sua mãe tinha medo de perder seu bebê, que a garotinha estava crescendo? Quando Agatha estava tirando alguma conclusão, seu pai bateu na porta do banheiro porque ela estava demorando demais. Agatha secou seu cabelo e foi se deitar. Quando acordou no dia seguinte, esses pensamentos já não a afligiam mais. Ela estava se importando mais era com o pesadelo que tivera.
No seu sonho tinha um homem e uma mulher discutindo, eles eram jovens, ele aparentava ter uns 19 anos e ela 15. O homem era muito bonito, tinha os cabelos brancos e longos, e tinha uma meia lua tatuada na testa, ela parecia com aquela que Agatha tinha na mão e a mulher era mais bonita e exótica que o homem, tinha o cabelo liso e negro como veludo, tinha uma aparência felina por causa dos olhos amendoados e suas pupilas verticais, tinha unhas longas e mortais. Ela parecia muito com Agatha. Ambos usavam quimonos, isso eram muito estranho para Agatha, pois estavam em um campo muito verde á sombra de uma cerejeira. Eles brigavam demais. O homem ameaçou bater na mulher, mas ela se segurou sua mão, ela tinha mais força do que realmente aparentava ter. Ele se desvencilhou dela, murmurou algumas palavras e foi embora. Quando estava longe a mulher se debruçou na árvore e começou a chorar. Foi quando Agatha acordou.
Agatha se levantou e foi lavar seu rosto, estava pingando de suor.Enxugou seu rosto e ficou na frente do espelho olhando para seu reflexo desgrenhado e cheio de sono.
O que será que foi aquilo? – pensou Agatha – Aquelas pessoas, as roupas, o lugar onde tudo se passou, tudo me é familiar. Aquela mulher. Depois de perguntar sobre seus antepassados, a aparência daquela mulher batia com a descrição de sua ancestral japonesa, de onde lhe vieram o nome e os olhos. Tudo o que sabia sobre ela é que ela viveu no Japão na era feudal, na época em que o misticismo começava a crescer, histórias sobre seres inimagináveis, humanos com aparência de animais e sacerdotisas com poderes além do normal. Eram as histórias que sua mãe contava para Agatha quando era criança, por isso, desde pequena ela sempre teve muito respeito á pessoa que sua antepassada foi. Um certo dia sua mãe contou a história da morte de Agathisis (Esse era o nome dela). Agatha sempre gostava de lembrar dessa história apesar dela ser um pouco triste, mas ela adorava esses tipos de romances. Ela lembrava de cada palavra:
"Em uma era muito antiga, em um povoado longínquo do Japão, Agathisis apaixonou-se por um belo príncipe demônio que governava as terras vizinhas de onde ela morava. O único problema era que esse amor não era mútuo. Ele se preocupava mais com sua aparência e seu orgulho do que com o que o rodeava. Ela falava com ele de vez em quando, mas essas conversas eram sempre muito curtas, por causa de seus temperamentos fortes, eles sempre acabavam brigando. Em uma dessas brigas Agathisis acabou deixando escapar que sentia amor por ele. Ele não podia acreditar, aquela feiticeira reles e de gênio ruim gostava dele, acabou por debochar de seu amor. Agathisis com seus olhos se enchendo de lágrimas não agüentou e explodiu. Ela lhe disse tudo o que em séculos ninguém teria coragem de dizer por medo; com a força da ofensa ele não agüentou e tentou bater nela, mas como ela era bem treinada e tinha reflexos muito rápidos, conseguiu conter sua mão. Não mais agüentando seu orgulho ferido, esse príncipe deu as costas para ela, falou-lhe palavras duras e foi embora sem nem olhar para trás. Muito triste e com um imenso vazio em seu coração, Agathisis se debruçou na árvore em que estava na frente e começou a chorar. Machucado e sem mais vontade de bater, seu coração parou e, aquela que um dia era a luz daquele povoado, caiu levemente á raiz de uma cerejeira em um final de tarde. Uma moça muito corajosa e com um coração de seda finalmente tinha acabado sua estada na terra, por causa de um amor não correspondido, um amor..."
Agatha sempre chorava com essa história e, ao recobrar dela seus olhos esverdeados marejaram levemente.
-Talvez seja isso – pensou – De tanto eu pensar nessa história acabei sonhando com ela.
Um pouco mais aliviada Agatha saiu do banheiro, mas quando colocou a mão na maçaneta da porta, sua cicatriz parecia queimar, Agatha deu um grito de dor. Sua mãe apareceu correndo para ver o que tinha acontecido.
-O que aconteceu Agatha? Não é outra barata?
-Não, não é nada. – Falou passando pondo uma mão em cima da cicatriz para esconder a vermelhidão - Só me assustei com uma lagartixa que passou pela janela, só isso.
-Sei. Mas da próxima dá um chilique menorzinho para não acordar os outros viu.
-Tá bom, pode deixar.
A mãe de Agatha saiu e foi para a cozinha preparar o café. Agatha estava parada na porta do banheiro olhando para sua mão. Estava um vergão agora, mas á alguns momentos atrás estava em fogo. Agatha estava estranhando estar acontecendo tanta coisa estranha em um dia só. E era de manhã ainda. Agatha tentou desencanar com isso e resolveu se preparar para ir á escola. Ela mal sabia que estava só começando.
Passados alguns meses, Agatha se encontrava sentada em uma carteira de escola praticamente dormindo com a explicação de um professor chato de geografia. Estava observando a tampa de sua caneta quando imagens de um sonho passaram por sua cabeça. Esses sonhos estavam cada vez mais constantes e mais detalhados. Era sempre o mesmo sonho e as mesmas pessoas. Agora ela podia ouvir o choro daquela mulher, suas lágrimas caírem no chão e o som de um pisar de pés na grama se afastando. Quanto mais sonhava com isso, mais ficava com pena dessa moça. E de vez em quando acordava com sua cicatriz na mão ardendo, mas já estava começando a se acostumar, talvez fosse algum problema de má circulação.
Batendo o sinal da escola, Agatha se despediu de suas amigas e foi embora para sua casa. Chegando lá se sentou á mesa e ficou olhando para a cara de sua mãe. Sua mãe estava terminando de mastigar a comida quando perdeu a paciência.
-O que deu em você hoje? Não para de olhar para minha cara.
-Nada não. Só estava pensando que falta um mês para meu aniversário e você nem tocou no assunto sobre o que vai ser feito.
-Já que você quer saber e se eu não lhe falar você não vai me deixar em paz eu falo o que vamos fazer: Nada.
-Nada? – falou Agatha perplexa.
-Nada. Você sabe que a verba tá pouca e não vai ter jeito da gente fazer festa. Então eu vou fazer apenas um bolo pequeno para nós.
-Humpf. Ta bom. Pelo menos já é uma coisa.
Agatha se retirou da mesa emburrada e foi para seu quarto deixando sua mãe sozinha na mesa.
-Me desculpa filha, mas um dia você vai entender o que eu estou fazendo por você.
Sua mãe deixou cair uma lágrima em cima de seu prato e o levou para a cozinha para terminar de lavar a louça.
Agatha se deitou na cama desarrumada, não estava com um mínimo de vontade de arrumar o quarto, e ligou o som, estava tocando uma música bem calminha e Agatha acabou por cochilar com o uniforme da escola e tênis, quando teve um sonho revelador.
Agatha não estava nem um pouco surpresa de onde estava, era sempre o mesmo lugar, só que ela não estava assistindo tudo de longe como antes e sim ela era uma das pessoas, a mulher. Agatha não conseguia controlar suas pernas, parecia que elas sabiam exatamente onde queriam ir. À sua frente ela viu aquele belo homem de cabelos brancos, ele estava observando o horizonte encostado em uma cerejeira. Agatha começou a andar na direção do rapaz, seu corpo se movia sozinho, parecia que tinha vida própria e que ela era apenas uma alma habitando um corpo sem dono.
Aproximou-se do rapaz. Agatha mal pisava no chão, quase flutuava, talvez fosse pelos anos de experiência na guerra, Agathisis além de feiticeira também era uma ótima guerreira, sabia se aproximar do inimigo furtivamente sem que ele percebesse, tanto tempo agindo assim que pegara o costume de andar desse jeito no seu dia-a-dia.
Agatha achou estranho, também podia ver as lembranças de sua tataravó.(N/A: gente, eu sei que a Agathisis era irmã da tataravó da Agatha, mas eu achei estranho por tataratia, então contem como sendo isso, tá )
Encostou-se à árvore, o homem nem se incomodou com a chegada da moça, continuou a contemplar o infinito, depois de vários minutos em silêncio, o belo homem pronunciou algumas palavras em um tom relativamente baixo, mas nem tão baixo que Agatha não conseguisse ouvir.
-Este campo já foi um lugar melhor... Antes de ser freqüentado por humanos.
Ele virou o rosto que estava coberto por uma longa e alva mecha, retirou o incômodo de sua face e a observou com um olhar de quem estava se divertindo com a irritação que seu comentário provocou na cara de Agathisis.
O rosto da feiticeira esboçava uma expressão de raiva. Mesmo sentindo o que Agathisis sentia, Agatha não conseguiu deixar de ficar surpresa com a beleza do rapaz, ele era muito mais lindo de perto, com aqueles olhos âmbar misteriosos que agora brilhavam como se alimentassem de sua cólera.
Agatha ia responder á altura de Sesshoumaru, esse era o nome do rapaz: Sesshoumaru, ela via esse nome tatuado na mente de Agathisis, mas ele a cortou no meio do impulso para falar.
-O que você quer afinal? Já que se deu ao trabalho de vir até aqui pra me incomodar? – disse ele displicente.
A expressão raivosa desapareceu subitamente do rosto de Agathisis e seu rosto voltou á calmaria de sempre. Agatha sentia que sua tataravó começava a ficar um pouco nervosa até que tomou coragem e desabafou.
-Tá bom! Já que você quer assim, eu digo! Estou querendo lhe dizer isso há muito tempo e acho que chegou a hora. Eu lhe vejo por essas terras desde que nasci, e de uns tempos pra cá venho sentindo pelo senhor algo mais que respeito, já que o senhor é o mais forte e mais bonito youkai desse país. Eu não achava oportunidade para lhe falar isso, tive a sorte de encontrar o senhor aqui, não quero tomar mais o seu tempo, só quero dizer que gosto muito do senhor. Não estou pedindo que o senhor sinta o mesmo por mim, só que se não lhe contasse eu ia acabar explodindo...
As palavras saíam muito rápido de sua boca como se esperassem por isso há muito tempo. Enquanto falava de seus sentimentos, Agathisis percebeu que começava a transparecer meio que um sorriso no rosto do youkai. Ela achou que era um sorriso de que o seu sonho estava sendo realizado, que finalmente tinha sido correspondida. Quando estava se aproximando dele para o abraçar, aquele sorriso angelical se tornou maléfico, talvez até debochador.
-Você é muito mais estúpida que eu imaginava, se um dia pensou que eu, Lorde Sesshoumaru, senhor das terras do Oeste, teria algum sentimento além de desprezo por algum ser humano.- falou Sesshoumaru com ar superior
Lágrimas quentes escorriam do rosto de Agathisis, uma mescla de tristeza e raiva transparecia em seus olhos agora vermelhos.
-Sabe, o Inuyasha tinha razão. Você não passa de um youkai desprezível. A Kikyou sim é uma mulher de sorte. O Inuyasha vale o esforço da Kikyou, que por amar ele, está perdendo seus poderes de sacerdotisa. Você não merece o esforço de ninguém. – enxugando suas lágrimas que agora ensopavam o belo kimono bordado á mão, que a cada palavra dura que pronunciava se molhava mais.
Finalmente tinha conseguido ferir o orgulho do grande youkai. Os olhos de Sesshoumaru se transformaram em fogo e ele avançou pra cima de Agathisis que conseguiu conter o braço do youkai, apesar de estar fraca da última batalha, sentiu uma fisgada em seu ventre, um corte que não tinha cicatrizado por completo abriu e começara a sangrar.
Sesshoumaru recuou, seus olhos voltaram ao tom amendoado de sempre. Lançando um último olhar de desprezo para a feiticeira que agora está caída no chão, foi embora se afastando rapidamente sobre a grama verde.
Agathisis se apoiou na árvore e deitou sobre suas raízes. No chão se formava uma grande poça de sangue, pois o corte era muito grande e fundo. Com o esforço a que se submeteu de segurar aquele youkai forte ele não parava de sangrar. Sem forças, apenas deu tempo de lançar apenas mais um feitiço.
-Mas com o que resta de meus poderes vou fazer uma última prece. Como não tenho descendentes, talvez em uma de minhas sobrinhas caia essa magia. Ele vai saber o que é sofrer por amor. Essa predestinada aos meus poderes terá algumas dificuldades, mas terá de agüentar essa sina com força e disciplina (N/A: nossa! Rimou!). Ai!
A moça estava perdendo sangue rápido e não tinha ninguém para lhe socorrer.
-Acho que agora poderei ir em paz. Adeus mundo que tanto amei nesses anos viva...
Dizendo assim ela deu um último suspiro e sua alma abandonou seu corpo que se transformou em cinzas, sobrando apenas um colar com um pingente em forma de estrela. Agatha estava indo embora com sua alma quando acordou desesperada, sua mãe estava olhando assustada para ela, era óbvio que devia ter dado um escândalo enquanto tinha aquela visão. Tinha lágrimas misturadas em seu suor. Agatha olhou para baixo e observou melhor o colar que usava desde pequena. Era o mesmo.
-Filha, o que aconteceu? Você está nervosa e sua respiração está ofegante. Por que está segurando assim seu colar? – disse sua mãe nervosa, sabia muito bem o porquê disso.
-Nada mãe. Só tive um pesadelo, nada mais – mentiu rápido.
-É sempre o mesmo não é? – perguntou, um pouco triste.
-Como assim?
-Os pesadelos Agatha. Faz quanto tempo que você está tendo eles? Isso é sério, filha.
-Sei lá. Uns seis meses... Mas pode deixar, não é nada...
-Porque você não me disse isso antes? – sua mãe deu um berro que fez Agatha saltar uns centímetros da cama de susto.
-Calma mãe... É só um pesadelo.
-Você escutou o que eles diziam? – perguntou, nervosa.
-Sim. – Agatha estava tentando descobrir como sua mãe sabia disso tudo.
-Então não temos muito tempo. – sua mãe olhou apreensiva para o relógio.
-Tempo pra quê? – Agatha estava muito perdida naquela conversa.
- Filha, chegou a hora. Você precisa saber de tudo.
OoOoOoOoOoOoOoOoOoO
Custou muito, mas o primeiro cap ta aí. Desculpe se eu fui muito repetitiva, prometo que os próximos caps vão ser melhores.
Eu queria agradecer á Artis pelo apoio, graças á ela esta fic está no ar e pra Pime-chan, ela não fez nada pra me ajudar, mas só de ficar ouvindo essa história milhões de vezes já bastou pra levantar meu ânimo.
Bjuss
