Olá meus amores! Eu não consigo ficar longe do Word, gente! SOCORRO! Aproveitando que eu estou de férias (HELL YEAH!) e que "Orgulho" está finalmente chegando ao fim, eu tomei a liberdade de iniciar mais uma fic.

MINHA PRIMEIRA AU, PESSOAS! Eu espero que vocês curtam AU, pq eu ADORO! A fic se passa em Nova York com Rachel já na faculdade, em Julliard e um Finn muito misterioso que vai deixá-la louca! OH, mencionei que é RATED M? I'm feeling horny, baby. Esperem seqüências tensas de sexo. Ao longo da história eu vou mencionar outros casais e outros personagens. Fic centrada em Finchel, mas com Brittana, Klaine, Tike, Quick e Samcedes no pacote. Sem contar meu crackship lindo, PEZBERRY FRIENDSHIP, GUISE! E um plot familiar envolvendo Finn e Kurt, mas isso será revelado lá na frente.


Capítulo 1: Let's Have Some Fun!

- Hoje a noite é nossa! UHUUUUUUUL!

As duas jovens mulheres que a acompanhava saíram em disparada assim que adentraram na casa de dois andares abarrotada de universitários. Avistou Brittany se servir de bom grado de um copo de cerveja da bandeja que um jovem carregava causando protesto do mesmo, a loira se virou dando as costas para ele e seguindo no encalço da namorada. Santana estava mais a frente e num piscar de olhos se enturmou com um grupinho sendo presenteada com uma dose de tequila, assim que virou o copo foi envolvida pelos braços delicados da namorada.

As duas tinham um ritmo festeiro frenético demais para que ela pudesse acompanhar, não é que ela fosse anti-social ou isolada, só não sentia necessidade de ficar bêbada todo final de semana e muito menos achava que álcool fosse uma fonte de diversão. Com uma calça jeans um tanto quanto justa para o seu gosto – mas foi forçada a usá-la por insistência de Santana mais cedo naquela noite -, uma babylook identificando o curso e qual universidade freqüentava, cabelos soltos e ondulados caindo sobre os ombros enquanto a franja fora colocada um pouco de lado para não cair sobre os seus olhos e com maquiagem leve, ela foi atravessando a sala esbarrando em meia dúzia de bêbados, recusou quando lhe ofereceram bebidas, foi rapidamente esquiva à tempo de desviar de uma pobre menina que vomitava no meio da pista de dança improvisada. Era só o começo daquela longa noite, era só o início de uma das festas mais esperadas do ano por todo o qualquer universitário das maiores e mais populares universidades de Nova York: A Tradicional Festa de Primavera das Universidades.

Era início de Semestre, os estudantes voltavam uma semana antes de suas aulas começarem para não perderem a primeira grande festa do ano – e a segunda era sempre feita ao final do segundo semestre -, a cada ano o comitê organizador escolhia um campus para sediar, irmandades, grupos ofereciam suas residências para deixarem a festa rola a fim de ganhar popularidade, e naquele ano em si o campus escolhido foi de uma universidade comunitária do Brooklyn. Olhou novamente para Santana que virava mais uma dose de tequila e resolveu chupar o limão que Brittany segurava na boca para delírio dos meninos que fizeram uma roda em volta para apreciar o pequeno show, acabou sorrindo com o comportamento das pessoas, se eles ao menos soubessem o quanto essas duas poderiam ser barulhentas. Sabia disso por experiência, conhecia Santana desde os tempos de colégio, as duas nascidas e criadas na Big Apple, embora a latina não fosse lá muito sua amiga nesse meio tempo, as duas só foram estabelecer uma amizade quando ela a ajudou a enfrentar sua confusão com sua sexualidade numa situação irônica em que Santana tentou – e conseguiu por alguns segundos – beijar Rachel e assumir que a perseguia dentro do colégio porque sentia uma estranha atração por ela. Como fora criada por dois pais, tinha uma visão mais aberta e maturidade à questão de homossexualidade, sendo delicada no processo a atração dela acabou se transformando num laço forte de confiança e amizade e foi pouco antes da formatura que Santana se assumiu como lésbica. Tinham sonhos diferentes, objetivos distintos, mas mesmo assim decidiram dividir um apartamento fora do campus, Santana fora aceita na NYU e ela foi para Julliard, acabaram achando um complexo de apartamentos onde outros alunos também moravam, enquanto Santana dividia o seu tempo com as aulas pesadas que o seu curso exigia – Medicina -, ela foi obrigada a carregar as despesas do apartamento durante o primeiro semestre inteiro com o seu salário de garçonete numa das lanchonetes dentro de Julliard e com a ajuda extra que os seus pais lhe mandava todo mês. A latina só conseguiu sair um pouco do sufoco dos seus estudos intensos a partir do terceiro período, onde arranjou um emprego como tutora dentro da NYU – uma vez que era uma das melhores de sua turma.

Brittany só veio aparecer em suas vidas no meio do primeiro período, a loira também estudava em Julliard e fazia Dança. Ela acabou conhecendo a menina por acaso, através de Tina, uma colega sua de classe que namorava Mike, também aluno de dança, num encontro casual dentro da biblioteca. O quarteto acabou criando uma amizade e Brittany acabou trazendo Mercedes para o grupo – segundo ela as duas tinham estudado juntas em Chicago e acabaram se reencontrando em Nova York, e ela fazia canto. Junto com Mercedes surgiu Kurt, com quem Rachel teve uma química intensa logo de início, em questão de dias os dois já pareciam melhores amigos, e embora fizessem o mesmo curso de Artes Cênicas em Julliard, ela e Kurt eram de turmas diferentes (mas isso foi logo resolvido no segundo período quando ela pediu transferência para a turma dele). Santana foi adicionada ao grupo semanas depois, pois como Medicina era um curso que exigia muito, todas as vezes que eles combinavam de sair ou passar um tempo um na república do outro, a latina estava sempre fora na biblioteca ou trancafiada em seu quarto estudando. Quando as coisas davam uma aliviada para o seu lado, ela se tornou mais sociável, e como Kurt era gay e Rachel criada por pais gays não foi difícil perceber os flertes discretos que Santana e Brittany trocavam. O romance só veio mesmo acontecer no final do segundo período para a alegria do grupo e a partir do terceiro a loirinha acabou se mudando de vez para o apartamento delas – à princípio Rachel não viu problema nenhum, mais uma ali dentro significava ajuda nas despesas, uma vez que Brittany dava aulas de street dance duas vezes por semana para crianças e adolescentes numa escola, ela só contava que tanto ela quanto Santana fossem absurdamente barulhentas na hora do sexo. -, mas tirando isso, era divertido tê-la por perto.

Hoje estavam no quarto período, e conforme Santana se acostumava com o ritmo pesado dos seus estudos, a latina começou a tomar gosto pelas festas de finais de semana, Brittany também fora na onda. Mike e Tina iam de vez em quando, enquanto ela, Kurt e Mercedes eram mais reservados, mas nessa noite as duas a convenceram a sair arrastando-a para aquela festa louca num campus no meio do Brooklyn.

- A-Rach! – Brittany a chamou puxando-a, ou melhor, resgatando-a do meio de um círculo de meninos bêbados. A trouxe para perto do balcão onde ela e Santana estavam escoradas após finalizarem o pequeno show provocativo para a população masculina. – Beba uma tequila com a gente! – gritou assim que o volume da música aumentou na sala.

Ela balançou a cabeça dispensando e fez um gesto apontando para a garganta, a loira pareceu entender e resolveu virar a própria dose e a dose que era para ela, uma atrás da outra. Rachel testemunhou as expressões de Brittany se contorcerem em diversas maneiras antes de vê-chupar mais um pedaço de limão – rendendo mais caretas –, jogar os braços para o ar e gritar. Santana surgiu ao seu lado carregando mais um copo de cerveja e balançando o corpo ao som da batida da música, com o indicador chamou a namorada e as duas começaram uma dança sensual, provocando mais um showzinho à parte. Decidiu se afastar e ver se achava algo mais interessante pelo restante da casa ou até mesmo do lado de fora, reconheceu alguns rostos, uns eram da sua turma atual outros da antiga, cruzou o corredor que ligava para a sala dos fundos, conseqüentemente para quintal, tentou não atrapalhar os casais que praticamente se engoliam recostados nas paredes, saltou por cima de uma poça de vômito, tomou um esbarrão de uma garota e quase foi ao chão, finalmente atingiu o lado de fora. Notou que a casa de dois andares em que estava não era a única em festa, todas as casas daquele conjunto estavam tomadas por universitários bêbados. Em compensação, ali ela poderia gargalhar com um grupo de garotos correndo com as roupas de um pobre coitado que corria atrás completamente nu.

- Pensei que não curtisse festas.

Ela saltou involuntariamente ao sentir um hálito quente bater contra a sua orelha, se virou para se deparar com a figura de um garoto usando uma camiseta de Julliard, também Artes Cênicas, era mais um rosto conhecido, mas este não pertencia a sua turma, ele era dois períodos mais avançado do que ela, era o garoto com quem ela teve um namoro conturbado por quase um ano, o garoto que todas as meninas suspiravam pelo campus da universidade. Não o via desde o final do semestre passado antes do verão, ele não parecia ter mudado muito, a não ser pelo cabelo, agora um pouco maior, ainda ondulados. Como se soubesse que ela estava notando essa característica, ele sacudiu a cabeça jogando umas madeixas para trás e tornou a olhar para ela.

- Olá Jesse.

Cumprimentou quebrando o contato visual, tornando a olhar o pobre menino pelado correndo desesperado atrás de suas roupas. Voltou a rir, mas suas risadas se tornaram expressões de nojo quando viu uma menina desorientada vomitar litros de bebida num casal sentado num dos banquinhos de concreto.

- O que te trás aqui? – ele perguntou também enojado com a cena.

Rachel o olhou a tempo de se esquivar da tentativa dele de pegar a sua mão cruzando os braços contra o próprio peito, e por precaução deu um passo para trás. Jesse parecia ofendido, mas não ousou ser insistente. Acabou recolhendo as próprias mãos para os bolsos de sua calça.

- Santana e Brittany acabaram me arrastando. – explicou voltando a se virar para frente vendo que a sua diversão tinha acabado, o garoto nu agora estava vestido. – Não deveria beber, sabe disso. – comentou testemunhando o ex-namorado se servir de um copo de cerveja.

Jesse de um longo gole antes de sorrir para ela com certo triunfo escondido no brilho dos seus olhos. Tornou a tentar uma aproximação, dessa vez ela não recuou. Encarou isso como um sinal de consentimento, curvou-se um pouco para frente atingindo sua altura e a poucos centímetros de seu rosto, fitou a menina ficar em estado de alerta e engolir em seco. Deixou seus narizes se encostarem e ele alargou ainda mais o seu sorriso.

- Preocupada comigo, Rachel? – perguntou pomposo. Ela teve que segurar a vontade de piscar com o forte bafo alcoólico que saiu da boca dele e temendo que Jesse fizesse o que ela menos queria. – Quer sair daqui? Sei que não gosta de festas, a gente pode sair para comer alguma coisa, sei lá. – propôs num tom confiante.

Rachel recuou novamente, dessa vez deus dois passos para trás e sentiu um alivio enorme por não ser obrigada a aturar o hálito de cerveja dele.

- Não é assim que funciona, okay? Não é só porque um verão se passou que tudo vai voltar ao normal, Jesse. – respondeu com uma pitada de mágoa na voz.

- Eu não quero que tudo volte ao normal, eu quero começar de novo. É um novo semestre, um novo período... Esse tempo em que ficamos serviu para eu reavaliar as coisas que eu quero na minha vida, e eu ainda quero você, Rachel. – ele falou se aproximando dela de novo, mas a ela voltou a recuar.

Rachel fungou desacreditada com o que ele tinha acabado de falar. Abriu um sorriso sarcástico enquanto sua mente trazia de volta as imagens daquela fatídica tarde de Maio, suas emoções se aflorando à medida que seu inconsciente a fazia reviver àquelas horas torturantes, em fração de segundos ela queria gritar com ele, bater nele, xingá-lo – embora não fosse uma adepta a distribuição de palavras chulas ao vento, tal como sua amiga latina era -, até se pegou imaginando Jesse sendo comido vivo por um leão. Era absurdo, mas a idéia era demasiadamente agradável.

- Você me traiu. E não foi só com uma! Eu peguei você na cama com duas, Jesse! – retorquiu irritada. - Como é que você tem a co-

- Hey! Sai de perto dela, seu otário de merda! – Santana gritou interrompendo a discussão e empurrando Jesse com violência fazendo-o cambalear um pouco.

- Não se meta Santana! Isso é entre eu e ela. – ele a enfrentou respondendo-a de volta. Mesmo que ele fosse mais alto e másculo do que a latina, isso não pareceu intimidá-la, a estudante de Medina continuou parada entre ele e Rachel desafiando-o a tirá-la dali. – Que mania de ficar metendo o bedelho onde não é chamada! Saia Santana! – ele rosnou irritado. Jesse nunca fora um fã dela.

- Escuta aqui, St. James. Eu nunca fui com a sua cara e eu só te aturei porque minha Hobbit ali parecia genuinamente feliz ao seu lado, mas eu sempre soube que você era um perfeito imprestável. Tive a minha prova concreta ao saber da sua aventurazinha ridícula nos braços de outras duas vagabundas, portanto eu não vou deixar você jogar o seu charmizinho e querer ganhar Rachel vestido nessa pele de príncipe encantando, ouviu? – ela respondeu dando passos gradativos para frente fazendo com que ele acabasse recuando. – E meto o meu bedelho sim, porque Rachel não é qualquer uma e ela certamente não merece um traste como você. – completou tomando o copo de cerveja da mão dele e o jogando em sua cara.

Brittany, que até então acompanhava tudo ao lado de Rachel resolveu se meter puxando a namorada antes que Jesse perdesse o controle e tentasse alguma agressão. Santana não se viu satisfeita, queria ainda provocá-lo, mas a loira tapou a sua boca implorando para que ela não extrapolasse os limites. Rachel assistiu tudo aterrorizada com a ousadia de sua amiga levando a mão a boca, a surpresa logo se tornou risadas e ela se viu gargalhando na cara do ex, para a fúria de Jesse que deu as costas completamente humilhado.

- Ele deu sorte que foi cerveja, da próxima vez eu jogo ácido. – Santana falou amarga e dando o dedo do meio para a figura já distante do rapaz. – O pessoal da sua faculdade está organizando um karaokê lá na sala, vem se divertir, Hobbit. – ela a chamou puxando uma Rachel ainda risonha para dentro da casa.

A idéia era ter umas rodadas de karaokê, mas acabou se transformando num show de horrores, duas meninas começaram cantando "I Love and Roll" da Joan Jett, mas versão da Britney Spears – para a fúria de Brittany, que tinha o sobrenome parecido com o da cantora, e era um trauma que ela sempre carregou desde os tempos de colégio -, as duas universitárias queria mais do que cantar, por isso resolveram adicionar um strip-tease. Lógico, suas amigas foram fazer um show aparte número três naquela noite assumindo a segunda rodada, ameaçaram a tirar a roupa, mas só se livraram das camisas ficam somente de sutiã. Sem querer quebrar o clima de diversão das duas, Rachel resolveu ir para casa. Através de gestos avisou a Brittany que estava indo e a loira de sinal positivo, ao sair pela porta mandou uma mensagem para o celular de Santana e para a namorada dela com ordens diretas de não chegarem tão tarde em casa.

A rua pela qual andava ainda estava movimentada, embora fosse quase três horas da manhã, mas estava interditada por conta das festas, teria que caminhar um bom pedaço até que atingisse a avenida e pudesse pegar um táxi. Rachel só não contava que quanto mais andava, mais deserto ficava. O Brooklyn tinha a sua fama e ela contemplava que a sua idéia de ir embora sozinha naquela hora não fora uma das melhores, não só a falta de movimento a assustava como o frio gélido e cortante da madrugada batia de frente com o seu corpo. Encolheu-se buscando calor nos braços cruzados contra o peito, se pegou alerta a qualquer barulho ou movimento, os prédios ao redor todos com as luzes apagadas, uma vez ou outra dava a sorte de encontrar um apartamento com a luz ainda acesa e foi num desses momentos de distração que ela não percebeu uma sombra sair do meio de um beco puxando o seu corpo e empurrando-a com violência contra a parede úmida. A primeira coisa que lhe passou pela cabeça foi a idéia de que estava prestes a sofrer um estupro, isso foi o suficiente para levá-la às lágrimas em segundos, quando pensou em gritar sentiu uma lâmina encostar justamente na artéria do seu pescoço. Como o beco estava mal iluminado, as feições do seu agressor e as atitudes dele eram praticamente impossíveis de se ver, as mãos dele apalparam sua bunda e ela deixou o grito de pavor morrer em sua garganta quando a lâmina fez mais pressão contra a sua pele, percebeu que ele tinha pegado os cinqüenta dólares que carregava num dos bolsos traseiros. O homem afastou a arma branca do pescoço de Rachel e com um forte puxão pegou a bolsa dela, saindo correndo em seguida para fora do beco.

A estudante foi ao chão com o impacto com a certeza momentânea de que tinha perdido o braço tamanha foi a brutalidade que ele pegou a bolsa do seu ombro, se arrastou para a calçada a tempo de ver o seu assaltante bater de frente com uma pessoa, o baque do choque dos corpo foi assustador. Rachel viu mais três vultos rodearem as duas pessoas caídas, um deles deve ter percebido a presença dela ali na entrada do beco, pois um veio correndo. Assim que ele foi iluminado pela fraca luz do poste, a estudante pode constatar de que se tratava de um universitário da NYU pela sua camisa com as iniciais da universidade e cursava Direito, ele tinha cabelos curtos, com gel e devidamente penteados de lado, usava óculos escuros com armação rosada – quem usava óculos escuros as três e pouca da manhã, afinal? -, notou também que ele era baixinho. Contudo, era forte, uma vez que a colocou de pé em dois tempos.

- Você está bem? – perguntou preocupado retirando os óculos. Rachel teve a certeza de que nunca vira sobrancelhas mais grossas do que as dele.

Essa pequena observação foi deixada de lado quando o restante do grupo lá na frente começou a gritar furiosamente, ela e o rapaz que veio lhe ajudar se viraram para verem um deles tentando apartar os outros dois de atacarem o homem caído – provavelmente o assaltante. Sem aviso prévio ele a deixou sozinha de novo correndo para o grupo e segurou um deles. O seu agressor se colocou de pé aos trancos e barrancos e correu desesperado para dentro da escuridão daquela rua praticamente deserta, o rapaz que tinha lhe ajudado agora liderava o bando de homens, todos vindo em sua direção.

- Você está bem? – ele voltou a perguntá-la tomando a liberdade de fazer uma espécie de exame rápido mesmo sem saber exatamente o que estava fazendo. Foi então que viu a linha vermelha no pescoço dela. – Wow! – exclamou um pouco assustado.

- Hey Julliard, sua bolsa.

O mais alto de todos se fez visível, tinha cabelos arrepiados, não vestia qualquer camiseta que identificava a universidade – talvez ele não fosse um universitário? Talvez. -, estava com uma camisa branca por debaixo da grossa jaqueta de couro, calça jeans, barba por fazer, expressão rude como se estivesse ainda irritado com algo, e percebeu o leve corte recente que ele tinha no lábio inferior. Com o braço estendido ele lhe passou a bolsa.

- Você está bem? – era a terceira vez que o dono dos óculos rosados perguntava para ela. – O que é isso na sua blusa? – perguntou alarmado apontando para o rapaz mais alto, o mesmo que tinha lhe entregado sua bolsa.

- Aquele desgraçado me cortou com o canivete na hora em que trombou comigo. Não é nada, não teve perfuração. Foi só um corte superficial. – ele explicou erguendo a camisa mostrando o ferimento. – Você está bem? – era a quarta vez que lhe perguntavam isso e a primeira vez que ele perguntava aquilo. O viu se aproximar dele e ficar ao lado do jovem homem dos cabelos entupidos de gel.

- Yeah, um pouco nervosa ainda. Mas eu estou bem... Eu acho. – Rachel respondeu puxando o celular de dentro de sua bolsa.

- Puck! – ele chamou e ela notou outro rapaz se aproximar. Ele era mal encarado, usava um moicano e também não trazia consigo qualquer camisa que o identificasse como universitário. Porte másculo, calças largas, camiseta justa com os dizeres "1º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Nova York – Treinamento.". – Você que entende dessas paradas, acho que ela tem uma ferida no pescoço. – informou.

- Você caiu ou bateu a cabeça em algum lugar?

Um outro rapaz surgiu, agora todos os seus rostos eram visíveis. Ele era loiro e aparentemente o mais forte de todos. Cabelos lisos e na altura dos olhos, sua voz era suave e num tom claro de preocupação, ele delicadamente procurou ferimentos pela cabeça dela e Rachel apenas se deixou levar pelo rápido exame, o deixou se aproximar e curvou um pouco o pescoço de lado mostrando a linha do corte. O homem do moicano deu um empurrão violento quase jogando o loiro para dentro do beco e ele mesmo continuou o exame.

- Cai fora Evans, Finny-D me chamou e não você. – Puck justificou. – Superficial, nada sério. Aquele filho da puta tentou mais alguma coisa além do assalto? – indagou se afastando.

- Você é um palhaço, sabia? – o loiro fortinho foi até o do moicano e devolveu o empurrão. – Sou tão bombeiro quanto você, babaca.

- Hey! Vamos parar vocês dois? Ninguém aqui é bombeiro ainda, devo lembrar que ainda estão em treinamento? – o menino dos óculos tornou a falar separando-os. – Parem com esse comportamento infantil e vamos nos preocupar com ela. – virou-se para Rachel de novo.

- Ele tentou estuprá-la? – mais alto questionou com raiva contida se livrando da jaqueta de couro e envolvendo o seu corpo frágil nela. Rachel nem sequer percebeu que tremia de frio, só foi perceber quando o calor do tecido de couro fez contato com a sua pele enviando ondas de alívio. A estudante pode ver com clareza o modo como ele trincou os dentes. Como ele podia ser tão protetor com ela se nem ao menos a conhecia? De qualquer forma, Rachel negou vendo o alívio transparecer as feições dele. – Quer que a gente ligue para algué—

- RACHEL! – o timbre agudo de Santana ecoou pela rua quase deserta interrompendo-o. Ela vinha em disparada com Brittany no seu encalço, sem cerimônias atravessou o cordão dos seus protetores e a envolveu num intenso abraço. – Querida, você está bem? Meu Deus, quando soubemos eu e Britt viemos o mais rápido possível! – exasperou apertando ainda mais o abraço.

- A-Rach, como você está? – Brittany perguntou também se juntando no abraço. – A gente não deveria ter deixado você ir para casa sozinha, eu sinto muito! – completou.

- Como vocês souberam? – ela quis saber realmente curiosa como a informação tinha chegado à festa. A latina e a loira finalmente a largaram se dando conta da população masculina que as rodeavam somente agora.

- A gente ouviu que tinha um assaltante pela redondeza e que ele tinha atacado um Julliard, depois viemos descobrir que era alguém das Artes Cênicas. Pensamos logo em você, A-Rach. – Brittany explicou. – E vocês, quem são? – indagou olhando para os rapazes.

O do moicano tomou as honras das apresentações:

- Sou Puck, Noah Puckerman, o loiro ali com camiseta "mamãe sou forte" é o meu chapa Trouty Mouth, ou Sam Evans, como você preferir. – apresentou ganhando um dedo do meio do amigo e então se virou para o rapaz do cabelo encharcado de gel. – Este aqui é o meu caro Blaine Anderson e aquele ali é o meu Finny-D, ou pode chamá-lo de Finn mesmo. – finalizou apresentando os dois últimos. – Aliás, Finn aqui foi quem sentou a porrada no assaltante, ganhando até um corte na barriga. Eu bem que tentei apagar o cara, mas o Trouty Mouth não deixou, ficou de palhaçada! – reclamou ganhando mais um dedo do meio do loiro. – E as senhoritas, quem são? – devolveu a pergunta lançando charme para cima da dupla recém-chegada.

- Eu sou Brittany e essa é a minha namorada Santana. – a estudante de dança respondeu fazendo os olhos de três dos quatro rapazes saltarem das órbitas surpresos. – A gente agradece pelo o que fizeram pela Rachel. – disse sincera ignorando suas expressões safadas.

- Vocês homens são todos iguais. E pare de ficar sorrindo feito um otário! – Santana refutou azeda se dirigindo especificamente para Puck. – Ao invés de ficar fantasiando nós duas, porque você não volta para casa, para a sua esposa? – acrescentou indicando com o olhar a clara aliança na mão esquerda dele. Puck recolheu a mão atrás das costas como se tivesse sido pego no flagra.

- Vamos, a gente leva vocês até a Avenida para pegarem um táxi. – Finn as informou liderando a caminhada. – Vem Julliard, vamos escoltá-las em segurança até lá. – falou divertido quebrando a tensão que Puck e Santana tinham criado e soltando um sorriso lateral para Rachel.

Durante todo o percurso, Santana, Puck e Sam foram implicando um com o outro deixando o grupo mais leve depois do que tinha acontecido, Finn e Blaine eram só gargalhadas com os foras que a Latina dava neles, Brittany vinha ao lado abraçada com Rachel e uma vez ou outra não resistia com as palhaçadas dos meninos. Finalmente chegaram na movimentada avenida, Sam esticou o braço para o táxi enquanto eles se despediam, Finn ficou encarregado de fechar a porta, mas antes disso se abaixou para falar mais uma vez com Rachel.

- Obrigada, Finn. – agradeceu finalmente quando viu a faceta coberta com uma expressão leve, completamente diferente da postura que ele tinha adotado após bater de frente com o assaltante.

- Aprenda a não andar por aí sozinha no meio da madrugada, Julliard, okay? Tchau meninas. – acenou para Brittany e Santana e se afastou do táxi vendo-as desaparecer no trânsito caótico de Nova York, mesmo sendo quase quatro horas da manhã.


Reviews? O que vocês acharam? Ai gente, eu to empolgada! xD