Writting love through photos.

- Um passo para a direita, por favor. Isso! Agora coloque as mãos no rosto e faça aquela carinha de criança que eu adoro.

Click.

- Perfeito!

A morena riu e rolou os olhos, em extremo estado de diversão. Como Blaise prometera, aquela sessão estava sendo deliciosa.

- Já posso ver as fotos, B?

- Ainda não, já disse que só vai ver quando eu pegar você de todos os ângulos, com todas as poses e caretas. Vai, agora é só sentar. Isso. Uma perna dobrada e outra esticada. Mostra bem a capa dos livros. Isso.

Click.

- Pansy, cada vez mais quero somente você como modelo – comentou, olhando a câmera fotográfica com devoção.

A morena levantou-se devagar e caminhou até o companheiro, o qual estava absorto com suas fotos. Para Pansy, era um hobby admirável o que Blaise desenvolvera. Fotografar as pessoas era o mesmo que capturar uma parte de vida para que jamais fosse esquecida. Se bem que tinha plena certeza de que aquele período jamais ousaria apagar-se de sua mente. Ainda sorrindo, chegou-se sorrateira e retirou a máquina das mãos do moreno, o qual logo protestou.

- Devolva, Pansy!

- Não! É sua vez de ser fotografado.

Correndo, foi batendo fotos e mais fotos de Blaise, o qual protestava energicamente.

- P, você vai deixar a máquina cair! Ah, cuidado! Pansy, me dá logo isso! Pára, você sabe que eu odeio ser fotografado!

A morena desacelerou, deixando-o chegar perto. Tão logo estava ao alcance das mãos, puxou-o pela camisa e retirou uma foto dos dois. Olhou-a e sorriu.

- Somos um belo casal, Blaise. Juntos, não há foto que fique feia!

O moreno ainda avaliava a foto dos dois, rostos colados, Pansy sorrindo feito criança e ele próprio com um sorriso tímido a se formar. Gostou infinitamente do que viu e do que ouviu. Embora detestasse fotos de si mesmo, todas as que Pansy tirava, ou as em que estava presente, ficavam de uma beleza ímpar.

- Somos o mais belo dos casais. E o mais abençoado também – declarou, pedindo logo em seguida que a morena não saísse dali.

Correndo até onde encontrava-se o tripé, posicionou a máquina e colocou um breve timer, correndo para a mulher que agora lhe mandava uma piscadela. Posicionou-se atrás dela e, dando-lhe um beijo no pescoço, colocou as mãos sobre a barriga saliente de seu amor. Click. O momento feliz e pleno do casal estava para sempre registrado em fotografias. De todas as cores, formas, ângulos e tamanhos. Uma representação fiel ao amor que cultivavam. O amor que construíram, desde o começo, com fotografias.