A Flecha que Muda o Destino

By Dama 9


Nota: Os personagens de Saint Seya não me pertencem, apenas Aishi é uma criação única e exclusiva minha para essa saga.


N/a: Essa fic se passa em meados de 'Troca Equivalente', após a crônica 1 'Ciumento eu... Jamais'.


Boa Leitura!


Capitulo 1: Inferno Astral.

.I.

Remexeu-se inquieta na cama, se fosse em outro dia, diria até que era culpa daquele calor insuportável que estava fazendo nas ultimas sete noites que não lhe deixava dormir, mas não, tinha algo mais; a jovem de melenas douradas pensou, abrindo os olhos, vendo que não conseguira dormir nem três horas seguidas.

O relógio em cima do criado-mudo indicava que eram quatro da manhã, isso porque só conseguira pegar no sono, lá por volta das uma e meia se não fosse duas; ela pensou, levantando-se.

Teria de ir treinar cedo e se chegasse atrasada, teria que ficar agüentando Kamus mais três dias falando em seu ouvido o quanto era irresponsável.

Caminhou a passos arrastados para o banheiro, quem sabe um banho 'frio' ajudasse a acabar com aquela indisposição pela semana mal dormida.

-Uma semana; Aishi murmurou, abrindo a porta do box.

Não conseguia entender o que estava acontecendo, mas isso não era um bom sinal. Estava numa época perigosa para si e aquelas noites insones não estavam ajudando.

Tudo isso porque, já estavam no meio do mês de maio e ironicamente falando, no seu ciclo de inferno astral, alias, de todo geminiano. Não duvidava que Saga e Kanon estivessem de alguma forma 'mais sensíveis' do que o comum, sendo diretamente afetados por isso, mas ter que lidar com uma infinidade de cosmos anexados ao seu, um mestre estressado e algumas outras coisas, o cuidado tinha de ser redobrado.

Fechou os olhos suspirando, ao entrar em baixo do chuveiro, sentindo a água correr com suavidade por seu corpo. Mais um dia de treinamento iria começar, pelo menos era o ultimo da semana, depois teria pelo menos dois dias de folga e isso era algo realmente animador; ela pensou.

-o-o-o-o-

Levou a xícara de café aos lábios, enquanto folheava distraidamente o jornal que tinha em mãos, logo Shion e Aishi chegariam para o café. Ainda se perguntava como Aishi estava agüentando o treinamento com Kamus, sendo que o gênio da jovem deveria estar bastante irritadiço nos últimos dias; Saori pensou, dando um baixo suspiro.

Ouvira por acaso uma conversa entre Saga e Shion, onde o geminiano reclamava com o Grande Mestre sobre as atitudes do aquariano em meio ao treinamento, dizendo que ele aparentemente estava pegando pesado demais com a amazona e isso poderia lhe debilitar a saúde.

De certo Saga já deveria saber quem ela era, embora se mantivesse neutro quanto a isso. Saga sempre fora discreto e não iria mudar isso de uma hora para outra, mesmo porque ele se importava realmente com a jovem, para desespero do aquariano; ela pensou, lembrando-se das inúmeras vezes que Afrodite ou até mesmo outro guardião comentara que começara a nevar do nada e que podiam ouvir a troca de farpas entre os dois cavaleiros, de qualquer canto do santuário.

-"Vai entender o que se passa pela cabeça desses dois"; Saori pensou, tomando mais um gole de café, antes de virar-se para trás ouvindo passos no corredor, em direção a sala de jantar.

-Bom dia; Aishi falou, quase num sussurro, puxando uma cadeira ao lado da jovem, para se sentar.

-Bom dia; Saori respondeu, fitando-a atentamente. Era estranho, mas ela parecia mais abatida que o normal. –Esta se sentindo bem, Aishi?

-Estou; a amazona respondeu, servindo-se de café.

Não, tinha alguma coisa errada, ela estava pálida e porque não dizer, que seu cosmo estava oscilando de tal forma que, não duvidava que ela estivesse gastando energia redobrada para não perder o controle.

-Problemas com o inferno astral? –a deusa perguntou, mais sugerindo a idéia.

-Deve ser, não tenho dormido bem nos últimos dias; Aishi respondeu, voltando-se para ela. –Mas logo passa;

-Não sei, é melhor tomar cuidado com isso, você ainda tem um mês pela frente; Saori alertou.

-Não me lembre disso; ela murmurou, apoiando a cabeça em uma das mãos, dando um suspiro cansado.

Se passasse mais um mês daquele jeito, teria sérios problemas para controlar seu humor. O que já estava ficando bastante visível nos últimos dois dias.

-Quer que eu avise Kamus que você não poderá ir treinar hoje? –Saori perguntou, preocupada com o que poderia acontecer com a jovem se ela se irritasse mais do que podia.

-Não, eu estou bem. Alem do mais, amanhã já será minha folga, ai eu aproveito para compensar os outros dias; ela apressou-se em responder.

-Se você diz, mas acho que você não pode abusar; Saori alertou.

-Não estou, mas de um jeito ou de outro, preciso ir; Aishi falou, terminando o café e se levantando.

-Bom treino; a deusa desejou.

-Obrigada, vou precisar; ela completou, num sussurro, enquanto deixava o templo.

.II.

Caminhou calmamente pelos corredores do templo, já sentindo o cosmo dela na sala de treinamentos. Franziu o cenho, tinha alguma coisa errada com o cosmo da jovem, conseguia sentir isso daquela distancia; ele pensou, encontrando-a sentada em um banco na sala, com os orbes fechados.

-"O que será que esta acontecendo?"; ele se perguntou, aproximando-se com cautela da jovem.

Lembrou-se do quanto a jovem estava sensível e 'perigosa' devido ao inferno astral; ele pensou, engolindo em seco, Saga e Kanon também estavam na mesma situação, mas o efeito para os três era diferente.

–Aishi; Kamus chamou, parando em frente a ela.

Viu a jovem abrir os olhos, mas os mesmos não tinham o mesmo brilho de sempre. Ela parecia cansada; ele concluiu, achando estranho, mesmo porque durante a semana, fora tudo tão corrido que não reparara se aquele cansaço era de agora ou havia se estendido.

-Bom dia; Aishi murmurou, levantando-se, tentando manter-se acordada.

Porque raios não tinha aquele sono todo durante a noite, era só entrar em Aquário para treinar que sentia-se sonolenta. Pelo menos ali não era tão quente quanto o ultimo templo; ela pensou, julgando ser esse o motivo.

-Bom dia; Kamus respondeu, fitando-a desconfiado. Enquanto a jovem se afastava, bocejando e fazendo um breve alongamento, para começarem. –Você esta se sentindo bem? –ele perguntou, aproximando-se dela.

-Uhn? –Aishi murmurou, virando-se para trás e assustando-se ao ver Kamus atrás de si, sem tê-lo sentido se aproximar.

-Você esta se sentindo bem? –ele repetiu, fitando-a atentamente, tinha alguma coisa errada e não era só por causa de um inferno astral.

-Estou, porque? –a jovem perguntou, mas logo levou uma das mãos a boca, contendo um bocejo. –Desculpe; ela murmurou.

-Tem certeza? –Kamus perguntou, pegando-a de surpresa, ao segurar-lhe pelo queixo e puxa-la mais para perto de si, fitando seus olhos diretamente.

Sentiu a face aquecer-se e o coração disparar, diante do olhar do cavaleiro, afastou-se rapidamente ao sentir seu cosmo oscilar novamente.

-Es-tou; Aishi respondeu com a voz tremula.

-Então vamos treinar; ele falou, vendo que ela não daria o braço a torcer para admitir que tinha alguma coisa errada, mas era melhor ficar de olho nela, só por garantia.

.III.

Já estavam na hora do almoço, viu a jovem apoiar as mãos sobre os joelhos, inclinando-se um pouco para frente, respirando pesadamente.

-Ôh de casa; a voz do Escorpião soou pelo templo, chamando a atenção do casal.

-Mais essa agora; Kamus resmungou, já imaginando o que o Escorpião queria.

-Posso fazer uma pausa? –Aishi respondeu.

-...; Ele assentiu, vendo-a se afastar em direção ao banheiro.

-Estamos entrando; uma outra voz se manifestou, fazendo o aquariano contar até mil de trás para frente, para não começar a surtar.

-O que querem? –Kamus perguntou, seco.

-Hei! Bom dia, pra você também; Milo falou, notando-o mais tenso que o normal.

-Bom dia; ele respondeu num resmungo, instintivamente voltando-se para a porta do banheiro, esperando-a sair.

-Esta acontecendo alguma coisa, Kamus? –Saga perguntou, acompanhando o olhar dele.

-Acho que esse inferno astral de alguma forma a esta afetando ela demais; o aquariano comentou num sussurro, aproximando-se dos dois.

-Aishi? –Milo perguntou, vendo-o assentir. –Porque?

-Bem...; Ele começou, mas parou, vendo a porta se abrir e a jovem surgir.

Notou que a face dela estava corada, não era pelo calor, porque ali estava a quase dois graus, mas a verdade é que tinha alguma coisa errada; Kamus pensou, se aproximando rapidamente.

Mal deu um passo para fora do banheiro, sentiu a mente girar. Mas que raios de inferno astral era aquele que não só abalava seu cosmo, como sua resistência física também? –ela se perguntou, sentindo uma estranha onda de calor lhe envolver e seus olhos ficarem embaçados.

Ouviu como um sussurro longínquo à voz de Kamus, perguntando o que estava acontecendo, mas fora tudo muito rápido, sentiu o corpo pesar e ir para frente sozinho, depois... Tudo ficou escuro.

.IV.

Sentiu uma brisa suave lhe envolver o corpo, pelo menos aquele calor infernal havia passado; Aishi pensou, sentindo o corpo repousar sobre algo macio e uma suave essência de rosas chegar até si.

Tentou abrir os olhos, mas ainda sentia-se um pouco fraca para isso. O que será que estava acontecendo? Se bem que, agora como mortal, não sabia quais eram seus limites físicos, mesmo porque nunca pegara uma gripe ou qualquer outra coisa do tipo antes, mas agora... Estava fadada a qualquer um deles; ela pensou, remexendo-se um pouco e sentindo o corpo relaxar, caindo em sono profundo novamente.

-o-o-o-o-

-Aishi; Kamus chamou aflito, segurando fortemente a jovem entre seus braços.

-É melhor chamarmos um médico; Milo falou, preocupado.

Estavam conversando e a jovem mal sairá do banheiro, desmaiara, sem contar um cosmo estranho que se manifestara de forma tão rapidamente, que não tiveram tempo de reconhece-lo, mas isso os preocupou demais.

-Eu vou; Saga avisou, pensando em subir até o templo de Athena, lembrando-se que havia uma senhora lá, que sempre cuidara dos demais e que poderia ajudar nisso.

-...; Kamus assentiu, suspendendo a jovem do chão e aninhando-a entre seus braços.

-Será que ela vai ficar bem? –Milo perguntou, enquanto o seguia para o segundo andar do templo, onde havia os cômodos principais.

-Claro que sim; o aquariano exasperou, fazendo o Escorpião tremer. –"Vamos, acorde... Por favor"; ele pediu em pensamentos, vendo a face da jovem aos poucos perder a cor.

-o-o-o-o-

Abriu os olhos lentamente, sentindo raios tênues de sol, recaírem sobre seus olhos. Levou uma das mãos até a frente dos olhos, tentando enxergar onde estava.

Levantou em um pulo ao ver-se diante de um campo florido e poucos passos de onde estava existia um templo onde ninfas corriam e brincavam alegres, cantando ao som de uma harpa, habilmente tocada.

Deixou os olhos correrem por todo o local e sentiu o coração se agitar ao reconhecer o lugar que estava. Não era possível qu-...; Balançou a cabeça freneticamente, deveria ser outra coisa; ela tentou se convencer.

-Não, você não morreu; uma voz suave chegou a seus ouvidos, fazendo com que virasse para trás e se surpreendesse ainda mais ao ver quem era.

-Porque me trouxe até aqui? –Aishi perguntou, fitando o homem de longos cabelos negro-avermelhado a sua frente, mas surpreendeu-se ao vê-lo completamente diferente do que da ultima vez que haviam se encontrado.

Uma túnica branca envolvia-lhe o corpo, os orbes verdes não tinham mais aquele brilho frio, pelo menos não agora. Uma aura mais tranqüila o envolvia. Será que havia batido com a cabeça e estava tendo alucinações? –ela se perguntou, instintivamente arqueando a sobrancelha com tal pensamento.

-Queria conversar com você; Hades respondeu calmamente, com um meio sorriso nos lábios, por saber perfeitamente o que ela estava pensando.

Serrou os orbes de maneira perigosa, ele estava se divertindo com sua aflição; a jovem pensou.

-Sobre? –ela perguntou desconfiada, lembrando-se que nos últimos séculos os encontros entre os dois, resumia-se em brigas e discussões, nada amigáveis.

-Venha comigo; ele falou, indicando-lhe um caminho de seixos até um jardim nas proximidades do templo de Hypnos.

Fitou-o atentamente. Não, aquele não era o Hades que estava acostumada a ver nos últimos séculos. Será que o Onipotente andara fazendo alguma espécie de lavagem-cerebral nele ou coisa parecida? –Aishi se perguntou, seguindo-o. Ainda se questionando como chegara ali.

-Pedi a Hypnos que lhe trouxesse, já que não poderia ir a Terra; Hades explicou, como se lesse seus pensamentos.

-Como ele fez isso? –Aishi perguntou, confusa.

-Você não tem dormido direito esses dias, não é? –ele perguntou, casualmente.

-Então é culpa sua; a jovem murmurou, irritando-se por saber que fora por causa dele que não estava dormindo bem.

-Detalhes; Hades falou, gesticulando displicente.

-Puff! –ela resmungou, ficando emburrada.

Mais alguns passos e chegaram a um jardim repleto de rosas, onde havia um banco de mármore. Deu um baixo suspiro, outrora não teria reclamado de estar ali, mas o simples pensamento de que agora era mortal e estava nos Elíseos, não lhe dava uma boa sensação.

-Não se preocupe, para eles você só esta dormindo; ele falou tentando tranqüiliza-la, enquanto se sentavam.

Assentiu, dando um baixo suspiro. Era só efeito psicológico; Aishi pensou.

-Harmonia, eu lhe trouxe aqui por um motivo; Hades começou, adquirindo um ar serio.

-Aconteceu alguma coisa? –a jovem perguntou preocupada.

-Gostaria de lhe agradecer; ele falou, voltando-se para a jovem que arregalou os olhos surpresa.

-O que? –ela perguntou, engasgando.

-Isso mesmo; o imperador falou calmamente. –Não só por ter me trazido de volta, mas por outro motivo também; ele fez uma pausa.

Era melhor começar a considerar a idéia de que bateu com a cabeça; Aishi concluiu, piscando confusa.

-Lembra-se da ultima conversa que tivemos? –Hades perguntou, voltando-se para ela.

-E como não lembrar; a jovem respondeu num sussurro.

-Você mudou a minha vida; ele confessou, voltando o olhar para um outro lado do jardim, onde algumas crianças jaziam sentadas em volta de uma jovem, que parecia lhes contar algo, pois elas sorriam alegres, tão inocentes.

Seguiu o olhar dele, notando que a jovem ali não lhe era estranha e surpreendeu-se ao reconhecê-la. Os longos cabelos negros jaziam presos em uma perfeita trança, os orbes verdes não carregavam mais amargura e o sorriso era capaz de contagiar a qualquer um, mas isso não era o mais surpreendente e sim, o que vira ao acompanhar os gestos da jovem, até que as mãos dela parassem sobre o ventre, evidentemente saliente.

-Perséfone est-...; Ela parou, processando o que acabara de concluir.

-...; Hades assentiu sorrindo.

-Não vou perguntar como, porque seria muito infame de minha parte; Harmonia falou, vendo-o sorri de canto. –Mas...;

-Eu também não sei explicar; ele falou, voltando-se para ela.

-Não entendo; a jovem murmurou, confusa.

-Aconteceu alguma coisa, quando me trouxe de volta. Alguma coisa que mudou quando isso aconteceu, enfim... Que repercutiram em outras; Hades tentou explicou, dando um baixo suspiro.

-Você não esta querendo dizer que isso é culpa minha, está? –ela perguntou, arregalando os olhos.

-De certa forma sim; ele respondeu, com um meio sorriso diante do desespero dela. –Quando você mudou o destino, ao trazer os cavaleiros de volta a vida, você mudou o meu também ao usar aquele desejo que Caos lhe concedeu, para me trazer de volta.

-Então; Aishi balbuciou.

-Durante muitos séculos me culpei pelas inúmeras coisas que poderia ter feito diferente, sem contar com o fato de condenar Cora a viver em meio às limitações que esse mundo concedia. Me fechei para o mundo, para tudo e para todos quando soube que jamais poderia ter um filho. A fiz sofrer demais por estar ao lado de alguém frio e indiferente, que não fazia o mínimo esforço para amenizar suas dores; o imperador falou, dando um baixo suspiro, fitando o nada, com um olhar vago.

-Mas voc-...;

-Eu sei, deveria ter te ouvido; Hades a cortou, já imaginando que ela não perderia a oportunidade de lhe lembrar isso. –Mas não fiz, até aquele dia; ele completou, de maneira enigmática.

-...; A jovem assentiu, sabendo perfeitamente sobre o que ele se referia.

-Enfim, se hoje estamos assim, é graças a você; ele falou, com um meio sorriso, levantando-se e acenando para a jovem que notara a presença dos dois, no jardim das rosas.

-Hades; ela murmurou, surpresa.

-Obrigado; o imperador completou, numa respeitável reverencia.

Balançou a cabeça levemente para os lados, aproximando-se dele e dando-lhe um forte abraço.

-Detesto formalidades, meu amigo; Aishi falou, sorrindo. –Desejo que sejam muito felizes, os três... Se não quatro; ela completou, ao se afastarem.

-De gêmeos, já bastam os do Ares... Me contento com um por vez; ele falou, com um meio sorriso, vendo-a serrar os orbes. –Mas agora você precisara ir, não pode ficar longe por muito tempo, se não elas podem realmente cortar o fio;

-Ainda não entendo como conseguiu me trazer aqui; ela comentou.

-Hypnos e Mopheu impediram que você dormisse e sonhasse. Como mortal, seu corpo precisava desse momento de desprendimento para descansar e renovar as energias, mas quando isso foi impedido aos poucos ele foi enfraquecendo e cansando. Até chegar em um ponto que se você caísse no sono, demoraria muito tempo a acordar, permitindo assim que Hypnos lhe trouxesse para cá, sem que as Moiras cortassem o fio, dando você como mais uma da lista a ser cortada; Hades completou, com um sorriso maroto, vendo-a serrar os orbes pelo comentário nada inocente.

-Entendo, me lembre que da próxima vez que estiver por aqui, vou precisar ter uma conversinha particular com Hypnos; Aishi falou séria, para depois amenizar a expressão. –Mas como você disse, é melhor eu ir, nunca se sabe o que Caos pode resolver aprontar, enquanto se esta 'off'; ela brincou.

-Não deixe de vir nos visitar; Hades falou, vendo a imagem da jovem aos poucos transformar-se em pontos luminosos. -Até algum dia, então; ele falou.

-Até; ela falou, sentindo o corpo ficar pesado e ir ao chão, entretanto a queda nunca veio, tudo transformou-se em pontos luminosos dispersos no espaço.

Continua...