Avisos: Co-escrita pela Mello Evans! Sem spoilers.
Par: Stony (Steve Rogers / Tony Stark)
Classificação: M (slash lemon hardcore, você-foi-avisado!)
Disclaimer: Um dia os dois serão meus!
Nota das Autoras: Algumas madrugadas sem dormir e duas mentes pervertidas trabalhando juntas. Mello & Aino trazem a vocês nossa primeira fic Stony! Angst, fluff e muito lemon para vocês! ^^ Durante o roleplay os personagens ganharam vida própria, não nos culpem! Eles se amam! (E acabou ficando em duas partes porque eles não conseguiam parar! OMG!)
Nota da Aino: Segunda fic de Vingadores, my #1 OTP deste fandom, desta vez em parceria com a poderosa Mello! Thanx, darling! ^^
Battle
O Homem de Ferro pousou sem muita graciosidade ao lado da Viúva Negra e do Hulk. A armadura e os propulsores estavam bastante danificados após a batalha. Mais adiante estava o Capitão América, ainda berrando ordens para o Gavião Arqueiro, que se encontrava vários andares acima.
- Relaxe, Capitão. Já acabou. Nós vencemos, fim. - disse Tony Stark, displicentemente, através do comunicador.
Steve parou de dirigir a palavra a Clint para ouvir o que o todo poderoso Homem de Ferro tinha a lhe dizer. Ele falara mesmo "relaxe"? "Re-la-xe"? Quem aquele cara pensava que era? Ah, sim! O loiro lembrou-se do monte de adjetivos que o moreno lhe dissera. Indignado, replicou:
- Relaxar com o quê exatamente? Relaxar em relação a sua falta de espírito de equipe e seu descaso para com as ordens que lhe são dadas?
- Não comece o sermão, Capitão. Eu estava ocupado demais salvando seu traseiro patriótico de pelo menos dois ataques aéreos pra perder tempo dando atenção à sua ladainha no comunicador... - o tom de Stark continuava displicente. Ele sempre deixara claro que não era bom trabalhando em equipe, afinal.
O loiro comprimiu os lábios. A questão não era ser patriota, seus ideais iam além de qualquer bandeira – embora ele vestisse uma. Ele estava lutando pelo povo americano acima de tudo. No entanto explicar seus ideais e valores a um cara que só pensava em dinheiro, fama e mulheres parecia absurdo. Até um pouco cômico. Mas Steve Rogers era o tipo de cara certinho, que defendia seus valores até a morte, e mesmo que aquele filho de uma mãe não lhe desse a mínima, ele iria escutar.
- Você tem sorte dos Vingadores precisarem de você, Stark – no momento ele não quis pensar em como custeavam toda aquela equipe sempre cheia de aparatos – Mas não abuse disso. Você pode até trabalhar sozinho, ou seja lá o que for, mas isso aqui ainda é uma equipe e em uma equipe existe algo chamado responsabilidade! Já ouviu falar?
Aproximou-se o suficiente para encarar o filantropo de cima e fazê-lo sentir sua respiração. Ele estava, sim, bufando de raiva diante de tanta prepotência.
Tony estava começando a se aborrecer. Ele abriu a máscara da armadura para encarar Rogers nos olhos.
- Responsabilidade é obedecer tudo o que o "capitão" mandar? - ele frisou a patente com desprezo - Desculpe, Rogers. Mas não me lembro de ter me alistado em exército nenhum... E nem de ter concordado com Fury quando ele te apontou como líder de campo.
Rogers engoliu em seco, de certa forma aquela criatura tinha razão, mas devolveu.
- A questão não é receber as ordens do "capitão", e sim pensar em um bem maior - o primeiro vingador também fez questão de falar a palavra arrastadamente. Ele não pedira aquela patente, esta apenas lhe foi dada. E sim, ele havia se alistado. Seu ideais estavam acima de sua própria vida. - Já que você não pensa, eu estou aqui para pensar! Já que por debaixo de todo esse cobalto só existe arrogância e nem um pouco de empatia. E sendo tão egocêntrico, deveria pensar pelo menos em sua própria segurança!
Se havia algo que ele tinha certeza é que ninguém, exceto talvez Pepper, se importava realmente com ele. De certa forma, a despeito de seu egocentrismo, nem ele mesmo se importava muito. Estava sempre se colocando em situações de risco por um pouco mais de emoção em sua vida vazia. Por outro lado, ninguém, nem mesmo Steve Rogers, poderia acusá-lo de não ajudar outras pessoas. Arriscando inclusive a vida.
- Oh, agora você está preocupado "comigo", Rogers? - Tony debochava descaradamente. - Cuide da SUA vida, capitão. Da minha cuido eu.
Steve piscou diante do protesto de Anthony Stark e disse sem pensar.
- Claro que me importo.
Ele realmente não entendeu como o outro poderia achar que ele não se importava. Está certo que ele era um grande filho da mãe, mas ele era também um ser humano. Alguém que estava se colocando em linha de frente contra aqueles alienígenas.
Ele pretendia acrescentar alguma coisa à declaração, no entanto lhe faltaram palavras. Porque as de Stark o atingiram e, de certa forma, o machucaram. "Cuide da SUA vida." Ele era o único ali que realmente não tinha uma. Ele estava no lugar errado, no tempo errado e a única pessoa que talvez se importasse com ele já havia morrido.
Tony percebeu que, de alguma forma, tinha passado dos limites novamente. Percebeu o olhar de Rogers mudar de raiva para uma melancolia mal-disfarçada. Isso logo depois de dizer q se importava com Tony! Antes que ele mesmo pudesse demonstrar seu constrangimento, ele fechou novamente o elmo da armadura e anunciou:
- Terminamos de discutir a relação na reunião - e levantou voo com os propulsores engasgando, seguindo para a sede da S.H.I.E.L.D.
Stark sempre fazia pouco dos outros. "Discutir a relação". Eles não tinham nenhum tipo de relação pra discutir, exceto a profissional. E era a profissional que sua vida se resumia.
- Tsc... – resmungou entre a raiva e a melancolia vendo o outro partir.
Na base da S.H.I.E.L.D. eles resolveriam qualquer controvérsia. No fundo, porém, ele gostaria que o assunto já estivesse encerrado. Stark tinha uma maneira arrogante de lhe fazer lembrar de que sua vida era só aquilo... a S.H.I.E.L.D.
A reunião tinha sido o tédio de sempre. Rogers fez todo o relatório técnico enfadonho, enfatizou as seis vezes em q suas ordens foram ignoradas pelo Homem de Ferro, e puxou o saco de Fury como se sua vida dependesse disso. Natasha fez seu relatório de inteligência, Clint o de observação, Bruce chegou na metade da reunião terminando de abotoar a camisa (como sempre) e Thor permaneceu calado tentando entender o que eles estavam fazendo ali sentados àquela mesa discutindo, quando deveriam estar todos bebendo e comemorando a vitória. Tony particularmente concordava com ele, mas, por sua vez, não fazia questão nenhuma de disfarçar insatisfação de estar ali.
Mais tarde, na Torre Stark, um bilionário exausto, de regata e moletom, foi até a cozinha buscar um café e acabou encontrando a última pessoa q desejava encontrar:
- Boa noite, capitão... - ele resmungou, revirando os olhos.
Rogers que se encontrava sentado na cadeira bebendo um copo de leite gelado. Olhou o outro sem muita cordialidade enquanto franzia o cenho.
- Boa - devolveu educado tomando mais um gole da bebida e depositando a caneca no mármore da mesa.
Ouviu-se apenas o estalo seco na penumbra do ambiente. Umedeceu os lábios com a língua enquanto e semicerrava os olhos, observando o outro colocar café para si.
- Me diga, se não gosta tanto de estar em equipe, se trabalha sozinho e demonstra sempre desgosto em nossas reuniões, por que está na S.H.I.E.L.D.? Você tem algo além disso aqui." Perguntou com sinceridade.
Tony terminou de se servir do café. Ele não estava com humor para conversar, o que era raro, mas especialmente com Rogers. Aquele 'eu me importo' ainda estava ecoando incomodamente em sua cabeça e ele preferia esquecer aquilo. Agora Rogers recomeçara com o sermão e não estava ajudando. Ele deu um suspiro longo e virou-se para encarar o loiro, sem sair do lugar.
- Em primeiro lugar, a maior parte dos recursos da S.H.I.E.L.D. sai do meu bolso. O mínimo que isso me garante é um lugar na equipe. E você não acha que eu ia deixar todos vocês salvarem o mundo sem mim, não é? - ele deu um sorrisinho e bebeu um gole do café. - Em segundo lugar eu... Tenho que compensar algumas coisas... Isto é... Consertar alguns erros. Não é novidade para ninguém.
Ele falou como se não fosse importante, mas não pode disfarçar o incômodo que o assunto lhe causava. Deu mais um gole longo do café esperando que o assunto se encerrasse, mas viu que Rogers ainda o encarava. Aos diabos, ele encarou de volta, sério:
- E quem lhe disse q eu tenho mais alguma coisa?
Rogers media Tony. Ele era um cara inteligente, mas havia assuntos que ele não mencionava, assuntos que ele não saberia especificar, mas lhe incomodava não saber. A curiosidade dançava em seus lábios, perguntas que ele queria fazer, mas teve que mordê-los. Ao menos gostou de o outro se dar ao trabalho de tentar explicar algo.
Sobre a questão dos recursos, é claro que ele sabia de onde vinham, nada caia do céu. O segundo ponto, porém, fora bem mais interessante. Não sabia que aquele egocêntrico se importava com alguma coisa.
- É bom querer reparar erros... - olhou para o leite inerte no fundo do copo, tentando entender o a que raios o outro se referira no final.
- Bom, você tem o que cuidar além disto aqui – disse ele, referindo-se aos Vingadores - Sua vida não se resume a lutar por causas que nem suas são. Tem alguém que se importa com você, que você sabe que está ali... Esperando você voltar. Alguém que se importa com você e não apenas o contrário...
De quem ele estava falando afinal? Da vida de Stark ou o que ele queria que houvesse na sua própria?
Tony percebeu o tom travado na voz de do soldado. Alguém que se importava. Tony tivera Pepper, mas eles não estavam mais 'juntos'. Ela não conseguira lidar com o egocentrismo dele afinal. Mais um relacionamento vão. Quem se importava com Tony Stark afinal?
Foi quando, a despeito de pensar sempre no próprio rabo, caiu a ficha de Tony: Steve Rogers também não tinha ninguém. Apesar de seu altruísmo, suas boas intenções, seus ideais elevados, Rogers era tão só quanto o egoísta Stark. E, diferentemente de Tony, que tinha cavado a própria cova e pagava o preço de suas atitudes inconvenientes, Rogers não tivera uma escolha. Tudo que ele construiu, todos que ele cativou e que lhes eram caros foram arrancados dele pelo algoz mais inexorável: o tempo.
Stark engoliu mais um pouco do café que já esfriava:
- Eu entendo você... Eu também não tenho ninguém, Rogers.
Demorou certo tempo para aquela frase ganhar significado na mente de Steve. Afinal, vinha de Anthony Edward Stark, o maior egomaníaco de Nova York. Ele sentiu pela primeira vez que Stark não estava fazendo uma de suas piadinhas irônicas ou usando de sarcasmo exagerado. Ali, entre aquelas quatro paredes, no momento em que aquilo fora dito, existiam apenas Tony e Steve. Sem máscaras de super-heróis ou grandes vilões para derrotar, apenas duas criaturas tão distintas e iguais que chegava a ser um paradoxo.
- Você... sabe? - o loiro teve receio de perguntar. Em todas as suas perguntas a rispidez dançava propositalmente em seus lábios, mas agora não. Ele não era único ali com problemas e ele queria saber mais da vida de um homem que era muito mais que um filantropo ou presidente de uma indústria bélica, e teve que medir – ou pelo menos tentar – suas palavras. Não queria que Tony fosse embora. Não queria.
Ao ver o olhar do loiro, Tony imediatamente se arrependeu de ter permitido que a conversa, que ele nem queria ter para começar, tomasse aquele rumo. Ele não gostava de, e não era bom em, demonstrar sentimentos. No entanto, ali estava ele, compartilhando com seu rival de princípios, a última pessoa na Terra que ele gostaria que soubesse das coisas que se passavam por trás do reator arc. Ele segurou a caneca de café com as duas mãos e abaixou os olhos, olhando para o líquido escuro:
- Diabos, Rogers. Quantas pessoas você acha que conseguem me suportar por mais de algumas horas? Meus pais morreram e mesmo eles não demonstravam muita tolerância comigo. E Pepper... Bem, é claro que é sempre culpa minha - ele deu um sorriso triste. - Eu sei o que é estar sozinho. Como sei que você está.
Um sorriso maroto quase se formou no rosto de Steve, mas o loiro não se permitiu. Tony Stark falando assim, logo com ele, que sempre questionara a presença do moreno nos Vingadores... E repentinamente ele entendeu as razões de Stark ser assim: foi a forma que ele encontrou de se proteger. E Steve não poderia culpá-lo – eles eram iguais, tinham apenas feito escolhas diferentes a partir de suas experiências.
Seus olhos faiscaram tentando saber mais daquele homem a sua frente.
- Sinto muito...- disse, referindo-se a Pepper. - Mas acredito que muitas pessoas se interessariam em ficar horas com você e teriam o prazer em fazer isso sem ter que te 'suportar' - fez uma breve pausa para enfatizar ainda mais a ultima palavra.
- Eu, por exemplo. - concluiu ingenuamente. O primeiro vingador era um excelente estrategista em batalhas, mas se tratando de conversas, ele era um dos piores exemplos de desenvoltura do mundo. Na dúvida, ele sempre optava por dizer exatamente o que sentia.
Tony foi pego de surpresa por aquelas palavras e, instintivamente, voltou a olhar para Rogers. Ele viu sinceridade, como sempre. O capitão era assim: honesto até quando sua vida estava em risco e, por Deus, talvez fosse essa a situação. Tony previa um desastre a caminho, mas agora já tinha embarcado naquele trem e, se assim fosse, descarrilaria com ele.
'Eu me importo' ainda ecoava em sua mente, mas aquelas últimas palavras acabaram por abafar qualquer outro som. Tony deixou sua caneca na bancada e foi sentar-se à mesa, de frente para Rogers. Ele olhou-o mais de perto, sondando-o. A despeito de estar lidando com o homem que nunca mentia, ele teve que perguntar:
- Você faz alguma ideia do que está falando?
Steve piscou novamente. Aquele homem sempre o surpreendia de alguma forma. Gostou de Stark ter vindo se sentar à sua frente, mas não entendeu muito bem o que Stark queria com aquela pergunta. Ele estava sendo apenas sincero afinal. Era o que ele estava sentindo com relação a um Homem de Ferro que ele não conhecia.
- Sim – respondeu, curioso para saber aonde o moreno queria chegar - Eu já disse. Eu me importo com você e... - Steve não tivera tempo de aprender a lidar muito bem com sensações e sentimentos - ...Bom, estou gostando de estar aqui, com você - completou.
Tony recostou-se na cadeira e ergueu as sobrancelhas avaliando as palavras de Rogers. Ele não podia negar que estava aturdido com todas aquelas declarações. Tentou, porém, não demonstrar seu embaraço e fitou o capitão com curiosidade. Onde Rogers queria chegar? Ele não conseguia ler segundas intenções nas palavras sinceras do outro homem. Stark, porém, era um homem cheio de intenções: primeiras, segundas, terceiras e às vezes quartas. Apesar disso, achava melhor ser cauteloso... Ele mesmo estava muito exposto ali e não estava muito certo sobre como agir.
- Eu... Hm. Obrigado. Eu também estou, de certa forma... - TROPEÇANDO NAS PALAVRAS! Ele pensou. Tony Stark estava tropeçando nas palavras! Aquilo não era bom!
O primeiro vingador sentiu-se pesado, medido e sendo considerado nos pensamentos do outro. Pensamentos que ele não saberia supor quais eram. Ele viu olhar escuro, penetrante, tentando ler suas ações... Suas mãos suaram e achou melhor segurar a caneca de leite com um pouco mais de veemência, mas não com força o suficiente para quebra-la. Seu coração acelerou levemente com o 'obrigado'. Isso vindo de Stark como reposta para ele era no mínimo... interessante. Não saberia dizer o motivo de tanta desconfiança do outro com relação ao que ele estava dizendo, mas ele deveria ter suas razões. Mordeu o lábio esperando que o filantropo terminasse a frase. O moreno lhe fazia sentir-se curioso, querendo saber até onde iria o fio da meada.
- Você está...? – perguntou, inclinando o corpo ligeiramente para frente demonstrando o interesse.
OK. Tony só conhecia UMA maneira de demonstrar sua apreciação pela companhia de alguém. E não é porque se tratava de Steve Rogers, o Capitão América, modelo de perfeição da nação, alto, forte, loiro, de olhos azuis e lábios vermelhos, que ele tinha que mudar seus métodos.
Ele se inclinou também um pouco pra frente e hesitou apenas por um segundo antes de olhar dentro daqueles olhos azuis. Então, sentiu-se novamente em terreno familiar. Estreitou os olhos como fazia quando seduzia. E aquele era um jogo que sabia jogar. A confiança renovada trouxe firmeza para a voz que saiu baixa e rouca:
- Eu estou 'gostando' da sua companhia também, capitão... E espero poder aprecia-la um pouco mais - e diminuindo mais a distância entre eles, finalmente pousou os lábios nos de Rogers num beijo suave.
Steve não sentiu o perigo até ver o outro se aproximar e encostar os lábios nos seus. Era completamente leigo naqueles assuntos. Não era a primeira vez em que era beijado, mas... Por Deus, que lábios macios eram aqueles? E por que ele não reagia? Stark era um homem – interessante, sim, mas um homem. Não se via homens se agarrando assim nos anos 40. Não com muita frequência, pelo menos. E muito menos sendo ele uma das partes envolvidas.
Seus olhos continuaram arregalados até sentir uma língua ladina valsar ao redor de sua boca e, instintivamente, descolou seus lábios dando passagem para aquele músculo embevecido de saliva e com leve gosto de cafeína. Fechou as pálpebras tentando não pensar em como a mente de Tony deturpara um simples 'estou gostando da sua companhia'.
E a caneca de leite trincou à medida que seus batimentos cardíacos aumentaram. Ele estava gostando daquilo. Stark continuava a lhe deixar curioso. Se é que ainda poderia usar essa palavra para descrever tudo o que estava sentindo.
Tony deixou a língua escorregar entre os lábios de Rogers e começou a explorar a boca do soldado. Primeiro lentamente, saboreando ao máximo o gosto do outro e roubando o sabor da bebida que tinha tomado ("Leite?" Tony quase riu). Depois o beijo tornou-se mais intenso e profundo, mais urgente. Tony remexeu-se na cadeira e inclinou-se ainda mais, levando uma mão ao rosto de Rogers e tazendo-o mais para perto. Ele estava quase subindo em cima da mesa. Não acreditava em como era bom beijar Steve Rogers.
Certo. Era basicamente a mesma coisa de uma mulher, exceto pelo o mero detalhe de estar beijando Tony Stark, o playboy da cidade. Mas aquilo, naquelas circunstâncias, aquilo era realmente mero detalhe - principalmente quando aquela língua explorava cada canto de sua boca com maestria. Quase se perdera no beijo, mas a mão de Tony em seu rosto, lhe instigando a continuar com aquilo foi demais.
Viu o moreno quase subir em cima da mesa e resolveu ajuda-lo afastando-se levemente para o lado e aproximando-se do moreno, ficando quase que sentado, quase que em pé. A posição não era muito confortável, mas não queria se desgrudar daqueles lábios. Era tão bom, mesmo não sabendo muito bem como agir. Ele nunca tinha ido muito além do que um beijo de alguns segundos. Resolveu imitar o engenheiro bélico, tocando seus dedos naquele pescoço quente e subindo até o queixo. Sua curiosidade aumentando, querendo sentir mais de Tony, a cada enroscar de línguas.
Tony sentiu um calor familiar espalhar-se pelo seu corpo vindo do lugar em que Rogers o tocava. Aquele calor irradiou-se até abaixo do seu estômago e quase lhe fez soltar um gemido. A respiração começava a falhar e Rogers estava correspondendo ao beijo com entusiasmo! Com um enorme esforço, Tony afastou os lábios do primeiro vingador, mas continuou segurando seu rosto, quase com medo de que o outro pudesse fugir, e ficou encarando-o ofegante.
Rogers quase choramingou de reprovação quando não sentiu mais os lábios do outro contra os seus. Estava querendo mais aproximação e o outro se afastava assim, sem aviso prévio...? Mas o soldado gelou com aqueles olhos escuros que lhe encaravam sugestivos e com a mão quente que lhe restringia a ficar na mesma posição.
Estavam provavelmente na pior posição possível, com uma mesa entre eles, e Tony, naquele momento, ansiava por mais contato, mais do que qualquer coisa no mundo. Tentando controlar a respiração, ainda olhando naqueles olhos emoldurados por um rosto agora corado, ele perguntou quase num sussurro:
- Vamos... para o quarto?
Continua...
